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Abrapa completa giro pelo Mato Grosso
13 de Agosto de 2021

Em mais uma visita ao Mato Grosso, nesta semana, a Abrapa concluiu o giro pelo maior estado produtor de algodão do país. Em quatro dias, dirigentes da entidade estiveram em Rondonópolis, Sorriso, Campo Novo dos Parecis, Lucas do Rio Verde e Campo Verde. Em reuniões com cotonicultores vinculados à Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampa), o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, o vice-presidente, Alexandre Schenkel, e o diretor-executivo, Marcio Portocarrero, falaram sobre os projetos que vêm sendo desenvolvidos para o reconhecimento e a valorização da pluma brasileira nos mercados interno e externo - Movimento Sou de Algodão e Cotton Brazil, respectivamente. Também abordaram os programas da Abrapa voltados à qualidade da fibra (SBRHVI) e à sustentabilidade da produção e do beneficiamento (ABR e ABR-Uba). "Essas visitas às regiões produtoras também têm o objetivo de ouvir os produtores das associações estaduais, suas dúvidas e sugestões. Temos que nos unir cada vez mais", afirma Busato. No começo de maio, a Abrapa esteve em unidades produtivas e laboratórios de classificação nas cidades de Primavera do Leste, Campo Verde, Sapezal e Cuiabá.

Congresso Brasileiro do Algodão cresceu com o setor
11 de Agosto de 2021

Os desafios e as perspectivas da cotonicultura brasileira vêm sendo debatidos há 24 anos no Congresso Brasileiro do Algodão (CBA). O encontro bianual, que começou como uma reunião de pesquisadores, cresceu com a produção nacional e consolidou-se como uma grande vitrine de novas tecnologias e fórum impulsionador do desenvolvimento do setor.  Em sua 13ª edição, o evento, que aconteceria este mês, foi transferido para agosto de 2022 em razão da pandemia do novo coronavírus. Muita coisa mudou desde a primeira edição do CBA, realizada em 1997, em Fortaleza, pela Embrapa Algodão - tanto no sistema produtivo quanto no formato do mais importante evento do setor.  Nos anos 90, o Brasil era o segundo maior importador mundial de algodão e buscava alternativas para retomar a cotonicultura, dizimada na década anterior pelo bicudo do algodoeiro.  Hoje, o Brasil é o segundo no ranking de exportadores e tem papel fundamental nesta trajetória. No começo da década de 90, técnicos e pesquisadores de diferentes instituições se reuniam uma vez ao ano, para difundir os conhecimentos gerados com o objetivo de tornar o Brasil auto-suficiente na produção de algodão. Esses encontros de trabalho foram se ampliando e deram origem ao primeiro Congresso Brasileiro do Algodão.  "A ideia era envolver outros interessados, mas a primeira edição ainda teve um forte caráter técnico-científico", conta Alderi Araújo, Chefe Geral da Embrapa Algodão. Na época, o Nordeste tentava recuperar o posto de grande região produtora. Por isso, o tema do 1º CBA foi Algodão Irrigado. O Congresso reuniu em torno de 900 pessoas e foram apresentados 172 trabalhos científicos.  "Algumas empresas participaram como apoiadoras, pois os pesquisadores eram pontes para chegar nos produtores. Diferentemente do que ocorre hoje, quando as indústrias de insumos instalam seus estandes e têm contato direto com o produtor", destaca Araújo. Dois anos depois, em Ribeirão Preto, o 2º CBA recebeu cerca de 1200 participantes e 226 trabalhos de pesquisa em torno do tema o Algodão no Século 20 - Perspectivas para o Século 21.  O encontro foi promovido pela Embrapa com apoio do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e começou a atrair produtores e empresas. A partir do 3º CBA, em Campo Grande, as associações estaduais, vinculadas à Abrapa, assumiram a organização do evento e o setor produtivo começou a ter uma participação mais efetiva. "Isso foi altamente interessante, porque aproximou a academia do setor produtivo, que é a razão de ser de todo o conhecimento que é gerado. Com isso, o algodão passou a ter uma dinâmica totalmente diferente dos congressos sobre outras culturas", avalia o pesquisador Fernando Lamas, da Embrapa Agropecuária Oeste, que participa desde a primeira edição do CBA. O encontro de Campo Grande, em 2001, também se caracterizou pela maior presença de fabricantes de adubos, defensivos e outros insumos .  Segundo Alderi Araújo, a consolidação da Lei de Proteção de Cultivares contribuiu para isso. "Até então, a Embrapa era líder no comércio de sementes no Brasil. A legislação permitiu que empresas nacionais e multinacionais pudessem comercializar suas cultivares sem risco de pirataria", pontua. Com 4º CBA, realizado em Goiânia em 2003, o Congresso ganhou outra dimensão. O evento é considerado um marco, com a participação expressiva de produtores e da indústria de insumos e sementes.  "Pode-se dizer que em Ribeirão Preto houve a fecundação, em Campo Grande começou a se formar o embrião e em Goiânia nasceu o que é hoje o Congresso Brasileiro de Algodão", resume Araújo. Desde então, o CBA rodou o país: Salvador/BA (2005), Uberlândia/MG (2007), Foz do Iguaçu /PR (2009), São Paulo/SP (2011), Brasília/DF (2013), Foz do Iguaçu/PR (2015), Maceió/ AL (2017) e Goiânia/ GO (2019). A partir de 2015, o CBA passou a ser promovido pela Abrapa, com apoio de pesquisadores na comissão científica. "É um Congresso que não perdeu seu viés científico, mas as discussões são mais aplicadas. Os temas e até a forma de abordagem vêm sofrendo mudanças, indo mais ao encontro daquilo que o setor produtivo espera", acredita Fernando Lamas. As necessidades do setor produtivo a partir da migração do cultivo do algodão para o Cerrado foram determinantes nessa trajetória. "O Congresso foi mudando com a evolução do algodão e as demandas do produtor", avalia Odilon Reny, pesquisador, chefe administrativo da Embrapa Algodão e integrante da comissão científica do CBA desde a segunda edição. "Hoje, através desses trabalhos todos apresentados nas últimas duas décadas, o algodão é destaque no cenário do agronegócio brasileiro e mundial", conclui. Linha do tempo das edições do Congresso Brasileiro do Algodão O 13º CBA A próxima edição do Congresso Brasileiro do Algodão já tem data e local marcados. Será de 16 a 18 de agosto de 2022, em Salvador. O tema não poderia ser mais atual: Algodão Brasileiro: Desafios e Perspectivas no Novo Cenário Mundial. No ano passado, preços abaixo do custo de produção levaram à redução da área plantada no mundo todo e previsão de recuo de 7% na produção mundial de algodão, totalizando 24,31 milhões de toneladas. O consumo global, em contrapartida, deve crescer 9% e chegar a 24,81 milhões de toneladas na sfra 20/21– ainda abaixo dos  26 milhões registrados antes da pandemia.  É neste contexto que a Abrapa prepara o próximo CBA. "O 13º CBA já nasce histórico, porque acontecerá logo após o mundo superar a maior prova deste século, até então, a pandemia da Covid-19. Nenhum outro fórum da cotonicultura será tão assertivo para debater as ameaças e oportunidades neste cenário",  afirma Júlio César Busato, presidente da Abrapa e do 13º Congresso Brasileiro do Algodão.  "Tenho certeza de que vamos ganhar esta guerra, e, mais do que isso, aprender e nos fortalecer com ela. Nossas armas serão conhecimento e tecnologia", conclui. Para aquecer os motores, a entidade contará o que está sendo programado pra 2022 em uma live de Esquenta marcada para o próximo dia 27 de agosto. O evento será transmitido pelo canal da Abrapa no youtube. Acompanhe as novidades pelas redes sociais do CBA.

Adoção de práticas responsáveis é jogo de ganha-ganha na produção de algodão
09 de Agosto de 2021

O Plano Safra 2021/2022, anunciado em junho pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, duplica o volume de recursos para soluções tecnológicas sustentáveis e práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais. Pela primeira vez, o aporte inclui apoio à aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio. O uso de agentes biológicos no controle de pragas e doenças é uma valiosa ferramenta que auxilia na redução do uso de defensivos. Com a marca do pioneirismo, os cotonicultores brasileiros já adotam o método há quase uma década. O modelo vem sendo incentivado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com as associações estaduais, em função de comprovados resultados técnicos positivos, alta viabilidade econômica e benefícios ambientais envolvidos. O setor algodoeiro foi um dos primeiros do país a se preocupar com a questão da sustentabilidade e estimular boas práticas socioambientais, com o lançamento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), em benchmark com a Better Cotton Initiative (BCI), há 10 anos. Os rigorosos protocolos do BCI e do ABR incluem a redução gradativa de defensivos químicos nas lavouras - o que representa um grande desafio, uma vez que o clima tropical brasileiro favorece a proliferação de pragas como o bicudo algodoeiro, que dizimou a produção nacional nos anos 80. Comprometidos com a produção responsável, os produtores de algodão investem, cada vez mais, no chamado Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP). O MIP consiste no combate a pragas e doenças por meio de métodos como rotação de culturas, destruição de restos culturais contaminados por pragas, alteração da época de plantio ou colheita, poda ou desbaste, cultura armadilha, destruição de hospedeiros alternativos, uso de armadilhas físicas, destruição manual, fomento dos inimigos naturais, feromônios, entre outros. O uso de produtos biológicos nas lavouras de algodão ganhou impulso na safra 2012/2013, com a entrada da lagarta Helicoverpa armigera. Na ocasião, os cotonicultores brasileiros organizaram missões técnicas para a Austrália, país avançado no controle biológico, com o objetivo de entender o processo de multiplicação de vírus, que combate a lagarta. "Hoje, os agentes de controle biológico são utilizados massivamente nas lavouras de algodão de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Os três estados contam com cinco biofábricas, com capacidade para atender 1,1 milhão de hectares de algodão na safra 2020/2021 – o correspondente a mais de 80% da produção nacional" As primeiras cepas foram importadas, registradas e introduzidas no sistema produtivo brasileiro. Também foram realizados diversos experimentos e testes de campo, comprovando a eficiência dos métodos. Hoje, os agentes de controle biológico são utilizados massivamente nas lavouras de algodão de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Os três Estados contam com cinco biofábricas, com capacidade para atender 1,1 milhão de hectares de algodão na safra 2020/2021 – o correspondente a mais de 80% da produção nacional. Nas demais regiões, a Abrapa incentiva o estabelecimento de biofábricas diretamente nas propriedades agrícolas, conhecidas como OnFarm, modelo em que a própria fazenda multiplica os agentes biológicos para se tornar autossuficiente. O caso de Minas Gerais é emblemático. A partir da adoção de drones para aplicação de agentes biológicos, a eficiência do processo aumentou mais de 10 vezes, passando de 40 hectare/dia para 450 hectares/dia. Com menos máquinas agrícolas circulando, a prática também contribuiu para a redução na emissão de gases de efeito estufa, no consumo de óleo diesel e nos índices de compactação de solo, resultando em um maior sequestro de CO2 por hectare. O processo, coordenado pela Associação Mineira dos produtores de Algodão (Amipa), proporcionou diminuição de até 30% na aplicação total de defensivos químicos e de 60% na pulverização específica para controle de lagartas em algumas unidades produtivas; melhores níveis de controle do pulgão e da mosca branca; maior equilíbrio no ecossistema pelo aumento de inimigos naturais e polinizadores; não promoção de resistência a outras pragas e não diminuição da eficácia de defensivos químicos; e promoção da biodiversidade. O controle biológico também resultou em aumento de até 5% na produtividade das lavouras mineiras, melhor rendimento de pluma, queda de até 10% nos custos de produção e melhoria na qualidade e na menor viscosidade da fibra de algodão. O modelo bem sucedido tende a ser replicado nas demais regiões e culturas, a partir das novas linhas de financiamento do Plano Safra 2021/2022.  Ganha o agronegócio, ganha o meio-ambiente, ganha o Brasil. *Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), criada em 1999 e que representa 99% da área plantada, 99% da produção e 100% da exportação do Brasil. Leia o texto na íntegra: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2021/08/adocao-de-praticas-responsaveis-e-jogo-de-ganha-ganha-na-producao-de-algodao.html REVISTA GLOBO RURAL ONLINE – VOZES DO AGRO 09 AGO 2021 - 07H45 ATUALIZADO EM 09 AGO 2021 - 07H45

Mercado e produção de algodão são destaque em podcast
09 de Agosto de 2021

O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, foi o entrevistado do podcast  Agrolink News da última sexta-feira (6). Busato destacou que o aquecimento do mercado global, com retomada mais rápida do que o esperado, representa uma grande oportunidade para os produtores de algodão. Antes da pandemia, o consumo mundial era de 25 milhões de toneladas. Hoje, já é de 26,3 milhões e as perspectivas são de crescimento. Ouça a íntegra em   https://open.spotify.com/episode/7c12qOVoZxFn2mvTtejcEN?si=jOrBoBp6Re-9VSTHqOPRhQ&utm_source=whatsapp&dl_branch=1 . A entrevista começa aos 5m30s.   AGROLINK NEWS, 06 de agosto de 2021.

Relatório mensal de safra - agosto
09 de Agosto de 2021

Algodão fecha ano comercial com recorde de exportações Embarques cresceram 23% em relação ao ciclo 2019/2020 O Brasil exportou 2,4 milhões de toneladas de algodão entre agosto de 2020 e julho de 2021, 23% a mais do que no ciclo anterior, concretizando um novo recorde de embarques. O comércio exterior da fibra gerou uma receita de US$ 3,77 bilhões na temporada 2020/2021. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). "Nos consolidamos como o segundo maior exportador mundial da pluma e reiteramos a meta de nos tornarmos o primeiro do ranking até 2030, quiçá antes disso", avalia o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. A China foi o principal destino da fibra brasileira, responsável por 30% do total exportado na temporada 2020/2021. Com inéditas 720,7 mil toneladas adquiridas, o gigante asiático superou o mercado interno como maior consumidor do algodão produzido no Brasil. A lista dos dez maiores importadores da pluma brasileira traz ainda Vietnã (17%) e Paquistão (12%) seguidos por Turquia (12%), Bangladesh (11%), Indonésia (9%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%), Tailândia e Índia (1% e 0,4%). O cenário para a temporada 2021/2022 é de aquecimento no consumo e no comércio mundial. Após despencar 7% em 2020/2021, espera-se uma recuperação de 3% na produção mundial de algodão, totalizando 25 milhões de toneladas. O volume, no entanto, é inferior ao consumo global, que deve chegar a 25,77 milhões de toneladas. Safra brasileira 2020/21 A previsão de produção de pluma brasileira na safra 2020/2021 é de 2,457 milhões de toneladas, 18% menor que a alcançada na temporada 2019/2020. O recuo se deve à redução de 18% na área plantada, que foi de 1,369 milhão de hectares. A produtividade esperada é de 1.793 Kg/hectare.  Até o momento, 45% da área já foram colhidos, 11% da safra já foram beneficiados, 5% analisados por HVI e 82% comercializados. Confira a íntegra do Relatório em: Relatório de Safra - Agosto2021

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
06 de Agosto de 2021

​ALGODÃO PELO MUNDO #31/2021 Algodão em NY - Depois da queda na sexta-feira passada, as cotações passaram a semana em recuperação para fechar em leve alta, atingindo nova máxima. O contrato Dez/21 fechou em 90,68 U$c/lp, alta de 0,4% nos últimos 7 dias. - Preços 1 - Ontem (05/8), o algodão brasileiro estava cotado a 101,75 U$c/lp (-50 pts) para embarque em Ago-Set/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Preços 2 - O basis médio, posto Ásia, do algodão Middling brasileiro fechou Julho em 1145 pontos em Jul/21, 225 pontos a menos que o produto equivalente dos EUA.  Esta é a menor diferença desde Out/19, que estava em mais de 800 pontos há um ano. - Altistas 1 - A demanda Chinesa continua aquecida, apesar dos recentes novos surtos de Covid-19.  Esta semana novamente foram vendidos 100% dos fardos ofertados pela Reserva estatal do país. - Altistas 2 - Se os crescentes problemas logísticos globais por um lado aumentam o custo do frete internacional, também aumentam a demanda de curto prazo dos industriais e varejistas que não podem ficar sem estoque. - Altistas 3 - O tamanho da safra do hemisfério norte ainda é incerto o que gera apreensões.  Esta semana, por exemplo, o Centro de Furacões dos EUA (NOAA) emitiu alertas de tempestade. - Baixistas 1 - A China vem atuando fortemente para evitar a contínua alta das commodities.  O governo tem adotado medidas duras contras especuladores do mercado, está investigando empresas de fertilizantes acusadas de manipular preços, vendendo reservas, etc. - Baixistas 2 - Com a variante Delta, o crescimento de novas infecções de Covid-19 se intensificou nas últimas semanas em todas as partes do mundo. Apesar da piora do surto, em países com maior indice de vacinação a curva de hospitalizações e óbitos está sob controle. - Oferta e Demanda 1 – Na próxima quinta-feira (12), o USDA irá divulgar seu relatório de oferta e demanda do mês. Este relatório trará as primeiras previsões abertas por estado e números finais de exportação e estoques de passagem da safra 20/21. - Oferta e Demanda 2 – O ICAC divulgou seus números de oferta e demanda esta semana, reduzindo a previsão de produção global 21/22 para 25,05 milhões de tons e mantendo o consumo praticamente estável em 25,8 milhões de tons. - China – A nova demanda por algodão importado com as novas cotas que foram recentemente distribuídas tem se concentrado no algodão depositado nos armazéns alfandegados nos portos, principalmente Qingdao. - Paquistão – O governo paquistanês anunciou nesta semana uma política de preços mínimos para incentivar a cotonicultura. Na safra 2020/21, a produção foi de 980 mil tons, menor nível dos últimos anos, levando à importação de 1,2 milhões de toneladas. - Índia 1 - Aumento na demanda, estoques baixos e tarifa sobre importação fizeram disparar o preço do algodão na Índia. De janeiro a julho, o aumento foi de 31,6% para o algodão Shankar-6 (Gujarat). - Índia 2 - Com a tendência de substituição da área de algodão para a soja, o cenário preocupa ainda mais. A indústria têxtil indiana solicitou ao governo a suspensão de taxas sobre importação. - Bangladesh - O país continua em lockdown, mas as indústrias estão abertas. Os enormes problemas logísticos no porto de Chittagong persistem e têm impactado a importação de algodão e exportação de confecções. - Lavouras no Mundo - Nos EUA, as condições das lavouras continuam muito boas, apesar de um pouco atrasadas. A colheita já começou no Sul do Texas.  Enquanto isso, na Índia, o plantio ainda não foi finalizado. Mês que vêm começa o plantio na Austrália. - Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (05/8): BA e TO (65%); GO (79%), MA (37%); MG (58%), MS (98%), MT (36%), PI (77%) SP (96%) e PR (100%). Total Brasil: 45% colhido. - Beneficiamento - A Abrapa informa o ritmo do beneficiamento da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (05/8): BA e TO (25%); GO (30%), MA (9%); MG (15%), MS (30%), MT (5%), PI (23%) SP (90%) e PR (100%). Total Brasil: 11% beneficiado. - Exportações - O Brasil exportou 61,4 mil tons de algodão no mês de julho/21, volume 21% inferior ao registrado em julho/20. Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com - Preços - Consulte tabela abaixo

Agro lança manifesto contra o PL 2.337/2021
05 de Agosto de 2021

Documento entregue à Frente Parlamentar da Agropecuária pede prioridade à reforma administrativa Em documento encaminhado nesta quarta-feira (4) à Frente Parlamentar da Agropecuária, a Abrapa e outras 37 entidades representativas do setor pedem a priorização da discussão e aprovação de uma reforma administrativa ampla e abrangente pelo Congresso Nacional. No manifesto, o agronegócio se posiciona contra a proposta de reforma do imposto sobre a renda, formalizado no Projeto de Lei nº 2.337/2021. "Não há justificativa para que haja aumento da carga tributária, especialmente do setor produtivo, para eliminar déficit das contas públicas sem que sejam repensados os gastos com a administração pública", diz o documento. Na avaliação das entidades, a discussão sobre alteração do imposto sobre a renda deve simplificar e não aumentar a carga tributária. Nesse sentido, o chamado MANIFESTO DO AGRO QUANTO À REFORMA DO IMPOSTO SOBRE A RENDA – PL 2.337/202 destaca a necessidade de atenção a alguns pontos, como a manutenção de incentivos (isenção dos JCP, PAT e benefícios regionais), do regime de apuração anual, da isenção dos dividendos e do regime específico do FIAGRO em sua integralidade, tal como previsto na Lei n° 14.130/2021. Pede, ainda, que não seja imposta limitação ao desconto simplificado, o que acarretaria aumento da carga tributária, especialmente para os pequenos produtores rurais. Leia a íntegra do Manifesto: https://drive.google.com/file/d/11uEdsx3j6uhWG1tG74eIrtoqnFRSUtrC/view

Por que o algodão é a melhor escolha para as roupas de cama?
02 de Agosto de 2021

Por ser uma fibra natural, o algodão oferece diversos benefícios que possibilitam uma noite de sono mais confortável Na hora dormir, uma cama aconchegante e bem quentinha é perfeita para que você se mantenha aquecido e tenha uma boa noite de sono. Mas você sabia que, além da tranquilidade do ambiente, os tecidos das roupas de cama podem influenciar o seu descanso? Para dormir melhor, o algodão é o material mais indicado para compor o enxoval – com destaque para os lençóis, que ficam em contato direto com a pele. Por ser uma fibra natural, ele é macio, tem um bom conforto térmico e é resistente, além de ser hipoalergênico. "Desse modo, ele ajuda no tratamento de quem já sofre com problemas alérgicos por ter um baixo potencial alergênico. E mesmo para quem não tem alergias de pele, mas tem um potencial em desenvolvê-las, o uso de fibras naturais ajuda na prevenção", explica o dermatologista Alex Ogawa. Além disso, os tecidos de algodão são muito procurados por não acumularem energia eletrostática, comum nas estações mais secas e frias, como o outono e o inverno. Essa energia é a responsável por aqueles choquinhos que muitas pessoas tomam quando encostam em algo. Outro ponto positivo é o fato de o material ser respirável, despertando uma sensação maior de frescor, principalmente, em estações mais quentes, como explica Mariana Pereira, gerente de performance da Lavive. A seguir, listamos algumas dicas do Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), que vão te ajudar a escolher e manter a seus itens em algodão sempre em ótimo estado. Confira! Escolhendo a peça O mais importante na hora de escolher o melhor lençol, é o número de fios por polegada. Isso acontece porque quanto maior esse número, mais refinado é o produto. "Lençóis com mais de 200 fios/polegada são os ideais, por questões de abertura da trama e espessura e maleabilidade do tecido. Quanto mais alto é esse número, mais acetinado fica o aspecto dos lençóis. Eles serão ainda mais suaves e confortáveis", explica Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa. O especialista salienta que é fundamental observar se a peça é realmente de algodão, informação que é indicada na etiqueta de composição do produto. Caso você se depare com itens de microfibra e viscose, saiba que eles não são feitos com algodão. "Também é essencial escolher o tamanho correto que você vai precisar e pesquisar o tecido que melhor se adapta às suas necessidades e gostos. Mesmo tecidos de algodão possuem uma grande variedade de qualidades, de toques e maciez. Então, busque conhecer o material que ofereça o máximo de conforto para você", completa Mariana Pereira. Sugestões para os dias mais frios A recomendação é dar preferência aos jogos de cama com a trama mais fechada são uma ótima escolha, tendo em vista que armazenam melhor o calor do corpo. Edredons e mantas são ótimas peças que, além de proteger do frio, oferecem uma sensação gostosa de aconchego e proteção, fator importantíssimo para o corpo descansar em noites mais frias, de acordo com Mariana. Cuidados na hora de lavar Os lençóis e roupas de cama devem ser lavados com sabão ou detergente neutros, dependendo do tipo de tecido, e em ciclo normal com água fria. É recomendado secar a peça à sombra e não usar secadora, porque as altas temperaturas do secador podem provocar o encolhimento do item. Já para passar, a temperatura média-alta é a indicada. Mas sempre se atente às informações na etiqueta dos produtos! Já com os pijamas e camisolas, a melhor alternativa é lavar cores claras e escuras separadamente. Use um ciclo e quantidade de detergente adequados para a lavagem e um bom amaciante, desta forma, a fibra se mantém macia e perfumada. Por outro lado, toalhas novas feitas de algodão devem ser lavadas separadamente, pois  soltam fiapos que podem acabar grudando em outras peças de roupa. Com isso, se torna  necessária uma limpeza extra, escovando as demais peças, antes de passá-las. Dica extra Além da roupa de cama ideal, Barbara Gomes, head de branding e Marketing da mmartan, enfatiza que você deve escolher com cautela o colchão e o travesseiro adequados para um sono de qualidade. Quer saber mais sobre o assunto? Nós te contamos tudo nesta matéria! CAMILA SANTOS | FOTO GETTY IMAGES 31 JUL 2021 - 06H00 ATUALIZADO EM 31 JUL 2021 - 06H00