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Maio bate recorde nas exportações brasileiras de algodão
14 de Junho de 2021

O mês de maio entra para a história das exportações brasileiras de algodão. Com 115.243 toneladas comercializadas, o país ampliou em 66% o volume registrado em maio de 2020. É o melhor desempenho para o mês em toda a história da cotonicultura brasileira, segundo a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Os dados são do sistema de comércio exterior (Comex Stat) do Ministério da Economia e mostram ainda que no ciclo 2020/21 as exportações da fibra somam 2,235 milhões de toneladas. Mesmo ainda faltando dois meses para que o ano comercial se encerre, o desempenho até aqui já é 23% superior aos números da temporada 2019/20. "Nossa previsão é de que embarcaremos 2,35 milhões de toneladas até julho", afirma Júlio Busato, presidente da Abrapa. Confirmando-se a previsão, o país terá ampliado em 20% as vendas ao exterior no ciclo atual em relação a 2019/20. A China lidera o ranking dos maiores compradores do algodão brasileiro na temporada 2020/21, importando volumes ainda maiores que os realizados no ciclo 2019/20. Com a importação de 23,7 mil toneladas em maio, o país superou as 700 mil toneladas no ciclo 2020/21, ampliando em 22% o total registrado no período anterior. Assim, os chineses superam, inclusive, o consumo doméstico médio das indústrias têxteis brasileiras. "Estamos fortalecendo nossas parcerias com entidades que representam o setor têxtil chinês exatamente para mantermos esse ritmo no nosso comércio exterior", diz Busato. Nos últimos 60 dias, a Abrapa firmou convênios com a China Cotton Association (CCA) e com a China National Cotton Exchange (CNCE). O ranking dos dez maiores importadores do algodão brasileiro, no acumulado da temporada 2020/21, traz China (31%), Vietnã (17%) e Paquistão (12%) nos três primeiros lugares, seguidos por Bangladesh (11%), Turquia (11%), Indonésia (8%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%) e, finalmente, Tailândia e Índia (1%).

Técnicos do Mapa visitam laboratório de análise de algodão em Goiânia
11 de Junho de 2021

Etapa faz parte do processo de criação de uma certificação oficial da fibra Técnicos do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  (Mapa) conheceram, esta semana, o laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). A visita, coordenada pela Abrapa, é mais um passo em direção à implementação do Programa de Certificação de Conformidade Oficial do Algodão Brasileiro. O gerente Laboratorial de Análises de Algodão da Agopa, Rhudson Santo Assolari Martins, recebeu a equipe do ministério e mostrou os procedimentos-padrão adotados por todos os laboratórios de análise de algodão por instrumentos de alto volume do tipo HVI cadastrados no programa Standard Brasil HVI (SBRHVI).  Atualmente, o laboratório da Agopa analisa amostras dos produtores de São Paulo, que já iniciaram a colheita da safra 2020/2021. "Foi muito positivo, ficaram bem impressionados com todas as normas internas, procedimentos e cuidados. Acredito que a gente esteja  muito próximo de obter nosso certificado de conformidade", avalia o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. Participaram da visita técnica o Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, Glauco Bertoldo, o Coordenador-geral de Qualidade Vegetal, Hugo Caruso, e o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Cid Alexandre Oliveira Rozo. Também acompanhou a diligência o gestor do programa SBRHVI da Abrapa, Edson Mizoguchi. Nos próximos dias, a mesma equipe visitará a Fazenda Pamplona, do Grupo SLC, para acompanhar o processo que efetivamente precisa ser certificado pelo ministério: colheita do algodão, beneficiamento, emblocamento e retirada da amostra.  "Pretendemos obter a validação de todo esse trabalho, para que as análises do algodão brasileiro tenham a chancela do governo federal", destaca Portocarrero. A certificação oficial será uma garantia de identidade, qualidade e segurança dos resultados das análises feitas pela rede de laboratórios privados, sob supervisão da Abrapa, através do programa SBRHVI. "Proporcionará ainda maior confiabilidade ao algodão brasileiro no mercado internacional", afirma Júlio Busato, presidente da Abrapa.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
11 de Junho de 2021

​ALGODÃO PELO MUNDO #23/2021 - Algodão em NY - Mais uma semana de alta em NY. Demanda, clima, aumento nas exportações e da inflação nos EUA foram os destaques. O contrato Dez/21 fechou em 88,21 U$c/lp, alta de 3,7% nos últimos 7 dias. - Preços - Ontem (10/6) o algodão brasileiro Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia estava cotado a 98,25 U$c/lp (+275 pts) para embarque em Out-Nov/21 - Altistas 1 - O relatório de oferta e demanda de Junho, divulgado ontem pelo USDA trouxe mais um (pequeno) aumento na previsão de exportações dos EUA em 20/21 e 21/22, resultando em nova redução nos estoques finais em ambos os anos. - Altistas 2 - O relatório também trouxe redução na produção Chinesa de 21/22 para 5,8 milhões de tons.  Este ano a região de Xinjiang vem sofrendo com clima adverso e o algodão também perdeu área para o milho no país. - Altistas 3 - O clima nos EUA continua impactando os mercados. Desta vez, o problema é excesso de chuvas na região do Delta, causando inundações e perdas nas lavouras. - Altistas 4 - Em Live promovida pela AMPA ontem, os dois palestrantes internacionais Thomas Reinhardt e Bill Ballenden foram muito enfáticos ao afirmar que, com a atual relação de preços fibra/fio, as fiações estão operando com boas margens em toda a Ásia. - Baixistas - No mesmo evento, Reinhard comentou que o clima continua muito pesado entre a China e os EUA, Europa e Austrália.  Como o país depende muito da demanda de produtos acabados dos EUA, precisamos acompanhar de perto os todos passos desta guerra comercial e hegemônica travada pelas potências. - Roundtable 1 - Nesta semana, a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable passou por Bangladesh (responsável por 16% das importações do algodão brasileiro) e Turquia (11%). Nos dois países, a qualidade da fibra nacional foi o principal destaque do evento. - Roundtable 2 - "A qualidade algodão brasileiro evoluiu enormemente", afirmou Razeeb Haider, diretor da Bangladesh Textiles Mills Association (BTMA), principal entidade da indústria têxtil bengalesa. "Usamos o algodão brasileiro há dez anos e vimos na prática a evolução", declarou Ertugrul Tanriverdi, executivo da Ensar Tekstil, da Turquia. - Roundtable 3 - O webinar do projeto Cotton Brazil, promovido pela Abrapa, Apex Brasil e Anea, é mais uma iniciativa para promoção do algodão Brasileiro no exterior e contou com a presença de lideranças do setor no Brasil e também com os Embaixadores do Brasil e líderes empresariais nos países compradores. - Plantio - Os EUA já semearam 71% da área prevista, 12 pontos a menos que ano passado devido ao excesso de chuvas. No Paquistão, já está encerrado nas principais regiões produtivas. Na Índia, graças às chuvas de monções, o plantio já começou nas áreas não irrigadas. - Oferta e Demanda - USDA divulgou ontem números de oferta e demanda global de algodão. A produção mundial 21/22 foi reduzida para 25,88 milhões de tons, redução de 124 mil tons. O consumo foi ampliado para 26,7 milhões de tons (+231 mil tons). A relação estoque/uso global está prevista para 72,9% em 21/22. - Agenda 1 - Na semana que vem, mais dois países recebem a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable. Na segunda (14) será o Paquistão, e no dia 15, a Coreia do Sul. - Agenda 2 - O algodão brasileiro será promovido no maior evento da China. O programa Cotton Brazil participará da 2021 China International Cotton Conference - evento promovido pela China Cotton Association (CCA), nos dias 17 e 18 de junho, em Suzhou (próximo a Shanghai). - Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (10/6): MG (5%), MS (3%), SP (60%) e PR (70%). Total Brasil: 0,4% colhido. - Exportações - O Brasil exportou 13,9 mil tons de algodão na primeira semana do mês de junho. Em 2020, foram exportadas 56,7 mil tons ao longo do mês de junho. Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com - Preços - Consulte tabela abaixo

Qualidade do algodão brasileiro garante mercado em Bangladesh e Turquia
11 de Junho de 2021

Em sua primeira semana, a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable reuniu industriais bengaleses e turcos para debater as projeções do ano comercial de 2021 A primeira semana da Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable passou por Bangladesh e Turquia, países que, juntos, absorvem 22% das exportações de algodão brasileiro. A série de webinars é promovida pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e apresenta aos maiores compradores da fibra os números do ciclo agrícola 2020/21 e as projeções de comércio exterior para o ano comercial de 2021. "Mesmo com redução na área e na produção, esta safra já é a terceira maior da cotonicultura brasileira. No próximo ciclo, queremos retomar o crescimento. Hoje, somos um parceiro seguro e estratégico no mercado internacional de algodão", assegurou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Nos dois países, a evolução dos índices de qualidade do produto brasileiro foi o destaque. "Neste ano, o algodão brasileiro tem sido o que mais usamos, pois atestamos a qualidade da fibra brasileira", endossou Mohammad Ali Khokon, presidente da Bangladesh Textiles Mills Association (BTMA). Com 1.521 associados, a BTMA é a principal entidade do setor industrial privado bengalês, responsável pelo segundo posto no ranking mundial de importadores de algodão. "Estou impressionado. Há uma década, a Abrapa assumiu compromisso com as fiações bengalesas de melhorar a qualidade da fibra brasileira, e conseguiu. É muito bom ver que o Brasil cumpriu sua palavra", afirmou Hissam Khandker, diretor da Delcot Ltd. "Aproveitamos bastante o algodão brasileiro para confeccionar tecidos brancos, por ser livre de contaminação. O Brasil já se tornou a melhor opção ao algodão norte-americano", afirmou Razeeb Haider, diretor da BTMA. Criado em 2017, o programa de controle de qualidade do algodão brasileiro monitora 11 laboratórios de High Volume Instrument (HVI) no Brasil, que analisam por amostra a produção brasileira, com índice de confiabilidade geral de 96%. "Impressiona saber que o Brasil analisa os parâmetros de qualidade de 100% dos fardos de algodão exportados devido aos grandes volumes que são exportados", afirmou Ertugrul Tanriverdi, executivo da Ensar Tekstil, da Turquia. "Visitei fazendas e algodoeiras brasileiras em 2019 e me admirei com a mecanização da produção e do beneficiamento. O investimento em muita pesquisa e desenvolvimento levaram à melhoria da qualidade do algodão e o avanço dos últimos seis anos chama muito a atenção", observou Gökhan Erayman, vice-presidente da Matesa Textile, também da Turquia. O comércio de algodão brasileiro com Bangladesh e Turquia evoluiu nos últimos dez anos, mas ainda pode crescer. De 2009 a 2021, as importações bengalesas se ampliaram mais de 4.000%, e as compras turcas, 650%. Bangladesh tem demanda estimada em 2 milhões de toneladas para a temporada atual e a Turquia é o segundo maior fornecedor têxtil da União Europeia. Responsável por 23% do algodão importado pela indústria têxtil em todo o mundo, o Brasil é o quarto maior produtor mundial e segundo maior exportador. De agosto de 2020 a maio de 2021, as exportações somaram 2,235 milhões de toneladas da fibra. Faltando ainda dois meses para fechar o ano comercial, o País ampliou em 23% os números da temporada 2019/20. A Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable é realizada pelo Cotton Brazil, programa internacional de promoção e divulgação do algodão brasileiro. A iniciativa é desenvolvida pela Abrapa em parceria direta com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Conta também com o apoio das embaixadas brasileiras nos países visitados. Na próxima semana, mais dois países recebem a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable. Na segunda (14) será o Paquistão e, no dia 15, a Coreia do Sul.

Setor cotonicultor elevou produção de algodão em pluma para 3 milhões de toneladas no ciclo 2019/20, novo recorde, superando o da safra anterior
10 de Junho de 2021

​Embarque de algodão em pluma passou de 2 milhões de toneladas em 2020 A cotonicultura brasileira conciliou recordes em produção e exportação de algodão em pluma em 2020. A colheita totalizou 3 milhões de toneladas no ciclo 2019/20, com alta de 8% em relação ao volume anterior, de acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Também as exportações ultrapassaram a marca de 2 milhões de toneladas embarcadas em 2020. Esses resultados devem continuar como históricos pois a safra 2020/21 e o embarque ao longo do ano devem ser menores. Conforme o cotonicultor e presidente Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio César Busato, a produtividade média de 1.802 quilos de plumas por hectare foi essencial para o País se consolidar como o quarto maior produtor e segundo maior exportador mundial de algodão. Além disso, Busato ressalta que foi possível evoluir ainda mais em qualidade (micronaire, uniformidade e comprimento de fibra), características necessárias para acessar qualquer mercado externo. O clima favorável na maioria dos estados e a alta adesão dos cotonicultores às tecnologias contribuíram para o ganho em qualidade. "Além da safra recorde no ciclo 2019/20, o Brasil ainda obteve indicadores de qualidade equivalentes ou superiores aos registrados pelos Estados Unidos, principal concorrente no mercado internacional", compara. Ele ressalta que dois fatores explicam o comportamento do preço praticado no mercado nacional e internacional em 2020. A cotação futura do algodão chegou a 48 centavos de dólar/libra-peso em abril, no auge da pandemia. No entanto, após um surpreendente aquecimento na indústria têxtil asiática, a demanda por algodão foi aumentando de maneira considerável e os preços internacionais melhorando no último trimestre do ano. A desvalorização constante da moeda brasileira frente ao dólar fez com que o preço do algodão praticado no mercado interno estivesse mais elevado que a média histórica desde agosto de 2020. Assim, os preços do quilo da pluma no mercado doméstico variaram entre R$ 6,00 e R$ 8,60, ao longo de 2020, utilizando o indicador Cepea-Esalq/USP como referência. A variação foi provocada pela elevação da moeda norte-americana em relação ao real. No caso do preço do dólar, a variação foi entre 48 e 80 centavos de dólar/libra-peso. "A oscilação de preço foi a maior nos último anos. Poucos produtores conseguiram fechar operações de hedge acima de 70 centavos de dólar/libra-peso", declara Busato. O algodão é uma commodity precificada na bolsa de Nova Iorque, em dólar, portanto o valor de compra e venda sempre é com base no preço internacional. MENOR A previsão da Abrapa é de que a produção varie de 2,4 a 2,6 milhões de toneladas na safra 2020/21, com redução de 600 a 400 mil toneladas em relação ao recorde anterior. Júlio César Busato refere que os cotonicultores diminuíram o plantio devido às incertezas de mercados decorrentes da pandemia, os preços do algodão no segundo semestre de 2020 abaixo de 65 centavos de dólar/libra-peso, a maior competitividade da soja e do milho no quesito rentabilidade e efeitos do fenômeno climático La Niña. A área semeada está estimada em 1,37 milhão de hectares, 15% menor. No entanto, diz que a menor oferta de pluma mais o estoque de passagem de 297 mil toneladas devem ser suficientes para atender à demanda interna de 700 mil toneladas e a exportação estimada em 1,68 milhão de toneladas em 2021. Os produtores haviam negociado 70% da safra antecipadamente para o mercado externo até fevereiro de 2021, pressionados pela alta de 100% nos custos para produzir na última década. Busato defende a necessidade de um planejamento conjunto de médio e longo prazos e o estabelecimento de mecanismos que permitam à indústria têxtil nacional adquirir a matéria-prima com antecedência. Recorda que nos últimos quatro anos a produção nacional de algodão foi multiplicada por dois e isso pode ser feito de novo se tiver mercado e rentabilidade. Uma oferta menor de algodão em pluma também foi apontada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no quarto levantamento divulgado em janeiro de 2021. A produção de algodão em pluma poderia alcançar o volume de 2,651 milhões de toneladas em 2020/21, com queda de 11,7%. A área semeada de 1,518 milhão de hectares apresentou um decréscimo de 8,8%, em relação ao período anterior de 2019/20. Previu uma produtividade média de 1.746 quilos por hectares, 3,1% a menos que a média antecedente. MARCA HISTÓRICA A exportação brasileira de algodão em pluma totalizou 2,12 milhões de toneladas em 2020, com alta de 31,7%, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse desempenho representa novo recorde anual das exportações de pluma, superando pela primeira vez os 2 milhões de toneladas. Em 2020, os preços de exportação estiveram, em média, 15% acima dos praticados no spot nacional. Em dólar, porém, ainda de acordo com a Secex, o preço médio parcial do ano foi de US$0,6825/lp, 9% menor que o registrado em 2019. Os principais destinos do algodão brasileiro exportado foram China (representando 29% do total), Vietnã (17%), Paquistão (12%), Turquia (12%), Bangladesh (10%) e Indonésia (10%), de janeiro a novembro de 2020. A equipe técnica do levantamento de safra da Conab destaca que o aumento das exportações de algodão em pluma foi influenciado pela taxa de câmbio elevada, a ampliação da oferta na safra 2019/20, a retomada da economia após os impactos causados pela pandemia de Covid-19 e o incremento da capacidade logística, com o aumento de linhas, navios e contêineres. Mesmo com todos os desafios decorrentes da pandemia, a Abrapa inaugurou um escritório em Singapura no segundo semestre de 2020. "O local foi escolhido pela proximidade com os principais países asiáticos compradores, de modo que as ações do algodão brasileiro na Ásia sejam ainda mais assertivas e próximas de nossos clientes nos 365 dias do ano", relata Júlio César Busato, da Abrapa. Essa foi mais uma ação da iniciativa Cotton Brazil, projeto que conta com a parceria Apex-Brasil, agência governamental de promoção do Brasil no exterior, e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). O principal objetivo desse projeto é que o Brasil seja o maior exportador de algodão em pluma do mundo até 2030, reconhecido em todo o globo pela qualidade, sustentabilidade e padrão tecnológico. Por: EDITORA GAZETA Publicado em 04/06/2021 às 15:32h.

Relatório de Safra - 1ª quinzena de junho de 2021 Resumo
10 de Junho de 2021

O Brasil exportou 115.243 toneladas de algodão em maio de 2021, o melhor mês de maio da história da cotonicultura brasileira. O volume é 66% superior ao embarcado no mesmo período de 2020.  Nos dez meses acumulados da temporada de exportações 2020/2021 – de agosto/20 a maio/21 -  O crescimento foi de 23% em relação aos mesmos meses da temporada anterior, totalizando  2,235 milhões de toneladas da pluma.  China, Vietnã e Paquistão foram os principais destinos. Confira os principais indicadores da temporada 2020/2021 de exportações de algodão brasileiro e as projeções de safra, em 08 de junho de 2021. Relatório de Safra - 1ª quinzena de junho - 08.06.2021

Abrapa consolida projeções da safra 2020/21
10 de Junho de 2021

Dados foram validados em reunião técnica com associações estaduais ​"Precisamos nos preparar para o futuro". O convite do presidente da Abrapa, Júlio Busato, pautou a reunião técnica de avaliação da safra 2020/21 realizada na última terça-feira (8). Com objetivo de atualizar números e projeções do atual ciclo do algodão, a Associação Brasileira de Produtores de Algodão, Abrapa,  mobilizou lideranças estaduais e consolidou o cenário atual da cultura no Brasil. Após quatro anos de crescimento contínuo, a cotonicultura vive agora um momento de retração na área plantada, na produção e na produtividade. O cenário é reflexo de aspectos climáticos, por um lado, e da macro tendência mundial de valorização de commodities agrícolas – o que tornou, em alguns estados, o plantio de soja e de milho mais atrativos para os produtores que trabalham com algodão em segunda safra. Os dados levantados pela Abrapa junto aos produtores indicam que o algodão foi plantado em uma área de 1,340 milhão de hectares – extensão 20,5% inferior à registrada no ciclo 2019/20. Com isso, a estimativa é de que sejam produzidas 2,356 milhões toneladas de pluma, em uma redução anual de 21,5%. Já a produtividade tem previsão de baixar 2,4% em relação ao ciclo anterior, atingindo a marca de 1.758 kg/hectare. Um dos estados com redução na área é Mato Grosso, que responde por aproximadamente 70% da produção nacional de algodão. Lá, a previsão é de que da área de pouco mais de 942 mil hectares saiam 1,613 milhão de toneladas de pluma – recuo de  17% na área e de 20% no volume em relação à safra anterior. Com 85% de seu algodão sendo cultivado em segunda safra, após o ciclo da sojicultura, Mato Grosso foi afetado pelo clima. "O principal fator foi climático. Poucas chuvas encurtaram o período ideal da janela de plantio", explicou Álvaro Salles, diretor executivo do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt). O clima também influenciou os números do Centro-Sul do país, onde estão os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Nessa região, houve diminuição de 32% na área e de 31% na produção. Mato Grosso do Sul chegou a ficar 70 dias sem chuva em algumas áreas. A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por outro lado, teve os percentuais menores de redução tanto na produção (-15%) como na área plantada (-17%). A previsão da Abrapa é que esses estados cultivem 587 mil toneladas de pluma em 305,3 mil hectares. Outro diferencial do Matopiba é o aumento de 2% no índice médio de produtividade, chegando a 312,2@/hectare. A explicação está na regularidade e boa distribuição de chuvas, além de menor incidência de pragas e doenças comuns na cotonicultura. Os dados validados na reunião técnica serão apresentadas durante a série de webinars Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable, que a Abrapa realiza neste mês com importantes países compradores do algodão brasileiro.

Algodão tem recorde de embarques
10 de Junho de 2021

China é o principal destino da pluma nacional, com quase um terço das compras Com 115,2 mil toneladas embarcadas, maio foi um dos melhores meses da história para as exportações brasileiras de algodão. O volume é 66% superior ao exportado no mesmo mês de 2020. O resultado compõe outro recorde: embora o encerramento do ano comercial da safra 2020/21 da pluma seja apenas em julho, os embarques totais deste ciclo, que somam 2,23 de toneladas na safra, já incluindo as vendas dos dois meses remanescentes. Se a projeção se confirmar, o crescimento em relação à safra passada será de 20%. A China, com quase um terço das compras na temporada, é o principal destino da pluma brasileira. "Estamos fortalecendo as parcerias com entidades que representam o setor têxtil chinês para mantermos o ritmo no comércio exterior. Em menos de 60 dias, firmamos convênio com a China Cotton Association (CCA) e com a China National Cotton Exchange (CNCE) diz o presidente da Abrapa, Júlio Busato. Em maio, os três maiores compradores do Brasil foram Turquia, Vietnã e China, com importações acima de 23 mil toneladas cada um. As importações chinesas superaram as 700 mil toneladas no ciclo 2020/21, 22% a mais que em toda a temporada anterior. O volume supera, inclusive, o consumo doméstico médio das indústrias têxteis do Brasil. Indonésia e Bangladesh também aparecem na lista dos principais clientes do algodão nacional. Para tentar expandir ainda mais o mercado internacional do algodão brasileiro, a Abrapa está promovendo uma rodada de conversas com sete países importadores. Nos eventos virtuais, os cotonicultores aproveitam para mostrar o panorama da próxima safra, com previsão de manutenção e até aumento da área plantada em Mato Grosso e na Bahia, principais produtores nacionais. Um relatório preparado pela Abrapa mostra que as perspectivas para esta safra mundial de algodão são de redução de 7% na produção (24,3 milhões de toneladas) e aumento de 9% no consumo, fortemente afetado pela pandemia em 2020. Mesmo com o crescimento, serão consumidas menos de 25 milhões de toneladas da pluma, abaixo das 26 milhões de toneladas em condições normais de mercado. O setor redobra a atenção para o que acontece do outro lado do mundo, na Índia, maior produtor mundial de algodão. A produção na safra 2020/21 deverá ser de 6,12 milhões de toneladas, mas o consumo da indústria têxtil indiana foi revisado para 5,15 milhões de toneladas, reflexo do agravamento da pandemia no país. Sob pressão do novo imposto de importação, as compras dos indianos deverão cair para 187 mil toneladas. Para 2021/22, a expectativa é que a safra de algodão aumente 5%, para 25,5 milhões de toneladas, com aumentos de área e colheita nos Estados Unidos e na África Ocidental. O consumo deve crescer 2%, à medida que a economia global continue a se recuperar. "É previsto que o comércio global de algodão aumente para 10 milhões de toneladas para 2021/2022, com aumentos de importação em todos os principais países consumidores", diz a Abrapa. Valor Econômico Por Rafael Walendorff — De Brasília - 10/06/2021