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Certificação ABR, na safra 2020/2021, é destaque na coluna do broadcastagro
05 de Julho de 2021

Sustentável. Do algodão produzido no País na safra 2020/21, que está sendo colhida, 81,3% terão os selos de sustentabilidade Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e Better Cotton Initiative (BCI), o que equivale a 2 milhões de toneladas. A informação foi antecipada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) à coluna. Segundo dados oficiais da BCI compilados pela entidade, o Brasil ampliou a sua participação no mercado global de algodão licenciado de 36% para 38%. Estado de S. Paulo 05.07.2021 - Coluna do Broadcast Agro.

Movimento “Sou de Algodão” cai no gosto dos estilistas
05 de Julho de 2021

O algodão é um dos tecidos mais confortáveis para se vestir e o mundo da moda  sabe disso não é de hoje. A icônica e estilosa britânica Twiggy, aos 71 anos, que é considerada uma das primeiras supermodelos do mundo, afirmou certa vez que preferia vestir roupas com "100% de algodão". O estilista irlandês John Rocha, que por 29 anos foi uma das mais aguardadas presenças na chiquérrima London Fashion Week, já defendeu que peças de algodão "ganham personalidade com o passar do tempo". Mas não é somente lá fora que a fibra faz sucesso. Estilistas brasileiros de peso no mundo da moda, e jovens talentos dessa seara, também apreciam o algodão em suas coleções. A ideia de chamá-los para a causa da roupa confeccionada com tecido dessa fibra partiu dos maiores interessados: os produtores reunidos na ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), em 2016. Hoje, unidos através do movimento Sou de Algodão, 19 estilistas do país utilizam a fibra sustentável cultivada por cotonicultores ligados ao selo ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e mostram as suas inspiradas coleções. A missão é garantir o comprometimento da produção nacional da fibra com a sustentabilidade, através de os pilares ambiental, social e econômico, o que significa muita dedicação no campo. Do plantio à colheita são necessários entre 130 dias a 220 dias, ou seja, de quatro até seis meses meio de lida diária no campo, garantindo à planta solo fértil, controle das pragas e doenças, em área de muito sol na qual a temperatura média mensal seja de 20ºC, mas que haja chuvas entre 500 milímetros a 1.500 milímetros anuais.  Foi com essa receita que o Brasil se tornou o quarto maior produtor de algodão do mundo e o segundo maior exportador. A safra 2020/21 está estimada em 2,53 milhões de toneladas de pluma. Atualmente, os agricultores associados à Abrapa correspondem a 99% de toda a área cultivada com algodão no país, que na safra encerrada foi de 1,45 milhão de hectares. Para apreciar o excepcion

Abrapa conclui primeira fase do projeto Cotton Brazil
05 de Julho de 2021

Ações de promoção da pluma brasileira aproximaram produtores do mercado asiático Ações de promoção da pluma brasileira aproximaram produtores do mercado asiático Com o fim de mais uma rodada de encontros com potenciais compradores da pluma brasileira na Ásia, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) encerra, esta semana, o primeiro ciclo do projeto Cotton Brazil. Fruto da parceria do setor produtivo com o governo federal, a iniciativa foi lançada em 2020 com o objetivo de promover internacionalmente a fibra produzida no Brasil e posicionar o País como maior exportador mundial de algodão até 2030. Ao longo do mês de junho, foram realizados diversos eventos com o objetivo de estreitar o relacionamento com os principais clientes internacionais e apresentar indicadores finais da safra 2019/2020 de algodão e as perspectivas para o ciclo 2020/21 aos principais mercados asiáticos - região que concentra grande parte da produção têxtil mundial e destino de 99% das exportações brasileiras da pluma. A ação, chamada de Cotton Brazil Harverst 2021 Roundtable, reuniu 921 representantes da indústria têxtil asiática em webinars em Bangladesh, Turquia, Paquistão, Coréia do Sul, Vietnã, Indonésia e Índia e um evento presencial na China, a China International Cotton Conference. Juntos, os oito países importaram 1,79 milhão de toneladas de algodão brasileiro na safra 2019/20, de uma produção total de 3 milhões de toneladas. "A partir desse overview, ouvimos o que os industriais de cada país priorizam na hora de comprar nosso algodão e abrimos diálogo para futuras parcerias, principalmente no que se refere a aspectos técnicos", avalia o diretor de relações internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. Ações estratégicas O projeto setorial de promoção de exportações do algodão brasileiro teve início com o mapeamento dos mercados prioritários e do perfil dos públicos-alvo. A partir daí, a Abrapa e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) partiram para o planejamento e a execução de um amplo plano de promoção do algodão brasileiro na Ásia, com apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de Relações Exteriores (MRE). Para estar mais perto dos principais compradores, a associação abriu um escritório em Singapura, um dos maiores hubs logísticos do sudeste asiático e centro financeiro e comercial da região.  Entre dezembro do ano passado e março deste ano, a base internacional promoveu uma primeira rodada de 10 webinars, denominados Cotton Brazil Outlook, que apresentaram a cadeia produtiva brasileira a 1155 potenciais clientes de oito países: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia e Coréia do Sul. A ação incluiu um evento presencial, na cidade chinesa de Qingdao, com 350 participantes. "Assim que houver condições, faremos outros eventos presenciais e retomaremos as Missões Compradores e Vendedores, trazendo potenciais clientes para conhecer a cadeia produtiva brasileira e levando os nossos produtores para conhecer o modelo de negócio e as necessidades dos principais destinos compradores de algodão no mundo", diz Duarte. O estreitamento de relações diplomáticas e comerciais com entidades locais do setor é outra frente de atuação do Cotton Brazil. Com este objetivo, já foram realizadas nove reuniões com embaixadas do Brasil e nos mercados-alvo e outras nove com as principais lideranças locais do setor industrial têxtil, como as associações API (Indonésia), VCOSA (Vietnã), APTMA (Paquistão), CITI e ICAL (Índia), SWAK (Coreia do Sul), BCA (Bangladesh), e CNCE (China). A aproximação propiciou a assinatura de dois termos de cooperação com importantes organizações do setor têxtil na Ásia: a Confederação Indiana de Têxteis (CITI), a China National Cotton Exchange (CNCE) e a China Cotton Association (CCA), promotora da China International Cotton Conference. A China já é o principal cliente do algodão brasileiro. Entre 2011 e 2021, os embarques para a China aumentaram 792% e os números só crescem. Presença digital O plano de promoção da pluma brasileira no exterior inclui uma robusta plataforma de Business Inteligence, que reúne as principais informações e indicadores da cadeia produtiva do algodão no Brasil e no mundo, produzidas por renomadas instituições como ABARES (Austrália), Câmara Setorial do Algodão e seus Derivados, CEPEA, Comtrade, Cotlook, ICAC, ICE Futures, IMEA, ITC, Ministério da Economia e USDA.  São 2,7 bilhões de dados, que auxiliam os gestores da cadeia do algodão na tomada decisões. Completa o projeto uma forte atuação em canais de comunicação digital. Nesse sentido, foi desenvolvido um site em nove idiomas e vem sendo intensificada a presença nas mídias sociais dos países-alvo. Recentemente, o Cotton Brazil ganhou uma conta no WeChat, aplicativo de troca de mensagens utilizado massivamente na China. "Nosso maior desafio, a partir de agora, será manter a tendência de ampliação da produção e, consequentemente, da exportação, melhorando a qualidade e a sustentabilidade a cada safra", afirma o presidente da Abrapa, Júlio Busato. "Em breve, o Brasil será o maior fornecedor global de algodão, reconhecido mundialmente pela qualidade, sustentabilidade e padrão tecnológico de seu produto. No médio prazo, nos tornaremos o maior produtor mundial", acredita.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
02 de Julho de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #26/2021 - Algodão em NY - Esta semana foi marcada pela divulgação dos números finais de área plantada nos EUA e anúncio do início das vendas de algodão da reserva estatal Chinesa. O contrato Dez/21 fechou em 85,90 U$c/lp, queda de 1% nos últimos 7 dias. - Preços - Ontem (01/7), o algodão brasileiro Middling 1-1/8" estava cotado a 96,25 U$c/lp (-200 pts) para embarque em Out-Nov/21 (31-3-36) posto Ásia (fonte Cotlook). - Baixistas 1 - O USDA divulgou esta semana o relatório de área plantada neste ano. A área de algodão ficou em 11,72 mm de acres (4,74 mm de hectares), 3,1% a menos que o ano passado. Esse número foi considerado levemente baixista, pois esperava-se uma área um pouco menor devido a melhores preços dos grãos e clima adverso durante o plantio. - Baixistas 2 - Com esses números de área e a melhoria das condições das lavouras nos EUA (principalmente no Texas, que sofria grande seca), o potencial de produção nos EUA este ano é maior. Mas muita coisa ainda pode acontecer por lá. - Altistas 1 - Nesta sexta à tarde na China, madrugada no Brasil, o governo Chinês anunciou que irá realizar leilões diários de 5 de Julho a 30 de Setembro para vender 600 mil toneladas de estoque antigo de suas reservas. - Altistas 2 - O anúncio pode indicar que o gigante Asiático está se preparando para ir às compras no exterior, implementando sua política de rotação de estoques. - Altistas 3 - Agora é importante acompanhar com atenção os movimentos da China, que ainda tem que alocar as cotas adicionais de importação de 700 mil toneladas anunciadas em Abril. - Índia 1 - Nesta semana, a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable passou pela Índia, maior e mais tradicional produtor de algodão do mundo. O Brasil busca aumentar sua participação nas vendas para a 2ª maior indústria têxtil do globo. - Índia 2 - Durante o webinar, clientes afirmaram que o algodão brasileiro pode ocupar um espaço importante na Índia por ser oriundo de colheita mecanizada e sem contaminação, características desejadas pelo mercado local. Baixo conhecimento do produto brasileiro e logística foram citados como desafios. - Cotton Brazil - Após a edição na Índia, o programa Cotton Brazil finalizou a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable, reunindo 921 representantes da indústria têxtil asiática. Durante o mês de junho, a série de webinars passou por Bangladesh, Turquia, Paquistão, Coréia do Sul, Vietnã, Indonésia e Índia, além de um evento presencial na China. - China - A Cncotton.com anunciou esta semana que a área plantada na China este ano deve ficar em 2,83 milhões de hectares, 7% a menos que o ano passado. A estimativa do USDA em Maio era de queda de 1,5% na área plantada da China. - Safra 2020/21 - A Abrapa atualizou os números da safra 2020/21 de algodão. A área plantada ficou em 1,369 milhão de hectares (-17,8%). A produção de pluma ficará em 2,456 milhões tons (-18,2%).  A redução se deveu principalmente ao clima adverso no período do plantio. - Lavouras - Plantio praticamente finalizado na China, EUA e Paquistão, enquanto na Índia a semeadura segue embalada pelas boas chuvas das monções. O relatório de condições de lavoura nos EUA mostra 52% das lavouras em boas-excelentes condições, mesmo número da semana passada e bem acima dos 41% do ano passado. - Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (01/7): BA e TO (12%); GO (14%), MA (7%); MG (22%), MS (25%), MT (2%), PI (15%) SP (65%) e PR (98%). Total Brasil: 5,5% colhido. - Exportações 1 - O Brasil exportou 100,6 mil tons de algodão no mês de junho/21. O volume é 77% superior às 56,7 mil exportadas em jun/20. - Exportações 2 - Faltando um mês para o fim do ano comercial, o Brasil já exportou 2,35 milhões de tons de algodão desde Agosto/2020, recorde absoluto. Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com - Preços - Consulte tabela abaixo

Preço mínimo do algodão está abaixo do custo de produção, diz Abrapa
02 de Julho de 2021

De acordo com a entidade, setor pleiteava R$ 92 por arroba, mas governo reajustou valor para R$ 82,60 por arroba O novo preço mínimo do algodão está abaixo do custo de produção, afirma a Associação Brasileira dos Produtores da fibra (Abrapa), em nota divulgada na quinta-feira (1/7), após reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura (Mapa). De acordo com a entidade, o valor foi elevado em 6,5% para R$ 82,60 por arroba. O setor pleiteava R$ 92 por arroba. “Não é o que gostaríamos, mas é o que é possível no momento”, avalia Júlio Busato, presidente da Abrapa, na nota. “No ano que vem, vamos tentar chegar mais próximos do que realmente é o preço mínimo, caso a gente tenha que usar isso no futuro”, diz. Segundo a Associação, o preço mínimo anterior, referente ao Plano Safra 2020/2021, era de R$ 77,45 por arroba. O novo valor proposto levou em consideração o custo médio de produção calculado com base em seis estados produtores: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e São Paulo, a partir de uma metodologia que leva em conta apenas o desembolso do produtor ao longo do ciclo agrícola. Safra e exportações A Abrapa informa ainda, na nota, que, durante a reunião da Câmara Setorial, foi apresentado um panorama da produção da safra 2020/2021, que está em colheita. De acordo com a entidade, a previsão é de um volume de 2,45 milhões de toneladas de pluma, em uma área plantada de 1,369 milhão de hectares. A redução é de 18% em volume é área, em comparação com o ciclo anterior. Já as exportações de algodão do Brasil somaram 2,32 milhões de toneladas entre julho de 2020 e maio de 2021, conforme dados apresentados pela Anea, que reúne os exportadores. A expectativa é fechar o balanço do ciclo agrícola 2020/2021 com embarques de 2,4 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde. Só entre novembro e dezembro de 2020, foram exportadas 700 mil toneladas. Já para a próxima temporada, a previsão da Anea é do Brasil embarcar 1,9 milhão de toneladas de algodão para o mercado externo. O cenário, na avaliação da entidade é de recuperação do consumo em diversos países, o que tem refletido e uma manutenção dos preços em níveis superiores a US$ 0,85 por libra-peso. REDAÇÃO GLOBO RURAL - 02 JUL 2021

Preço mínimo da pluma é reajustado para R$ 82,60
02 de Julho de 2021

Valor continua inferior ao custo médio de produção de algodão no país O preço mínimo do algodão foi reajustado em 6,5% pelo governo federal. Com a correção, o valor da pluma foi para R$ 82,60 a arroba, abaixo dos R$ 92,00 solicitados pelo setor. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (1), durante reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O valor proposto pelos cotonicultores representa o custo médio de produção do Brasil, calculado em seis estados produtores (BA, GO, MT, MS, PI e SP) pelo Cepea/Esalq, em parceria com a Abrapa e CNA. A metodologia utilizada é a de Custo Operacional Efetivo, que representa somente o desembolso do produtor no decorrer da safra, não considerando a depreciação e o custo de oportunidade.  O preço mínimo vigente até o momento, publicado no Plano Safra 2020/2021 era de R$ 77,45/@. "Não é o que gostaríamos, mas é o que é possível no momento", avaliou Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira dos produtores de Algodão (Abrapa) e da Câmara Setorial. "No ano que vem, vamos tentar chegar mais próximos do que realmente é o preço mínimo, caso a gente tenha que usar isso no futuro", completou. Durante a reunião, as associações estaduais atualizaram os dados da safra 2020/2021, que já começou a ser colhida. A previsão é de uma produção de 2,45 milhões de toneladas da pluma, para uma área plantada de 1,369 milhão de hectares, com produtividade média de 1793 kg/ha – redução de 18% tanto no volume quanto na área em relação ao ciclo anterior. Segundo Busato, a expectativa para 2021/2022 é de retorno aos níveis de plantio da safra 2019/2020, de 1,6 milhão de hectares. Mercado externo A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) apresentou um panorama das vendas externas e do quadro internacional de oferta e demanda. Segundo a Anea, os embarques brasileiros somam 2,32 milhões de toneladas entre julho/20 e maio/21 - a atual temporada de exportações terminou em junho. "Com certeza, o ciclo fechará acima de 2,4 milhões de toneladas", afirmou Miguel Faus, presidente da entidade, lembrando que apenas em novembro e dezembro de 2020 o Brasil exportou 700 mil toneladas da pluma. "É um recorde e mostra o potencial que o Brasil tem", avaliou. Para a próxima safra, a estimativa de exportações é de 1,9 milhão de toneladas. O presidente da Anea chamou a atenção para o aquecimento do consumo mundial, devido à recuperação das economias e ao progresso da vacinação em diversos países. Isso se reflete na estabilização dos preços na faixa de 85 cents/ libra peso. "É um patamar relativamente bom, historicamente falando", pontuou. Promoção do algodão No final da reunião, a Abrapa atualizou informações sobre as estratégias de promoção do algodão brasileiro no Brasil e no exterior. Marcelo Duarte, diretor para o mercado externo, falou sobre as ações do Cotton Brazil, programa focado no mercado asiático. A iniciativa foi lançada, em 2020, em parceria com a Apex-Brasil e a Anea, com apoio do Mapa e do ministério das Relações Exteriores (MRE), para mudar a imagem internacional da fibra brasileira e levar o país ao topo do ranking mundial de exportadores. A percepção de que o algodão produzido no Brasil é inferior ao americano se reflete no basis, fazendo com que nossos produtores deixem de ganhar mais de R$ 1bilhão por safra.  "O Cotton Brazil tem a missão de aumentar nosso market share nos diversos mercados sem perder basis", resumiu Duarte. Neste sentido, o projeto tem como pilares a presença física na Ásia, forte atuação digital, marketing de relacionamento, eventos técnicos, missões de compradores e vendedores, parcerias estratégicas e uma sólida plataforma de Business Intelligence. Na primeira fase do projeto, encerrada em junho, foram realizadas duas rodadas de eventos virtuais com potenciais compradores em oito países asiáticos. Também foram promovidas 9reuniões com embaixadas e outras 9 com entidades representativas do setor têxtil nos mercados-alvo. No mercado interno, as ações ocorrem no âmbito do movimento Sou de Algodão, lançado em 2016 para promover o uso da fibra natural pela indústria têxtil brasileira por meio do incentivo ao consumo responsável. O programa já conta com mais de 600 marcas parceiras.  Silmara Ferraresi, gestora do Sou de Algodão, contou que o movimento contempla ações promocionais, de negócios e informacionais, que vão desde campanhas de comunicação até projetos voltados à ampliação da competitividade e ações em universidades. "Uma atuação de posicionamento de toda a cadeia é muito importante", afirmou Silmara. "A questão não é só o quanto vamos crescer em área, produzir e vender mais algodão. A questão é, também, a maneira como a próxima geração vê a matéria-prima e o que a gente fornece, esta é nossa grande missão", resumiu. A próxima reunião da Câmara Setorial está marcada para 8 de dezembro. O colegiado reúne todos os elos da cadeia têxtil.

Indianos querem mais algodão do Brasil
30 de Junho de 2021

​Industriais comprovam evolução da fibra brasileira e projetam ampliação nas compras futuras A melhoria na qualidade e a transparência de informações sobre a produção de algodão brasileiro estimulam a indústria têxtil da Índia a projetar que o comércio exterior com o Brasil seguirá em curva crescente nos próximos anos. Os atributos da fibra produzida no País foram destacados durante a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable, mesa redonda promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), ontem (29), na Índia. "A indústria do vestuário e seus clientes finais querem um algodão sustentável e sem contaminação. Portanto, é importante termos informações sérias e transparentes sobre o produto, e conseguimos  isso com o algodão brasileiro", disse Ranjan Chaudhary, diretor executivo da Argon Spinning Ltda. O vice-presidente da Corp Raw Material Vardhman Textiles Limited, Lalit Mahajan, reforçou a confiança no algodão do Brasil. "Há produto em abundância e a atitude de colocar os resultados de qualidade em um site é uma grande conquista da Abrapa. Também parabenizo pelo programa que busca sementes adequadas para plantio em cada estado brasileiro", afirmou. Com qualidade e transparência nas informações, os parceiros comerciais indianos já estão pensando no futuro. Com a perspectiva de ampliarem ainda mais as compras, mostraram a necessidade de que as cargas da pluma brasileira na Índia tenham maior disponibilidade para atender a demanda de forma rápida. "O algodão brasileiro tem atributos únicos de fibra, mas é preciso alguns ajustes para aumentar a exportação. Acreditamos que o estoque ainda é pequeno localmente e há espaço internacional onde é possível armazenar o produto. Digo isso porque estou sempre aumentando os meus volumes de compra", sugeriu Suresh Kotak, presidente da Kotak Ginning and Pressing Industries, divisão da Kotak Commodity Services P Ltda. O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, recebeu positivamente as sugestões e acredita que ainda é possível ampliar mais a presença do algodão brasileiro no mercado indiano. "O objetivo destes eventos era exatamente esse: ouvir a indústria têxtil dos principais países compradores, seus questionamentos e necessidades. Identificamos várias propostas de ação e agora vamos avaliar o que pode ser implementado e em quanto tempo", explicou. Busato reforçou a importância histórica do país no mercado de algodão. "A Índia é o maior e mais tradicional produtor de algodão do mundo. Tem a segunda maior indústria têxtil do globo, com muita capacidade de crescimento. Exporta mais do que importa e acreditamos que podemos complementar a oferta no país com algodão livre de contaminação, tão importante para agregação de valor. Somos parceiros nessa jornada", declarou. Os negócios entre os dois países se fortaleceram há dez anos. Na safra 2009/10, a Índia importou 198 toneladas de algodão do Brasil e, na atual, de agosto de 2020 a maio de 2021, o volume superou 9 mil toneladas, levando a um crescimento de 4.400%. O presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Fauss, disse que os dois parceiros podem melhorar a cooperação. "Estamos prontos para aumentar a participação no mercado têxtil, oferecendo volume e qualidade", afirmou. Segundo o embaixador do Brasil na Índia, André Aranha Corrêa do Lago, a Índia aumentou o consumo da pluma brasileira e hoje os brasileiros estão entre os dez maiores fornecedores. "Temos potencial de crescimento e podemos complementar a produção local. Para isso, precisamos nos conhecer melhor e trocarmos informações como estamos fazendo hoje". Dalci Bugolin, adido agrícola do Brasil na Índia, explicou que a Embaixada do Brasil tem apoiado as iniciativas do programa Cotton Brazil – braço da Abrapa responsável pela promoção internacional da fibra brasileira. "E estamos tendo resultados práticos. Em três anos, as exportações brasileiras de algodão para a Índia aumentaram mais de 3x. De janeiro a maio deste ano, o comércio exterior registrou mais de US$ 8 milhões, enquanto nesse mesmo período, no ano passado, o valor foi de aproximadamente US$ 2 milhões e, em 2019, de US$ 3 milhões", comparou. A Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable encerrou seu ciclo com o webinar na Índia. A série de eventos online foi promovida pelo Cotton Brazil, que recebe apoio direto da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Além da Índia, receberam a iniciativa da Abrapa os países que se destacam no consumo da fibra brasileira: Bangladesh, Turquia, Paquistão, Coreia do Sul, Vietnã e Indonésia.

Algodão brasileiro em destaque do programa Doutor Agro
30 de Junho de 2021

A cadeia produtiva do algodão foi tema do programa Doutor Agro da última semana, no youtube.  Marcos Fava Neves, professor dos cursos de Administração da USP, em Ribeirão Preto, e da EAEASP/FGV, em São Paulo, e especialista em  planejamento estratégico do agronegócio, falou sobre a importância do setor para a economia brasileira, com geração de empregos e arrecadação.  A preocupação com a sustentabilidade e o incentivo a práticas responsáveis por meio do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) também mereceram destaque. Confira: https://www.youtube.com/watch?v=ugkva4OS2Uw Doutor Agro, em 25.06.2021