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Brasil garante à China oferta firme de algodão
04 de Junho de 2024

Em meio a uma conjuntura comercial e geopolítica desafiadora, a China encontrou no Brasil um parceiro confiável no fornecimento de algodão neste ano. A constatação ficou clara durante a primeira etapa da missão realizada no país asiático pelo Cotton Brazil, iniciativa de promoção internacional da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Desde 28 de maio, uma delegação brasileira com nove membros da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) realiza uma programação comercial na China. O intercâmbio faz parte do cronograma de ações deste ano do Cotton Brazil. De janeiro a abril de 2024, o Brasil respondeu por quase 48% do algodão importado pelos chineses. Há seis anos, essa participação era de 6%. Os negócios no ano comercial (de agosto de 2023 a abril de 2024) somaram 1,2 milhão de toneladas de algodão brasileiro – volume superior à totalidade do ciclo 2022/23. “Se essa tendência se mantiver, poderemos dobrar o recorde histórico de 2020/21, que foi de 720,5 mil toneladas”, pontua o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. Responsável por coordenar o Cotton Brazil, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte explica que a opção da China em negociar com o Brasil tem dois motivos. “O país enfrenta conflitos comerciais e geopolíticos com os Estados Unidos e a Austrália, e, por outro lado, o Brasil tem aumentado seu protagonismo no mercado global”, analisa o executivo. A previsão é que o Brasil exporte no ciclo 2023/24 um volume final de 2,5 milhões tons. “É uma verdadeira revolução se lembrarmos que, na década de 1990, éramos o segundo maior importador de pluma no mundo. Hoje somos o segundo maior exportador e atendemos plenamente nosso mercado interno”, observa Marcelo Duarte. Outro atrativo é o fato de que o Brasil tem aliado eficiência produtiva com práticas sustentáveis. “De 1990 para cá, reduzimos a área plantada em mais de 50% e hoje usamos 0,2% do território brasileiro para produzirmos 3,5 milhões tons – 400% a mais do que nos anos 1990. E isso mantendo 66% do nosso País com vegetação nativa preservada em áreas protegidas”, enumera o diretor. A evolução sustentável da cotonicultura brasileira foi o eixo central da apresentação feita por Marcelo Duarte durante o painel de tendências globais do "2024 China Cotton Industry Development Summit", evento anual realizado pela China National Cotton Exchange (CNCE) em Xi'an, na China. Pelo terceiro ano consecutivo o diretor da Abrapa participa como palestrante, dessa vez ao lado de representantes dos Estados Unidos e da Austrália. O evento reuniu cerca de 800 participantes do mundo todo e apresentou um panorama atual de como os setores de algodão e têxtil tendem a se comportar no próximo ano. Entre os destaques, a menor safra norte-americana em 37 anos, registrada em 2023/24, e o aumento no volume importado pela China – maior marca de dez anos para cá. As projeções a médio prazo, no entanto, levantaram incertezas. Eventos climáticos adversos em diferentes países produtores têm dificultado os prognósticos quanto à oferta de algodão. Por outro lado, o surgimento de novas legislações e o avanço da produção de tecidos sintéticos complicam as estimativas de demanda. O saldo da presença brasileira no evento, entretanto, foi positivo. “Saímos do congresso da CNCE confiantes de que o Brasil está no caminho certo para manter e fortalecer seu posicionamento de mercado. É uma jornada de melhoria contínua e nosso foco é continuar trabalhando para fornecer ao mundo essa importante fibra sustentável e renovável”, avaliou o diretor da Abrapa. A missão do Cotton Brazil continua até o dia 6 de junho. A delegação brasileira seguiu para Xangai e Ningbo para reuniões de trabalho e visitas técnicas a órgãos públicos, fiações e indústrias têxteis. O último compromisso oficial é a participação na reunião ampla da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que ocorre 4 de junho com presença do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.

Programação abrangente: salas temáticas do 14º CBA exploram desde mudanças climáticas até o mercado de algodão
04 de Junho de 2024

O desafio das condições climáticas adversas no cultivo do algodoeiro será o tema da plenária técnica do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Com o intuito de esclarecer as principais dúvidas dos congressistas, as palestras do agroeconomista Eduardo Delgado Assad, do consultor de fitotecnia e fisiologia Ederaldo Chiavegato, e do professor da Unesp, Odair Fernandes, abordarão aspectos como produção agrícola, desenvolvimento do algodoeiro e dinâmica das pragas, respectivamente, analisados sob a perspectiva das intempéries e seus impactos na cotonicultura do país. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento acontecerá de 03 a 05 de setembro, em Fortaleza/CE. "Este ano, os congressistas provavelmente estarão interessados em compreender o que ocorreu, por que e se há possibilidade de mitigar os efeitos da variabilidade climática. Certamente, essas dúvidas serão elucidadas durante as palestras técnicas e workshops, que seguirão o formato tradicional e serão realizadas no período da tarde dos três dias de congresso", afirmou Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA, referindo-se aos eventos climáticos que influenciaram a produção, dentre outros, como as chuvas no Rio Grande do Sul. Além da plenária técnica, o Congresso terá três tempos de seis salas temáticas, divididas em hubs dispostos, simultaneamente, em um espaço hexagonal. O público participará das apresentações com fones de ouvido e terá a flexibilidade de poder migrar entre as salas, conforme o interesse no tema, sem precisar definir previamente as palestras de preferência. Na tarde do terceiro dia, seis workshops serão conduzidos simultaneamente. Com o tema “Algodão Brasileiro: Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, a expectativa de público para o 14º CBA é de mais de três mil pessoas. A cada dois anos, o evento reúne não apenas a comunidade científica, mas também produtores e representantes de toda a cotonicultura, para a troca de conhecimentos, experiências e estratégias para enfrentar os desafios que afetam a produção de algodão no Brasil.   Salas temáticas Uma parte importante da programação são as salas temáticas, que abordarão uma ampla variedade de tópicos, incluindo mercado de algodão, sustentabilidade e meio ambiente, controle de pragas, tecnologia e inovação. Essas sessões ocorrerão sempre durante o período da tarde. Para este evento, foram convidados 76 palestrantes, incluindo dois especialistas internacionais. “Organizamos, no total, 19 salas temáticas e seis workshops por eixo, de acordo com a natureza do assunto, que são: entomologia; fitopatologia e nematologia; qualidade, colheita, beneficiamento e agronomia, sustentabilidade e fisiologia”, informa Belot. Uma das salas temáticas é a plenária, que será feita para todo público presente. Na sala 1, o destaque será o manejo do bicudo-do-algodoeiro, com a coordenação da pesquisadora da Fundação MT, Lucia Vivan. Integram o painel os consultores Walter Jorge, Marcio Souza e Paulo Degrande. A sala 2 segue com a mesma temática, porém, com enfoque no uso de ferramentas para o controle da praga, conduzida pelos pesquisadores Júlio César Bogiane (Embrapa) e Edson Andrade (IMAmt), além do diretor da Amipa, Licio Augusto Pena de Sairre. O manejo de pragas do sistema de produção é o tema da sala 3, com coordenação do pesquisador Jacob Netto (IMAmt) e presença de Lucia Vivan e do entomologista Marco Tamai (Universidade do Estado Bahia). Na sala 4, a evolução da entomofauna no sistema será tratada pelo professor Geraldo Papa (Unesp) e seus convidados, os professores Jose Bruno Malaquias (Universidade Federal da Paraíba) e Jorge Torres (Universidade Federal Rural de Pernambuco). A evolução da ocorrência e do manejo de nematoides no algodoeiro com olhar no sistema de produção será o assunto da sala 5, coordenada pelo pesquisador Rafael Galbieri (IMAmt). Os pesquisadores da Embrapa Guilherme L. Asmus e Nelson Dias Suassuna completarão a lista dos palestrantes. Galbieri também supervisionará a sala 6, cujo tema será evolução da ocorrência e do manejo da ramulária e de manchas no algodoeiro. Os professores Sergio H. Brommonschenkel (Universidade Federal de Viçosa) e Danilo Pinho (Universidade de Brasília) integrarão a equipe. “O combate à mancha-alvo, uma das doenças mais relevantes do algodoeiro, também será um tema muito procurado pelos congressistas, devido à criticidade da ocorrência dessa doença esse ano”, avalia o coordenador. Na sala 7, os resultados dos ensaios em cooperação de doenças e nematoides e ações práticas de manejo serão abordados pelo coordenador, o pesquisador Fabiano Perina (Embrapa) e os palestrantes Lais F. Fontana (Instituto Goiano de Agricultura) e Guilherme Ohl (Ceres Consultoria). A produção sustentável do algodão será assunto para os cases de sucesso, na sala 8. A coordenação será do pesquisador Fernando Lamas (Embrapa), com a participação de William Matté (Grupo MeC), do agrônomo Ricardo Atarassi e do consultor Evaldo Kasushi Takisawa. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, conduzirá o tema impulsionando a sustentabilidade na produção de algodão: da visão de programas a indicadores ambientais, com a presença da pesquisadora Beata Madari (Embrapa) e Juliana Lopes (Grupo Amaggi), na sala 9. Com a coordenação do agrônomo Cézar Busato, a sala 10 irá tratar de mudanças fisiológicas da planta para adaptação a estresses abióticos e terá a participação de Katarzyna Glowacka, Universidade de Nebrasca (EUA), e do pesquisador José Salvador Simoneti Foloni (Embrapa). Na sala 11, os participantes terão o perfil e fertilidade do solo como estratégia para minimizar as consequências da variabilidade climática, sob supervisão de Fernando Lamas. Participarão Júlio Cesar Salton, Álvaro Vilela Resende e Ieda Mendes, todos pesquisadores da Embrapa. Na sala 12, modelos de sistema de produção para algodoeiro: impactos no perfil e estoque de carbono no solo serão debatidos sob supervisão de Alexandre Cunha de Barcelos Ferreira (Embrapa). Farão parte do painel Junior Cézar Avanzi (Universidade Federal de Lavras) e Fábio Ono (SLC Agrícola). O diretor de relações internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, levará o tema índice de fibras curtas e o impacto na qualidade do algodão brasileiro para a discussão na sala 13, com a presença do consultor têxtil Samuel Yanase e Jean Belot. Como melhorar a qualidade da fibra do algodão brasileiro será tratado na sala 14, com coordenação de Edmilson Santos (SLC Agrícola), e palestras de Fabio Echer (Universidade do Oeste Paulista) e Jean Belot. Sob coordenação e participação de Arlindo Moura (Santa Colomba Agropecuária), a controladoria e gestão para perpetuar os negócios será apresentada na sala 15. O pesquisador Murilo Maeda levará para a sala 16 os desafios e as novas ferramentas para melhorar as cultivares de algodão, com palestras dos também pesquisadores Camilo de L. Morello e Pedro Henrique Araújo Diniz. Na sala 17, o produtor Celestino Zanela apresentará o tema: qual espaço temos para o cultivo algodoeiro irrigado no Brasil, com a participação dos consultores Everardo Mantovani e Igor Santos. Por fim, a evolução da colheita e beneficiamento, e impacto na qualidade da fibra será abordada na sala 18, com supervisão de Jean L. Chanselme (Cotimes) e presenças de Paulo Otávio Parreira (supervisão de manutenção) e Jonas Nobres (Laferlins Corretora). Os painéis se realizarão sempre na parte da tarde e com horários diferenciados. Para mais informações sobre a programação, consulte 14º Congresso Brasileiro do Algodão - CBA 2024 (congressodoalgodao.com.br)

Mato Grosso está oficialmente fora da zona de exclusão de algodoeiros transgênicos
04 de Junho de 2024

O Estado de Mato Grosso não está mais sujeito à área de exclusão para o cultivo de algodoeiros geneticamente modificados. A decisão foi oficializada na edição desta quarta-feira, 29 de maio, do Diário Oficial da União, pelo presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Leandro Vieira Astarita. A CTNBio baseou sua deliberação em um parecer solicitado à Embrapa Algodão. A votação ocorreu em 09 de maio e para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a iniciativa marca um avanço significativo para o desenvolvimento do agronegócio no estado. A celebração gira em torno da perspectiva de ampliar a área de cultivo de algodão no Mato Grosso, que já responde por 72% da produção nacional da fibra. “Essa região possui um potencial considerável, pois é capaz de realizar cerca de duas safras e meia por ano, incluindo soja, algodão e milho. Esse modelo intensivo de cultivo potencializa a utilização do solo e promove uma significativa melhoria na renda dos agricultores”, afirma Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa. A zona de exclusão foi criada, em 2005, para evitar a contaminação de espécies nativas de algodão e o impacto ambiental na região pantaneira. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o isolamento geográfico entre cultivares é a forma mais eficiente de se evitar cruzamentos. No entanto, estudos da Embrapa Algodão comprovaram que não há riscos nessas áreas específicas do Mato Grosso, e que a liberação do plantio de algodão transgênico trará um grande potencial econômico para a região. O estado se destaca especialmente no cultivo de algodão devido à adoção de alta tecnologia agrícola. “Com os cuidados meticulosos dos produtores, o Brasil poderá garantir um fornecimento constante de algodão tanto para o mercado internacional quanto para a indústria nacional”, complementa Portocarrero.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
31 de Maio de 2024

Destaque da Semana - Depois de subir acima de US$ 80c/lp na semana, ontem o mercado fechou em queda forte ontem com notícias de chuvas nos EUA. Algodão em NY - O contrato Jul/24 fechou nesta quinta 30/05 cotado a 77,76 U$c/lp (-4,8% na semana). O contrato Dez/24 fechou 76,51 U$c/lp (-2,4% na semana) e o Dez/25 a 75,79 U$c/lp (+0,2% na semana). Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 690 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 30/mai/24). Altistas 1 - A previsão é de que a economia chinesa cresça 5,0%, conforme divulgou o Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana. Altistas 2 - O número está dentro da meta do Partido Comunista e acima dos 4,6% previstos anteriormente pelo FMI. Altistas 3 - No Paquistão e na Índia, ondas de calor severo com temperaturas acima de 50ºC afetaram as áreas de algodão esta semana, atrasando o plantio. Baixistas 1 - Vivemos ainda um período de demanda fraca influenciada por fatores geopolíticos e macroeconômicos negativos. A inflação e as taxas de juros permanecem em um nível muito alto no mundo. Baixistas 2 - Os preços do fio de algodão estão estagnados e a lucratividade das fiações tem sido ruim. Baixistas 3 - Chuvas em grande parte da região do cinturão do algodão norte-americano colocaram pressão no mercado, ratificando o bom começo de safra por lá, que tem 60% da área já plantada. China Cotton Summit 1 - Comitiva brasileira na China participou esta semana do 2024 China Cotton Industry Development Summit, congresso anual da CCA que ocorre este ano na cidade de Xi’an, com 800 participantes. Abaixo um resumo dos principais pontos relativos a mercado: China Cotton Summit 2 - Forte presença do Estado em políticas públicas de impacto atestam que a China seguem empenhada e focada em desenvolver sua cadeia de algodão/têxtil no longo prazo. China Cotton Summit 3 - Palestrantes de mercado apontaram a pequena safra norte-americana (menor em 37 anos) e o grande volume importado pela China (maior dos últimos dez anos) como os grandes eventos fundamentalistas altistas do ciclo 2023/24. China Cotton Summit 4 - As questões em aberto para o período 24/25, que começa em agosto são: 1) qual será a demanda global? Será que o número de 25,4 milhões tons (+3% que 23/24) irá se realizar? 2) quanto a China vai importar em 24/25? e 3) qual será o tamanho da safra americana? China Cotton Summit 5 - O maior impacto nos preços da bolsa de NY é causados pela oferta e demanda dos EUA. Lá, o clima vai ajudando e o aumento de 33% para 3,5 milhões tons e até mais parece factível. Mas as previsões climáticas para a safra são de mais furacões e menos chuva. China Cotton Summit 6 - Mais volatilidade à vista: com o cenário da safra americana em aberto, um dos palestrantes afirmou que se a safra cair para 2,8 milhões tons, o preço pode chegar a 0,95 U$c/lp mas se for a 3,7 milhões tons podemos ter algodão de 0,65 U$c/lp na bolsa de NY. China Cotton Summit 7 - A safra do hemisfério sul está praticamente definida, com o Brasil e Austrália novamente colhendo grandes volumes. A previsão é que o Brasil ultrapasse os EUA nas exportações em 24/25, mas isso por outro lado pode aumentar os estoques nos EUA e derrubar preços. China Cotton Summit 8 - Além disso, com esse cenário em que Brasil e Austrália exportam 1 milhão tons a mais que os EUA, a gestão de risco de mercado ficará mais complexa, com mais pressão e volatilidade nos “basis” desses países. China Cotton Summit 9 - Em termos de cenário futuro, incertezas tanto em termos de oferta (devido a eventos climáticos extremos) e demanda (novas legislações e competição com sintéticos). China Cotton Summit 10 - Entre os maiores países exportadores, EUA, Brasil e Austrália participaram de um painel no último dia. Os americanos mostraram um cenário climático mais favorável para este ano, reclamaram dos altos custos e deram ênfase no seu programa de sustentabilidade (USCTP). China Cotton Summit 11 - Os australianos disseram que apesar da colheita atrasada entre 4 e 6 semanas devido a chuvas, o volume irá superar 1,2 milhões tons e a qualidade intrínseca está boa. Lá, 75% da safra já está colhida. China Cotton Summit 12 - Já o Brasil destacou o fortalecimento da relação comercial com a China. Neste ano, o Brasil firmou-se como principal fornecedor de algodão para a China, com cerca de 48% do volume importado pelo país Asiático. China Cotton Summit 13 - Além disso, entre outros ativos como qualidade e rastreabilidade, um grande foco da apresentação do país foi na sustentabilidade da produção e baixa ocupação de área (somente 0,2% do país), sendo mais da metade em safrinha. China Cotton Summit 14 - É nítida a grande preferência dos chineses por negociar com o Brasil neste momento de conflitos comerciais e geopolíticos com EUA e Austrália. Cotton Brazil na China 1 - A programação dos brasileiros na China continua nas cidades de Xangai e Ningbo, onde ocorrerão visitas técnicas a fiações e indústrias têxteis. Cotton Brazil na China 2 - A delegação da Abrapa também participa da reunião ampla da Cosban - Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, com presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Exportações - O Brasil exportou 199,7 mil tons de algodão até a quarta semana de mai/24. A média diária de embarque é 4,3 vezes maior em comparação com mai/23. Colheita 2023/24 - Até ontem (30/05), este foi o status da colheita: SP - 54%; MG - 3%, MS - 4,6%, BA - 0,5%, PR – 100%. Colheita total no Brasil: 0,61%. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.comALGODÃO PELO MUNDO

Mato Grosso está oficialmente fora da zona de exclusão de algodoeiros transgênicos
31 de Maio de 2024

O Estado de Mato Grosso não está mais sujeito à área de exclusão para o cultivo de algodoeiros geneticamente modificados. A decisão foi oficializada na edição desta quarta-feira, 29 de maio, do Diário Oficial da União, pelo presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Leandro Vieira Astarita. A CTNBio baseou sua deliberação em um parecer solicitado à Embrapa Algodão. A votação ocorreu em 09 de maio e para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a iniciativa marca um avanço significativo para o desenvolvimento do agronegócio no estado. A celebração gira em torno da perspectiva de ampliar a área de cultivo de algodão no Mato Grosso, que já responde por 72% da produção nacional da fibra. “Essa região possui um potencial considerável, pois é capaz de realizar cerca de duas safras e meia por ano, incluindo soja, algodão e milho. Esse modelo intensivo de cultivo potencializa a utilização do solo e promove uma significativa melhoria na renda dos agricultores”, afirma Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa. A zona de exclusão foi criada, em 2005, para evitar a contaminação de espécies nativas de algodão e o impacto ambiental na região pantaneira. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o isolamento geográfico entre cultivares é a forma mais eficiente de se evitar cruzamentos. No entanto, estudos da Embrapa Algodão comprovaram que não há riscos nessas áreas específicas do Mato Grosso, e que a liberação do plantio de algodão transgênico trará um grande potencial econômico para a região. O estado se destaca especialmente no cultivo de algodão devido à adoção de alta tecnologia agrícola. “Com os cuidados meticulosos dos produtores, o Brasil poderá garantir um fornecimento constante de algodão tanto para o mercado internacional quanto para a indústria nacional”, complementa Portocarrero.

Capacitação de inspetores de UBA para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) é feita em Goiânia
29 de Maio de 2024

Profissionais que trabalham nas Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) tiveram a oportunidade de participar de um curso de capacitação e qualificação como inspetores, oferecido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), no dia 28 de maio. O curso foi realizado no Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e teve supervisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como parte do Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB). De acordo com o gestor do programa de Qualidade da entidade, Edson Mizoguchi, essa iniciativa visa garantir a qualidade da pluma nacional. “Além da capacitação, o laboratório da Agopa adquiriu mais um instrumento de análise de alto volume Classing Q PRO para atender seus associados. Ele é acredito pela NBR ISO IEC 17025 para o escopo de análise de micronaire, UHML, uniformidade, resistência, grau de brilho e grau de amarelamento, principais características comerciais da pluma”, informou o gestor, que na ocasião também apresentou as diretrizes do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do PQAB. Durante o treinamento, os participantes aprofundaram seus conhecimentos sobre os requisitos legais do PQAB, incluindo a Instrução Normativa 24 (IN24), que define o regulamento técnico do algodão em pluma, e a Portaria 375, que estabelece os requisitos para a certificação voluntária de produtos de origem vegetal. Coube à diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, mostrar as ações do pilar de rastreabilidade da instituição. Para Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, a formação dos inspetores é importante para alinhar os processos de rastreabilidade das amostras. “É fundamental estabelecer contato com os envolvidos na produção das UBAs, destacando o procedimento adequado, incluindo a seleção cuidadosa, a retirada correta e a execução conforme as diretrizes da instrução normativa”, disse. Além disso, os participantes receberam orientações detalhadas sobre todo o processo. “Enfatizamos a importância de enviarem amostras corretas, que garantirão a análise mais confiável e precisa do conteúdo do fardo”, explicou. O curso também abordou as melhores práticas para a amostragem, identificação e embalagem do algodão, bem como os procedimentos para o envio das amostras para classificação e análise. Ao final, os inspetores inscritos foram submetidos a uma avaliação para certificar a assimilação do conteúdo. A nota mínima para aprovação foi seis.

IPA faz balanço positivo de proposições de interesse do agro em 2024
29 de Maio de 2024

O Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgaram nesta terça-feira (28), em Brasília, as ações de interesse do agronegócio que foram pautadas no Congresso Nacional, em 2024. De janeiro a maio deste ano, foram apresentadas 611 proposições na Câmara dos Deputados e outras 201 no Senado Federal. Coube ao presidente do IPA, Nilson Leitão, demonstrar os dados durante a assembleia das entidades. "Iniciamos a reunião com o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, com um resumo das ações em discussão no Congresso Nacional. Lupion enfatizou que não há divisões na FPA, e que a união da Frente tem sido demonstrada nas votações da Câmara. A FPA continuará lutando na defesa das questões que afetam os produtores brasileiros, assim como o IPA”, informou Júlio Cézar Busato, conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e vice-presidente do IPA. Após a assembleia, ocorreu uma reunião com Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária (RT) do Ministério da Fazenda, para discutir a tramitação da matéria, a participação de membros do Grupo de Trabalho, incluindo representantes do IPA, na regulamentação da reforma na Câmara dos Deputados, e medidas emergenciais para o Rio Grande do Sul. Foram apresentadas alterações indispensáveis na PLP 68/2024 (Reforma Tributária), como o crédito presumido na aquisição de produção de produtor não contribuinte, limitação dos produtos da cesta básica, do conceito de alimentos, dos insumos agropecuários, a questão do imposto seletivo, os créditos acumulativos de ICMS, entre outras. Em breve, deve ocorrer a votação de outros vetos presidenciais à Lei 14.785/2023, conhecida como Lei dos Defensivos Agrícolas. A discussão sobre as taxas de registro dos defensivos não foi abordada pelo Congresso, em 9 de maio. Esta medida é crucial para assegurar um equilíbrio entre a necessidade de arrecadar recursos para custear os processos de registro e a competitividade do agronegócio brasileiro. O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.  

Após exportação recorde, Abrapa chega à China para fortalecer parcerias
29 de Maio de 2024

De hoje (28) a 6 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promove mais uma missão internacional, agora na China. Entre os intuitos da delegação brasileira, composta por nove representantes da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), está garantir que o ano comercial 2023/24 entre para a história do comércio entre os dois países. Afinal, além de principal importador de pluma brasileira, a indústria têxtil da China tem mostrado na prática que ainda há muito potencial de expansão nas relações com o Brasil. De agosto de 2023 a abril de 2024, o país importou 1,2 milhão de toneladas de algodão brasileiro. Esse volume não apenas supera como indica que o ano comercial atual poderá dobrar o recorde histórico de 2020/21 (720,5 mil tons). Os números refletem o empenho da cadeia produtiva do algodão brasileiro em se firmar como parceiro estratégico dos chineses. “Ano passado, recebemos uma visita da Chinatex no Brasil em que mostramos que poderíamos ampliar o fornecimento à China com um produto de qualidade e de forma recorrente nos 12 meses do ano. Os frutos estão sendo colhidos ao longo do ciclo 2023/24”, observou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. A Chinatex é uma das maiores empresas da China que comercializam algodão. “De olho nos próximos anos, nossa meta nesta missão é fortalecermos a parceria com outras companhias relevantes do setor, como a China National Cotton Exchange (CNCE) e a China National Cotton Group Corporation (CNCGC)”, antecipou Schenkel. A CNCE é uma empresa estatal que gerencia a maior plataforma de negócios de algodão na China, reunindo mais de 4 mil fiações que respondem por 90% do consumo de algodão no país. Desde 2021, a Abrapa tem convênio de cooperação formalizado com a CNCE. Já a atuação da CNCGC abrange diferentes etapas da cadeia de suprimentos têxteis, indo do cultivo ao comércio, incluindo o beneficiamento da pluma. Uma de suas funções é garantir a oferta de algodão para todos os setores da indústria têxtil chinesa. A agenda na China inclui um jantar de negócios com empresários locais na quarta (29) e participação durante os dois dias do "2024 China Cotton Industry Development Summit", congresso anual da CNCE. Além de networking e reuniões paralelas de negócios, a Abrapa volta a integrar o painel de tendências globais. Pelo terceiro ano consecutivo, o diretor de Relações Internacionais da associação, Marcelo Duarte, será palestrante ao lado de representantes dos Estados Unidos e da Austrália. Após o congresso da CNCE, a comitiva brasileira segue para Xangai e Ningbo para visitas técnicas a fiações e indústrias têxteis. A agenda termina com a participação na programação oficial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal fórum de diálogo regular e oficial entre Brasil e China. No dia 4 de junho, ocorre reunião ampla da Cosban com presença confirmada do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin. “Na reunião preparatória para a Cosban, o nosso foco principal foi divulgar o Progama de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), desenvolvido pelo Ministério da Agricultura em parceria conosco. O aceite do PQAB pelos órgãos chineses aumentará a agilidade nas etapas alfandegárias da chegada do algodão na China”, contextualizou o presidente da Abrapa. A missão na China é realizada pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Coordenado pela Abrapa, o programa tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Anea.