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Abrapa encerra missão na Ásia de olho em exportar mais algodão e aumentar a participação no mercado global
20 de Junho de 2022

Os produtores brasileiros de algodão que visitaram a Ásia, entre 4 e 15 de junho, retornam ao País com boas perspectivas de ampliar as relações comerciais, uma vez que o continente é o principal destino das exportações da fibra nacional. A região concentra 99% das vendas externas do Brasil e as projeções do mercado são de aumento da demanda global por algodão.  Bom para a cotonicultura brasileira, que está entre as quatro maiores produtoras da fibra do mundo, com estimativas para a safra 2022/2023 de totalizar 2.796 (mil toneladas) produzidas, segundo relatório de safra de junho, divulgado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Além disso, o Brasil é o segundo maior exportador da pluma, atrás apenas dos Estados Unidos. O intercâmbio comercial foi organizado pela Abrapa, em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e integra o programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria entre as três organizações. A missão comercial visitou Indonésia, Tailândia e Bangladesch. Os três países, juntos, representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020/21, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. No ciclo atual (de agosto/21 a abril/22), respondem por mais de um quinto de algodão brasileiro. Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, a visita aos três países, que são grandes importadores da fibra brasileira, foi importante para avaliar a confiabilidade do produto nacional nos respectivos mercados e o resultado foi positivo. Em todas as indústrias que visitamos e nas reuniões com o trade, fomos muito bem avaliados, sobretudo na qualidade da nossa fibra que supera a concorrência americana em muitos aspectos. Temos potencial de crescimento nos próximos anos e esses países estão abertos ao nosso produto", disse Busato. "Temos tecnologia, pessoas e trabalhamos para crescer com qualidade e sustentabilidade. Então as projeções são as melhores".   Bangladesh É o mercado que mais cresce na importação mundial da pluma, juntamente com o Vietnã, mas que ainda compra pouco algodão brasileiro, comparativamente com outros mercados produtores. Na safra passada, Bangladesch importou 270 mil toneladas. No atual ano comercial, entre agosto de 2021 e maio de 2022, as exportações para o mercado bengali somaram 184,0 mil toneladas. É o quinto maior importador do algodão brasileiro, mas é o segundo maior importador global da fibra. Não à toa, o Brasil está de olho em Bangladesh e trabalhando para ampliar a abertura de mais mercado e o surgimento de novas oportunidades de negócios. O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, ressalta que as indústrias têxteis de Bangladesh planejam expandir sua produção e com isso precisarão de mais algodão do que já consomem. "Estamos trabalhando para estreitar as relações e atender ainda mais o mercado com a fibra brasileira", afirmou. Meta viável ao que tudo indica.   Tailândia Na Tailândia, foram visitadas indústrias, entre elas a maior compradora do algodão brasileiro do país. Foi a oportunidade para os produtores conhecerem mais sobre o processo fabril da empresa, identificando oportunidades para aperfeiçoar o algodão exportado para os tailandeses. Chamou atenção dos produtores o feedback do mercado tailandês sobre a evolução da fibra brasileira. Tailândia está entre os países considerados prioritários pela Abrapa. No ranking, é o oitavo maior importador mundial de algodão, com 130 mil toneladas na safra 2020/21. Desse total, o Brasil respondeu por 16% com o embarque de 21 mil toneladas da pluma. Ficou perceptível aos brasileiros, durante a visita, que a indústria têxtil tailandesa vive agora um período de busca por mais eficiência e qualidade, recuperando-se dos impactos pós-pandemia. O algodão tende a ser favorecido, pois o consumidor sinaliza preferir tecidos com essa fibra natural.   Indonésia A etapa na Indonésia, primeiro país visitado pela "Missão Vendedores" também teve saldo positivo e com aceno de ampliação das relações comerciais com os brasileiros. Para isso, basta que os cotonicultores sigam investindo na melhoria dos indicadores de qualidade e na rastreabilidade do produto, unanimidade na fala dos industriais visitados pela comitiva. Essa confiança ajuda a explicar os bons números do comércio de algodão entre Brasil e Indonésia. Em 2021, o País exportou 207 mil toneladas de algodão para a Indonésia, que é o sexto maior mercado da pluma brasileira e o país com o segundo melhor market share (41%). Neste ano comercial (de agosto de 2021 a abril de 2022), já foram embarcadas para as indústrias indonésias 133,2 mil toneladas da fibra nacional. Sexto maior importador de algodão no mundo, foram 501 mil toneladas na safra 2020/21, a Indonésia não tem previsão de ver sua produção própria se ampliar. Diante do cenário, é outro potencial comprador a aumentar seus pedidos para o mercado brasileiro. A missão contou com grande apoio das embaixadas e adidâncias agrícolas do Brasil em cada um dos países. Além da visita às indústrias, o Cotton Brazil Outlook 2022 foi realizado nos países, atividade que reuniu o trade, empresários e compradores da fibra, para promover a pluma brasileira e consolidar o Brasil como firme fornecedor de algodão à Ásia.

Relatório Abrapa de Safra – Junho/2022
17 de Junho de 2022

Até a segunda semana de junho, a safra 2021\2022 totalizou 2,7% da área total colhida. Os dados são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e estão disponibilizados no Relatório de Safra de Junho/2022.   Confira o relatório completo: Relatorio_safra_Abrapa.15Jun2022_.pdf

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
17 de Junho de 2022

- Destaque da Semana – Risco de recessão global derruba mercados. Missão Vendedores Cotton Brazil encerra rodada em grandes importadores de algodão. - Algodão em NY –  O contrato Dez/22 fechou ontem a 119,23 U$c/lp (-4,56%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 93,08 U$c/lp (-3,47%) e o Dez/24 a 88,35 U$c/lp  (-3,32%) para a safra 2023/24. - Preços - Ontem (16/06), o algodão brasileiro estava cotado a 162,25 U$c/lp (+150 pts) para embarque em Jun-Jul/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 136,23 U$c/lp (-425 pts). - Altistas 1 - O relatório do USDA divulgado na última sexta (10/6) não trouxe alterações no cenário apertado de oferta da safra americana deste ano e do próximo. Com a seca no Texas, a tendência é que os números de produção ainda sejam revisados para baixo. - Altistas 2 - Segundo o Goldman Sachs Group Inc., o mercado de petróleo enfrenta  crescimento robusto da demanda, interrupções no fornecimento e capacidade limitada de refino. Com isso, espera que preços de energia e alimentos continuem altos. - Baixistas 1 – O mercado financeiro global está passando por uma de suas piores semanas desde as grandes perdas nos primeiros meses da pandemia de Coronavírus em 2020. - Baixistas 2 – O Federal Reserve elevou as taxas de juros em 0,75 pontos - o maior aumento desde 1994 - em sua luta para conter a inflação. - Baixistas 3 – No ataque à maior inflação dos últimos 40 anos, o Fed sinalizou que mais aumentos de taxa podem vir no próximos meses. - Baixistas 4 – Os mercados financeiros caíram em todo o mundo à medida em que temores de uma recessão crescem entre os economistas, uma vez que o aumento de juros tem visa frear o consumo e conter a alta de preços. - China 1 - Segundo Thomas Reinhart, em live da Ampa, de abril a junho, a taxa de operação nas fiações chinesas despencou para números similares aos registrados em 2020, no ápice da pandemia de Covid-19. Reflexo dos lockdowns adotados pelo Governo chinês. - China 2 - O Governo Chinês aprovou esta semana investimentos de US$ 18 bi em infraestrutura para retomar o ritmo de crescimento do PIB, que ainda sofre com as restrições por conta da Covid-19. - China 3 - A produção industrial aumentou 0,7% em maio em relação ao ano anterior, recuperando-se da inesperada queda anual de 2,9% em abril. Já as vendas no varejo se contraíram pelo terceiro mês consecutivo, caindo 6,7% ano-a-ano em maio, com uma ligeira melhora em relação à queda ano-a-ano de 11,1% no mês anterior. - Cotton Brazil 1 - Nesta semana, a Missão Vendedores Cotton Brazil esteve no 2º maior importador mundial de pluma - Bangladesh. Na etapa bengali, foram realizadas visitas a fábricas, entidades importantes do setor e ao Ministério de Têxteis. - Cotton Brazil 2 - Em Bangladesh também foi realizado um evento Cotton Brazil Outlook.  Mais de 200 empresários e executivos do setor discutiram como inserir mais algodão brasileiro na matriz de produção local. Focada nos pilares de qualidade, rastreabilidade e transparência, a apresentação recebeu o endosso e testemunho de vários clientes satisfeitos com a fibra nacional. - Cotton Brazil 3 - Indonésia, Tailândia e Bangladesh, países visitados pela Abrapa e Anea agora em junho, responderam por 21% dos embarques de algodão brasileiro na safra atual (313 mil tons de ago/21 a mai/21). - Agenda 1 - O presidente da Abrapa, Júlio Busato, participa da abertura da Better Cotton Conference 2022, na quarta (22). O evento debaterá os desafios da cotonicultura frente às mudanças climáticas, com responsabilidade social. - Agenda 2 - Começa no dia 23 o Anea Cotton Dinner and Golf, na Bahia. Rastreabilidade e o programa Cotton Brazil serão pauta de simpósio no dia 25, com o presidente da Abrapa, Júlio Busato. - Exportações 1 - o Brasil exportou 81,6 mil tons de algodão em mai/22. - Exportações 2 - No mês de maio de 2022, os maiores importadores do algodão brasileiro foram Bangladesh, Indonésia e Vietnã, somando 46,9 mil toneladas para os três destinos – o equivalente a 56% das exportações totais. China embarcou apenas 5,1 mil toneladas no mês. - Exportações 3 - De agosto de 2021 a maio de 2022, a China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras (449 mil toneladas) e representa 28% das exportações acumuladas. - Exportações 4 - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 28,7 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas de junho/22. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Missão visita países da Ásia para promover pluma do Brasil
15 de Junho de 2022

Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, é o entrevistado do Canal Rural e fala sobre a viagem internacional à Ásia, para divulgação da fibra brasileira.   Assista: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/algodao-missao-visita-paises-da-asia-para-promover-pluma-do-brasil/

Transparência do algodão brasileiro agrada industriais bengalis
15 de Junho de 2022

Transparência, confiança e produto com ótima qualidade. Sobre esse tripé, estrutura-se a promissora relação comercial entre produtores brasileiros de algodão e indústrias têxteis de Bangladesh. A boa receptividade à comitiva de cotonicultores e exportadores brasileiros apenas reflete o potencial de crescimento da presença brasileira no mercado têxtil bengali – cujo dinamismo posiciona o país como segundo maior importador mundial de algodão. A comitiva brasileira integra a Missão Vendedores, intercâmbio comercial organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O objetivo é desenvolver novas oportunidades de negócios entre brasileiros e bengalis por meio de reuniões de negócios, evento técnico e visitas a fiações e tecelagens de Bangladesh. Quinto maior importador da pluma brasileira, o país absorveu 270 mil toneladas no ano passado. No atual ano comercial (agosto de 2021 a maio de 2022) as exportações para este mercado somaram 184,0 mil toneladas. Sharifa Parveen, diretora do DBL Group, afirmou que o algodão brasileiro é uma das opções de melhor qualidade no mundo. "É fácil comprar o algodão do Brasil, existe transparência. Além disso, temos mais confiança nos negócios vendo esses números que foram apresentados", afirmou Parveen , durante o Cotton Brazil Outlook – evento promovido pela Abrapa,  em 14 de junho, em Dhaka. "Investimos permanentemente em qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade e sabemos que vamos evoluir ainda mais, nos próximos cinco anos. Nossa meta é ampliar o market share brasileiro de 14% nas importações bengali de algodão", revela o presidente da Abrapa, Júlio Busato. Uma meta viável ao que tudo indica. De acordo com o diretor executivo da Argon Spinning Ltda., Ranjan Chaudary, há alguns anos era difícil usar a fibra brasileira como matéria-prima, mas o cenário mudou rapidamente. "Havia problemas de qualidade que hoje não existem mais. Atualmente, são os nossos clientes que pedem pelo algodão brasileiro, que ainda tem a vantagem de ser livre de contaminação", comentou. Presidente em exercício da Bangladesh Textile Manufacturing Association (BTMA), Fazlul Haque recebeu o presidente da Abrapa e abriu as portas para futuras colaborações. "Há uma grande oportunidade de ampliarmos os negócios com o Brasil. A BTMA pode ser parceira na promoção do algodão brasileiro em Bangladesh, maximizando as relações comerciais", declarou. O apoio é significativo. A BTMA é a principal entidade representativa da indústria têxtil bengali. Reúne 1.750 membros, sendo 500 fiações, 950 fábricas manufatureiras e 300 indústrias de tingimento e finalização. Um fator que agrada os empresários visitados pela Missão Vendedores é a transparência dos dados. "Nosso sistema de rastreabilidade realmente abre os indicadores de qualidade para os compradores, algo que nem todos países fazem. Além disso, em breve teremos um canal específico para esclarecer dúvidas técnicas sobre a fibra brasileira", afirmou Busato, durante o Cotton Brazil Outlook. Uma preocupação identificada, durante as visitas e o evento em Bangladesh, foi o aumento de preços do produto devido à crise mundial de fertilizantes. Afinal, houve aumento de 50% no preço dos insumos para a próxima safra. "Na temporada atual, já estamos utilizando nossa 'poupança' de fertilizantes – produtos que havíamos comprado antes da crise eclodir. Mas acreditamos que a situação seja momentânea", destacou o presidente da Abrapa. Visitas técnicas. A agenda de visitas da Missão Vendedores em Bangladesh foi organizada pela Embaixada do Brasil no país. Em todos os compromissos, a comitiva foi acompanhada por Sabine Nadja Popoff, executiva responsável pela embaixada durante a transição de embaixadores. O grupo brasileiro foi recebido pelo Ministro de Têxteis e Juta, Golam Dastagir Gazi, e também pela Bangladesh Garments Manufacturers and Exporters Association (BGMEA), entidade representativa das confecções. Entre as fábricas visitadas, importantes players importadores do algodão brasileiro, como a Badsha Textiles e a Square Textiles, grupo com quatro indústrias de fios e vestuário que emprega 800 mil pessoas. Também foi visitada a Beximco Textile, planta de mais de 120 hectares que trabalha com tecido reciclado, confeccionando do fio às roupas finalizadas. A Beximco produz sua marca própria e em larga escala para marcas internacionais. Cotton Brazil. A missão comercial da Abrapa na Ásia é uma das iniciativas do programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria com Anea e Apex-Brasil. O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados. O foco prioritário é a Ásia, região que concentra 99% das exportações brasileiras. "Atualmente, respondemos por 23% do mercado no ciclo 2020/21 e temos potencial firme de crescimento nos próximos anos. Em nossas missões comerciais, verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou Busato. Indonésia, Tailândia e Bangladesh, países visitados em junho pela Missão Vendedores, representam 21% do volume total de algodão brasileiro embarcado para a Ásia na safra 2020/21, cerca de 498,5 mil toneladas. Já no ciclo atual (de agosto/21 a maio/22), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas do produto.

Salas Temáticas do 13º CBA terão palestras focadas na ciência, pesquisa e inovação da fibra
15 de Junho de 2022

​O 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) inclui 24 painéis que serão apresentados em salas temáticas nos dias 16 e 17 de agosto, no Centro de Convenções de Salvador. As palestras se realizarão sempre na parte da tarde, nos horários das 14h15 às 15h45 e 16h30 às 18h. Na programação, estão temas relevantes sobre os mais diversos aspectos do mercado de algodão, passando por sustentabilidade e meio ambiente, serviços, tecnologia e inovação. São mais de 70 palestrantes brasileiros e internacionais, com experiência e que acompanham as tendências e políticas para a cotonicultura. Pela manhã, nos mesmos dias, ocorrerão as reuniões Plenárias com foco no mercado brasileiro e mundial de algodão. Paralelamente às palestras, se realizará a feira do setor e, no último dia do evento, 18, diversos workshops. A programação completa está disponível no site do CBA:  http://congressodoalgodao.com.br/. Não haverá transmissão online. O evento acontece apenas na versão presencial e por meio de inscrições antecipadas. O CBA reúne especialistas, produtores, pesquisadores e empresas brasileiras e internacionais para discutir temas relacionados ao algodão. É organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e tem o apoio de várias instituições e empresas que se preocupam com a expansão da produção da fibra com sustentabilidade. Nas salas temáticas do dia 16, o foco será em palestras que tratam do cultivo da fibra, avanços no manejo e perspectivas no controle biológico de pragas nas lavouras, entre outros temas. Para abordar os "Avanços no manejo da ramulária e mancha-alvo", estão confirmadas as presenças de Alderi Araújo, pesquisador da Embrapa, do agrônomo Guilherme Ohl e de Julio Bogiani, pesquisador da Embrapa Territorial. Eles farão a explanação do que é feito hoje e abordarão os avanços e desafios a serem superados no cultivo da fibra. Também na terça-feira, na palestra sobre "Ambiente de produção como estratégia para aumentar a eficiência produtiva", Severo Amoreli Filho, da Fazenda São Francisco, Renato Roscoe, e o engenheiro agrônomo Leandro Zancanaro, formado pela Universidade Federal de Santa Maria, discorrerão sobre os aspectos do ambiente de produção, especialmente os solos e seus aspectos físicos e químicos, importantes para as lavouras e o desenvolvimento da agricultura. "Ao manejarmos adequadamente o solo é possível assegurar a produtividade em níveis quantitativos e que regule adequadamente os fatores de produção, de modo que a produtividade não sofra oscilações. Se temos solos equilibrados, a produtividade tende a ser maior, mais estável e os estresses são minimizados", destaca o coordenador do painel e integrante da comissão científica, Fernando Lamas, ao falar sobre o foco da ST. Como entender a "Fisiologia do algodoeiro para mitigar os efeitos dos estresses" é a temática da palestra que reunirá os professores Raja Reddy, Dimitra Loka e Juan Raphael, especialistas internacionais, que trarão suas experiências científicas sobre os efeitos de altas temperaturas, teor em CO2 do ar, escassez de água em diversos aspectos da fisiologia do algodoeiro. "O planejamento de trazermos especialistas internacionais tem o objetivo de discutir a influência do estresse sobre o algodoeiro", destaca a coordenadora da ST, Liv Severino. Guilherme Rolim, do Instituto Mato-Grossense do Algodão, José Miranda, pesquisador da Embrapa Algodão, e os engenheiros agrônomos Rodrigo Oliveira, Grupo SLC Agrícola, e Cézar Busato, do Grupo Busato, discorrerão em suas manifestações sobre "O que há de novo no manejo do bicudo-do-algodoeiro?".   Para o coordenador da ST, Paulo Degrande, será uma oportunidade de apresentar e discutir os recentes avanços nos serviços, processos e produtos para o manejo do bicudo-do-algodoeiro." Baseada em casos de sucessos regionalizados pelo País, a sala temática abordará estes assuntos em profundidade para disseminar informações e operações que continuem fortalecendo as boas práticas agrícolas no processo de produção do algodão", ressalta. Durante o painel, também será possível realizar um paralelo com modelos internacionais de redução de danos pela praga. Na sala temática sobre "Como melhorar a qualidade HVI da fibra brasileira-enfoque na distribuição do comprimento", João Paulo Saraiva Morais, pesquisador da Embrapa Algodão, discorrerá sobre como as fibras curtas são prejudiciais no processo de fiação, e quais são os melhores parâmetros analíticos para avaliar o conteúdo em fibras curtas. Com Jean Louis Belot, pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e Márcio Silveira, do Grupo SLC Agrícola, as discussões abordarão o que precisaria ser feito no campo ou nas algodoeiras para poder reduzir esse parâmetro. A temática da sala visa entender melhor o que é o conteúdo em fibras curtas do algodão, sua origem e o que precisaria ser feito para reduzi-lo o mais que possível na produção brasileira. "Ciência, pesquisa e inovação: incentivar hoje para assegurar o futuro" traz o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, Silvio Crestana, da Embrapa Instrumentação, Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), e Aurélio Pavinato, presidente do grupo SLC, para abordar o futuro da cotonicultura e a importância da pesquisa e da inovação na consolidação da cadeia produtiva do algodão. Para falar sobre sustentabilidade, Marcio Portocarrero, diretor Executivo da Abrapa, e Fernando Silveira Camargo discorrerão sobre o tema "Brasil é realmente o grande player quando o tema é sustentabilidade?".  "Os avanços e as perspectivas para o controle biológico de pragas no algodoeiro" será tema das palestras de Eduardo Barros, integrante da Comissão Científica, Lucia Vivan, da Fundação MT, Jorge Torres, Ufrpe, e Marcio Goussain. Frequentemente, o controle biológico é visto como a única opção viável, de modo a desenvolver métodos de controle de pragas que representem menor risco para os seres humanos e o meio ambiente. É com esse enfoque que as discussões transcorrerão nesta sala temática. Marcio Souza, integrante da Comissão Científica, Valdinei Sofiatti, pesquisador na Embrapa Algodão, Edson Andrade Júnior, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), e Wanderley Oishi, engenheiro agrônomo formado pela ESALQ\USP, discorrerão sobre o tema "Novidades em manejo da soqueira e da tiguera do algodoeiro". "Cultivo intensivo e indicadores de sustentabilidade" será tema da sala conduzida por Marquel Holzschuh, da SLC Agrícola, com palestras de Ciro Rosolem, da Faculdade de Ciências Agronômicas, Cássio Tormena, da Universidade Estadual de Maringá, e Ieda Mendes, pesquisadora da Embrapa Cerrados. Para falar sobre a "Análise da viabilidade técnica e econômica das biotecnologias", o CBA traz para a sala temática Rafael Pitta, integrante da Comissão Científica, Patrick Dourado, da Bayer e Jacob Crosariol Netto, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt). Nelson Dias Suassuna, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Jean Belot, integrante da Comissão Científica e coordenador da ST, e Rafael Tassinari Resende, da Universidade Federal de Goiás, abordarão o tema "Uma análise sobre a genética e o posicionamento em campo das variedades de algodão". Para Belot, a oferta de variedades novas para o cotonicultor é fundamental para assegurar o crescimento dessa cultura. "Precisamos conhecer melhor as suas características agronômicas e tecnológicas, e as recomendações de uso a fim de poder expressar o seu potencial a campo", ressalta. Segundo Belot, o CBA será uma oportunidade de os congressistas acompanharem as tendências e as políticas para a cotonicultura global.  A variedade dos temas abordados durante as reuniões técnicas do evento se deve à diversidade do público, formado por produtores de algodão, estudantes, pesquisadores, técnicos de fazenda, fornecedores de insumos, indústria, entre outros. "A partir de uma pesquisa detalhada feita em 2020 e 2021, a Comissão Científica do 13º CBA priorizou os temas a serem abordados nesta edição", diz Belot. "Graças à escolha criteriosa dos assuntos e dos palestrantes de cada sala temática, esperamos que cada congressista receba informações confiáveis e atualizadas em sua área de interesse".   Confira a programação das salas temáticas, do dia 16/08/2022 no link: http://congressodoalgodao.com.br/programacao-2022/#tematicas

Colheita da safra 2021/22 de algodão alcança 2,6% da área
15 de Junho de 2022

​A colheita da safra 2021/22 de algodão atingiu 2,6% da área prevista, aponta o mais recente boletim de acompanhamento da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Entre os principais estados produtores, os percentuais são: BA (5%); GO (3,7%); MS: (3,6%); MG (4,5%) PR (90%); SP (53%). Em MT, os primeiros talhões foram colhidos para regulagem das máquinas. MA e PI iniciam a colheita nesta semana.   Leia: Colheita da safra 2021/22 de algodão alcança 2,6% da área - Notícia - Datagro

Confiança no algodão brasileiro marca comércio com a Indonésia
15 de Junho de 2022

A Missão Vendedores, organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), fechou a etapa na Indonésia com saldo positivo. Satisfeitos com produto e preço, os industriais indonésios projetam ampliar as relações comerciais com os brasileiros. Para isso, basta que os cotonicultores sigam investindo na melhoria dos indicadores de qualidade e na rastreabilidade do produto. "Ao longo dos anos, o algodão brasileiro melhorou muito, atingindo qualidade próxima ou até melhor que a dos Estados Unidos", atestou o CEO da Indorama Technology, Anupan Agrawal. A empresa é uma fiação de algodão, poliéster e mistos, que utiliza algodão brasileiro, há dez anos. Indorama foi visitada pela comitiva brasileira de produtores e exportadores entre os dias 6 e 8 de junho para a troca de experiências que pauta a inciativa da Abrapa. A companhia está expandindo a indústria na Indonésia e abrindo fábrica na Turquia para trabalhar apenas com fiação de algodão. Outro ponto positivo citado por Agrawal é o fato de que a fibra brasileira é livre de contaminação. "Além disso, os dados de HVI informados pelo Brasil são confiáveis. Há cerca de três anos, recebo a lista e já envio diretamente para a fábrica fazer o blend, sem reteste. É um relacionamento de confiança que vem sendo construído entre as partes". Essa confiança ajuda a explicar os bons números do comércio de algodão entre Brasil e Indonésia. Em 2021, o País exportou 207 mil toneladas de algodão para a Indonésia, que é o sexto maior mercado da pluma brasileira e o país com o segundo melhor market share da pluma brasileira (41%). Neste ano comercial (de agosto de 2021 a abril de 2022), já foram embarcadas para as indústrias indonésias 133,2 mil toneladas da fibra nacional. Sexto maior importador de algodão no mundo (foram 501 mil toneladas na safra 2020/21), a Indonésia não tem previsão de ver sua produção própria se ampliar. "Em janeiro de 2023, nosso consumo de algodão está projetado em 60 mil toneladas", antecipa Anupan Agrawal. A Asian Cotton Industry foi outra indústria visitada pela comitiva da Abrapa. A fábrica trabalha preferencialmente com 100% de algodão brasileiro em sua fiação - desde o início das atividades – importando de outros países somente quando não há disponibilidade de embarques. Mais de 80% da produção é destinada ao mercado japonês. "Notamos a melhoria contínua nos índices de qualidade e somos fãs do algodão brasileiro", afirmou Tomy Tjandradinata, um dos proprietários da indústria. A outra visita feita pelos brasileiros foi à Kewalrama, que produz fios para persianas, cortinas e produtos de uso industrial, e está na Indonésia com duas unidades. A agenda foi finalizada com reunião na Embaixada do Brasil em Jacarta, com o ministro conselheiro Daniel Ferreira e o adido agrícola Bruno Breitenbach. "A participação das embaixadas na divulgação do algodão brasileiro tem sido surpreendente. É importante mostrar que os cotonicultores operam em sua maioria em estruturas familiares, mas profissionalizadas e altamente tecnificadas", ponderou o presidente da Abrapa, Júlio Busato. A missão comercial da Abrapa e Anea na Ásia integra o programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados principalmente na Ásia – região que concentra 99% das exportações brasileiras. "Atualmente, somos o segundo maior exportador mundial de algodão, respondendo por 23% do mercado no ciclo 2020/2021. Mas temos potencial firme de crescimento nos próximos anos e nessas missões comerciais verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. Ele informa que um dos objetivos da iniciativa é a troca de informações técnicas para que os produtores possam identificar as necessidades dos clientes e que tipo de investimentos ou ajustes são necessários para a ampliação do comércio externo. A Missão Vendedores passa também pela Tailândia e por Bangladesh. Os três países, juntos, representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020/2021, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no ciclo atual (de agosto/2021 a abril/2022), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas de algodão brasileiro. O intercâmbio está em curso desde o dia 4 e continua até o dia 15 de junho.   Leia: Confiança no algodão brasileiro marca comércio com a Indonésia – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br)