notícias

Abrapa fortalece laços comerciais com a China em encontro oficial no Palácio do Itamaraty
21 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou do jantar oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente da China, Xi Jinping, em 20 de novembro, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. A China, maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, também é o país que mais importa o algodão nacional. No último período comercial, 2023/2024, foram importadas 1,32 milhão de toneladas da fibra brasileira, o equivalente a 49% do total exportado pelo país. O evento contou também com a participação de autoridades e empresários do setor agropecuário. "O encontro foi de grande relevância para o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e China. Sendo o maior importador de algodão brasileiro, a China representa um mercado estratégico para a cotonicultura nacional. Participar de eventos dessa magnitude é essencial para estreitar laços e reforçar a importância da fibra brasileira no cenário internacional. Trata-se de uma oportunidade valiosa para reafirmar o papel do Brasil como parceiro confiável e estratégico na consolidação do país como grande fornecedor de algodão para a China", afirmou Gustavo Piccoli, vice-presidente da Abrapa. O jantar também celebrou os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países, além de abrir mais quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários, desde o início de 2023.

Abrapa discute papel do algodão como fibra natural na matriz têxtil em Simpósio BC Grandes Fazendas
19 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou do Simpósio Better Cotton Grandes Fazendas 2024 – “Defendendo as Fibras Naturais na Era da Regulamentação”, realizado virtualmente, em 19 de novembro. O evento internacional reuniu mais de cem produtores licenciados à Better Cotton (BC) de diversos países para discutir estratégias de comunicação que fortaleçam a imagem do algodão como uma fibra natural, destacando a importância de unificar esforços globais frente à concorrência dos sintéticos e ao aumento das regulamentações ambientais. Alan McClay, CEO da Better Cotton, destacou a relevância do evento para o calendário da entidade. “As grandes fazendas têm um papel central no programa BC, sendo responsáveis por 63% da produção licenciada pela entidade nos últimos anos. Elas oferecem não apenas escala para avanços sustentáveis, mas também oportunidades únicas de inovação e transformação”, afirmou. Durante a reunião, foi destacada a necessidade de reforçar a comunicação sobre o impacto positivo social e sustentável que envolve a produção do algodão em todo o mundo. Com foco na conscientização do consumidor final, os participantes defenderam um esforço global para unificar mensagens e fortalecer a imagem da fibra natural frente à concorrência crescente com o poliéster e outros sintéticos. Dilemas Globais e Avanços Regionais Os desafios enfrentados por produtores de diferentes países, como Brasil e Estados Unidos, incluem o aumento dos custos de produção, a pressão regulatória, principalmente da União Europeia (UE), e a necessidade de competir com fibras sintéticas mais baratas no mercado. Enquanto o algodão é uma fibra biodegradável e colabora com o meio ambiente se produzida de forma responsável, sua competitividade é ameaçada pela atual metodologia da UE para etiquetagem de têxteis como sustentável, conhecida como PEF (Product Enviromental Footprint ou pegada ambiental do produto em português). A calculadora do PEF, atualmente em discussão no parlamento europeu, claramente beneficia os produtos sintéticos, por não considerar a produção de microplásticos, os resíduos plásticos e as fibras naturais como biodegradáveis. “No Brasil, 82% das propriedades produtoras de algodão já possuem certificações de boas práticas ambientais, sociais e trabalhistas. Mas precisamos comunicar isso de forma constante e impactante, especialmente para consumidores de mercados exigentes como a União Europeia”, ressaltou Márcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa. Shane Stephen, da Staplcoton (cooperativa de algodão dos EUA), enfatizou o valor do algodão como uma cultura de rotação que beneficia tanto a saúde do solo quanto a economia agrícola local. Ele também alertou para o impacto ambiental do poliéster e destacou a importância de contar a história do algodão de maneira autêntica e acessível: "Precisamos que as pessoas entendam que o algodão é uma alternativa sustentável às fibras sintéticas. O trabalho que nossos agricultores realizam hoje é incrivelmente mais avançado do que há décadas, e essa informação não tem chegado ao consumidor final.” Plano de Comunicação Global Entre as soluções discutidas, a criação de uma estratégia global de comunicação contínua foi apontada como prioridade. Essa abordagem envolveria a colaboração entre países produtores e organizações como a Better Cotton, com foco na educação e conscientização sobre os benefícios ambientais e sociais das fibras naturais, em especial o algodão. Portocarrero comparou a iniciativa a movimentos ambientais no Brasil que, décadas atrás, integraram a temática de preservação ao ensino escolar, formando gerações mais conscientes. Ele destacou que uma campanha de longo prazo, voltada para consumidores e jovens, é fundamental para combater a influência de grupos com maior poder financeiro, como as indústrias petroquímicas que promovem o poliéster. “Make the Label Count” A campanha Make the Label Count destaca-se na defesa das fibras naturais diante das mudanças regulatórias promovidas pela União Europeia (UE), que introduziu critérios dentro do “green deal Europeu”. Apesar de avaliar 16 categorias de impacto ambiental, a metodologia Environmental Footprint (PEF) exclui benefícios cruciais das fibras naturais, como biodegradabilidade e a não produção de microplásticos, favorecendo assim materiais sintéticos como o poliéster. A iniciativa tem promovido ações estratégicas, como reuniões políticas e a participação de consultas públicas em Bruxelas, para aprimorar o PEF e garantir uma avaliação justa das fibras naturais. “Defendemos comunidades rurais, biodiversidade e o futuro da moda sustentável”, afirma Elizabeth van Delden, advogada de fibras naturais. Controle biológico Durante o evento, foi apresentado um caso de sucesso de um produtor do Paquistão, que demonstrou como a adoção de controles biológicos pode reduzir os custos com pesticidas químicos. O debate destacou os desafios e avanços no uso de biopesticidas na produção de algodão, especialmente no Paquistão, onde ainda há limitações quanto à disponibilidade comercial e à aplicação em larga escala. Robério Carlos dos Santos Neves, engenheiro agrônomo do Instituto Goiano de Agricultura (IGA), apresentou uma abordagem detalhada sobre o manejo integrado de pragas (MIP) na cultura do algodão, com destaque para o monitoramento e controle de pragas como trips, pulgão, mosca-branca, lagartas e, especialmente, o bicudo-do-algodoeiro. Foram destacadas estratégias como o uso de armadilhas, controle biológico com fungos e o manejo preventivo para reduzir populações de pragas-chave. O bicudo permanece como o maior desafio devido às opções limitadas de controle biológico. No entanto, avanços em estudos com fungos e parasitoides oferecem perspectivas promissoras. O futuro do algodão Os participantes concluíram que o algodão possui desafios significativos e similares para todos os países produtores. A união de esforços globais, o fortalecimento da imagem da fibra e o enfrentamento à concorrência com base em evidências científicas são caminhos indispensáveis para garantir sua relevância e manutenção no mercado nos próximos anos.

Programa ABR-UBA certifica 30 unidades de beneficiamento na Bahia
19 de Novembro de 2024

O Programa ABR-UBA (Algodão Brasileiro Responsável – Unidades de Beneficiamento de Algodão), que certifica unidades de beneficiamento comprometidas com boas práticas e sustentabilidade na produção de algodão, aprovou 30 unidades de beneficiamento na Bahia no projeto. O anúncio foi feito pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), após término das auditorias nas empresas durante safra 2023/2024. As últimas unidades auditadas pela equipe do Programa ABR foram vistoriadas no final de outubro. Nesta safra, as 30 Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) da Bahia certificadas pelo ABR-UBA, representam 56,6% das unidades ativas na região. De acordo com a associação, a certificação ABR-UBA assegura que essas unidades operam em conformidade com padrões rigorosos de qualidade, gestão e responsabilidade social, beneficiando produtores e fortalecendo a posição do algodão baiano no mercado. “O Programa ABR-UBA contempla o primeiro elo industrial da cadeia produtiva do algodão. Ele tem como fundamento o incremento progressivo das boas práticas socioambientais, econômica e industrial, vinculados à gestão da unidade e de acordo com os princípios da sustentabilidade.” disse a coordenadora do ABR-Sustentabilidade da Abapa, Yannna Costa. Segundo Yanna, as unidades participantes assumem o compromisso com a segurança, saúde ocupacional e meio ambiente do trabalho, cumprimento às normas regulamentadoras e legislações nacionais relacionadas ao exercício da atividade. O programa Desde 2022, a Abapa, em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promove uma capacitação voltada aos inspetores das Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) do Matopiba. A iniciativa, supervisionada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), faz parte dos requisitos para a implementação do Programa de Autocontrole para a Certificação de conformidade da Qualidade do Algodão Brasileiro, também conhecido como Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB).

Abrapa discute papel do algodão como fibra natural na matriz têxtil em Simpósio BC Grandes Fazendas
19 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou do Simpósio Better Cotton Grandes Fazendas 2024 – "Defendendo as Fibras Naturais na Era da Regulamentação", realizado virtualmente, em 19 de novembro. O evento internacional reuniu mais de cem produtores licenciados à Better Cotton (BC) de diversos países para discutir estratégias de comunicação que fortaleçam a imagem do algodão como uma fibra natural, destacando a importância de unificar esforços globais frente à concorrência dos sintéticos e ao aumento das regulamentações ambientais. Alan McClay, CEO da Better Cotton, destacou a relevância do evento para o calendário da entidade. "As grandes fazendas têm um papel central no programa BC, sendo responsáveis por 63% da produção licenciada pela entidade nos últimos anos. Elas oferecem não apenas escala para avanços sustentáveis, mas também oportunidades únicas de inovação e transformação", afirmou. Durante a reunião, foi destacada a necessidade de reforçar a comunicação sobre o impacto positivo social e sustentável que envolve a produção do algodão em todo o mundo. Com foco na conscientização do consumidor final, os participantes defenderam um esforço global para unificar mensagens e fortalecer a imagem da fibra natural frente à concorrência crescente com o poliéster e outros sintéticos. Dilemas Globais e Avanços Regionais Os desafios enfrentados por produtores de diferentes países, como Brasil e Estados Unidos, incluem o aumento dos custos de produção, a pressão regulatória, principalmente da União Europeia (UE), e a necessidade de competir com fibras sintéticas mais baratas no mercado. Enquanto o algodão é uma fibra biodegradável e colabora com o meio ambiente se produzida de forma responsável, sua competitividade é ameaçada pela atual metodologia da UE para etiquetagem de têxteis como sustentável, conhecida como PEF (Product Enviromental Footprint ou pegada ambiental do produto, em português). A calculadora do PEF, atualmente em discussão no parlamento europeu, claramente beneficia os produtos sintéticos, por não considerar a produção de microplásticos, os resíduos plásticos e as fibras naturais como biodegradáveis. "No Brasil, 82% das propriedades produtoras de algodão já possuem certificações de boas práticas ambientais, sociais e trabalhistas. Mas precisamos comunicar isso de forma constante e impactante, especialmente para consumidores de mercados exigentes como a União Europeia", ressaltou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa. Shane Stephen, da Staplcoton (cooperativa de algodão dos EUA), enfatizou o valor do algodão como uma cultura de rotação que beneficia tanto a saúde do solo quanto a economia agrícola local. Ele também alertou para o impacto ambiental do poliéster e destacou a importância de contar a história do algodão de maneira autêntica e acessível: "Precisamos que as pessoas entendam que o algodão é uma alternativa sustentável às fibras sintéticas. O trabalho que nossos agricultores realizam hoje é incrivelmente mais avançado do que há décadas, e essa informação não tem chegado ao consumidor final." Plano de Comunicação Global Entre as soluções discutidas, a criação de uma estratégia global de comunicação contínua foi apontada como prioridade. Essa abordagem envolveria a colaboração entre países produtores e organizações como a Better Cotton, com foco na educação e conscientização sobre os benefícios ambientais e sociais das fibras naturais, em especial o algodão. Portocarrero comparou a iniciativa a movimentos ambientais no Brasil que, décadas atrás, integraram a temática de preservação ao ensino escolar, formando gerações mais conscientes. Ele destacou que uma campanha de longo prazo, voltada para consumidores e jovens, é fundamental para combater a influência de grupos com maior poder financeiro, como as indústrias petroquímicas que promovem o poliéster. "Make the Label Count" A campanha Make the Label Count destaca-se na defesa das fibras naturais diante das mudanças regulatórias promovidas pela União Europeia (UE), que introduziu critérios dentro do "green deal Europeu". Apesar de avaliar 16 categorias de impacto ambiental, a metodologia Environmental Footprint (PEF) exclui benefícios cruciais das fibras naturais, como biodegradabilidade e a não produção de microplásticos, favorecendo assim materiais sintéticos como o poliéster. A iniciativa tem promovido ações estratégicas, como reuniões políticas e a participação de consultas públicas em Bruxelas, para aprimorar o PEF e garantir uma avaliação justa das fibras naturais. "Defendemos comunidades rurais, biodiversidade e o futuro da moda sustentável", afirma Elizabeth van Delden, advogada de fibras naturais. Controle biológico Durante o evento, foi apresentado um caso de sucesso de um produtor do Paquistão, que demonstrou como a adoção de controles biológicos pode reduzir os custos com pesticidas químicos. O debate destacou os desafios e avanços no uso de biopesticidas na produção de algodão, especialmente no Paquistão, onde ainda há limitações quanto à disponibilidade comercial e à aplicação em larga escala. Robério Carlos dos Santos Neves, engenheiro agrônomo do Instituto Goiano de Agricultura (IGA), apresentou uma abordagem detalhada sobre o manejo integrado de pragas (MIP) na cultura do algodão, com destaque para o monitoramento e controle de pragas como trips, pulgão, mosca-branca, lagartas e, especialmente, o bicudo-do-algodoeiro. Foram destacadas estratégias como o uso de armadilhas, controle biológico com fungos e o manejo preventivo para reduzir populações de pragas-chave. O bicudo permanece como o maior desafio devido às opções limitadas de controle biológico. No entanto, avanços em estudos com fungos e parasitoides oferecem perspectivas promissoras. O futuro do algodão Os participantes concluíram que o algodão possui desafios significativos e similares para todos os países produtores. A união de esforços globais, o fortalecimento da imagem da fibra e o enfrentamento à concorrência com base em evidências científicas são caminhos indispensáveis para garantir sua relevância e manutenção no mercado nos próximos anos.

Abrapa destaca excelência e potencial do algodão brasileiro em palestra em Palmas (TO)
18 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, em 13 de novembro, de um evento promovido pela Academia Tocantinense do Agronegócio, em Palmas (TO), para discutir a cultura do algodão e suas tendências. O encontro, voltado para alunos, professores e produtores, marcou a abertura de uma série de painéis sobre diferentes cadeias produtivas do agronegócio. Marcio Portocarrero, diretor executivo da entidade, apresentou uma visão ampla sobre a produção de algodão no Brasil, destacando os avanços que levaram o país à liderança mundial em exportação da commodity, em 2024. Durante sua apresentação, ele explicou os pilares estratégicos da entidade, que incluem rastreabilidade, qualidade, promoção e sustentabilidade, reforçando o compromisso da Abrapa em consolidar o algodão brasileiro no mercado global com excelência e competitividade. “O encontro evidenciou o crescente interesse dos produtores locais no cultivo do algodão, motivado pela alta rentabilidade em comparação a outras culturas, como soja e milho. A Abrapa considera a iniciativa uma oportunidade importante para disseminar conhecimento técnico e estratégico da produção da pluma, contribuindo para o fortalecimento da cotonicultura no Tocantins e no Brasil”, afirmou. O evento contou também com uma mesa-redonda, composta por especialistas como Valdinei Sofiatti, pesquisador da Embrapa; Daniel Cerri, consultor agrônomo; Fausto Garcia, produtor de algodão no Tocantins e Maranhão; e Eric Collichio, pesquisador. Durante os debates, foram abordados temas como os desafios técnicos e econômicos da produção de algodão na região, a importância de consultoria especializada e os benefícios da organização setorial. Segundo Portocarrero, Garcia compartilhou sua experiência como produtor, relatando o cultivo de 8 mil hectares de algodão e o investimento em beneficiamento na própria fazenda, que inclui a produção de óleo bruto e torta de algodão para ração. Ele ressaltou que a cultura demanda alta tecnologia, capital e capacitação, mas oferece uma rentabilidade significativa. Cerri destacou as peculiaridades do Tocantins, como a variabilidade de solos e altitudes, e a importância do manejo técnico contínuo para a viabilidade da cultura. Sofiatti apresentou as ações da Embrapa para adaptar materiais às condições regionais e incentivar os produtores a retomarem a associação estadual de produtores de algodão, fortalecendo o setor no estado.

Relatório de Safra - novembro de 2024
14 de Novembro de 2024

O Brasil já deu início à safra 2024/2025 de algodão! O plantio começou em novembro nas lavouras de São Paulo e Paraná, e em breve será a vez da Bahia, onde a previsão de início é para o dia 21. Segundo as primeiras estimativas da Abrapa, a área dedicada à fibra deverá crescer 7,4% em comparação ao ciclo anterior, chegando a 2,14 milhões de hectares. Neste cenário, e considerando uma produtividade projetada em 1859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare (0,6%), a produção pode chegar 3,97 milhões de toneladas de algodão. Para acessar todas as informações detalhadas sobre a nova safra, confira o Relatório da Safra da Abrapa – Novembro de 2024, disponível clicando aqui.

Cotton Brazil inicia missão Vietnã-China no dia 17
14 de Novembro de 2024

O Cotton Brazil, programa de promoção global do algodão brasileiro desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realiza sua nona missão internacional neste ano. Os países alvo são Vietnã e China, que, juntos, responderam por 64% das exportações nacionais de pluma realizadas no ano comercial 2023/2024. O objetivo do intercâmbio, que vai de 17 a 23 de novembro, é reforçar ainda mais as relações comerciais entre produtores e exportadores de algodão brasileiro com as duas nações. Além de maior consumidora mundial de pluma, a China é a maior exportadora global de produtos têxteis. Já a indústria têxtil vietnamita é a terceira que mais exporta no mundo. A delegação brasileira terá oito representantes e será coordenada pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Esse contato direto com fiações, indústrias e varejistas tem sido fundamental para mostrarmos os avanços do algodão brasileiro. Além disso, mantemos o canal de diálogo aberto pois sempre há aspectos para aperfeiçoarmos”, observou Schenkel. No ciclo comercial 2023/2024, a China importou 1,32 milhão de toneladas de algodão do Brasil, o equivalente a 49% do total. O Vietnã, 389 mil toneladas (15%). A missão começa pela capital do Vietnã, Hanoi, que receberá uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook” e visitas técnicas a indústrias têxteis. Em seguida, a delegação brasileira segue para Hue para mais uma rodada de visitas e um almoço de negócios com empresários locais. No dia seguinte, o destino é a cidade de Ho Chi Minh, onde será realizada mais uma edição “Cotton Brazil Outlook” e visitas a fiações. Na China, a agenda inclui uma série de reuniões com entidades de classe e empresas estatais do setor industrial têxtil na capital, Pequim. Entre as já confirmadas, estão China National Cotton Group Corporation (CNCGC), China National Cotton Exchange (CNCE), Chinatex Corporation, China Cotton Association (CCA) e China Cotton Textile Association (CCTA). O Cotton Brazil foi idealizado pela Abrapa e é desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). A iniciativa recebe apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

Abrapa e Abit unidas no combate à contaminação do algodão brasileiro
13 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estiveram reunidas nesta quarta-feira (13) em uma reunião extraordinária dos comitês de Fiação e da cadeia de Algodão da Abit, mediada pelo coordenador do Comitê de Algodão da Abit, Sérgio Benevides. Na pauta, o debate sobre a contaminação do algodão e seus impactos na indústria têxtil brasileira. O presidente emérito da Abit, Fernando Pimentel, abriu o encontro destacando a importância da orientação ao produtor e seus times sobre boas práticas e o manejo correto na lavoura e no beneficiamento, o que resultará em menos perdas de produção e de qualidade na indústria. Na ocasião, o gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) da Abrapa, Edson Mizoguchi, apresentou os principais pontos da nota técnica, elaborada pela Abrapa, com o objetivo de orientar o produtor sobre como evitar a contaminação da fibra. Entre as principais causas da contaminação estão o plástico, fragmentos da casca da semente (seed coat), ação de insetos, como a mosca branca, o pulgão e a cochonilha, que causam a pegajosidade. "As causas da contaminação podem ser evitadas com atitudes corretas. Esse guia é parte do esforço da associação para orientar produtores e operadores sobre os principais contaminantes, qual a sua origem, consequências e as formas de mitigar esses problemas", explica Edson Mizoguchi para quem "somente a constância de boas práticas irá garantir a qualidade final do algodão produzido no Brasil." A nota técnica divulgada pela Abrapa complementa o rol de instruções destinadas ao produtor, relacionadas à manutenção da qualidade do algodão brasileiro, em um trabalho que teve início em 2023. Para ter acesso ao conteúdo completo, acesse os links: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/09/Nota-Tecnica-%E2%80%93-Contaminacao.-versao-de-24.09.24.pdf https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/10/Rede-Bicudo-Brasil-Safra-2023.2024.pdf