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Carta aberta contra aumento de carga tributária
11 de Dezembro de 2020

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, uma entidade que congrega 99% dos cotonicultores Brasileiros, assim como as suas dez associações estaduais, unem-se à Aprosoja, à Fiesp e a outras instituições representantes do agro no repúdio à decisão do Governo de São Paulo de taxar, através de decreto, as operações internas em 4,14% de ICMS, e elevar a carga tributária para o trânsito interestadual de produtos. Esta medida prejudicará não apenas ao estado de São Paulo, mas a todas as outras unidades da federação, e ocorre justamente quando, mais do que nunca, o setor que produz alimentos e fibras têxteis naturais se mostra essencial para economia brasileira e crucial para o enfrentamento desta grande crise sanitária. Compartilhamos a carta aberta publicada pela Aprosoja, associação intimamente ligado ao setor cotonícola, uma vez que todo cotonicultor é também produtor de soja. Carta Aberta - Taxação do Agro SP_versão final.pdf

Algodão brasileiro inaugura nova fase com lançamento do Projeto Cotton Brazil
09 de Dezembro de 2020

Qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. Sim, o algodão do Brasil tem tudo isso e muito mais, e, por isso, promoção é importante. Para mostrar ao mundo, em especial, aos consumidores da indústria asiática, os diferenciais da pluma brasileira, a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), lançaram, na noite desta terça-feira (08), em evento virtual, o Projeto Cotton Brazil. O objetivo maior é colocar o país no topo do ranking da exportação mundial de algodão até 2030, e a Ásia é um continente estratégico, que representa mais de 80% do destino da produção brasileira de algodão. A partir de agora, a marca Cotton Brazil será trabalhada em nove países asiáticos para desenvolvimento de novos negócios. A iniciativa aproxima ainda mais a oferta e a demanda, com a presença física de um representante dos produtores naquele mercado, num escritório de representação da Abrapa na cidade de Singapura. A "presença" virtual também será importante para os resultados que se pretendem alcançar. Por isso foi desenvolvida a plataforma cottonbrazil.com, traduzida para os idiomas da China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia e Coreia do Sul. Nas últimas três safras, o Brasil dobrou a produção de algodão, mantendo, praticamente, a mesma área; ocupou o quarto lugar como maior produtor da fibra no mundo, e conquistou o posto de segundo maior exportador. "São marcas muito importantes, para nós que, há pouco mais de 20 anos, éramos o segundo maior importador mundial de algodão", destacou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, durante a abertura do evento, acompanhado pelo atual vice-presidente, Júlio Cézar Busato, que estará à frente da entidade no próximo biênio. "Temos um produto de melhor qualidade. Só precisamos mostrar ao mundo. E, para isso, vamos realizar um grande trabalho de posicionamento de imagem, junto aos principais mercados. Não será fácil, mas já demos o primeiro passo rumo ao que eu chamo de uma nova fase do algodão brasileiro", disse Busato. Na avaliação do Diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, o Brasil deve fortalecer sua colocação no mercado global da commodity. "Nossa tarefa, agora, é consolidar uma marca para unificar a narrativa da qualidade do algodão brasileiro. Queremos aumentar nossas exportações e valorizar do nosso produto", enfatizou Duarte, destacando que, entre desafios e oportunidades, a Abrapa utilizou três motivações para criar o Projeto Cotton Brazil: o algodão brasileiro já é exportado para mais de 50 países e, somente no mês passado, 333 mil toneladas foram embarcadas; o fato de que o Brasil fornece a pluma durante todo o ano e, por fim, a constatação de que, nem sempre, os mercados reconhecem os diferenciais do algodão brasileiro. Excelência A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, parabenizou a Abrapa, pela criação de um programa estruturado de posicionamento do algodão brasileiro no exterior. "Mostrar o que é a excelência dessa cadeia produtiva para o mundo todo, com suas qualificações e capacidade técnica, com qualidade e gerando emprego, é um grande desafio. Mas tenho certeza que será um sucesso", comemorou a ministra, seguida pelo CEO da Better Cotton Iniciative (BCI), Alan McClay. "A Abrapa tem sido um dos parceiros mais dinâmicos, e se tornou o maior produtor Better Cotton no mundo. Desde o início de sua atuação, em 2010,  vem liderando a implementação dos padrões BCI no Brasil para, posteriormente, alinhar tudo isso ao padrão ABR, o que possibilitou um aumento de volume disponível no mercado e a ampliação de perspectivas para os produtores", pontuou McClay, lembrando que, na safra 2018/2019, o Brasil produziu mais de dois milhões de toneladas de algodão Better Cotton, um crescimento de 34% e um volume, equivalente a 36% da pluma Better Cotton no globo. Em todo o país, 75% da produção é licenciada pela BCI. Eco friendly A capacidade de produção em sequeiro, os estudos para diminuir o uso de pesticidas, as alternativas biológicas e as ações para promoção do controle de pragas também foram destacadas pelos participantes durante o evento virtual, dentre eles, pelo diretor de Negócios da Apex-Brasil, Augusto Pestana. "Podemos garantir a disponibilidade de mais algodão sustentável no mundo, apresentando nosso potencial e competitividade para os mercados mais exigentes, tendo ainda o reconhecimento da qualidade do nosso produto. Vamos continuar unindo esforços para o êxito nesse projeto", destacou Pestana. "Precisamos expandir as oportunidades de negócios, porque estamos entre as 40 maiores economias do mundo. O Brasil está crescendo e precisamos que este crescimento venha acompanhado do fortalecimento e, principalmente, de reposicionamento de imagem, sobretudo, a da qualidade percebida. Nosso algodão é tão bom quanto o americano e não difere muito em qualidade do australiano. Mas, na percepção de mercado, eles ganham de nós, e, a partir de agora, vamos mudar isso", ponderou o presidente da Anea, Henrique Snitcovski. Etapas e estratégias Com o slogan "Crescendo para um futuro melhor", a primeira etapa do Cotton Brazil incluiu planejar uma marca que pudesse agregar mais valor ao produto brasileiro, fazendo a própria cadeia entender a percepção do mercado sobre a pluma, e verificar a distância entre esta percepção e a realidade. Assim, a marca Cotton Brazil teve sua identidade visual similar à do movimento "Sou de Algodão", iniciativa voltada ao mercado nacional, mostrando a sinergia de comunicação. O projeto prevê eventos técnicos e de marketing, os chamados Cotton Brazil Days, em cada um dos nove países, em seus respectivos idiomas. Haverá ações em redes sociais, uma plataforma de Business Intelligence, missões Compradores e Vendedores, pesquisas de mercado, além do desenvolvimento de parcerias estratégicas, como as já estabelecidas com a Federação Internacional da Indústria Têxtil Chinesa (ITMF) e do Conselho Chinês da Indústria Têxtil e de Vestuário (CNTAC). "Em tempos desafiadores, é uma ótima ideia celebrar o progresso e olhar com confiança para o futuro. Fico feliz em constatar que os cotonicultores brasileiros têm buscado melhorias contínuas no plantio, na colheita e no beneficiamento do algodão, nos últimos anos", afirmou o presidente da ITMF, Ruizhe Sun. Pioneirismo Outra grande realização do projeto foi a abertura do escritório comercial em Singapura, local estrategicamente escolhido para atender aos principais países da Ásia que comercializam o algodão brasileiro. A Abrapa é a primeira entidade privada de agronegócio brasileiro a se instalar na região. A interlocução direta entre os parceiros do Cotton Brazil com o Ministério das Relações Exteriores rendeu a participação efetiva de todas as embaixadas do Brasil na Ásia e o Ministério da Agricultura, por meio dos adidos agrícolas, potencializou a primeira rodada de apresentação do projeto para os nove países prioritários. "A relação estreita entre o setor privado, o Itamarati, o Mapa e a Apex-Brasil conseguiu reunir diversas entidades em prol da cotonicultura do país e isso me orgulha muito. O algodão é um caso de sucesso no Brasil e o mais impressionante é sua evolução recente, em 2019/2020, chegando a mais de 2 bilhões de dólares exportados, justamente num período de dificuldades em função da pandemia, o que revela a capacidade do setor", enfatizou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A convicção de todos os participantes, após o lançamento do Cotton Brazil, é a de que foi iniciada uma nova fase desafiadora para o algodão brasileiro. "O caminho será de muitas lições e aprendizados, mas recompensará o setor pela visão de estar presente no centro do maior e mais pujante mercado, o asiático. Vamos projetar o Brasil pelo mundo através do algodão", finalizou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio. 09.12.2020 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 Ivana Ramacioti – Assessora Assistente (71) 98836-0313 www.abrapa.com.br

Movimento Sou de Algodão divulga balanço das novas marcas parceiras
09 de Dezembro de 2020

Iniciativa criada pela Abrapa alcançou 390 marcas que utilizam a fibra natural em 70% ou mais na composição de cada peça Lançado em 2016, o Movimento Sou de Algodão, que visa estimular o consumo da matéria-prima na indústria da moda e promover o consumo consciente, engajou entre setembro e novembro deste ano um total de 79 novos parceiros, chegando à marca de 390 empresas que acreditam na iniciativa. As marcas Lez a Lez, do grupo Lunelli, Made By You e Linhas Círculo, são alguns dos destaques do mês que valorizam o #produzidonobrasil e trabalham com fibras que estão de acordo com o princípio da sustentabilidade. "Chegar à marca de 390 parceiros em um ano que o mundo parou por conta de uma pandemia é uma grande vitória para o Movimento Sou de Algodão. Quem está aderindo ao nosso trabalho é quem busca criar um futuro mais consciente e responsável. Nossa fibra é exemplo para o mundo e o engajamento dessas marcas reforça a potência do algodão brasileiro", afirma Milton Garbugio, produtor e presidente da Associação Brasileira dos Produtos de Algodão (Abrapa). Presente em diversos segmentos, da decoração à moda, o algodão traz uma série de vantagens para o público. Além disso, por se tratar de uma matéria-prima natural, resulta em tecidos extremamente confortáveis, mais versáteis e resistentes, carregando propriedades que conversam com os desejos de moda mais conscientes do consumidor atual. Em comum, todas essas marcas trabalham seguindo os valores defendidos pelo Movimento Sou de Algodão, e não apenas no discurso, mas na prática diária. É necessário valorizar empresas que tenham a sustentabilidade como valor inegociável, ou seja, quem produz com respeito à natureza, aos trabalhadores e aos consumidores. "A parceria é uma troca: as marcas fortalecem o Movimento, contribuindo com a sua divulgação, e o Movimento fortalece as marcas, mostrando aos consumidores que ele está comprando um produto natural, confortável e leve, que colabora para uma jornada do produto ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente responsável", afirma. Entre as marcas que aderiram ao Movimento Sou de Algodão no último bimestre destacam-se: Homewear Ni Na Store; Por Mim Pijamas.   Moda Masculina 3R Básico; Acesso Rouparia Escolar; Bad Horse; Braúna; Burg Company; Camisaria Sótão; Catucci Denim; Da Vinci Print; Enila Brand; Fico Surfwear; Funny T-Shirts; Hangar 33; Holyness Clothing; Jana Jô; Joe Remo; Krucata; Motiro; Owsty Company; Terruá. Moda Feminina 3 Jolie; Atômica Jeans; Blu; Carlota Store; Conterre; Dolce Me; Ecolife Jeans; Estudio Traça; Fabiana Ferrer; Francesca Loungewear; Lez a Lez; Lunender; Motiro; Nadruz; NB Store; Reptília; Stolfo Denim.   Moda Íntima Donníssima; Libertari.   Moda Infantil e Juvenil 12 Gomos; Alakazoo; Artigo Kids; Astrodino; Baby Gu; BB Atemporal; BGR; Boca Grande; Chico Bolacha; Chilique da Mamãe; Davini; Glinny; Magia Doce; Mini Roupinea; Moda Neném; Nous Baby; Petit Filippa; Tepee; ZAM Baby Store; Zigalu.   Serviço Ateliê Xibé   Acessório e Artesanato Ana Entrelinhas Ateliê; Bossa Dream; Dona Velita; Jhully Saboaria; Paloma Bragança; Retalho Carioca; Salsa. Fiação Cocamar; Linhas Círculo; Tramo.   Moda Casa e Decoração Lavive; Muug; Pui Kids; Reveste Design.   Tecelagem Renauxview; Teray Têxtil. Malharia Lunelli Têxtil. Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Siga Sou de Algodão: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook: soudealgodao Instagram: @soudealgodao Youtube: Sou de Algodão

Grandes conquistas e os desafios pós Covid-19 marcam Biênio 2019/2020 da Abrapa
08 de Dezembro de 2020

O biênio 2019/2020, que celebrou os 20 anos da retomada da cotonicultura do Brasil, que coincidem com a fundação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a conquista do segundo lugar no pódio dos maiores exportadores mundiais, e com uma safra recorde de três milhões de toneladas, foi também o da pandemia da Covid-19, da redução do consumo mundial da pluma de 26 milhões para 24 milhões de toneladas, e da preocupação com a falta de chuvas, às vésperas do plantio da safra 2020/2021. Estes foram alguns dos destaques na coletiva de imprensa da Abrapa, realizada virtualmente, nesta terça-feira (08/12), para marcar o final da gestão da diretoria presidida por Milton Garbugio (MT), e o início da nova administração, em janeiro, liderada por Júlio Cézar Busato (BA). "Foi um biênio de grandes conquistas. Consolidamos o nosso movimento Sou de Algodão, que hoje já congrega 400 marcas parceiras, e abrimos o nosso escritório de representação em Singapura, como parte de uma ação estratégica de marketing internacional, em parceria com a Apex-Brasil, o projeto Cotton Brazil. Nos posicionamos como o maior produtor mundial de fibra licenciada pela BCI, com 36% de participação no montante global, e ainda estendemos o nosso programa Algodão Brasileiro Responsável – ABR– para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA), o elo que faltava para tornar potencialmente possível rastrear uma peça de roupa, desde o ponto de venda até a lavoura", enumera Milton Garbugio. Na linha mais técnica, Garbugio celebrou também o maior índice de confiabilidade alcançado pelo programa Standard Brasil HVI – SBRHVI–, que parametrizou e padronizou as análises de algodão por instrumentos, o que considera um fator decisivo para a credibilidade e fortalecimento de imagem do algodão brasileiro ante o mercado. "Todas estas entregas são uma continuidade dentro do conceito maior, que fundamenta a Abrapa desde a sua criação, e que dividimos em quatro compromissos: qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção", explica. Covid-19 X Safra 2019/2020 De acordo com Milton Garbugio, os efeitos da pandemia na cotonicultura brasileira serão mais sentidos na próxima safra, que começa a ser plantada em dezembro. "Nossas lavouras já estavam instaladas e a cultura, em desenvolvimento, não havendo consequências para a atividade produtiva no período. "Após a colheita, os efeitos da Covid-19 ficaram notáveis, principalmente, no escoamento da safra para o mercado externo. Isso porque a queda no consumo no ponto de venda, em todo o mundo, teve impacto na indústria internacional, majoritariamente concentrada na Ásia. Houve casos de grandes marcas quebrando contratos com as indústrias, e, muitas destas, postergando a compra de insumos como o algodão. Por conta disso, os embarques foram alongados, o que, em uma situação de super safra, gera estoques de passagem maiores deste para o próximo ano. Ainda assim, batemos vários recordes de exportação", rememora Garbugio. O presidente ressaltou que, dos quase três milhões de toneladas produzidos, em torno de 550 mil toneladas ficam no país para abastecer a indústria nacional, e o restante é exportado. O país plantou 1,6 milhão de hectares de algodão, na safra 2019/2020, com produtividade de 1,8 mil quilos de pluma por hectare. Perspectivas 2021 Os números para a safra 2020/2021 ainda são preliminares, mas estarão consolidados na próxima reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, no próximo dia 16 de dezembro. O atraso nas chuvas no início da safra de soja, principalmente, no estado do Mato Grosso, é um fator de preocupação. "Isso porque 90% do algodão no Mato Grosso é de segunda safra. Ele é plantado simultaneamente à colheita da soja. O atraso no plantio da oleaginosa comprime a janela do algodão Mato Grosso. Apesar desse déficit de chuva no começo do ciclo, as previsões para este ano são de clima favorável, durante o desenvolvimento das lavouras, para a região Centro Norte do Brasil e ainda duvidosas para a Centro Sul, pela influência do fenômeno meteorológico la niña.", afirmou. Desafios da gestão 2020/2021 De acordo com Júlio Busato, apesar do impacto de uma pandemia inédita ter obrigado o setor a rever planos e ajustar operações, a gestão 2019/2020 teve o mérito de avançar em vários aspectos e entregar números relevantes e projetos inovadores. "Dar continuidade ao trabalho da diretoria que nos antecedeu, e, se possível, ir além será um desafio e tanto", afirmou. Qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção do algodão brasileiro, segundo Busato, continuarão sendo o foco, "para fortalecer a credibilidade da fibra nacional, o que vai nos permitir conquistar e manter mercados, principalmente, lá fora", disse. Júlio Busato cita o projeto Cotton Brazil e o movimento Sou de Algodão como cruciais nesta missão. "Interna e externamente, nossa missão é mostrar para cada vez mais pessoas como produzimos, quem somos, o que pensamos e fazemos, transformando o know how, que adquirimos ao longo desses 20 anos, em valor para a nossa pluma", concluiu. Mini Bio Júlio Cézar Busato nasceu em Casca, no Rio Grande do Sul, há 59 anos. É descendente de uma longa linhagem de agricultores, o que inspirou sua formação de Engenheiro Agronômo, graduado pela Universidade de Passo Fundo/RS. Em 1987, mudou-se para a Bahia onde, com a família, fundou a Fazenda Busato/Grupo Busato, que produz, além do algodão, soja e milho, nos municípios de São Desidério, Serra do Ramalho e Jaborandi. É uma liderança de classe atuante e reconhecida no Brasil: foi presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) e do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). Desde 2011, quando começou a se dedicar à representação de classe, teve e tem assento em diversos fóruns, conselhos e câmaras do setor agrícola. Dentre estes, foi vice-presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), preside a Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA/Mapa), e, a partir de 01 de janeiro de 2021, presidirá a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da qual é vice-presidente, para o biênio 2021/2022. Um resumo dos principais números e programas da Abrapa podem ser conferidos na apresentação, em anexo.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
04 de Dezembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #47 Algodão em NY - Preocupação com a oferta de algodão devido a problemas climáticos e forte demanda chinesa dão suporte aos preços. O contrato mar/21, após um período de altas, fechou nesta Quinta em 71,11 U$c/lp, com queda de 0,8% na semana. Altistas 1 - O recorde histórico de exportações de algodão brasileiro em um mês foi batido em Novembro/20.  De acordo com o Ministério da Economia, os embarques da pluma atingiram 333,29 mil toneladas, gerando mais de R$ 500 milhões em receitas no mês. Altistas 2 - No acumulado, o Brasil já exportou 842 mil toneladas esta safra (Ago-Out), 12% a mais que o mesmo período do ano passado. Baixistas - O aumento dos casos de COVID-19 nos EUA e Europa causa preocupações.  Além disso, há ainda incertezas acerca da disponibilidade e distribuição de vacinas com constantes mudanças na previsão de vacinações. China - Em mais um desdobramento da guerra comercial EUA-China, o governo americano disse na quarta-feira que irá mesmo banir importação de todos os produtos de algodão feitos pelo Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC), citando preocupações de que a organização militar do noroeste da China seja responsável pelo uso generalizado de trabalho forçado. China 2 - O XPCC é responsável por cerca de um terço da produção de algodão da China.  Especialistas da indústria têxtil acreditam que esta situação poderá inviabilizar as exportações de produtos têxteis da China para os EUA (2º maior importador do mundo, atrás da UE), devido à complexidade da segregação de matérias primas na indústria. Colheita – A colheita evoluiu de 77% na semana passada para 84% esta semana, contra média de 5 anos de 79%. Oferta e Demanda -  O ICAC divulgou seu relatório mensal de oferta e demanda global de algodão esta semana.  Apesar do órgão ter reduzido suas projeções de oferta e diminuído os estoques iniciais 2020/21, os estoques finais 2020/21 foram projetados em 89,2%, número muito próximo do divulgado pelo USDA. Cotton Brazil – A Abrapa será co-realizadora do evento 2020 COTTON OUTLOOK FORUM, em Qingdao, China.  Este será o primeiro evento oficial após o lançamento do Cotton Brazil e conta com o apoio da Embaixada do Brasil na China e de dois grandes parceiros no país: a China National Cotton Exchange (CNCE) e a Beijing Cotton Outlook (BCO). Cotton Brazil 2 – Finalizando a série de reuniões virtuais promovidas pela Abrapa, Anea e Apex Brasil com embaixadas brasileiras na Ásia, as entidades se reuniram esta semana para apresentar o projeto Cotton Brazil a diplomatas do Brasil na Turquia.  Participaram da reunião virtual o Embaixador do Brasil na Turquia Carlos Ceglia,  a Embaixadora do Brasil em Singapura, Eugênia Barthelmess, além de diplomatas e lideranças do setor. Agenda 1 - No dia 08/12 (terça-feira), às 19h30 (Brasília), ocorrerá o evento virtual de lançamento oficial do Cotton Brazil, uma parceria Abrapa, Anea e Apex Brasil.  O Cotton Brazil é um projeto que pretende tornar o Brasil líder global nas exportações de algodão. Agenda 2 - Na próxima quarta-feira (09/12) a Abrapa irá divulgar novas estimativas para a safra 2020/21 durante a reunião da Câmara Setorial de Algodão do Ministério da Agricultura. Agenda 3 - No dia 10/12 (quinta) o USDA divulga seu último relatório mensal de oferta e demanda. Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 91%; Bahia: 97%; Goiás: 95%; Minas Gerais: 97%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 65%; Piauí: 100%; São Paulo: 100%; Tocantins: 97% e Paraná: 100%. Média Brasil: 92% beneficiado Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.

CTIA discute inovação e tendências de consumo na última reunião de 2020
01 de Dezembro de 2020

Em um ano marcado pelo imponderável de uma pandemia, com comércios e serviços fechando ou operando em regime especial, desde março, o crescimento de 5,6% no mercado de fertilizantes no Brasil comprova o que, nos campos do país, já se dizia há tempos: o agro não parou. Ao contrário, seguiu em ritmo crescente, aditivado pelo câmbio e pelos altos patamares de preços da commodities agrícolas, como soja e milho. Mesmo o algodão, cultivo cuja cadeia produtiva sofreu grande impacto negativo, com o fechamento das lojas, sinala positivamente para 2021, graças a estes dois fatores, que favorecem a rentabilidade do produtor. Estas conclusões – além de debates sobre tendências de mercado, inovação, com a entrada dos bioinsumos e novas tecnologias – pontuaram a 106ª reunião da Câmara Temática dos Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada virtualmente na tarde desta segunda-feira (30/11). O encontro reuniu cerca de 30 participantes, dentre produtores, Governo, representantes do setor de fertilizantes, máquinas e defensivos, sendo o último encontro do calendário da câmara, neste ano de 2020. A CTIA é presidida, atualmente, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Embora o Brasil seja um dos maiores fornecedores globais de alimentos e fibras têxteis naturais, cerca de 80% dos insumos que utiliza em sua agricultura são importados, desde máquinas e fertilizantes, até os defensivos. Em defensivos, o país representa 20% do mercado global, e o setor movimentou, em 2019, US$12,4 bilhões. O alto custo destes insumos faz com que os agricultores persigam cada vez mais fortemente a boa performance em produtividade, fator definitivo para a competitividade da agricultura brasileira – tropical e mais suscetível ao ataque de pragas, além de não subsidiada – em confronto com os concorrentes pelo mercado. Para o presidente da CTIA, e vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na busca pela alta produtividade, o agricultor brasileiro usa toda a tecnologia disponível "e até aquelas que ainda nem foram criadas". Ele exemplifica o avanço do país neste quesito, comparando o valor da cesta básica no Brasil nos anos de 1970 e atualmente. "Naquela época, a alimentação representava 45% do destino da renda das famílias. Hoje, este custo é de 14%. Só chegamos a este nível com tecnologia e com o aperfeiçoamento do trabalho dos agricultores em seus sistemas produtivos", disse Busato. Inovação As novas tecnologias dominaram boa parte das discussões na reunião, com foco para os bioinsumos – como bactérias, vírus, fungos e nematoides – que vêm ganhando espaço no manejo integrado de pragas e doenças do agro no Brasil. A Embrapa tem hoje cerca de 500 pesquisadores dedicados ao tema, que, segundo o representante da instituição, Ivan Cruz, "é uma realidade mundial". No portfólio da entidade, estão produtos para controle biológico, promotores de crescimento e bioativos. Muitas das biofábricas funcionam on farm, e a organização do setor, assim como a possível concentração dos biológicos nas mãos das multinacionais, que já dominam o mercado dos químicos, também estiveram em debate. Luís Eduardo Pacifice Rangel, diretor de Prospecção do Mapa, enfatizou o Programa Nacional de Bioinsumos, lançado pelo Ministério em maio deste ano, para aproveitar a grande biodiversidade brasileira ajudando o país a reduzir a dependência externa pelos insumos tradicionais. Sobre as tendências para 2021, a expectativa apresentada pelas cadeias produtivas presentes foi de manutenção no crescimento de consumo, de adimplência do produtor, e de intenção de investimentos em máquinas, equipamentos, infraestrutura e recursos humanos para os próximos 12 meses. Os dados são da pesquisa apresentada pela Associação Brasileira da Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). De acordo com o representante da entidade, Carlos Florence, "apesar da leve queda de 2% no indicador de vendas, 83% das respostas foram otimistas, contra 6% pessimistas e 11% neutras", revelou.

Projeto Cotton Brazil chega à Turquia
01 de Dezembro de 2020

Quarto mercado mundial de algodão, a embaixada do Brasil na Turquia conheceu na manhã desta terça-feira (01) o projeto Cotton Brazil, idealizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para divulgar a pluma nacional na Ásia. O Brasil tem 20% do market share na Turquia, colocando os turcos numa posição estratégica para o algodão brasileiro criar a Rota do Algodão. Para isso, no dia 19 de janeiro de 2021, às 14h, haverá um evento virtual direcionado aos compradores de algodão na Turquia no qual a Abrapa e seus parceiros apresentarão todo o potencial da pluma brasileira e as vantagens de estabelecer negócios diretamente com os produtores no Brasil. "Nossa meta nesta etapa do projeto é conseguir o apoio diplomático das embaixadas do Brasil na Ásia para fortalecer a imagem do nosso algodão. Será um trabalho intenso e contínuo para apresentar a qualidade do nosso produto, ampliar mercados e obter novas perspectivas de negócios", frisou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, ressaltando que, por não ter subsídios, a produção de algodão no país requer um grande esforço e organização da cadeia produtiva. A iniciativa do Cotton Brazil foi elogiada pelo embaixador do Brasil em Ancara, Carlos Ceglia. "O que vocês estão fazendo é um trabalho extraordinário e, certamente, trará resultados positivos. Apesar de a Turquia ser um país que preza muito pela cultura local, sempre há espaço para conhecer aspectos de outros países e o algodão brasileiro desperta o interesse do setor turco", enfatizou Ceglia, que participou do encontro acompanhado pelo ministro diplomata, responsável pelo setor de Promoção Comercial e de Economia, Márcio Gayoso. Durante a reunião, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, destacou que a associação pretende colocar o Brasil no primeiro lugar no ranking mundial de exportações de algodão até 2030, trabalho que vai exigir ações inovadoras. "Precisamos estreitar o contato com o mercado asiático, possibilitando novos negócios e, assim, aumentar a confiabilidade em nosso produto. Para isso, as embaixadas são excelentes canais de comunicação e aproximação de mercados", disse Duarte, que tem contado com o apoio da Embaixada do Brasil em Singapura, país sede do escritório da Abrapa na Ásia, e sempre presente nos encontros do projeto Cotton Brazil. Também presente à reunião virtual, a embaixadora do Brasil em Singapura, Eugênia Barthelmess, ressaltou o esforço da associação. "É admirável o empenho para correção de percepção de imagem feito pela Abrapa. O algodão brasileiro se aprimorou muito como produto ao longo dos anos e os mercados compradores devem enxergar essa nova realidade", disse a embaixadora, acompanhada pelo ministro conselheiro Daniel Pinto, lembrando que o Brasil é o maior produtor de algodão licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI) e já superou o desafio da sazonalidade. Participaram ainda da reunião, o ex-presidente da Abrapa, Arlindo Moura, o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Moresco, o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, o diretor da Anea, Miguel Faus, além de representantes da Apex-Brasil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
27 de Novembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #46 Algodão em NY - Semana curta devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA.  Mesmo assim, o mercado operou em alta.  O contrato mar/21 em NY fechou na véspera de feriado (Quarta) em 72,36 U$c/lp, com alta de 0,96% na semana.  Altistas 1 - As fiações chinesas continuam operando em alta capacidade segundo dados locais.  Como consequência, importações estão em alta. A alfândega chinesa anunciou que em out/2020 a importação de algodão foi de 210 mil toneladas. A China já superou os números para ao mesmo período (Jan-Out) de 2019. Altistas 2 - Com a safra americana no fim, o clima na América do Sul entrou no radar do mercado e a baixa umidade tem afetado o mercado de grãos, que acabam dando suporte também ao algodão. Altistas 3 – A redução das incertezas acerca da sucessão presidencial americana, com o Presidente Trump permitindo o início da transição, provocou alta no mercado financeiro, que contagiou também os mercados de commodities. Baixistas -  Com o USDA apontando que a safra de 2020 está se aproximando de 80% da colheita (fechou em 77% semana passada), há maior pressão de venda por parte produtores americanos com o mercado acima de 70 U$c/lp.  Vacina – Notícias positivas sobre mais uma vacina contra COVID-19 causaram muito otimismo no início da semana. Entretanto, os desenvolvedores da vacina, Oxford University e AstraZeneca, admitiram depois que ocorreram erros nos testes.  A doença continua preocupando os mercados. China - Segundo a CNCE, até 23/nov, 65% do algodão de Xinjiang, que representa 90% da produção do país, já tinha sido colhido. Índia - O principal produtor mundial tem aproveitado o bom momento da China e exportado volumes significativos de fio de algodão para lá. Enquanto isso, a safra local vai chegando ao fim com expectativa de redução de 15% em relação à previsão inicial devido a problemas climáticos. Cotton Brazil  – Com o objetivo de promover o algodão brasileiro no seu mais importante mercado internacional, a Abrapa, com apoio da Apex Brasil e da Anea, está acertando os últimos detalhes de uma importante parceria estratégica com a China National Cotton Exchange (CNCE) e sua afiliada Beijing Cotton Outlook (BCO), que envolverá eventos, ações promocionais e intercâmbio técnico entre os dois países. Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 88%; Bahia: 95%; Goiás: 93%; Minas Gerais: 95%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 62%; Piauí: 99%; São Paulo: 100%; Tocantins: 95% e Paraná: 100%. Média Brasil: 89% beneficiado Exportações - O Brasil exportou 249,3 mil toneladas de algodão nas duas primeiras semanas de nov/20.  Este será o maior mês de novembro da história.  A marca anterior é 256 mil toneladas em nov/19. Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.