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Movimento Sou de Algodão lança o próprio acervo com looks feitos por marcas e estilistas parceiros
02 de Junho de 2021

Fazem parte nomes como Ronaldo Silvestre, Diego Fávaro, Reptília, Ken-Gá e Jorge Feitosa  O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), está promovendo o Acervo Sou de Algodão, que tem como objetivo dar acesso a stylists, veículos, assessorias de influencers, artistas e formadores de opinião, para produções como editoriais, eventos e outros. Já abriga 38 looks originais e exclusivos, que trazem a essência da moda autoral, criativa e inovadora, dos designers brasileiros, em algodão. Alguns looks do 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, estão por lá. Este concurso cultural é dedicado à moda autoral brasileira e aos novos talentos,  dando oportunidade para os estudantes de design e moda de todo Brasil criarem looks com algodão. Já estão abertas as inscrições, que devem ser feitas até o dia 15 de outubro, no portal do movimento: www.soudealgodao.com.br/desafio. Todos os looks do acervo são feitos com tecidos em algodão, de marcas parceiras do movimento, criados por estilistas do line up das principais semanas de moda, e estão disponíveis no site. Os interessados em utilizar as peças devem entrar em contato com: E-mail Vira Comunicação:  mariana.torelli@viracomunicacao.com.br WhatsApp: (11) 96397.6100   Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Siga Sou de Algodão: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook: soudealgodao Instagram: @soudealgodao Youtube: Sou de Algodão

Com apoio da Abrapa, Paraná quer impulsionar cotonicultura
01 de Junho de 2021

Grande produtor de algodão no passado, o Paraná vem investindo na reestruturação do sistema produtivo, com apoio da Associação dos Cotonicultores Paranaenses, Acopar,  sob coordenação da Abrapa. Com o objetivo de atualizar os produtores da região sobre as ações para valorização da pluma e abertura de mercado, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Júlio Busato, esteve no estado no último sábado (29). O Paraná chegou a ter a maior área cultivada de algodão do país, com 700 mil hectares na safra 1991/1992.  Ainda nos anos 90, dificuldades de comercialização, carência de mão de obra, más condições climáticas e o ataque do bicudo algodoeiro praticamente dizimaram a cultura na região.  Na safra 2020/2021, já em fase de colheita, a área plantada no estado é de apenas 800 hectares, mas os produtores estão dispostos a reconquistar o antigo protagonismo. "Eles estão iniciando o novo modelo de cotonicultura, agora mecanizada. Disse a eles que a união é fundamental neste processo, foi esse o caminho que seguimos no centro-oeste", conta Busato. O presidente da Abrapa também apresentou os projetos da entidade, como o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), e ressaltou a importância da adesão de todos para a credibilidade do algodão produzido no Brasil. "A visita foi muito boa. Os produtores puderam ver no que a Abrapa está trabalhando e saber mais sobre as perspectivas e riscos da cultura", avalia Almir Montecelli, presidente da Acopar.  Segundo ele, o atual desafio dos cotonicultores do Paraná é absorver as novas tecnologias, para que o algodão possa entrar na rotação de culturas ou mesmo na substituição de alguma cultura de verão.  "O agricultor tem que fazer a parte dele pra dentro da porteira e a associação, para fora dela", destaca. A agenda do presidente da Abrapa no Paraná incluiu visita à Fazenda Jaçanã, de Jarbas Silus Reis Neto, no município de Sertaneja. Acompanharam Júlio Busato, Almir Montecelli e também Milton Martinez, o vice-presidente da Acopar, Adriano Luiz Liuti, executivo da Acopar, e os agricultores Weber Reis e Leandro Yuji Izu.

Abrapa participa da 5ª edição do Transformers Education Brasil
01 de Junho de 2021

Estudantes de moda conheceram práticas sustentáveis da produção de algodão O comprometimento dos cotonicultores brasileiros com a sustentabilidade foi demonstrado a estudantes de moda de todo o país na 5ª edição do Transformers Education Brasil, iniciado nesta terça-feira (1º). O evento, 100% online e gratuito, é promovido pela Transformers Foundation em colaboração com The LYCRA Company e a Covolan Denim e tem como foco as inovações na cadeia produtiva do jeans.      Como painelista convidado, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, fez um breve histórico da produção de algodão no Brasil, dizimada nos anos 90 pela praga do bicudo, e mostrou como o país se reposicionou no mercado mundial. Em menos de duas décadas, passamos de 8º produtor e 2º maior importador do mundo para 4º maior produtor e 2º maior exportador mundial da fibra. "Tudo se resume em uma só palavra: união. União dos agricultores, através de suas associações estaduais, coordenadas pela Abrapa, e união com Embrapa, universidades públicas e privadas, fornecedores de insumos e agrônomos", contou Busato.  "Criamos uma tecnologia que, hoje, nos dá a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo e conseguimos produzir o dobro de pluma, por hectare, em relação ao agricultor americano", ressaltou. Apenas 8% do algodão produzido no Brasil é irrigado, enquanto este volume é de 70 a 80% nos Estados Unidos e 100% na Austrália. Além disso, 65% do algodão produzido no Brasil é de segunda safra, em rotação com a soja, o que significa a maximização da utilização do solo.  "Além de utilizar o mesmo solo duas vezes, no mesmo ano, para produzir sem irrigação, esse sistema incorpora matéria orgânica no solo. É isso que vem nos dando aumento de produtividade", disse Júlio Busato. Pontuou, ainda, que o Brasil é o campeão na produção e no uso de defensivos agrícolas de origem biológica. Por fim, o presidente da Abrapa falou sobre o projeto Sou de Algodão, que visa despertar um senso coletivo em torno da moda responsável e do consumo consciente e fomentar o mercado do algodão responsável.  A iniciativa já conta com mais de 560 marcas parceiras, entre elas a Covolan. Busato explicou que o Sou de Algodão é lastreado em duas grandes plataformas: o Sistema Abrapa de Informação (SAI), que mostra onde e por quem cada fardo de algodão foi produzido e beneficiado; e o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificação que opera em benchmarking com a Better Cotton Initiative (BCI). Para obter o selo ABR e a licença BCI, o produtor precisa cumprir 178 itens nas áreas social, ambiental e econômica. "Para nosso orgulho, quase 80% do algodão brasileiro tem a certificação Algodão Brasileiro Responsável", afirmou Busato. O Brasil também responde por 36% de todo o algodão Better Cotton do mundo. "Não conheço nenhum país, nenhum programa que se compare ao que estamos fazendo. Hoje, podemos dizer que o Brasil produz um algodão com quantidade, qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade", concluiu. O Transformers ED Brasil continua nesta quarta-feira (2). A lista de painelistas inclui Andrew Olah, da Transformers Foundation; Carlos Cazella, da Bann Quimica; Silvana Eva, da The LYCRA Company; Fernando Pimentel, da Abit; Miguel Sanchez, da Fundação Transformers; Mariana; Thaísa Peralta, Hallan Davi, Gileade Guimarães e José Luiz, da Covolan Denim; entre outros. Transformers Foundation A Transformers Foundation representa a cadeia de produção de jeans, de agricultores e fornecedores de produtos químicos a fábricas. Foi criada com o objetivo de ser uma plataforma para a cadeia de suprimentos de jeans e um ponto de contato para consumidores, marcas, ONGs e mídia que desejam aprender mais sobre ética e inovação sustentável na indústria.

Responsáveis pelo 2º Desafio Sou de Algodão +Casa de Criadores unem-se em um webinar para tirar dúvidas e divulgar o projeto
01 de Junho de 2021

O encontro virtual foi destinado aos estudantes e docentes das faculdades da região de Bauru  Na última sexta-feira, 28 de maio, foi realizado o webinar 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. O evento ocorreu às 19h30 via ZOOM e recebeu estudantes e docentes das faculdades do interior paulista, da região de Bauru. O encontro teve a participação do presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, do diretor artístico da Casa de Criadores, André Hidalgo, de gestoras do movimento Sou de Algodão, Manami K. Torres e Bia Santarosa, e de estilistas da 1ª edição do concurso que, atualmente, integram o line-up oficial do evento, Dario Mittmann e Rodrigo Evangelista. Os assuntos abordados foram desde a importância da moda para a cadeia produtiva do algodão, que atende a demanda do consumidor por produtos com origem responsável, até o regulamento do Desafio. A gestora do Movimento comentou que o prêmio, para o vencedor, é de R $30.000,00 em dinheiro, para produzir e apresentar sua primeira coleção oficial, no evento, em novembro de 2022. Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável. Siga Sou de Algodão: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook: soudealgodao Instagram: @soudealgodao Youtube: Sou de Algodão

Ouro Branco, agora certificado
31 de Maio de 2021

O comprometimento crescente dos cotonicultores brasileiros com a sustentabilidade é destaque na edição de maio da Revista Dinheiro Rural.  Em quatro páginas, a publicação mostra a evolução das adesões à certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e licenciamento pela Better Cotton Initiative (BCI) e as oportunidades que se abrem para a pluma produzida com as melhores práticas  sociais, ambientais e econômicas. Revista Dinheiro Rural 180 - maio  

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
28 de Maio de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #21/2021 - Algodão em NY - Mercado com pouca volatilidade esta semana. Com a proximidade de expiração do contrato de Jul/21, o mês com o maior número de contratos em aberto já é Dez/21, com prêmio de 85 pontos sobre Julho. O contrato Dez/21 fechou em 83,46 U$c/lp, alta de 1,8% nos últimos 7 dias. - Preços - O preço do algodão brasileiro Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia fechou ontem cotado a 91,00 U$c/lp (-25 pts na semana) para embarque em Jun-Jul/21 e 93,75 U$c/lp (+100 pts) para embarque em Out-Nov/21. - Altistas 1 - Segundo a consultoria Cotlook, a queda dos preços em NY para faixa próxima a 80 centavos aumentou a demanda por parte da indústria, que tem se beneficiado por preços firmes do fio. - Altistas 2 - A Cotlook menciona também que enquanto essa faixa de preço tem estimulado a demanda por um lado, de outro a oferta dos produtores está mais retraída. - Altistas 3 - Os números de exportação americana divulgados ontem mostraram muita força.  Vendas de 41 mil tons e embarques de 76 mil tons, totalizando 2,9 milhões de tons exportadas esta temporada (81% do previsto). - Baixistas 1 - O mercado ficou em alerta após a China anunciar esta semana que está aprimorando a regulação de preços de commodities com objetivo de tentar evitar uma supervalorização e aumentos de custos no país. - Baixistas 2 - Chuvas continuam caindo em áreas no Oeste do Texas. Produtores se apressam plantando longas horas para aproveitar a umidade. A seca e a baixa umidade no subsolo ainda preocupam. - Cotton Brazil - Na semana que vem, o Brasil firma mais um importante acordo com o setor do algodão da China. A Abrapa e China National Cotton Exchange formalizam parceria para promoção do algodão brasileiro na China, em evento com a presença do Embaixador do Brasil na China, Paulo Estivallet. - Plantio - Os EUA já semearam 49% da área prevista (+11pp na semana). Na Índia, enquanto as monções não chegam, o plantio em áreas irrigadas atingiu 55% do total.  No vizinho Paquistão, o plantio atingiu 21%, com condições favoráveis. - China - Aspectos climáticos devem reduzir a safra 21/22 chinesa de algodão para 5,6 milhões de toneladas, a menor em 5 anos, de acordo com a Cotlook. Problemas climáticos e restrição de água para irrigação estão afetando as lavouras este ano. - EUA e China - Esta semana autoridades comerciais de EUA e China tiveram a primeira conversa telefônica após a posse do Presidente Biden. O clima, contudo é tenso, com Biden e seus assessores elevando o tom de críticas sobre temas como origens da Covid-19, Xinjiang, Hong Kong, Taiwan, além das questões comerciais. - Austrália 1 - Graças às chuvas e ao reestabelecimento dos níveis dos reservatórios, a produção australiana que está sendo colhida deve superar 550 mil tons, quatro vezes mais que o desastroso resultado do ano passado. - Austrália 2 - O desafio agora é abrir novos mercados para substituir a China, que está boicotando produtos Australianos. No alvo, países como Vietnã, Bangladesh, Indonésia, Tailândia e Coreia do Sul – todos compradores do algodão brasileiro. - Paquistão - De jul/20 a abr/21, o Paquistão movimentou US$ 12,6 bilhões com a exportação de têxteis e roupas, superando em 17,35% a cifra obtida no ciclo anterior (US$ 10,8 bilhões). - Agenda 1 - Segunda-feira (31/5) será feriado de Memorial Day nos EUA, portanto sem mercado em NY.  A dúvida é se haverá chuvas ou não no Texas no Memorial Day! - Agenda 2 - Em Junho, o Cotton Brazil, iniciativa que envolve Abrapa, Apex Brasil e Anea, percorre 8 países Asiáticos com o webinar Cotton Brazil Harvest 2021. Os eventos serão na China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Coréia do Sul e Índia. - Exportações - Segundo o Ministério da Economia, foram exportadas 33,2 mil tons de algodão na terceira semana de maio, totalizando 81,6 mil tons nas três primeiras semanas do mês.  Com isso, as exportações Brasileiras já ultrapassaram 2,2 milhões de toneladas em 20/21. Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com - Preços - Consulte tabela abaixo -

Abrapa analisa oferta, demanda e preços do algodão no mundo
28 de Maio de 2021

A retomada do consumo mundial de algodão para o patamar de 26 milhões de toneladas e seu reflexo nos preços da pluma foram tema de entrevista da Abrapa ao Canal do Boi. Júlio Busato, presidente da entidade, lembrou que a demanda mundial caiu para 22 milhões no auge da pandemia e a rentabilidade chegou a ser negativa, o que motivou a redução da área plantada no Brasil. Assista:  https://youtu.be/gqOcaHoLgFc

Transparência é o caminho para conquistar o mercado internacional
27 de Maio de 2021

Além da qualidade da fibra, a transparência das informações sobre lotes e fardos influencia diretamente a percepção e a valorização do algodão brasileiro no mercado, em especial o asiático - destino de 99% das exportações brasileiras da pluma.  Para ganhar a confiança do mercado e acelerar a trajetória brasileira rumo à posição de maior fornecedor de algodão do mundo, a Abrapa aposta na disponibilização de dados completos sobre rastreabilidade e análise de classificação. "Com consumidores a cada dia mais conscientes e exigentes, fiações e indústrias querem saber exatamente o que estão comprando. Por isso, é fundamental ampliar a transparência dos resultados de nossas análises de qualidade", explica Júlio Busato, presidente da associação. Nas últimas décadas, novos recursos tecnológicos e pesquisas para melhoramento genético possibilitaram a expansão da cotonicultura e deram dimensão empresarial à produção brasileira de algodão, posicionando o País como quarto maior produtor mundial e segundo maior exportador da pluma.  Na média, a qualidade da pluma produzida no Brasil é, hoje, superior à americana, nossa principal concorrente. Apesar disso, o algodão brasileiro é precificado entre 400 e 450 pontos a menos que o americano. Segundo Marcelo Duarte, diretor da Abrapa para o mercado externo, o Brasil está perdendo mais de R$ 1 bilhão de reais por ano. "O produtor está deixando de ganhar mais de 100 dólares por hectare", estima. Pesquisa realizada na Ásia com 127 industriais têxteis indicou que, além de características como comprimento da fibra, os três atributos mais valorizados são uniformidade dos lotes, tempo de entrega e transparência das informações. "Esse terceiro ponto é onde o Brasil mais perde para os Estados Unidos. É um atributo relacionado à confiança e temos que melhorar para conseguir melhor remuneração", avalia Duarte. Para Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), dar visibilidade aos dados de todo o processo produtivo é um caminho sem volta. "A rastreabilidade dos insumos e de todos os produtos gerados ao longo de uma cadeia de produção é um dos pilares da Global Fashion Agenda na qual estamos inseridos. Mais e mais, isso vem sendo demandado pelos atores que compõem a rede de produção e de distribuição, além dos consumidores", pontua. Essa também é a avaliação de João Paulo Lefèvre, presidente do Conselho da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). Segundo ele, o mercado exige, cada vez mais, informações sobre a origem dos produtos e a certeza de que o algodão comercializado foi produzido dentro das melhores práticas - sejam elas de qualidade, trabalhistas e de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. "A possibilidade de rastreamento será um fator decisivo na hora da compra, quem não tiver condições de fornecer essas informações não fará parte do mercado premium e terá o seu produto desvalorizado", acredita Lefévre. Júlio Busato, presidente da Abrapa, ressalta que o compromisso com a transparência deve ser de todo o setor. "Não adianta um produtor, por maior que seja, fazer isso sozinho", avalia. "Somos mais ágeis e mais criativos do que ao americanos, mas temos um longo e árduo trabalho pela frente, que é conquistar uma maior confiabilidade e credibilidade do algodão brasileiro como um todo", afirma Busato. Esse é o objetivo do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) lançado em 2016 pela Abrapa. Henrique Snitcovski, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), acredita que o programa contribuirá para uma maior representatividade da cotonicultura brasileira no comércio mundial. "O país produz em grande escala com tecnologia e responsabilidade socioambiental. O SBRHVI, neste sentido, pode dar mais transparência e credibilidade às análises de qualidade da fibra nacional, valorizando e fortalecendo a presença de nosso produto em diferentes mercados consumidores", avalia. Banco de Dados Um dos pilares do programa SBRHVI é um centro de inteligência, que armazena os dados de análise e classificação do algodão produzido no País. Todos os laboratórios participantes operam em rede, o que garante os resultados de origem e possibilita a geração de estatísticas do algodão brasileiro. As informações do centro de inteligência do SBRHVI são disponibilizadas em um completo Banco de Dados, integrado ao Sistema Nacional de Dados do Algodão (Sinda), ao Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e ao Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). "Isso permite a inclusão de informações sobre a análise da fibra nas etiquetas SAI, completando a rastreabilidade da pluma brasileira", ressalta Júlio Busato. Por que aderir ao SBRHVI Todo produtor que participa do SBRHVI disponibiliza, ao comprador, dados da unidade produtiva, da algodoeira, das certificações ABR/BCI e ABR-UBA, dos fardos, do laboratório e da análise de HVI. Essa transparência transmite confiança aos potenciais consumidores do algodão brasileiro. "Quando se compra um produto, é natural que se queira saber em detalhes o que se está comprando", pondera Walter Horita, socio-proprietário do Grupo Horita, que cultiva algodão no Oeste da Bahia. "Ser parte do SBRHVI é um valor que se agrega para quem compra algodão e para quem vende, porque quem produz quer ser remunerado à altura do que entrega. Muito em breve, ser SBRHVI não será mais uma opção, mas uma condição para ser player num mercado extremamente exigente", diz Horita. Nathalia Rezende Borges, produtora da região goiana de Mineiros e Perolândia, acredita que este tempo já chegou. "Não dá mais para negociar sem a divulgação de dados. Se não fizermos parte do programa, perdemos credibilidade e não conseguimos vender no mercado internacional", afirma. Sua expectativa é que o mercado reconheça e remunere melhor o produto com rastreabilidade total. Com o propósito de auxiliar os cotonicultores nesse processe, a Abrapa atualizou o sistema de rastreabilidade para a safra 2020/21. A partir do segundo semestre de 2021, o comprador deverá se cadastrar no SAI para ter acesso às informações dos produtores participantes do programa SBRHVI. Será possível consultar fardo a fardo e o produtor poderá conceder um link para que o comprador faça consulta por lotes, via sistema SBRHVI. Além de conferir confiabilidade ao algodão brasileiro, Júlio Busato salienta que a rastreabilidade completa é, também, uma excelente ferramenta de feedback dos compradores para os produtores, o que contribui para a melhoria contínua da qualidade da fibra produzida no Brasil. "É uma relação de ganha-ganha", resume o presidente da Abrapa.