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Abrapa mostra como cultivar algodão responsável
24 de Junho de 2022

Conciliar eficiência produtiva, práticas sustentáveis e viabilidade econômica na cotonicultura tropical e de larga escala não só é possível como já está acontecendo no Brasil. Essa foi a mensagem emitida pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), durante sua participação na Better Cotton Conference, evento promovido em Malmö, na Suécia, pela BCI. "Apresentamos informação qualificada para atestar as práticas que já vêm sendo adotadas em nossas fazendas. O compromisso do cotonicultor brasileiro com a sustentabilidade tornou o Brasil uma referência mundial na produção de algodão responsável. E com um importante diferencial: nossa pluma é rastreada fardo a fardo", contextualiza o presidente da Abrapa, Júlio Busato. Na safra 2020/21, o Brasil produziu 42% da oferta mundial de Better Cotton, que é o algodão certificado pela BCI. Além de promotora da conferência, a BCI é uma organização sem fins lucrativos que desde 2005 fomenta práticas responsáveis na cadeia produtiva mundial do algodão. Busato participou de um painel sobre práticas disruptivas na agricultura na quarta-feira (22). Além de mostrar o investimento progressivo do Brasil nas opções biológicas de controle sanitário, o presidente aproveitou a ocasião para divulgar dados que explicam como o país se tornou o maior fornecedor mundial de algodão Better Cotton. Na quinta (23), um case brasileiro foi destaque na programação. Thiago Souza, head de Pesquisa e Desenvolvimento do grupo Scheffer, de Mato Grosso, mostrou como a empresa pretende chegar a 2030 aplicando práticas de agricultura regenerativa em 100% de sua área plantada – que hoje supera 200 mil hectares. A agricultura regenerativa consiste em um conjunto de práticas agrícolas que ampliam a biodiversidade do solo, tornando-o mais saudável e, portanto, nutritivo para as culturas. Isso é obtido incentivando a presença de inimigos naturais, o que leva o ecossistema das fazendas a se tornar mais resiliente e saudável. Plantas mais resistentes e 'fortes' demandam menos produtos químicos, e uma das muitas consequências positivas é a redução da pegada de carbono ao longo do ciclo agrícola. "Começamos há cerca de seis anos e hoje a agricultura regenerativa é utilizada em uma área de 4,04 mil hectares de algodão e soja. O experimento foi bem-sucedido e, no ano passado, nos tornamos a primeira empresa do agro brasileiro a receber a certificação internacional regenagri, da Control Union", comentou Souza. O executivo informou que na safra 2020/21 houve uma redução de 48% no uso de químicos no cultivo de algodão e de 45% na sojicultura, em comparação com o método tradicional. "Temos uma fábrica de bioinsumos com capacidade de produção de 15 mil litros por semana. Hoje, dispomos de 14 diferentes biológicos produzidos on farm" revelou Souza. Desses 14, sete são bioinseticidas, três são biofungicidas, dois bioinoculantes e dois bionematicidas. Além da aposta nos biológicos, a Scheffer realiza outras práticas regenerativas, como plantio direto em toda a área cultivada, cobertura de solo com palhada, compostagem, culturas de cobertura do solo, rotação de culturas, agricultura de precisão e a manutenção de áreas de mata nativa preservadas. O exemplo da Scheffer impressiona também pela escala. A agropecuária soma mais de 200 mil ha de algodão, soja e milho, além de pecuária, em Mato Grosso, Pará, Maranhão e Colômbia. Em 2021, o grupo produziu 105 mil toneladas de algodão, 410 mil tons de soja, 117 mil tons de milho – além de dispor de um rebanho com 20 mil cabeças de gado. "Nosso próximo passo é mapear a pegada de carbono e dar mais transparência aos resultados", afirmou o head da Scheffer. A Abrapa foi uma das apoiadoras da Better Cotton Conference por meio do Cotton Brazil (https://cottonbrazil.com/), programa de desenvolvimento de mercado internacional para o algodão brasileiro, executado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
24 de Junho de 2022

- Destaque da Semana – Os temores de uma recessão global já são bem maiores que os riscos da persistência da inflação galopante. As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, esta semana no Senado americano solidifiraram essa visão.   - Algodão em NY – O contrato dez/22 fechou ontem a 102,01 U$c/lp (-13,49%). Referência para a safra 2022/23, o contrato dez/23 era cotado a 84,21 U$c/lp (-9,38%) e o Dez/24 a 80,04 U$c/lp (-9,49%) para a safra 2023/24.   - Preços – Ontem (23/6) o algodão brasileiro estava cotado a 152,25 U$c/lp (-1.000 pts) para embarque em Jul-Ago/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 128,75 U$c/lp (-750 pts).   - Baixistas 1 – O presidente do Fed defendeu o aumento de juros para conter a escalada da inflação e ainda previu turbulências dizendo que uma "soft landing" (aterrisagem tranquila) é muito difícil.   - Baixistas 2 – De todas as principais commodities agrícolas e minerais, o algodão é a que mais sofre com a possibilidade de uma recessão. Nos últimos 30 dias, o contrato dez/22 caiu 19%, enquanto soja caiu 10%, milho 4,5% e petróleo Brent ficou praticamente estável.   - Baixistas 3 – O consumo de algodão está muito correlacionado com a economia. Assim, em um cenário de recessão, um dos primeiros impactos que economistas preveem é a redução do consumo de algodão.   Baixistas 4 – Roupas e artigos de cama, mesa, banho e móveis são considerados discricionários. As pessoas adiam a compra destes itens em tempos de aperto econômico até que a situação melhore. Empresas também adiam reformas que incluem carpetes, cortinas e móveis.   - Baixistas 5 – A China divulgou nesta semana os números de importação de algodão e fios de algodão de maio/22. As compras de algodão de agosto a maio estão 43% abaixo do mesmo período do ano anterior, enquanto as de fios de algodão apresentam queda de 22%.   - Baixistas 6 – Para completar a semana difícil, as previsões meteorológicas de seis a 10 dias e de oito a 14 dias indicam chances acima do normal de chuva no oeste do Texas.   - Altistas 1 - A safra dos EUA, entretanto, ainda enfrenta grave seca, a pior em mais de uma década, concentrada no Texas. Altas temperaturas do verão causam preocupação em outros estados também.   - Altistas 2 – A Abrapa irá divulgar hoje os números mais recentes de previsão para a safra 2021/22, que está começando a ser colhida agora. A expectativa é de redução de 5% (150 mil toneladas) em relação ao número anterior.   - Better Cotton 1 - Crescimento do controle biológico, práticas responsáveis e indicadores de sustentabilidade foram destaque na fala do presidente da Abrapa, Júlio Busato, em painel na Better Cotton Conference, nesta semana.   - Better Cotton 2 - A programação incluiu também o case do grupo Scheffer. Após adotar práticas de agricultura regenerativa, a empresa reduziu em 48% o uso de químicos na safra 2020/21 de algodão, em relação ao cultivo convencional.   - Better Cotton 3 - O evento promovido pela BCI, certificadora do Better Cotton, ocorreu em Malmö (Suécia) e contou com apoio institucional da Abrapa, por meio do programa Cotton Brazil, em parceria com a Apex-Brasil.   - Better Cotton 4 - Na safra 2020/21, o Brasil permaneceu com o posto de maior fornecedor mundial de Better Cotton, respondendo por 42% do volume total de pluma certificada pela BCI.   - Agenda - Mercado global de algodão é o tema central do simpósio neste sábado (25) às 9h, com transmissão online. O evento integra a programação do Anea Dinner and Golf em parceria com Abrapa e Apex-Brasil.   - Agenda 2 - Ainda dá tempo para se inscrever e participar. Basta clicar em:  www.cottonbrazil.ac2live.com.br.   - Colheita 2021/22 –Até ontem (23/06):  BA (17,0%); GO (10,8%); MS: (10%); MT (4,0%); MG (8,0%) PR (95%); SP (87%); PI (6,0%). Total Brasil: 6,92% colhido. MA começou a colheita nesta semana.   - Exportações - De acordo o Ministério da Economia, o Brasil exportou 41,3 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de junho/22. A média diária de embarque é 28,1% inferior quando comparado com junho/21.   - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇   Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Audiência Pública no Senado discute modernização da lei dos pesticidas
24 de Junho de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, nesta semana, de audiência pública no Senado sobre o projeto que prevê a modernização da legislação de pesticidas no Brasil (PL 1.459/2022). A reunião foi promovida pela Comissão de Agricultura (CRA) e serviu para que representantes de entidades, membros da sociedade civil e pesquisadores apresentassem aos senadores argumentos sobre a importância do uso de defensivos agrícolas para a produção agrícola no País, com geração de emprego e renda. O consultor da Abrapa, Paulo Amaral, participou da audiência e destacou que quem é contrário ao projeto sequer leu o relatório. Ele afirma que o texto traz segurança e transparência, com o uso de análise científica e com respeito ao que é comprovadamente seguro. "A modernização do marco regulatório de pesticidas adota a ciência como base para análise dos produtos como medida para garantir proteção à saúde, ao meio ambiente e proporciona previsibilidade e transparência para assegurar a competitividade da agricultura brasileira", concluiu. Para Caio Carbonari, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ciência das Plantas Daninhas e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), o Brasil tem sido cada vez mais eficiente em produzir, graças a uma agricultura sustentável e confiável. Segundo ele, fruto de insumos de qualidade e tecnologias que fizeram o agro brasileiro evoluir nos últimos 40 anos. "A modernização vem para o bem de qualquer setor, ainda mais quando se trata da agricultura." A reunião foi conduzida pelo presidente da CRA do Senado e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Também estiveram presentes representantes do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos; do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) e do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf).   CRA vai elaborar novo relatório O projeto que moderniza a legislação sobre o uso de pesticidas nas lavouras brasileiras foi retirado da pauta da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), e será reavaliada. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) anunciou a "reanálise" de seu parecer ao Projeto de Lei (PL) 1.459/2022. A decisão foi anunciada na quinta-feira (23), após mais uma audiência pública para discutir o tema e instruir o projeto. Na audiência de quinta, como na véspera, debatedores apresentaram argumentos contrários e favoráveis à proposta, que é um substitutivo da Câmara dos Deputados a um projeto de iniciativa original do então senador Blairo Maggi. Para os defensores, a proposta moderniza a legislação sem prejudicar os mecanismos de fiscalização. O diretor-técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré, disse que os adversários do projeto querem voltar ao século 16. "Nenhum agricultor acha bacana ir à loja e falar vou comprar muito agrotóxico hoje. Esse produto é caro. Esta lei [o projeto] não flexibiliza. Ao contrário, ela deveria estar sendo desejada por todos, estabelece um sistema muito mais interessante", destacou.   Entenda a tramitação: Os requerimentos de debate foram apresentados pelos senadores Acir Gurgacz (PDT-RO), relator da matéria, e Paulo Rocha (PT-PA). O texto a ser apreciado teve origem no projeto de lei do Senado (PLS) 526/1999, de autoria do ex-senador e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Michel Temer (2016-2018), Blairo Maggi. O texto retornou ao Senado, após ser aprovado na Câmara em fevereiro, onde tramitou como PL 6.299/2002.

Estudantes de moda de quatro estados e do Distrito Federal disputam a final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores
23 de Junho de 2022

Oito futuros estilistas de sete instituições de ensino de quatro estados brasileiros e do Distrito Federal apresentarão suas coleções, no dia 07 de julho, em São Paulo, na final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, realizado pelo Movimento Sou de Algodão, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), junto com a Casa de Criadores, maior evento de moda autoral do País. A competição, que contou com a participação de 462 trabalhos de todo Brasil, é a grande oportunidade para a descoberta de novos talentos para o mercado, e o estilista vencedor terá uma vaga no line-up oficial da Casa de Criadores, a partir da edição de novembro deste ano, além de um prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil. Os três primeiros colocados também receberão produtos das tecelagens parceiras do Movimento e um programa de orientação profissional, promovido por apoiadores do concurso. Já o professor orientador do primeiro colocado receberá R$ 10 mil como bolsa orientação destinada à pesquisa sobre algodão. A 2ª edição do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores contou com a inscrição de 249 trabalhos da região Sudeste, 97 do Sul, 61 do Nordeste, 37 do Centro-Oeste e 10 do Norte. Entre os estados, São Paulo liderou a lista com 181 trabalhos, Paraná com 45 inscritos, Minas Gerais com 35, Rio de Janeiro com 32 e Rio Grande do Sul com 29. Na edição passada, o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores revelou nomes como Ateliê Fomenta, Assumpta, Era Brand, Rodrigo Evangelista, Dario Mittmann e Mateus Cardoso, que foi o ganhador da competição. Conheça abaixo um pouco de cada finalista:   Nordeste Esron Candeia de Souza, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) O estudante revela que pretende acender ainda mais o alerta para a necessidade da garantia aos direitos básicos e de segurança à comunidade LGBTQIA+, além de mostrar a potência criativa do Nordeste, levando para as peças a arte manual, tradição de suas raízes, com uma aplicação diferente do que se imagina do artesanato nordestino, em especial, do crochê. Gabe Sousa, da Universidade Potiguar (UnP)  O finalista, que representa o Rio Grande do Sul, diz que quer apresentar algo mais ousado e vibrante, por meio das cores e das formas. “Poder mostrar a minha coleção ao público, junto à Casa de Criadores, é um sonho. Para mim, significa a afirmação de que escolhi o caminho certo ao abraçar o que amo, que tenho a possibilidade de tocar as pessoas com o meu trabalho e conquistar o meu lugar ao sol”, finaliza. Centro-Oeste Joyce Helena de Souza Campos, da Universidade Paulista (UNIP)  De Goiânia, a estudante que, na verdade, é natural de Pernambuco, diz que expor o passado materializado na arte da moda, se tornou o seu sonho. “As palavras que me restam para expressar o que sinto por estar na final de um concurso como esse, serão contadas no meu desfile. Afinal, almejo ser esta porta-voz das riquezas que temos e contá-las sob meu olhar”, finaliza. Thayná Cristyne Araújo Marques, da Universidade Paulista (UNIP) Representando Brasília, ela diz que se sente realizada e grata por ser uma das finalistas do concurso. “Por meio da moda, e como pessoa autista, sinto que, com essa oportunidade, vai se tornar mais fácil falar sobre o autismo, sem tabu e com menos estigmas. Trago, com minha coleção, a proposta de pessoas autistas falarem por elas mesmas”, afirma. Sudeste Christian Sato, da faculdade Belas Artes Representando a cidade de São Paulo, esse finalista apresenta a coleção intitulada como “Binômio”, que soma a ancestralidade do Japão com o universo da tecnologia. “Algumas roupas foram construídas a partir das técnicas do Boro e Sashiko, método tradicional do País de costura e bordado feito à mão que formam um conjunto de costuras e texturas bordadas”, finaliza Sato. Guilherme Dutra, da faculdade Santa Marcelina O estudante paulista irá apresentar a coleção “ARÔ” e diz que é uma experiência muito enriquecedora enquanto profissional. “É algo que levarei na memória para o resto da minha vida. Espero que meu projeto ultrapasse as diversas barreiras sociais, homenageie e celebre a minha ancestralidade”, comemora o estudante.   Sul Thays Mariane Veronez Machado, da Universidade Estadual de Londrina Representando a região Sul, essa estudante utilizou tecidos 100% algodão como base para pinturas que fez manualmente com referências históricas. “Ser finalista entre tantos talentos, sabendo que nós estamos valorizando uma fibra natural e tão maravilhosa, é uma contribuição para a moda brasileira, mas também, um grande passo na minha carreira”, comemora. Wender Neves, da Faculdade de Administração e Ciências Econômicas (Facec) A coleção do estudante do Paraná se chama “Cidade Jardim” e foi inspirada na segunda maior reserva urbana florestal do Brasil. “A regionalidade está ligada intrinsecamente no parque do cinturão verde e, durante meu processo, desenvolvi uma tela feita de aço e fibra de bambu. Com isso, tive a possibilidade de criar novas texturas com o algodão que vocês vão poder conferir em breve”, explica. Serviço Evento: Final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores Quando: 07/07/2022 Onde: Rua Venceslau Brás, 61, Sé - SP

Futuro do agro foi debatido em evento, com a participação da Abrapa
23 de Junho de 2022

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, participou de evento com produtores rurais para discutir o futuro do agronegócio brasileiro. O setor algodoeiro representa um dos principais segmentos do agro nacional. O Brasil está entre os quatro maiores produtores de algodão do mundo, com estimativas para a safra 2022/2023 de totalizar 2.796 (mil toneladas) produzidas, segundo relatório de safra de junho, divulgado pela Abrapa. Além disso, o Brasil é o segundo maior exportador da pluma, atrás apenas dos Estados Unidos. Busato aproveitou o encontro para apresentar as ações implementadas pela cadeia, visando a melhoria da produtividade, com responsabilidade social, ambiental e econômica. O evento foi uma iniciativa da Cargill e se realizou na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA). Para o presidente da Abrapa, encontros com o setor produtivo são importantes momentos para a troca de impressões e discussões sobre avanços e desafios a serem perseguidos. No atual cenário de pujança da agricultura no País é importante mostrar as iniciativas e as ações dos respectivos segmentos para o desenvolvimento sustentável e responsável, que preze o meio ambiente, com crescimento econômico e responsabilidades sociais.  "Precisamos divulgar o que os produtores brasileiros estão fazendo em relação à preservação do meio ambiente. É um trabalho permanente que totaliza 299 milhões de hectares, o equivalente à cobertura de 14 países da Europa de verde", destaca. Para Busato, produzir com sustentabilidade é o que o setor algodoeiro faz, incentivado por um trabalho permanente da Abrapa, em parceria com as associações estaduais e os produtores. O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o ABR-UBA, voltado às beneficiadoras, foram exemplos citados pelo presidente da Abrapa ao grupo. Para os organizadores da atividade, a participação da Abrapa foi de extrema relevância para o evento porque trouxe o ponto de vista da entidade que representa um dos principais segmentos do agro nacional. Foi uma oportunidade, de a cadeia mostrar os benefícios da produção mais sustentável, gerar valor e alavancar o agronegócio no Brasil. Na ocasião, estiveram presentes Renata Nogueira, líder de sustentabilidade para o negócio agrícola da Cargill, Marcos Jank, coordenador do Centro Insper Agro Global e Julio Busato, presidente da Abrapa, além de 30 produtores da região. O debate foi mediado por Kellen Severo, jornalista especializada em Economia e Agronegócios.

Para consumir: marcas com serviços sustentáveis para ficar por dentro
23 de Junho de 2022

O que de primeira atrai muita gente ao ver uma roupa é se está entre as tendências do momento e se é bonita. Uma das últimas coisas a ser levada em conta é o serviço sustentável que a peça junto com a marca presta – no entanto, isso é cada vez mais importante em um mundo que já produz mais lixo do que é capaz de comportar e, claro, consome mais do que o planeta pode produzir. Pensando em consumo consciente, CLAUDIA abordou algumas das principais varejistas de moda para saber o serviço sustentável que cada uma delas prestam.   Leia mais: Moda sustentável: Para consumir: marcas com serviços sustentáveis para ficar por dentro | CLAUDIA (abril.com.br) Mídia: Revista Cláudia

Abrapa destaca controle biológico do algodão na Better Cotton Conference
23 de Junho de 2022

A expansão do controle biológico de pragas e doenças do algodão no Brasil foi destaque no primeiro dia da Better Cotton Conference 2022, realizada em Malmö, na Suécia. Convidada a participar do painel sobre inovações, a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) mostrou os aspectos que garantem a sustentabilidade do sistema produtivo no País, maior produtor mundial de Better Cotton. Better Cotton é o algodão certificado pela BCI, organização sem fins lucrativos criada em 2005 para fomentar práticas responsáveis e sustentáveis na cotonicultura ao redor do globo. Na safra 2020/21, o Brasil respondeu por 42% da oferta mundial de Better Cotton. Na edição deste ano, o evento da BCI voltou ao formato presencial e se propôs a debater com todos os segmentos da cadeia produtiva global do algodão como lidar com os desafios climáticos atuais. "Nossas condições climáticas favorecem o surgimento de pragas e doenças do algodão, o que torna necessário o controle químico. Porém, ano após ano, o Brasil tem ampliado a adoção do controle biológico", afirmou o presidente da Abrapa, Júlio Busato. Ele foi um dos integrantes do painel "Disruptors: Breakthrough Approaches" desta quarta (22). De acordo com Busato, essa ampliação está sendo impulsionada pelos próprios produtores. "Além do aspecto sustentável, há a eficiência agronômica e a otimização de recursos. Nosso foco é usar os químicos no volume estritamente necessário", pontuou o presidente. Essa visão é o que explica o investimento feito pelos agricultores brasileiros no desenvolvimento de mais alternativas de manejo biológico, seja por meio de fabricação própria na fazenda (on farm) ou no financiamento de projetos e parcerias com instituições de pesquisa. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estima que 23 milhões de hectares utilizados para o cultivo de soja, algodão e cana de açúcar no Brasil já adotem o controle biológico como rotina. Outro aspecto que reforça o interesse brasileiro no manejo biológico é a grande adesão dos cotonicultores ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), da Abrapa. Atualmente, 84% da produção tem certificação socioambiental, e um dos requisitos básicos para tal é a comprovação de manejo integrado de pragas (MIP) pela fazenda participante. "Com o monitoramento constante da sanidade da lavoura feito pelo MIP, o produtor identifica que mecanismos biológicos podem ser adotados antes de entrar com o produto químico. Entre as alternativas, estão insetos e predadores naturais e microrganismos (fungos, vírus e bactérias)", comentou o presidente da Abrapa. Os bons resultados surgem em via dupla. O produtor fica mais eficiente no controle da dosagem, frequência e aplicação dos pesticidas, usando "o estritamente necessário" como enfatizou Busato, e amplia as práticas de defesa natural dos campos. "Com a vantagem adicional de, com isso, melhorarmos bastante a biodiversidade na propriedade rural e, consequentemente, a saúde dos solos", reiterou. Durante sua participação na Better Cotton Conference, Busato citou o caso de sucesso de controle de nematoides, parasitas frequentes nos solos do Cerrado, com produtos biológicos. Aproveitou também para apresentar outros aspectos sustentáveis do modelo produtivo no Brasil. "Somente 8% de nossa produção é realizada em áreas irrigadas e 95% da área plantada localiza-se no bioma Cerrado, e não na Floresta Amazônica", citou o presidente da Abrapa. Outros aspectos destacados por Busato foram a existência do vazio sanitário – período em que o plantio de algodão é proibido como medida de defesa sanitária – e a semeadura diretamente sobre a palhada resultante da cultura anterior (geralmente a soja). "Com o plantio direto, aumentamos o volume de matéria orgânica, evitamos erosão e fixamos mais CO² no solo", contextualizou. Além de ser o maior fornecedor de Better Cotton no mundo, o Brasil atrai atenção para suas iniciativas sustentáveis devido à larga escala da produção nacional. Embora em sua maioria de perfil familiar, as fazendas de algodão no Brasil têm em média 4 mil hectares de área e, nos últimos 20 anos, investiram em profissionalização. Entre os sinais dessa profissionalização estão a grande adesão ao programa ABR e o emprego de tecnologia. A colheita é totalmente mecanizada no País e a maioria das unidades de beneficiamento do algodão está instalada nas próprias fazendas produtoras. Quarto maior produtor mundial de algodão, com 2,36 milhões de toneladas cultivadas na safra 2020/21, o Brasil cultiva 65% de sua produção em segunda safra – ou seja, após o ciclo da soja. Além dos benefícios à biodiversidade, esse reaproveitamento da área plantada torna as fazendas mais eficientes. A produtividade média brasileira, de 1.800 quilos de pluma por hectare (kg/ha), supera em 128% o índice mundial. A programação da Better Cotton Conference continua nesta quinta (23). O Brasil volta a participar com um case de agricultura regenerativa que será abordado no painel com agricultores sobre ações de adaptação às mudanças climáticas.

Better Cotton lança relatório anual de 2021
22 de Junho de 2022

​A Better Cotton, iniciativa de sustentabilidade para o algodão, lançou seu Relatório Anual de 2021, que destaca as principais atualizações, sucessos e desafios da organização obtidos no período, pelo setor algodoeiro. De acordo com os dados do relatório, na temporada de algodão 2020-21, o programa alcançou mais de 2,9 milhões de produtores de algodão em 26 países, sendo que 2,2 milhões de agricultores foram licenciados e produziram 4,7 milhões de toneladas de Better Cotton, em 24 países, representando 20% da oferta global de algodão. No Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) é parceira da Better Cotton nas ações de melhorias da produção do algodão nas lavouras, com o incentivo de boas práticas agrícolas, no compromisso social com todas as pessoas envolvidas na produção, e nas questões ambientais com a preservação das áreas nativas e rios, promovendo o crescimento com sustentabilidade e de modo responsável. Nacionalmente, a Abrapa administra o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), em conjunto com as associações estaduais e os cotonicultores. O ABR tem protocolo de 183 itens que atende: 100% da legislação nacional, trabalhista; normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT); legislação ambiental e código florestal; boas práticas agrícolas, entre outros. Desde 2013, o ABR atua em benchmark com o BCI e o resultado é a incorporação dos 51 Critérios Mínimos de Produção (CMP) da BCI, que são de conformidade obrigatória. "A parceria da Abrapa, por meio do programa ABR, com a Better Cotton é uma iniciativa mundialmente reconhecida e contribuiu para que o Brasil se tornasse o campeão mundial de fibra sustentável", destaca o presidente da Abrapa, Júlio Busato. Com o benchmark, o produtor brasileiro tem um ganho adicional, podendo receber junto com a certificação ABR, por livre opção, a licença de comercialização BCI. No entanto, é importante destacar que, no Brasil, nenhum produtor é licenciado BCI, caso não tenha sido certificado ABR. Com a licença, a sua produção - classificada como Better Cotton - terá acesso facilitado ao mercado global de algodão sustentável. No elo seguinte da cadeia comercial, ganha o comprador, que terá a garantia de adquirir um algodão competitivo conforme as novas tendências do mercado. Por fim, o consumidor também é beneficiado, pois comprará um produto de algodão cultivado com justiça social e econômica e sem agressão ao meio ambiente . Para explorar os resultados e os impactos que os agricultores estão experimentando ao participar do programa Better Cotton, basta consultar o Relatório de Impacto da safra de algodão 2020/2021. Os dados mostram indicadores ambientais, econômicos e sociais alcançados pela Better Cotton, junto aos agricultores em diferentes países.