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Mato Grosso No Ar: Entrevista Alexandre Schenkel - Parte 2
11 de Setembro de 2024

A entrevista da semana de hoje é com o presidente da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Alexandre Schenkel. Agora ele conversa com Vanderlei Munhoz sobre a industrialização do algodão em Mato Grosso, as dificuldades encontradas pela indústria, o diálogo com os governos estadual e federal e a preocupação com a reforma tributária. Confira: https://www.matogrossonoar.com.br/artigo/entrevista-da-semana-parte-2-alexandre-schenkel

Safra de algodão 23/24: produção brasileira elevada apesar de desafios com clima e pragas
11 de Setembro de 2024

Os dados oficiais da Conab apontam que, até esta segunda-feira (09), a safra de algodão 2023/24 está 95,6% colhida no Brasil. Com os trabalhos em sua reta final, a avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) é de que a produção pode configurar recorde histórico, mais em função do aumento de área do que pela produtividade. “Foi um ano interessante. Foi prejudicial para a soja que antecede 70% da safra de algodão e isso fez uma janela de plantio mais curta em janeiro, então não favoreceu tanto o algodão. Estávamos torcendo por boas chuvas no final do ciclo, o que fez com que tivéssemos boas produtividades. Vamos ter uma produtividade boa, mas não excelente como foi 2023, é uma safra boa mas não excepcional, mas por causa do aumento de área neste ano vamos bater recorde de produção”, diz Alexandre Schenkel, Presidente da Abrapa. Exemplo deste cenário é o estado do Mato Grosso, principal produtor de algodão do Brasil. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve aumento de 21,57% na área semeada na safra 23/24 em relação ao plantio de 22/23. Já a produtividade registrada ficou 6,42% menor no atual ciclo. Sendo assim, a produção final do Mato Grosso deve ficar em 6,39 milhões de toneladas de algodão em caroço, 13,9% superior ao ciclo 22/23. O saldo é parecido também em Goiás, onde apesar das dificuldades, a produção final vem sendo registrada acima do esperado. “Foi um ano atípico, tivemos problemas climáticos no início do estabelecimento da cultura, tivemos problemas com pragas, mosca-branca foi um alvo bastante forte na soja e depois no algodão e o bicudo sempre presente. Foi um ano desafiador para o produtor, mas o balanço é positivo, a maioria das regiões e dos produtores com quem a gente conversou está atingindo produção maior do que o esperado”, diz Carlos Alberto Moresco, Vice-presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). “O que chamou mais a atenção foram infestações altas de bicudo em praticamente todas as regiões produtoras, mas tivemos também problema com mosca-branca que na cultura da soja já foi um problema bem maior do que nas quatro safras anteriores, problema de tripes também com uma população na soja e ofertando também no algodão e lagartas mais na região da Bahia do que no Mato Grosso”, relata a Pesquisadora da Fundação MT, Lúcia Vivan. “O bicudo sempre foi a principal praga do algodoeiro, mas temos que ficar cada vez mais atentos porque foi um desafio muito grande nesse ano demandando muitas aplicações para o controle. Também a mancha-alvo teve um ataque muito severo porque tivemos um período de chuvas muito grande no mês de abril que prejudicou as lavouras do Mato Grosso e aumento a tensão para manchas foliares”, acrescenta Schenkel. Quem também destaca esse aumento nos casos de mancha-alvo nos algodoeiros é Guilherme Hungueria, Gerente de Campanhas para Milho e Algodão da Bayer. “Essa safra foi bastante atípica para o produtor de algodão, especialmente no Mato Grosso onde houve condições climáticas inesperadas. Somado a isso, a gente viu um comportamento diferente de uma doença que é conhecida do produtor que é a mancha-alvo. Nesse sentido, a gente trabalhou fortemente para identificar o que vem acontecendo com essa doença, trabalhamos nos laboratórios juntamente com outros pesquisadores. O produtor enfrentou uma janela de plantio diferente, situações climáticas diferentes e esse é um fungo necrotrófico, que tem comportamento de permanecer nos restos das culturas, são diversos fatores que podem ter contribuído”. A pesquisadora explica que as condições climáticas desta temporada acabaram sendo mais favoráveis ao desenvolvimento das pragas. “Isso se deu em virtude do período mais seco e da dificuldade de destruição da soqueira, que manteve algumas plantas na cultura da soja. Tivemos também uma janela de plantio maior com relação à outras safras até pela dificuldade de plantio da soja em período correto, então muitas áreas que eram de segunda safra de algodão passaram a ser primeira safra. Então na cultura da soja já tivemos uma infestação muito maior e isso acaba passando para a cultura do algodão”, diz Vivan.

Mato Grosso No Ar: Entrevista Alexandre Schenkel
10 de Setembro de 2024

A entrevista da semana de hoje é com Alexandre Schenkel presidente da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Na primeira parte ele conversa com Vanderlei Munhoz sobre o crescimento do algodão brasileiro no mercado externo, o trabalho feito ao longo dos anos para sair da condição de importador para exportador, as perspectivas da produção brasileira e o projeto “Sou do Algodão”. Confira aqui: https://www.matogrossonoar.com.br/artigo/entrevista-da-semana-parte-1-alexandre-schenkel

Brasil aposta em rastreabilidade do algodão para entrar em países mais difíceis
10 de Setembro de 2024

Fortaleza, 9 de setembro de 2024 – A rastreabilidade do algodão é cada vez mais importante para o setor, principalmente para a exportação, onde o Brasil precisa alocar um grande volume. “Muitas de nossas exportações são indiretas. Vendemos para a Ásia, mas parte dos consumidores têxteis finais está na Europa e nos Estados Unidos”, explica Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras News, durante o 14o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Fortaleza. Duarte lembra que a Europa e os Estados Unidos impõem restrições que impactam na demanda pelo algodão. “As fábricas têxteis estão na Ásia, mas eles querem saber de onde vem o fio que compram a roupa”, explica. O Brasil precisa atender esta demanda, entregando produto rastreável. Neste caminho, a Syngenta é a primeira empresa a utilizar peças que tem rastreabilidade de um programa da Abrapa. “Todos os nossos colaboradores do estande no Congresso estão usando camisas totalmente rastreáveis, de ponta a ponta”, explica Rafael Borba, gerente de Marketing Algodão da marca. Segundo o gerente, o projeto estimula o consumo de fibra natural e sustentável. “Isto nos ajuda a buscar novos mercados e entrar em países mais difíceis”, justifica.

Abit e Abrapa assinam compromisso de aumentar consumo interno de algodão de 700 mil toneladas para 1 milhão
09 de Setembro de 2024

Setor têxtil brasileiro vem crescendo e se recuperando das quedas da pandemia. Indústria nacional também acompanha aumento das exportações de algodão do Brasil para indústrias estrangeiras concorrentes. Assista https://www.youtube.com/watch?v=cNgNMJj-zIo&t=1s

Abrapa e ABIT assinam compromisso para alavancar consumo interno de algodão
09 de Setembro de 2024

Como criar sinergia entre cotonicultores, indústria, varejo e cliente final para alavancar o consumo da fibra de algodão? A resposta a esta pergunta ganhou destaque no último dia do 14º Congresso Brasileiro de Algodão. A plenária “Estratégias globais do mercado têxtil: conectando com o consumidor final” mobilizou o debate sobre o tema entre especialistas internacionais e empresários brasileiros, além de ter trazido uma novidade de peso: o anúncio de um compromisso assinado entre as associações brasileiras de Produtores de Algodão (Abrapa) e da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) de elevar o consumo interno de algodão para um milhão de toneladas anuais. Líder de um grupo de empresas de consultoria internacional que tem entre os seus clientes marcas como Hugo Boss e Versace, Giuseppe Gherzi fez um panorama sobre tendências de ponta do mercado têxtil e de fibras a nível internacional, ressaltando o grande potencial do Brasil. Após a apresentação do consultor, foi promovido um debate mediado pela jornalista Maria Prata, com a participação do próprio Gherzi, da consultora italiana Marzia Lanfranchi, do presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, do diretor-presidente das Lojas Renner S.A, Fábio Adegas, e do presidente da Vicunha Têxtil, Marcos De Marchi. Co-fundadora da plataforma “Cotton Diaries”, Marzia Lanfranchi ressaltou a importância do diálogo com as marcas e a exploração do diferencial oferecido pela cadeia produtiva do algodão. “A conexão humana do algodão é incrível, e a oportunidade que nós temos aqui é de estabelecer um canal com as marcas em torno do potencial que essa narrativa oferece, uma história de sustentabilidade, conectada com ciência e dados reais”, ressaltou Marzia. O presidente da Vicunha Têxtil, Marcos De Marchi, por sua vez, ressaltou as propriedades únicas do algodão, em termos de toque e conforto, e as largas oportunidades que existem para o algodão brasileiro, a despeito do domínio das fibras sintéticas. “O que nós temos que mostrar ao mundo é que o nosso algodão é sustentável, que a nossa produção não ocupa áreas de comida e também buscar acordos internacionais para tornar o produto têxtil mais competitivo”, resumiu De Marchi. Anúncio – Após a plenária, o presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Fernando Pimentel, e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, assinaram um documento, anunciando o compromisso conjunto de elevar o consumo interno de algodão para um milhão de toneladas anuais. Considerada um marco histórico para a cadeia produtiva do algodão brasileira, a meta representa um avanço significativo em relação às atuais 700 mil toneladas, demonstrando a confiança das duas entidades no potencial de crescimento e desenvolvimento do setor. Para Pimentel, a iniciativa demonstra o fortalecimento de uma visão sistêmica da cadeia produtiva. “A própria iniciativa desse congresso mostra essa capacidade de conexão, de coesão. Vamos coordenar esforços e acelerar a execução dos nossos planos: temos um país muito competitivo na área agrícola e tem que transportar essa competitividade para a indústria”. Já o presidente da Abrapa finalizou a plenária com uma perspectiva otimista.  “Nos anos 1970, quando Pelé venceu a Copa do Mundo usando camisa de algodão, o Brasil disputava a terceira divisão do mercado, como importador de algodão. Nos anos seguintes, construímos uma nova era do algodão brasileiro, chegando à segunda divisão. Agora nós queremos ser cada vez mais protagonistas. Em 2030, vamos ser não só os maiores como os melhores fornecedores de algodão do mundo, com sustentabilidade e responsabilidade”, afirmou Schenkel. Fonte: 14º Congresso Brasileiro de Algodão

Algodão Brasileiro: Transformando a Fibra em Marca
09 de Setembro de 2024

A cadeia produtiva do algodão brasileiro está em constante evolução, com esforços para transformar o produto, tradicionalmente uma commodity, em uma marca reconhecida pelo consumidor final. A iniciativa “Sou do Algodão”, liderada pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), busca aumentar o consumo interno e consolidar a imagem da fibra no mercado nacional e internacional. Durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), realizado em Fortaleza, especialistas destacaram a importância de entender o mercado e o consumidor para diferenciar o algodão brasileiro no cenário global. João Branco, ex-CMO do McDonald’s, compartilhou insights sobre como construir uma marca forte, autêntica e próxima do consumidor, citando o exemplo de sucesso do rebranding do McDonald’s no Brasil. Para ele, criar uma conexão emocional com o público é essencial para o sucesso de qualquer produto. Luis Fernando Samper, especialista em marcas, falou sobre o posicionamento do café colombiano, que se destacou nos anos 60 e hoje é amplamente reconhecido, em parte pela criação das cafeterias Juan Valdez, em resposta à chegada da Starbucks. Ele destacou a importância de agregar valor ao produto e entender as nuances que afetam sua produção e qualidade. Para Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa, o algodão brasileiro já atingiu um nível de rastreabilidade impressionante, sendo 100% rastreável. No entanto, ela reforçou a necessidade de planejar o futuro da fibra, adicionando mais valor ao produto e consolidando a posição do Brasil como um dos maiores exportadores mundiais de algodão. Atualmente, o Brasil exporta cerca de 2,7 milhões de toneladas de algodão por safra e consome internamente cerca de 700 mil toneladas, com a meta de elevar o consumo nacional para 1 milhão de toneladas. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) e a Abrapa assinaram um compromisso conjunto para elevar o setor a um novo patamar. Segundo Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, o Brasil já avançou significativamente nas últimas décadas, saindo de importador de algodão para ser um dos maiores exportadores globais. A meta para 2030 é consolidar o país como o melhor e maior fornecedor de algodão do mundo, aumentando tanto a produção quanto a qualidade do produto. Fernando Pimentel, da ABIT, ressaltou a importância de coordenar esforços entre os diferentes setores da cadeia produtiva para acelerar a execução de planos estratégicos. A presença de grandes nomes da indústria têxtil e do varejo, como Fábio Adegas, diretor-presidente da Lojas Renner, e Marcos De Marchi, presidente da Vicunha Têxtil, reforça a importância de parcerias sólidas para alcançar esses objetivos. Desafios e Oportunidades para o Algodão Brasileiro O setor algodoeiro brasileiro enfrenta desafios e oportunidades significativas nos próximos anos. A sustentabilidade e a rastreabilidade são dois dos principais pilares que podem diferenciar o algodão brasileiro no mercado global. A Abrapa já vem adotando práticas avançadas de monitoramento e rastreabilidade, garantindo que o produto brasileiro atenda aos padrões internacionais de qualidade e sustentabilidade. Além disso, o avanço da tecnologia na produção de algodão permite um monitoramento mais eficaz de todas as etapas, desde a plantação até a colheita, resultando em uma fibra de qualidade superior. A adaptação às novas demandas do mercado, como a preferência por produtos sustentáveis e rastreáveis, é um dos caminhos que o setor deve seguir para continuar crescendo e se consolidando como um dos principais produtores globais. Outra oportunidade está na ampliação do consumo interno de algodão. Embora o Brasil seja um dos maiores exportadores de algodão, o consumo interno ainda pode ser significativamente ampliado. Com a meta de chegar a 1 milhão de toneladas consumidas internamente, o mercado nacional tem potencial para crescer, especialmente se o algodão brasileiro for posicionado como um produto de qualidade superior e sustentável. O Papel do “Sou do Algodão” O movimento “Sou do Algodão” desempenha um papel fundamental na conscientização do consumidor sobre a importância de escolher produtos que utilizam algodão nacional. Além de promover o uso do algodão em grandes redes de varejo e marcas de moda, o programa busca educar o consumidor sobre a rastreabilidade e os benefícios do algodão produzido no Brasil. Esse tipo de iniciativa é crucial para aproximar o consumidor final do produto e criar uma conexão emocional com a marca algodão. Assim como no exemplo do café colombiano, citado por Luis Fernando Samper, o Brasil tem o potencial de transformar o algodão em uma marca reconhecida e valorizada globalmente, mas isso exige um trabalho conjunto de toda a cadeia produtiva e investimentos contínuos em marketing e posicionamento de marca. O futuro do algodão brasileiro é promissor, mas também desafiador. A transformação da fibra em uma marca forte e reconhecida pelo consumidor final depende da sinergia entre produtores, indústria têxtil e varejo, além de investimentos em marketing e inovação. Com o avanço da rastreabilidade e o compromisso com a sustentabilidade, o Brasil tem a oportunidade de se consolidar como o maior e melhor fornecedor de algodão do mundo até 2030, tanto no mercado interno quanto no externo.

Brasil supera os EUA e lidera exportações de algodão em novo recorde
09 de Setembro de 2024

O Congresso Brasileiro do Algodão 2024 reuniu mais de 3.500 participantes e mais de 100 palestrantes para debater as principais inovações e tendências no setor. Em sua 14ª edição, o evento também celebrou os 25 anos da ABRAPA e comemorou o recorde de 3,6 milhões de toneladas de algodão colhidas na safra 2023/2024. Além disso, o Brasil ultrapassou os EUA e se tornou líder mundial em exportações de algodão. Confira as novidades, os desafios para a próxima safra e os avanços tecnológicos que moldam o futuro da cotonicultura. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=4YOVmFphhFI