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Nova coleção de Ronaldo Silvestre é destaque no Brasil Eco Fashion Week
26 de Novembro de 2020

​Patrocinado pelo Movimento Sou de Algodão, estilista apresentou coleção intitulada Desconstruir, que ressaltou detalhes artesanalmente produzidos e destacou-se pela moda autoral O estilista Ronaldo Silvestre apresentou no Brasil Eco Fashion Week sua nova coleção intitulada Desconstruir, inspirada em sua trajetória e valores pessoais. As peças, desenvolvidas com o patrocínio do Movimento Sou de Algodão, se destacaram pela moda autoral nos processos criativos no design sustentável de tecidos e formas. Os looks foram exibidos digitalmente durante o evento, no dia 26 de novembro. Ao todo, foram 10 peças desfiladas que chamaram atenção pela ideia de trabalhar o look como uma segunda pele. A linha conta com vestidos, camisetas, calças e casacos de paleta de cores azuis e pretos com detalhes bordados mão, que ressaltam a originalidade das criações em denim. Segundo Silvestre, a nova coleção envolveu o trabalho das costureiras, bordadeiras e alunas do Instituto de Igualdade, Transformação e Inovação Social, do qual é fundador e presidente. A atividade artesanal leva traços autênticos da essência da moda brasileira para todas peças do desfile. "A cada nova coleção, um novo desafio, que no final sempre revela pouco da minha vida, dos meus valores e dos meus processos criativos, que envolvem a sustentabilidade dos tecidos, do corte e da modelagem. Envolver também o Instituto ITI continua como destaque nos desfiles, já que a artesania em detalhes não pode faltar", afirma o estilista. A manipulação têxtil e as coleções sustentáveis são elementos norteadores para Ronaldo, que atua desde XX. Durante os anos, se destacou por se debruçar sobre os tecidos e matérias-primas criando vazados, jogos de lisos e transparências, volumes e texturas. "Nas coleções procuro transmitir as metáforas da minha vida e as minhas percepções sobre o mundo. As peças misturam estilos funcionais, delicados e exuberantes, manualmente produzidas pelas alunas do Instituto, criando roupas únicas e atemporais", comenta. "Estamos felizes em poder apoiar, novamente, o Ronaldo Silvestre. Suas coleções, além de inspiradoras, usam a moda como uma agente transformador de vida e atende mulheres em situação de vulnerabilidade social, através da capacitação com cursos de qualificação profissional e geração de renda nas áreas de costura, bordado e artesanato sustentável. Os resultados comprovam o sucesso do projeto em todos os desfiles", finaliza Milton Garbugio, produtor e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Siga Sou de Algodão: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook: soudealgodao Instagram: @soudealgodao Youtube: Sou de Algodão

Movimento Sou de Algodão, Casa de Criadores e Célula Preta lançam campanha ‘Sou Potência’
23 de Novembro de 2020

A parceria conta com coleção de estampas exclusivas que enaltecem a voz negra; as camisetas foram desenvolvidas pelos estilistas do line-up da CdC O Movimento Sou de Algodão, que visa estimular o consumo sustentável na indústria da moda, e a Casa de Criadores acabam de lançar a parceria com o coletivo Célula Preta. Intitulada 'Sou Potência', os estilistas desenvolveram camisetas com estampas exclusivas que retratam e manifestam a força da voz negra. A coleção será lançada na plataforma (2)collab. Como parte da ação, no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, 100 camisetas com as  estampas foram enviadas para jornalistas, influenciadores e celebridades negras. O propósito de toda ativação é promover atividades para maior inclusão de profissionais negros no mercado da moda brasileira, abrindo espaço para pluralidade racial, garantindo representatividade e visibilidade. "Não se trata de uma ação isolada e restrita ao mês de novembro. Mas sim, de avançarmos em um trabalho de longo prazo, dialogando com outras marcas parceiras. O Movimento tem como objetivo contar histórias inspiradoras por meio da moda e, conhecendo o trabalho dos estilistas, não pensamos duas vezes para desenvolver a campanha e lançá-la durante a Casa de Criadores", diz Milton Garbugio, produtor e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. A Célula Preta — formada por Jal Vieira, Diego Gama, Dendezeiro, Fábio Costa (NotEqual) e Weider Silveiro — foi criada diante os protestos antirracistas que aconteceram no Brasil e no mundo, e tem como frente planejar formas de inclusão e valorização de profissionais negros, dentro e fora de eventos de moda. Além de apoiador do grupo, o Movimento Sou de Algodão também é patrocinador nesta edição da CdC. "A ideia é impactar a indústria em geral, discutir a mudança e a necessidade dela. Para além da Casa de Criadores, o coletivo está atuando e ganhando espaço em outras frentes. A parceria e a coleção estão incríveis. Queremos aumentar não só o alcance da nossa voz, mas estendendo também o acesso e visibilidade", comenta Dendezeiro. As camisetas que fazem parte da coleção estarão disponíveis para venda partir de dezembro na plataforma (2)collab. O lucro será 100% revertido para o grupo. Temas das camisetas: Jal Vieira – "Minha Voz Move o Mundo" – reforça a potência da voz do povo preto. Diego Gama – "Brechas" – convida o público a olhar para as plantas como forma de inspiração e autoconhecimento encontrando nas rachaduras uma oportunidade para crescer, florescer e se fortalecer. Dendezeiro em parceria com o Dugueto – "PALOSYDADE" – é uma expressão linguística adaptada da palavra "paloso" que significa "estiloso". Portanto, a Palosydade representa o estilo em movimento constante, uma expressão que visa contextualizar a criatividade das periferias e fomentar a diversidade cultural. NotEqual – transcrição gráfica da palavra "potência" de maneira abstrata, onde é possível ver a expansão do som e o seu registro fonético. Weider Silveiro – "The real beauty is black" com o objetivo de empoderar e ressaltar a beleza negra. Site para compra a partir de dezembro: www.2collab.com.br Casa de Criadores: https://casadecriadores.com.br/   Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Siga Sou de Algodão: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook: soudealgodao Instagram: @soudealgodao Youtube: Sou de Algodão

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
20 de Novembro de 2020

​​ALGODÃO PELO MUNDO #45 Algodão em NY - Com o mês de Dezembro se aproximando, a rolagem de contratos tem tomado a atenção dos traders. Notícias ora sobre perspectiva de vacina, ora sobre aumento de casos nos EUA e Europa, além da conturbada sucessão presidencial no país americano foram foco do noticiário. O contrato dez/20 em NY fechou ontem a 69,32 U$c/lp, com alta de 1,2% nos últimos 7 dias. Altistas - Dados da consultoria Chinesa Yong An Futures divulgados esta semana mostram que as fiações do país continuam operando com alta taxa de utilização. Altistas 2 - Notícias positivas sobre as vacinas COVID-19 e as estratégias de distribuição começando no final do ano têm sido muito positivas. Baixistas -  No entanto, os casos nos EUA e Europa estão aumentando diariamente, fazendo com que vários países e estados americanos adotem medidas restritivas. Colheita – A colheita evoluiu de 61% na semana passada para 69% esta semana, contra média de 5 anos de 66%. Paquistão -  Os primeiros números de safra do Paquistão divulgados pela Pakistan Cotton Ginners' Association (PCGA) mostram uma redução de 40% da safra do país em relação ao ano passado. Paquistão 2 -  Na safra passada o país produziu 1,35 milhões de toneladas de pluma e a expectativa inicial era de uma redução de apenas 10% nesta safra. Isso significa que o país deverá importar bem mais que as 830 mil toneladas previstas inicialmente. China - A colheita na principal região produtora Chinesa, Xinjiang, que responde por 90% da produção local, está entrando em fase final. A produção do país deve se aproximar de 6 milhões de toneladas, quase um quarto da safra global. Austrália - O país conhecido pelo algodão de alta qualidade continua sofrendo boicote "informal" da China.  Sérias tensões diplomáticas entre os dois países têm motivado o fechamento do mercado Chinês para o algodão Australiano. Cotton Brazil – Esta semana o projeto Cotton Brazil se reuniu com empresários da principal entidade de industriais têxteis do Vietnã, VCOSA.  As reuniões contaram com apoio da Embaixada do Brasil no Vietnã. Vietnã - O Vietnã é o segundo maior importador de algodão do Brasil e o terceiro maior importador do mundo, com expectativa de importar este ano comercial 1,5 milhões de toneladas da fibra. Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 85%; Bahia: 93%; Goiás: 91%; Minas Gerais: 93%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 60%; Piauí: 98%; São Paulo: 100%; Tocantins: 93% e Paraná: 100%. Média Brasil: 87% beneficiado. Exportações - O Brasil exportou 196 mil toneladas de algodão nas duas primeiras semanas de em nov/20.  Este deve ser o maior mês de Novembro da história, superando com folga a marca de 256 mil toneladas do ano passado. Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.

Entidades debatem regulamentação da produção de bioinsumos on farm
18 de Novembro de 2020

A eficiência, a segurança e a regulamentação da produção de insumos biológicos em propriedades rurais esteve em discussão na tarde desta terça-feira (17), em seminário realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), e Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS). De acordo com os especialistas, a utilização dos bioinsumos de origem animal, vegetal ou microbiana possui histórico de mais de meio século. Seu uso tem crescido nas fazendas e, apesar do produtor brasileiro atuar com profissionalismo e responsabilidade social e ambiental, há a necessidade de ordenamento no uso dos produtos, evitando riscos para as lavouras e consumidores. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, a produção de bioinsumos é um caminho em franca ascensão e, exatamente por isso, requer regulamentação para garantir, inclusive, segurança jurídica na produção e uso on farm. "Esse crescimento tende a ser um divisor de águas na agricultura brasileira, mas precisa ser tratado com atenção, cuidado e profissionalismo", avaliou. "Isso vai permitir definição de protocolos, treinamentos e certificações que priorizam a eficiência e a qualidade", defendeu Arioli, acrescentando que o objetivo da CNA é promover ainda mais ganhos de produtividade para a agricultura brasileira. Ampliar a eficiência e garantir a segurança também foi o discurso do diretor executivo da Aprosoja, Fabrício Rosa, durante o primeiro painel. "Temos que aprimorar a regulamentação, fornecendo meios seguros para que os produtores possam realizar essa atividade na própria fazenda", pontuou. Ainda durante o primeiro painel, o presidente do GAAS, Rogério Vian, lembrou que representantes da indústria de defensivos agrícolas, pesquisadores, governo, agricultura orgânica e convencional devem buscar um denominador comum para a questão da regulamentação. "Não se pode manipular produtos de forma experimental, até encontrar o modelo ideal. Regulamentar é condição básica para o crescimento da atividade com sustentabilidade econômica, beneficiando o produtor, mas com ganhos reais para o meio ambiente e sociedade. E tudo isso de maneira acessível e viável, já que existe um cenário favorável para o uso de bioinsumos no Brasil, que tem um mercado consumidor cada vez mais ávido por produtos saudáveis", disse Vian. Bioprospecção Como garantir segurança e eficiência na produção on farm é a questão. Para a cultura do algodão, habituada aos processos de regulamentação e certificações, a produção com eficiência e as pesquisas dos bioinsumos precisam ser desenvolvidas em sintonia. O diretor executivo do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Álvaro Salles, apresentou a estrutura de produção utilizada pelo Instituto, o Laboratório de Bioprospecção, observando todos os critérios sanitários de segurança e qualidade. "A ciência nos conduz para o caminho da eficiência e segurança na produção on farm, quando o trabalho é feito com critério e responsabilidade, com laboratórios preparados e pessoal treinado", afirmou. Na opinião dos especialistas, a regulamentação deve observar aspectos como cadastro de propriedades, responsável técnico pela produção, além de utilização de microorganismos conhecidos com especificação de referência na lista oficial do Mapa, e treinamento adequado para os operadores. "O importante é que as ações estabelecidas levem à rastreabilidade, fiscalização, segurança e qualidade na produção", finalizou Salles. O evento contou com a participação do presidente do Instituto Brasil Orgânico (IBO), Rogério Dias, do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Guilherme Leal, do diretor  do departamento de Sanidade Vegetal do Mapa, Carlos Goulart, e representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da CropLife Brasil.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
13 de Novembro de 2020

​ALGODÃO PELO MUNDO #44 Algodão em NY - Prevaleceram as notícias baixistas e o contrato dez/20 em NY fechou ontem a 68,48 centavos de dólar por libra-peso (U$c/lp), com queda de 2,3% nos últimos sete dias. Altistas - Na segunda, boas notícias sobre os testes de uma vacina contra COVID-19 e (mais) uma tempestade tropical nos EUA levaram o mercado para cima.  A alta não se sustentou após o furacão desviar sua rota para a Florida, ao invés das regiões produtoras do Sul dos EUA. Altistas 2 - Hoje o USDA divulgou o relatório de exportações semanal.  As exportações continuam em ritmo forte, com 65 mil toneladas. As vendas também foram muito boas.  No acumulado, os EUA já comercializaram quase 70% dos 14,6 milhões de fardos projetados para o ano comercial de 2020/21. Baixistas - Na última terça-feira, o USDA de maneira surpreendente, aumentou a previsão da safra de 2020/2021 (que está sendo colhida) dos EUA em seu relatório mensal de oferta e demanda. O mercado esperava que o USDA reduzisse a precisão de safra, devido ao clima adverso que afetou o Texas, o Delta e o Sudeste dos EUA. Baixistas 2 - Potenciais lockdowns na Europa e EUA, devido ao aumento de casos de COVID-19. Colheita americana – A colheita evoluiu, de 52% na semana passada, para 61% esta semana, contra a média dos últimos cinco anos, que foi de 57%. China - A Beijing Cotton Outlook (BCO) divulgou hoje uma pesquisa sobre a indústria têxtil da China em outubro.  Os resultados mostraram que as taxas operacionais das fiações aumentaram acentuadamente no mês passado: a maioria dos entrevistados citou uma taxa acima de 90% da capacidade. China 2 - Quase metade das fiações chinesas, entrevistadas pela BCO, disseram que seu consumo de algodão quase dobrou em relação a setembro, e 64% relataram um aumento em novos pedidos. Turquia - A grande notícia foi a valorização da moeda turca (Lira). Após alcançar uma mínima de 8,50/US$, a moeda se valorizou 10% nos últimos dias, após troca de comando do banco central e renúncia do ministro da economia. Turquia - Com a moeda mais valorizada, o mercado se movimentou, com vendedores de algodão doméstico aceitando valores mais baixos e as indústrias se voltando também para algodão importado. Cotton Brazil – Nesta semana o projeto Cotton Brazil se reuniu com empresários das principais entidades do setor têxtil no Paquistão (APTMA) e na Coréia do Sul (SWAK).  As reuniões contaram com apoio das Embaixadas do Brasil nos respectivos países.  Tanto no Paquistão, quanto na Coréia do Sul, foram discutidas e acordadas ações para ampliar o comércio de algodão entre estes países e o Brasil. Indonésia – Também nesta semana, a Abrapa participou do Fórum América Latina – Indonésia, promovido pelo Governo da Indonésia.  Na oportunidade, foi feita uma apresentação para empresários em Jakarta sobre qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade do algodão brasileiro.   Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/2020 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 80%; Bahia: 92%; Goiás: 89%; Minas Gerais: 91%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 57%; Piauí: 97%; São Paulo: 100%; Tocantins: 92% e Paraná: 100%. Média Brasil: 83% beneficiado Exportações - O Brasil exportou o expressivo volume de 108 mil toneladas de algodão na primeira semana de em Nov/20.  A expectativa é que, este mês, as exportações ultrapassem 300 mil toneladas. Preços - A tabela abaixo mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.

A convite da Abrapa, cadeia têxtil debate entraves do câmbio e imprevisibilidade de planejamento
13 de Novembro de 2020

Uma reunião inédita, colocou na mesma "sala" virtual, alguns das maiores marcas da indústria têxtil e do varejo nacional, e representantes de toda a cadeia produtiva têxtil e de confecções, a convite da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na manhã desta sexta-feira (13/11). Aproximadamente, 70 pessoas participaram do encontro, que teve por objetivo esclarecer dúvidas, e pôr fim a rumores de que haveria um déficit de pluma no mercado, que, além de dificultar as operações na indústria, está acarretando preços mais altos para o consumidor final. As queixas veiculadas em diversos veículos de imprensa são acerca de um suposto desabastecimento de algodão, e de aumentos de preços, após o afrouxamento das medidas de combate ao coronavírus no Brasil, a partir de setembro. Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), e Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) foram algumas das entidades presentes, que ajudaram a mobilizar as empresas e marcas, muitas das quais parceiras do movimento Sou de Algodão, para discutir a safra 2019/2020, em relação a preços, disponibilidade de algodão no mercado, logística e perspectivas futuras. A Abrapa explicou as relações entre a oferta e a demanda de algodão, com os principais indicadores atuais e a previsão. A safra 2019/2020, que está sendo comercializada, totaliza, segundo a Conab, três milhões de toneladas. A exportação do ciclo 2020/2021 – ainda não finalizada – representou, entre agosto e outubro deste ano, cerca de 509 mil toneladas de pluma, e o previsto é que seja concluída com dois milhões de toneladas, o que gera estoques finais da ordem de 776, mil toneladas. "Considerando que a indústria têxtil brasileira, antes da pandemia, consumia em torno de 750 mil toneladas da matéria-prima, o que podemos dizer é que não há qualquer chance de faltar algodão ou necessidade de importar pluma", explicou o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, em sua apresentação. Mas as queixas da indústria sobre desabastecimento, esclarecidas na reunião, têm a ver com a falta de estoques de fios de algodão e tecidos – planos e malhas – para dar conta do aumento acelerado do consumo, quando o comércio novamente abriu as portas. De acordo com Sergio Benevides, coordenador do comitê de algodão da Abit, "a indústria precisa fazer o seu dever de casa, planejando comprar algodão com antecedência. Diante da impossibilidade de prever o câmbio, nosso único caminho é comprar das tradings. Quem não se planejar, vai ficar sujeito a comprar no mercado spot, pagando o preço do dia. Tudo é uma questão de se preparar. Algodão sempre vai haver", afirmou. O consenso entre os presentes é de que a indústria, em geral, pratica o chamado "da mão para a boca", com estoques reduzidos e fornecimento baseado no suprimento da demanda de curto prazo. "O Brasil tem o algodão mais barato do mundo, em função do nosso basis. A questão é o câmbio que subiu muito", pontuou o industrial Ivan Bezerra de Menezes. Para o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, os produtores sequer têm ganho real com o patamar atual de preços, na comparação entre dólar e real por quilo. "Para fabricar uma camiseta, consome-se entre 100 a 150 gramas de algodão. Já para uma calça jeans, 450 gramas. Portanto, o que está onerando o custo não é o algodão. Uma camiseta sai, contando só o algodão, a R$1,91, e uma calça jeans custa, em termos da matéria-prima, R$3,57. Não dá para culpar os preços da commodity quando a gente vê esta relação", ponderou Garbugio. "Ficou claro que o problema não é a oferta de pluma e, sim, a questão cambial e a falta de planejamento das fiações, em função da imprevisibilidade da Covid-19. Afinal, ninguém faz roupa de capulho de algodão. Primeiro, se faz o fio, depois, o tecido e, por fim, a roupa. Colhemos sucessivas safras recordes, teremos estoques de passagem e, definitivamente, algodão não vai faltar. O câmbio não somos nós, produtores, que definimos. Se as indústrias estão sofrendo com a situação cambial do país, com o dólar alto, os produtores também estão tendo o mesmo problema, pois 70% do custo de produção do algodão nas lavouras têm os insumos cotados em dólar", finalizou Marcio Portocarrero.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
11 de Novembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #47 Algodão em NY - Rally de alta esta semana motivado pelo início da vacinação contra COVID-19 e por relatórios de mercado altistas.  O contrato mar/21 fechou nesta quinta em 74,26 U$c/lp, com alta de 4,4% na semana. Altistas 1 - O relatório de oferta e demanda do USDA de ontem foi altista.  O órgão finalmente reduziu em 249,5 mil toneladas (para 3,47 milhões) a safra americana 20/21.  Os números podem cair ainda mais, uma vez que o USDA só ajustou a produtividade sem alterar área colhida. Altistas 2 - No mesmo relatório, a produção global foi reduzida em 481 mil toneladas, enquanto a previsão de consumo aumentou em 343 mil toneladas.  Assim, o USDA prevê que em 20/21 o consumo será maior que a oferta, reduzindo a relação estoque/uso para 83%, contra 97,3% do ano anterior. Altistas 3 - Outro destaque positivo que agradou os mercados esta semana foram as vendas semanais de exportação e embarques dos EUA.  As vendas semanais foram de 93 mil toneladas, enquanto os embarques (exportações) foram 78 mil toneladas. China - A economia Chinesa demonstra força ao bater recorde de exportações em novembro, com US$ 268 bilhões em mercadorias exportadas. China 2 - Preços de algodão na bolsa Chinesa Zhengzhou Commodity Exchange (ZCE) ultrapassam US$ 1 por libra peso, com alta de 0,8% esta semana. Australia - A Austrália está se preparando para tomar medidas contra a China na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa do boicote Chinês às várias commodities Australianas, inclusive algodão. Cotton Brazil – Para mostrar ao mundo, em especial, à indústria têxtil asiática, os diferenciais da pluma brasileira, a Abrapa, a Anea e a Apex-Brasil, lançaram, na noite desta terça-feira  a iniciativa Cotton Brazil. Cotton Brazil 2 – O objetivo do Cotton Brazil é colocar o país no topo do ranking da exportação mundial de algodão até 2030, e a Ásia é um continente estratégico, que representa quase a totalidade do destino das exportações brasileiras de algodão. Cotton Brazil 3 – Confira mais informações no site http://cottonbrazil.com Beneficiamento 19/20 - Dados até ontem: Mato Grosso: 94%; Bahia: 98%; Goiás: 96%; Minas Gerais: 98%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 68%; Piauí: 100%; São Paulo: 100%; Tocantins: 98% e Paraná: 100%. Média Brasil: 95% beneficiado.  Plantio 20/21 - Dados até ontem: Mato Grosso: 0%; Bahia: 21%; Goiás: 39%; Minas Gerais: 20%; Mato Grosso do Sul: 39%; Maranhão: 0%; Piauí: 0%; São Paulo: 33%; Tocantins: 21% e Paraná: 25%. Média Brasil: 6% semeado. Exportações - O Brasil exportou 34,3 mil toneladas de algodão nos primeiros 4 dias de Dez/20, informou o Ministério da Economia. Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.

Abrapa lança videoaulas de mobilização dos cotonicultores para adesão ao SBRHVI
11 de Novembro de 2020

A safra 2020/2021 já está quase começando, e este é o momento em que a Abrapa intensifica o trabalho de mobilização dos produtores, para adesão ao programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), ainda na safra 2019/2020 para garantir a rastreabilidade completa do algodão que ainda está em comercialização. Este ano, com todas as restrições da pandemia da Covid-19, a entidade inovou, elaborando um conteúdo educativo/argumentativo, dividido em quatro videoaulas.  Cada uma delas explica, de forma resumida, o programa, com linguagem didática e atrativa, e módulos de curta duração. Criado em 2016, o SBRHVI é voltado para a qualidade nos resultados das análises instrumentais de fibra por High Volume Instrument (HVI). A iniciativa parametrizou e padronizou os laboratórios que atendem aos cotonicultores brasileiros, contribuindo para a harmonização de resultados, transparência, e para o fortalecimento da credibilidade e da imagem do produto no mercado externo. No primeiro vídeo, o público vai entender por que é importante participar do SBRHVI, mostrando a relação clara entre resultados fidedignos de análises laboratoriais, rastreabilidade, sustentabilidade, transparência e a remuneração do produtor. Para isso, detalha os programas estratégicos da Abrapa, e fatores como o "basis", que influencia diretamente no preço pago ao produtor. A segunda, a terceira e a quarta aulas já são conduzidas pelo gestor de Qualidade do programa SBRHVI, Edson Mizoguchi, que fala sobre os três pilares do programa – (1) Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), (2) banco de dados da qualidade e (3) orientação aos laboratórios – abrindo as portas do laboratório central, e apresentando gráficos e planilhas com as informações técnicas do programa. Por fim, o produtor que assiste ao vídeo vai entender o que ele tem que fazer para aderir ao SBRHVI. "Como muitas empresas, formos forçados a buscar soluções para um problema inusitado que atrapalhou o nosso contato corpo a corpo com o produtor. Ficamos muito satisfeitos com o resultado e acredito até que, além da praticidade, as videoaulas também agregam eficiência ao processo de mobilização. Tenho certeza de que quando as coisas voltarem ao normal, este recurso poderá ser combinado com as visitas, enriquecendo muito o nosso trabalho", afirma Milton Garbugio, presidente da Abrapa. Acesse o conteúdo completo nos links: Vídeo-aula 1 https://youtu.be/UfJNKK6XLbg Vídeo-aula 2 https://youtu.be/_Qqnf_1Qvwg Vídeo-aula 3 https://youtu.be/yyWmIMhfGOU Vídeo-aula 4 https://youtu.be/3yG97zg39dc