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Brasil inicia eventos internacionais sobre algodão pela Índia
13 de Setembro de 2024

O Brasil começa pela Índia o primeiro evento internacional do ano comercial 2024/25. O seminário Cotton Brazil Outlook ocorre nesta sexta (13), no hotel The LaLit New Delhi, às 10h, na capital Nova Déli. O seminário, promovido pelo Cotton Brazil pela primeira vez de forma presencial na Índia, é dirigido a empresários, investidores e lideranças governamentais inseridos na indústria têxtil indiana. O Cotton Brazil é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para promover o algodão brasileiro em escala global. O programa tem parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Segunda maior consumidora de algodão no mundo, a Índia é um dos mercados prioritários do Brasil. Um dos objetivos do Cotton Brazil Outlook é mostrar como o algodão brasileiro pode contribuir para ampliar a competitividade da indústria têxtil indiana em escala global, com a oferta de um produto de qualidade com preços atrativos. “Nos últimos anos, ampliamos nossa presença no mercado internacional com algodão cultivado com responsabilidade socioambiental. Mais de 80% da nossa safra tem certificação socioambiental e alto índice de qualidade. É uma pluma sem contaminação e 100% rastreável”, citou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. No ano comercial 2023/24, que terminou em julho, o Brasil conquistou pela primeira vez o posto de maior exportador mundial de algodão, à frente dos Estados Unidos. O país sul-americano também se destaca por produzir 37% da oferta mundial de algodão certificado Better Cotton. Entretanto, os brasileiros respondem por apenas 5% do pujante mercado indiano. De agosto de 2023 a julho de 2024, a Índia importou 8,09 mil toneladas de pluma brasileira – menos da metade do volume registrado no ciclo anterior (16,5 mil tons). Já no ciclo 2021/22, a importação foi de 21,8 mil toneladas. O maior volume de algodão comercializado entre Índia e Brasil foi em 2001/02: 34,1 mil toneladas. Em 2019/20, chegou a 32,4 mil tons. Durante o seminário, será apresentado o status atual da safra 2024/25 nas lavouras brasileiras. Projeções de exportação, indicadores e tendências também estarão em pauta. Além de executivos da Abrapa, o presidente da Anea, Miguel Fauss, participa do evento. O Cotton Brazil Outlook é um seminário direcionado a convidados e inclui uma sessão de perguntas e respostas. O evento é realizado pelo Cotton Brazil com apoio da Embaixada do Brasil em Nova Déli e em parceria com a Wazir Advisors.

“O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução”
12 de Setembro de 2024

Durante o Congresso Brasileiro do algodão (CBA), realizado no início de setembro em Fortaleza (CE), especialistas destacaram o potencial do Brasil como solução para a crescente demanda mundial por algodão. O evento, que pela primeira vez contou com a participação da ORÍGEO, reuniu 80 cotonicultores, influenciadores do setor e pesquisadores renomados, que discutiram as tendências e desafios do mercado. O CEO da ORÍGEO, Roberto Marcon, ressaltou a importância de fortalecer e integrar o ecossistema agrícola para alcançar uma agricultura mais produtiva, sustentável e rentável. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produção brasileira deve atingir 3,7 milhões de toneladas neste ano, um aumento em relação ao ciclo anterior. Manek Gupta, CEO da Viterra na Índia, foi um dos palestrantes convidados pela ORÍGEO e apresentou uma visão otimista sobre o futuro do algodão brasileiro. “Se você olha para o algodão, grande parte da cadeia produtiva é sustentável. E grande parte desse algodão sustentável vem do Brasil. Durante a pandemia, os clientes industriais precisaram buscar alternativas ao algodão, por causa dos altos preços da fibra. Os preços baixaram, mas leva tempo para voltar a usar algodão como antes. O uso dessa fibra crescerá em torno de 2% ao ano, em um ambiente de crescimento econômico e, consequentemente, a demanda", afirma Gupta. Com o crescimento da demanda global por algodão estimado em cerca de 2% ao ano, Gupta destacou o papel crucial que o Brasil desempenhará no atendimento a essa necessidade. “O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução. Poucos países conseguem produzir algodão com tanta eficiência e a custos tão baixos como o Brasil”, ressaltou o CEO da Viterra. A produtividade crescente no setor algodoeiro nacional é vista como chave para o sucesso, tanto para atender o mercado interno quanto o internacional.

De olho no futuro do mercado, Brasil participa do congresso do ITMF & IAF
12 de Setembro de 2024

Aguardado pela indústria têxtil mundial, o congresso anual da International Textile Manufacturers Federation (ITMF) e da International Apparel Federation (IAF) antecipou várias tendências do setor. Produtores e exportadores brasileiros de algodão aproveitaram a edição deste ano, que ocorreu em Samarkand, no Uzbequistão, nesta semana, para fortalecer a competitividade da pluma brasileira no cenário mundial.  O congresso teve como tema “Inovação, cooperação e regulamentação - impulsionadores do setor têxtil e de vestuário”. Boa parte da programação foi um grande painel, com as inovações que a indústria ao redor do globo está desenvolvendo. Em foco, produtos têxteis capazes de atender à demanda tanto do consumidor quanto dos fabricantes. “Participantes de mais de 35 países acompanharam quase 40 especialistas para compreender melhor a dinâmica da indústria. Além da situação atual das matérias-primas que usamos, e seu desenvolvimento futuro, abordamos regulamentação, inovação, digitalização, colaboração e inteligência artificial, que são e serão relevantes para a cadeia de suprimentos global de têxteis e vestuário nos próximos anos”, analisou Christian Schindler, diretor geral da ITMF.  Entre as inovações, o destaque foi para as fibras – das artificiais às recicladas–, voltadas para um público preocupado com sustentabilidade. Já as fibras de nova geração, com tecnologias ainda mais avançadas que incluem algodão em sua composição foram percebidas como uma grande oportunidade futura para o Brasil. “Viemos trazer um recado importante: o algodão brasileiro tem condições de suprir as demandas mais sofisticadas da indústria têxtil mundial. Produzimos em volume e em qualidade, com fibras diversificadas e uma pluma cultivada com responsabilidade socioambiental”, argumentou Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). No ano comercial 2023/24, o Brasil tornou-se o maior exportador mundial de algodão, à frente dos Estados Unidos. O título tende a se repetir no ciclo atual (2024/2025), reforçando a posição do Brasil como um player importante para a indústria têxtil global. Um dos motivos para isso é a oferta contínua de pluma de qualidade em larga escala. Em 2024, a previsão é de que o país amplie em 13% a produção anterior, alcançando 3,67 milhões de toneladas. Já a exportação é projetada para 2,86 milhões de toneladas, 6,7% acima do realizado em 2023/24. “Temos produção e logística para garantir um fornecimento firme nos 12 meses do ano, e capacidade para ampliarmos, conforme a demanda aumente. E isso porque cultivamos algodão de forma responsável e eficiente, o que nos permite também ter preços competitivos”, explicou Schenkel. Na última safra, mais de 80% da produção brasileira recebeu certificação socioambiental. O país é o maior fornecedor de algodão Better Cotton no mundo (37% do total) e os indicadores de qualidade mostram evolução ano a ano. O uso do algodão como um dos materiais no mix de fibras sintéticas é uma oportunidade, afirma Celestino Zanella, vice-presidente da Abrapa. “É mais uma opção de mercado para nós e estamos prontos para atender a essa demanda”, afirmou o produtor. Focados na ampliação de mercado, os brasileiros avaliaram positivamente o painel de novidades do congresso anual da ITMF & IAF. “Conhecer as tendências das outras fibras é fundamental para traçarmos nossos planos daqui pra frente, sempre com o objetivo de termos mais participação no mercado. Além disso, vimos técnicas de circularização e reciclagem muito úteis”, avaliou Miguel Faus, presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). Cotton Brazil O Cotton Brazil é a iniciativa que representa e promove o algodão brasileiro em escala global. Ele é resultado da parceria entre a Abrapa, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). O programa foi criado em 2020 e tem escritório de representação em Singapura, focando em dez países prioritários, com ênfase para o mercado asiático.

O Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro está de volta!
12 de Setembro de 2024

No Brasil, a colheita do algodão caminha para a fase final. Nos 12 laboratórios HVI do país, 83 equipamentos estão trabalhando intensamente para analisar a produção. Isso representa um total de aproximadamente 17.089.252 análises, garantindo total transparência na avaliação da qualidade da pluma produzida. Até agosto, foram analisadas 6.060.472 amostras da safra 2023/2024. Para conferir os índices de qualidade do algodão brasileiro apurados até agora, acesse o Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro – safra 2023/2024 – agosto de 2024, no link  https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/09/Relatorio-de-Qualidade-do-Algodao-Brasileiro-%E2%80%93-safra-2023.24-agosto.pdf

Mato Grosso No Ar: Entrevista Alexandre Schenkel - Parte 2
11 de Setembro de 2024

A entrevista da semana de hoje é com o presidente da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Alexandre Schenkel. Agora ele conversa com Vanderlei Munhoz sobre a industrialização do algodão em Mato Grosso, as dificuldades encontradas pela indústria, o diálogo com os governos estadual e federal e a preocupação com a reforma tributária. Confira: https://www.matogrossonoar.com.br/artigo/entrevista-da-semana-parte-2-alexandre-schenkel

Safra de algodão 23/24: produção brasileira elevada apesar de desafios com clima e pragas
11 de Setembro de 2024

Os dados oficiais da Conab apontam que, até esta segunda-feira (09), a safra de algodão 2023/24 está 95,6% colhida no Brasil. Com os trabalhos em sua reta final, a avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) é de que a produção pode configurar recorde histórico, mais em função do aumento de área do que pela produtividade. “Foi um ano interessante. Foi prejudicial para a soja que antecede 70% da safra de algodão e isso fez uma janela de plantio mais curta em janeiro, então não favoreceu tanto o algodão. Estávamos torcendo por boas chuvas no final do ciclo, o que fez com que tivéssemos boas produtividades. Vamos ter uma produtividade boa, mas não excelente como foi 2023, é uma safra boa mas não excepcional, mas por causa do aumento de área neste ano vamos bater recorde de produção”, diz Alexandre Schenkel, Presidente da Abrapa. Exemplo deste cenário é o estado do Mato Grosso, principal produtor de algodão do Brasil. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve aumento de 21,57% na área semeada na safra 23/24 em relação ao plantio de 22/23. Já a produtividade registrada ficou 6,42% menor no atual ciclo. Sendo assim, a produção final do Mato Grosso deve ficar em 6,39 milhões de toneladas de algodão em caroço, 13,9% superior ao ciclo 22/23. O saldo é parecido também em Goiás, onde apesar das dificuldades, a produção final vem sendo registrada acima do esperado. “Foi um ano atípico, tivemos problemas climáticos no início do estabelecimento da cultura, tivemos problemas com pragas, mosca-branca foi um alvo bastante forte na soja e depois no algodão e o bicudo sempre presente. Foi um ano desafiador para o produtor, mas o balanço é positivo, a maioria das regiões e dos produtores com quem a gente conversou está atingindo produção maior do que o esperado”, diz Carlos Alberto Moresco, Vice-presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). “O que chamou mais a atenção foram infestações altas de bicudo em praticamente todas as regiões produtoras, mas tivemos também problema com mosca-branca que na cultura da soja já foi um problema bem maior do que nas quatro safras anteriores, problema de tripes também com uma população na soja e ofertando também no algodão e lagartas mais na região da Bahia do que no Mato Grosso”, relata a Pesquisadora da Fundação MT, Lúcia Vivan. “O bicudo sempre foi a principal praga do algodoeiro, mas temos que ficar cada vez mais atentos porque foi um desafio muito grande nesse ano demandando muitas aplicações para o controle. Também a mancha-alvo teve um ataque muito severo porque tivemos um período de chuvas muito grande no mês de abril que prejudicou as lavouras do Mato Grosso e aumento a tensão para manchas foliares”, acrescenta Schenkel. Quem também destaca esse aumento nos casos de mancha-alvo nos algodoeiros é Guilherme Hungueria, Gerente de Campanhas para Milho e Algodão da Bayer. “Essa safra foi bastante atípica para o produtor de algodão, especialmente no Mato Grosso onde houve condições climáticas inesperadas. Somado a isso, a gente viu um comportamento diferente de uma doença que é conhecida do produtor que é a mancha-alvo. Nesse sentido, a gente trabalhou fortemente para identificar o que vem acontecendo com essa doença, trabalhamos nos laboratórios juntamente com outros pesquisadores. O produtor enfrentou uma janela de plantio diferente, situações climáticas diferentes e esse é um fungo necrotrófico, que tem comportamento de permanecer nos restos das culturas, são diversos fatores que podem ter contribuído”. A pesquisadora explica que as condições climáticas desta temporada acabaram sendo mais favoráveis ao desenvolvimento das pragas. “Isso se deu em virtude do período mais seco e da dificuldade de destruição da soqueira, que manteve algumas plantas na cultura da soja. Tivemos também uma janela de plantio maior com relação à outras safras até pela dificuldade de plantio da soja em período correto, então muitas áreas que eram de segunda safra de algodão passaram a ser primeira safra. Então na cultura da soja já tivemos uma infestação muito maior e isso acaba passando para a cultura do algodão”, diz Vivan.

Mato Grosso No Ar: Entrevista Alexandre Schenkel
10 de Setembro de 2024

A entrevista da semana de hoje é com Alexandre Schenkel presidente da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Na primeira parte ele conversa com Vanderlei Munhoz sobre o crescimento do algodão brasileiro no mercado externo, o trabalho feito ao longo dos anos para sair da condição de importador para exportador, as perspectivas da produção brasileira e o projeto “Sou do Algodão”. Confira aqui: https://www.matogrossonoar.com.br/artigo/entrevista-da-semana-parte-1-alexandre-schenkel

Brasil aposta em rastreabilidade do algodão para entrar em países mais difíceis
10 de Setembro de 2024

Fortaleza, 9 de setembro de 2024 – A rastreabilidade do algodão é cada vez mais importante para o setor, principalmente para a exportação, onde o Brasil precisa alocar um grande volume. “Muitas de nossas exportações são indiretas. Vendemos para a Ásia, mas parte dos consumidores têxteis finais está na Europa e nos Estados Unidos”, explica Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras News, durante o 14o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Fortaleza. Duarte lembra que a Europa e os Estados Unidos impõem restrições que impactam na demanda pelo algodão. “As fábricas têxteis estão na Ásia, mas eles querem saber de onde vem o fio que compram a roupa”, explica. O Brasil precisa atender esta demanda, entregando produto rastreável. Neste caminho, a Syngenta é a primeira empresa a utilizar peças que tem rastreabilidade de um programa da Abrapa. “Todos os nossos colaboradores do estande no Congresso estão usando camisas totalmente rastreáveis, de ponta a ponta”, explica Rafael Borba, gerente de Marketing Algodão da marca. Segundo o gerente, o projeto estimula o consumo de fibra natural e sustentável. “Isto nos ajuda a buscar novos mercados e entrar em países mais difíceis”, justifica.