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Brasil recebe representantes da indústria têxtil de nove países
29 de Julho de 2024Uma delegação formada por 23 representantes da indústria têxtil de nove países desembarcou nesta semana no Brasil para a 8ª edição da Missão Compradores. As visitas começam por Mato Grosso e seguem para outros três estados. O intuito é a promoção do algodão brasileira no mercado externo. A comitiva é formada por representantes de Bangladesh, China, Coreia do Sul, EUA, Honduras, Índia, Paquistão, Ilhas Mauricio e Turquia. A Missão Compradores é promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do Cotton Brazil, com apoio da Anea, da Apex-Brasil e das associações estaduais de algodão. As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (26).
Tudo sobre o algodão tem encontro nacional
29 de Julho de 2024O Brasil ocupa a quinta colocação entre os maiores produtores de algodão do mundo. Mato Grosso, que produz mais de dois terços do algodão brasileiro, é fundamental nesse cenário. A área plantada no estado atingiu a marca estimada de 1,441 milhão de hectares para a safra 2023/24, representando um aumento de 2,51% em relação à última estimativa. Considerando esse aumento, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê uma produção de algodão em caroço de aproximadamente 6,3 milhões de toneladas, um volume 12,08% superior ao registrado na safra anterior. No entanto, apesar dos números positivos é fundamental que os produtores estejam atentos aos riscos climáticos e realizem um planejamento estratégico adequado para garantir o sucesso das próximas safras. Para discutir os avanços e apresentar as melhores tomadas das decisões nas propriedades, Cuiabá-MT receberá o XVI Encontro Técnico do Algodão, entre os dias 31 de julho a 2 de agosto, no Hotel Gran Odara. Promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), o encontro será em formato híbrido (presencial e online), conduzido por especialistas convidados e pesquisadores da Fundação. “Cultivando o futuro” é o tema que norteará a programação dos três dias do encontro. O objetivo é disseminar dados de pesquisa, apresentar o posicionamento da Fundação MT, promover diálogos sobre os gargalos da cotonicultura, debater aspectos da última safra e planejar a próxima temporada em campo. Luís Carlos Oliveira, gestor comercial e de marketing da Fundação MT, destaca que é uma grande oportunidade para cotonicultores, técnicos e profissionais ligados à cadeia produtiva do algodão se reunirem e participarem de painéis importantes que prometem ser um marco na troca de conhecimentos e experiência sobre a produção e algodão. “Como em todos os Encontros Técnicos da Fundação Mato Grosso teremos relatos de produtores sobre a safra 23/24 e já pensando também no planejamento da próxima. Os painéis contemplam as principais temáticas e desafios da cultura do algodão como pragas, nematóides, doenças, plantas daninhas, sistema de produção e também um painel sobre clima e fisiologia das plantas. É um momento único para troca de informações, interações e relacionamento”, afirmou. A programação contará com oito painéis com muito conhecimento técnico sobre a cultura do algodão com palestras de profissionais que são referências na cotonicultura brasileira. No primeiro dia (31.07), o painel de abertura será dedicado aos desafios, oportunidades e futuro da cotonicultura. Entre os palestrantes convidados estão o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, o economista e sociólogo Marcos Troyjo e o CEO do Grupo Locks, Samuel Locks. Em seguida, terá um painel com foco em Sistemas de Produção. O segundo dia (01.08), será marcado pela retrospectiva da safra 23/24. O coordenador de projetos e difusão de tecnologia do Instituto mato-grossense do algodão (IMA-MT) Marcio Souza mediará o relato de produtores das regiões Norte e Médio Norte, Sul e Oeste de Mato Grosso e do estado da Bahia. Também serão debatidos o clima, a fisiologia das plantas, pragas, bicudo do algodoeiro e o controle de fitonematoides. No último dia (02.08), terá um painel sobre o Cenário de Doenças na Cultura do Algodoeiro com foco em manchas foliares em seguida, encerrando o encontro, um painel sobre as melhores práticas e novas propostas para o manejo das plantas daninhas no algodoeiro. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site da Fundação MT: https://www.fundacaomt.com.br/.
Sou de Algodão marca presença na edição 54 da Casa de Criadores
26 de Julho de 2024O Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), retorna para a edição 54 da Casa de Criadores, um dos eventos mais influentes e inovadores do calendário da moda no Brasil. A partir do dia 26 de julho, o público vai poder conferir desfiles de marcas do line-up que receberam apoio de marcas empresas parceiras do movimento, como Canatiba, AN Têxtil, Santista Jeanswear, Têxtil Piratininga e Textilfio, que doaram materiais para a elaboração dos looks que serão apresentados. A presença do Sou de Algodão na semana de moda acontece há, pelo menos, 10 edições. “Unimos forças para promover um movimento que vai além das passarelas: valorizar o algodão brasileiro em toda sua diversidade e responsabilidade. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial dessa fibra natural, e mais de 80% do nosso algodão tem certificação socioambiental, pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), alinhado com os padrões globais de melhores práticas da Better Cotton”, explica Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. André Hidalgo, diretor artístico da Casa de Criadores, concorda com Schenkel, dizendo que essa parceria se traduz em moda autêntica e inclusiva, onde produtores, estilistas independentes, influencers e consumidores se encontram para celebrar a originalidade e a qualidade dessa matéria prima. “É uma troca que beneficia todos os elos da cadeia têxtil, elevando o valor do nosso produto nacional e fortalecendo o mercado fashion brasileiro. Juntos, continuamos transformando o algodão em produto de alto valor agregado, reafirmando nosso compromisso com a moda responsável e consciente”, completa. Estabelecendo-se como uma plataforma essencial para a promoção de novos talentos, o tema deste ano é “Catarse”, fomentando um debate sobre o sentido da moda como sistema em um contexto de questionamento. As apresentações serão realizadas em locais históricos do centro da cidade de São Paulo, como o Viaduto do Chá, a Praça Ramos de Azevedo, a Biblioteca Mário de Andrade, a Galeria Prestes Maia e o Vale do Anhangabaú. Estreia no line-up da Casa de Criadores Entre os parceiros Sou de Algodão que fazem parte do line-up da semana de moda, Lourrani Baas é uma delas. Founder e CEO da Liga Transforma e Diretora Criativa da Baas Couture, a estilista faz sua estreia na passarela. Suas coleções são marcadas pela atuação destacada na promoção do design circular e sustentável na moda, além da promoção da inclusão e a regeneração do setor. “Participar do line-up da Casa de Criadores é sem dúvida uma experiência enriquecedora. É fruto de uma jornada extensa e vitoriosa. Fazer moda no Brasil não é algo fácil. E se a proposta nasce no nordeste pelas mãos de uma mulher negra e gorda, as chances de sucesso são menores ainda. E já que curto muito frustrar padrões, essa estreia significa transcender e firmar a minha marca no círculo da moda autoral. Eu acredito no poder da conexão e do fortalecimento do movimento Sou de Algodão, porque ser parceira é contribuir para a construção de um cenário fashion mais sólido e diverso no Brasil”, finaliza Lourrani. Histórico da parceria entre Sou de Algodão e Casa de Criadores A história entre o movimento e a maior semana de moda autoral do Brasil começou a ser escrita em 2018, por meio de um desfile com estilistas do line up e marcas parceiras, e uma ativação no lounge da edição com um espaço para os convidados conhecerem a trajetória do algodão, da semente ao guarda-roupa - com pés de algodão, subprodutos, fios, tecidos e peças das marcas parceiras. Depois, nomes do line-up da época também conheceram uma fazenda de algodão certificado. A partir disso, o movimento já marcou presença em oito edições da Casa de Criadores. Foram mais de três desfiles próprios com peças feitas por estilistas do line-up, além da noite do algodão, com Igor Dadona, Isa Isaac Silva, Renata Buzzo e Rober Dognani apresentando coleções produzidas 100% com algodão. Além disso, já são três edições do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, maior concurso brasileiro para estudantes da área e que tem como objetivo valorizar a moda autoral nacional. Nas duas primeiras edições, foram mais de 800 inscritos, mais de 300 instituições de ensino participantes, 75 semifinalistas e 14 desfiles finalistas. Nomes como Mateus Cardoso, Dario Mittmann, Rodrigo Evangelista e Guilherme Dutra foram os talentos revelados. Em 2024, com a terceira edição acontecendo, a grande final será com dois representantes de cada região do Brasil, pela primeira vez. Além disso, o 3º Desafio bateu recorde de inscrições, com mais de 950, superando as duas primeiras edições juntas.
StoneX: Exportações de algodão ganham força, com expectativa de atingir 2,9 mi ton
26 de Julho de 2024Em sua revisão de julho, a StoneX manteve sua expectativa de produção brasileira para a safra 2023/24 de algodão em 3,53 milhões de toneladas. O Mato Grosso, que concentra a maior parcela da produção nacional, apresenta números otimistas para a produtividade, apesar de eventuais adversidades que possam ter sido experienciadas em alguns estágios de desenvolvimento das plantas no estado, afetando principalmente estruturas do baixeiro. “O fato que deve ser observado com o avanço da colheita – que ainda está muito incipiente no estado – é a qualidade do algodão que está sendo colhido, uma vez que a pluma do ponteiro pode ter uma qualidade inferior pelo seu período de maturação mais encurtado”, explica a StoneX, em relatório divulgado nesta quinta-feira. Ainda assim, isso não é um imperativo e deverá seguir sendo monitorado ao longo das próximas semanas, conforme a colheita avança. Quanto ao estado da Bahia, segundo maior produtor, a colheita está ligeiramente mais avançada. Apesar da manutenção para os números de oferta, a StoneX estima que o Brasil deva exportar 2,9 milhões de toneladas neste ano safra, 100 mil toneladas a mais do que era esperado nas estimativas do mês de junho. “Por mais que os carregamentos não se mantenham nos patamares surpreendentes observados nos primeiros meses do ano, eles ainda estão relativamente aquecidos. Além disso, com a colheita em curso e com uma entrada desse algodão no mercado ao longo dos próximos meses, a exportação pode continuar forte”, afirma a consultoria. Ainda assim, é preponderante que se observe o contexto internacional ao longo dos próximos meses. O cenário de demanda lenta, expectativa de safra forte nos EUA e preços baixos pode trazer efeitos para o ritmo brasileiro de embarques. Esse contexto também pode impactar a área plantada da próxima safra, o que seguirá sendo monitorado pela StoneX nos próximos meses de 2024.
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa
26 de Julho de 2024Destaque da Semana - Com o bom progresso das lavouras nos EUA e boas colheitas no hemisfério sul, as cotações de algodão seguem em queda. Fique atualizado sobre o mercado mundial do algodão. Participe do canal do Cotton Brazil no WhatsApp*: 🖱️ https://bit.ly/CanalCottonBrazil. Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou 68,90 U$c/lp (-4,2% vs. 18/jul) e o Dez/25 a 72,08 U$c/lp (-2,1% vs. 18/jul). Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro no posto Leste da Ásia é de 800 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 25/jul/24). Baixistas 1 - O USDA informou esta semana que 53% das lavouras de algodão dos EUA estão em condição boa a excelente, em comparação com 45% na semana anterior. Baixistas 2 - O índice A, que reflete os preços de algodão na Ásia, atingiu seu menor valor desde dezembro de 2020. Baixistas 3 - Na Bolsa de Zhengzhou (China), os preços também caíram, com a expectativa de boa oferta interna no país. Altistas 1 - Com os preços internacionais mais atrativos, a expectativa é que a demanda melhore. Altistas 2 - PIB dos Estados Unidos cresce 2,8% e supera expectativas do mercado. EUA - A importação de têxteis e roupas de algodão pelos EUA em maio chegou ao maior valor desde set/23: US$ 3,5 bilhões (+7,6% que em abr/24 e +4,4% que em mai/23). No acumulado do ano, a alta é de 6,5%. China 1 - Em junho, a China importou 155.293 tons de algodão – quase o dobro das 83 mil tons de jun/23. Os EUA forneceram 55% do total, e o Brasil, 29%. China 2 - No acumulado, o total é 3,1 milhões tons contra 1,2 milhão tons do mesmo período em 2022/23. Desse montante, o Brasil forneceu cerca de 41% e os EUA, 35%. China 3 - Ainda não houve anúncio de novas cotas de importação, apesar dos rumores. Índia 1 - Até 18/jul, a área plantada com algodão na Índia atingiu 10,2 milhões ha - 3% abaixo dos 10,5 milhões ha que no mesmo período de 2023. Índia 2 - Em razão do baixo uso de tecnologia no país, a produtividade média na Índia (446 kg/ha de fibra) é significativamente menor que a média mundial (785 kg/ha). Paquistão - Devido à chuva, algumas regiões produtoras no Paquistão pararam a colheita. Predomina o clima quente e há previsão de mais chuvas. As lavouras são relatadas em condições satisfatórias. Bangladesh 1 - Manifestantes bengaleses, a maioria jovens, continuam reivindicando mudanças políticas e econômicas. Confrontos levaram pelo menos 200 pessoas à morte. Muitas áreas seguem sem internet, cortada pelo governo. Bangladesh 2 - Nas últimas 24h, a capital bengalesa, Dhaka, começou a recuperar a normalidade. O toque de recolher foi reduzido, o horário de expediente retomado e carros voltaram a circular. Bangladesh 3 - A visita da Primeira Ministra de Bangladesh ao Brasil esta semana foi cancelada devido ao caos instalado no país. Coreia do Sul - De ago/23 a jun/24, a importação de algodão do país somou 55,8 mil tons, 37% a menos que no mesmo período de 2022/23. Dia do Algodão - Na semana passada, o Cotton Brazil realizou palestra sobre mercado internacional de algodão durante Dia de Campo em Barreiras (BA). O evento foi promovido pela Abapa. Missão Compradores 1 - A delegação com 23 representantes da indústria têxtil de Bangladesh, China, Coreia do Sul, EUA, Honduras, Índia, Paquistão, Ilhas Mauricio e Turquia já está no Brasil para a edição deste ano da Missão Compradores. Missão Compradores 2 - As visitas começam por MT e seguem para BA, GO e DF, incluindo fazendas, algodoeiras, cooperativa, laboratórios e centro de pesquisa. Missão Compradores 3 - O intercâmbio está em sua 8ª edição e é uma iniciativa da Abrapa, por meio do Cotton Brazil, com apoio da Anea, da Apex-Brasil e das associações estaduais de algodão. Mais: https://bit.ly/abrapa240726 Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 128,2 mil tons até a 3ª semana de julho. A média diária de embarque é 2,47 vezes maior que a média registrada no mesmo mês de 2023. Colheita 2023/24 - Até ontem (26/07), foram colhidos no estado da BA (34,69%), GO, (52%), MA (36%), MG (42%), MS (70%), MT (24%), PI (48%), PR (100%) e SP (87%). Total Brasil: 28,39% Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (26/07), foram beneficiados no estado da BA (25%), GO (15,2%), MA (10%), MG (15%), MS (28%), MT (5%), PI (15,51%), PR (100%) e SP (76,5%). Total Brasil: 9,96% Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 25_07 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Workshop traz tecnologia no campo com uso de drones, robôs, IA e sensores
26 de Julho de 2024Drones, robôs, Inteligência Artificial e sensores nos campos de cultivo do algodão fazem parte de um cenário que, há algumas décadas, poderia parecer cena de filme futurista. Mas, que agora virou realidade graças à tecnologia desenvolvida para aprimorar o manejo do algodoeiro. Essas novidades serão tema do Workshop 3, que integra a programação do 14° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA). O evento, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), ocorrerá em Fortaleza, de 03 a 05 de setembro, e reunirá produtores e especialistas do setor. O workshop está dividido em três partes distintas sob a coordenação de Lucio André de Castro Jorge, pesquisador na Embrapa Instrumentação desde 1991, e especialista em machine learning, inteligência artificial e processamento de imagens e drones. É ele quem abre a primeira parte do encontro para falar sobre “drones e sensores para agricultura de precisão”. “O workshop vem trazer temas muito demandados pelos produtores de algodão que tem se deparado, dia a dia, com a oferta de drones, robôs, soluções de IA e novos sensores prometendo ajudar no manejo da lavoura de algodão, principalmente, no controle de pragas. Algumas destas tecnologias já são realidades no campo, mas será que estão entregando o que anunciam? Esperamos que nesse encontro possamos passar uma visão abrangente sobre os desafios e oportunidades trazidos pelas novas tecnologias na cultura do algodão, tentando responder todas as dúvidas dos produtores”, afirma Lúcio Jorge. Formado em Engenharia Elétrica pela Faculdade de Engenharia de Barretos; Lúcio Jorge acumula mestrado em Matemática Computacional e Ciência da Computação pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC/USP); e doutorado em Processamento de Sinais e Instrumentação pela Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (SEL-EESC/USP). Na sequência, será a vez do professor e diretor do Centro Weslaco & Corpus Christi, do Texas A&M AgriLife Research and Extension Center, Juan Landivar, falar sobre drones, sensores, Inteligência Artificial, agricultura de precisão e o que pode se esperar para o manejo da cultura. Com Ph.D. em Fisiologia de Culturas pela Universidade Estadual de Mississippi, Landivar é graduado em Agronomia pela Universidade Estadual de Nova York. Atualmente, dirige o segmento de serviços técnicos para a América do Sul, do Centro Weslaco & Corpus Christi. A segunda parte do encontro traz o tema “Drones para pulverização”. O engenheiro agrônomo Eugênio Schroder, da Schroder Consultoria Agro, abrirá o debate com foco nas pulverizações agrícolas por drones, suas vantagens e dificuldades. Doutor em fitossanidade, fundador e sócio-diretor da Schroder Consultoria Agro, ele traz experiência de três décadas na área de tecnologia de aplicação aérea e validação agronômica de drones multirrotores. A terceira e última parte do encontro tratará da robótica para o campo, com palestra de Cem Albukrek, da Agrobotz Tecnologia e Serviços, que explicará como funciona o uso de robôs nas fazendas de cultivo do algodão. Com 20 anos de experiência nesse segmento, Cem é sócio administrador da Agrobotz, que presta serviços de engenharia, robótica, software, produtos químicos e biotecnologia na América Latina e nos EUA.
Sou de Algodão participa da Mostra Moda Campinas
25 de Julho de 2024No último dia 24 de julho, quarta-feira, Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), marcou presença na 4ª edição da Mostra Moda Campinas, maior evento do interior paulista do segmento dedicado à conexão entre o varejo e o atacado. O tema desta edição foi “Encantamento da Natureza no Jardim da Moda”, a fim de explorar as tendências do Verão 2025. O objetivo também foi de aproximar a indústria e o varejo da moda, por meio de palestras e talks sobre tendências, montagem de coleção, novo varejo, experiência do cliente e sustentabilidade. Para esse último tópico, Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, realizou uma das palestras. O tema da conversa foi “Sustentabilidade: uma realidade de mercado”. Para isso, Manami começou apresentando os dados sobre o atual cenário da indústria têxtil. Segundo a Textile Exchange e a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção): o algodão representa 22% do mercado têxtil mundial e 79% das fibras naturais; já o Brasil - a maior cadeia têxtil completa do Ocidente (contemplando etapas desde o cultivo da fibra até o varejo) -, é um dos cinco maiores produtores e consumidores de denim do mundo, e está entre os quatro maiores produtores globais de malha. A gestora pontuou, ainda, que os consumidores vêm se tornando cada vez mais rigorosos em suas escolhas. “Segundo dados do Instituto Locomotiva, de um estudo feito em 2021, cerca de 86% da população brasileira se interessa por sustentabilidade e 75% consideram que as empresas de vestuário deveriam se preocupar com esse tema e tê-lo como pauta permanente. Por isso, 15% das pessoas estão dispostas a pagar a mais por produtos de marca com posicionamento sustentável e 60% deixariam de consumir de empresas que apresentam problemas éticos”, explica. Como o algodão é uma das fibras mais importantes para o mercado da moda nacional, a Abrapa vem desenvolvendo um trabalho pensando na qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção da matéria-prima. Para isso, um dos pilares é o ABR (sigla para Algodão Brasileira Responsável), programa criado em 2012, que certifica as unidades produtivas que seguem rigorosos critérios sociais, ambientais e econômicos. “Esse trabalho nos levou a um novo cenário, depois de mais de 20 anos de existência da Abrapa. Hoje, o Brasil produz mais de 3,11 milhões de toneladas de pluma, sendo que 720 mil toneladas são consumidas pela indústria nacional. Cerca de 82% de toda essa produção tem certificação ABR, 92% é em regime de sequeiro (o algodão brasileiro cresce apenas com água da chuva). Somos o maior fornecedor de algodão responsável, maior exportador e terceiro maior produtor”, diz Manami. Na parte final da palestra, o movimento Sou de Algodão foi apresentado ao público e a gestora explicou que ele foi criado para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva do algodão e da indústria têxtil, dialogando com o consumidor final por meio de ações, conteúdos e parcerias com marcas e empresas. O SouABR também foi um destaque no fim da conversa. Manami contou que o programa de rastreabilidade nasceu devido ao desejo dos consumidores em ter acesso a uma maior transparência no processo de venda, compra e consumo. “A proposta é oferecer ao público uma espécie de ‘raio-X’ da peça que ele está adquirindo, comunicando os passos que ela percorreu até chegar às suas mãos”, finaliza. Os convidados puderam fazer a leitura do QR-code de produtos, apresentados no telão, para passar pela experiência de conhecer a cadeia envolvida na fabricação de peças das varejistas participantes, e entender o que o consumidor pode ver ao adquirir uma peça rastreável pelo programa SouABR.
Algodão: Importadores de algodão de oito países visitam fazendas e estruturas de beneficiamento e análise de pluma no Brasil
25 de Julho de 2024O Brasil recebe, de 26 de julho a 3 de agosto, a oitava edição da Missão Compradores, intercâmbio comercial organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) junto a importadores da pluma nacional. O objetivo da iniciativa é mostrar, in loco, as principais etapas do ciclo produtivo do algodão brasileiro – do plantio à rastreabilidade do produto. Na edição deste ano, a delegação reúne 23 representantes da indústria têxtil de Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. O estreitamento das relações comerciais com importadores estratégicos é o foco da missão, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “A cada edição, temos a oportunidade de mostrar o modelo de produção responsável do algodão brasileiro, que nos levou de segundo maior importador mundial ao posto atual de maior exportador global da pluma”, ponderou. Em 2023, o Brasil colheu 3,24 milhões de toneladas de pluma, mantendo-se como terceiro maior produtor mundial. De agosto de 2023 a julho de 2024, a exportação brasileira está estimada em 2,72 milhões de toneladas, conforme dados da Abrapa, que preside a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com isso, o País se posiciona, atualmente, como principal exportador global. Neste momento, as fazendas brasileiras de algodão estão em diferentes estágios da colheita e do beneficiamento. Ao mesmo tempo, ocorre a análise e a classificação da qualidade da pluma colhida e a ser comercializada. Para transmitir aos convidados um retrato preciso da diversidade da cotonicultura brasileira, a Abrapa os levará a oito municípios brasileiros. A programação prevê visita a cinco fazendas produtoras de algodão localizadas em Lucas do Rio Verde e Campo Verde (MT), São Desidério (BA) e Cristalina (GO). Nessas propriedades rurais, a comitiva visitará também unidades de beneficiamento. A agenda inclui ainda visitas à Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra), ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura gerida pela Abrapa. A Missão Compradores integra as ações do Cotton Brazil, programa de promoção internacional que representa todo o setor produtivo do algodão em escala global. Coordenado pela Abrapa, tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).