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Cerrado é a nova fronteira da produção de Algodão
02 de Agosto de 2022

O cerrado brasileiro, que revolucionou a produção de grãos, com soja e milho, se torna também o celeiro da produção de algodão, acompanhe no link abaixo uma matéria em uma fazenda algodoeira na cidade de Cristalina-GO.   Assista: https://youtu.be/0UF4icEKl5E?t=1660 Mídia: Canal do Boi/YouTube - 01/08/2022  

Com biofábricas, rastreabilidade e moda consciente, algodão sustentável vira diferencial brasileiro
02 de Agosto de 2022

O algodão é uma fibra natural encontrada em muitos itens básicos, do vestuário à cozinha, de produtos de higiene a papel moeda – o tecido leve e respirável que mantém frescor e maciez, que contribui para a limpeza e ajuda a tratar feridas. Provavelmente, você é uma das muitas pessoas que usam algodão diariamente. Comparado a outras fibras comuns de vestuário, como poliéster sintético e produtos semissintéticos, o algodão tem a vantagem de ser um produto totalmente natural, o que significa, também, que é biodegradável. Embora o algodão seja uma fibra natural, sua produção, ao longo dos séculos, foi assombrada pelo impacto promovido, entre outros, na forma de poluição e exploração de trabalho. A fibra natural mais abundantemente fabricada no mundo (estima-se que 25 milhões de toneladas de algodão sejam produzidas a cada ano) passou por um caminho tortuoso até chegar à fase atual, marcada pela preocupação global em fazer com que o “ouro branco” seja plantado, colhido, aprimorado e comercializado de forma sustentável e ética. No que diz respeito ao meio ambiente, o algodão enfrenta alguns obstáculos: geralmente, requer muita água para crescer, e é cultivado principalmente em condições áridas. Isso significa que, em algumas culturas, não apenas grandes quantidades de água são usadas para cultivar algodão todos os anos, mas a produção também contribui para o ressecamento de algumas regiões. E o alto nível de desperdício de água não se deve apenas à irrigação – também é comumente resultado do uso ineficiente da água e da poluição devido ao uso de pesticidas. Esse cenário, contudo, está cada vez mais distante da realidade brasileira. O país é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo: a fibra produzida aqui é predominantemente cultivada de forma responsável (75% da produção possui certificação socioambiental), gera empregos, movimenta a economia e contribui para uma moda consciente. O Brasil é campeão mundial em produtividade quando o assunto é o algodão sem irrigação: mais de 90% de nossas plantações dependem apenas da água da chuva para se desenvolver. Em Cristalina, município goiano a cerca de 270 quilômetros da capital Goiânia, imensas colheitadeiras da SLC Agrícola, que podem pesar toneladas, circulam pelas lavouras da fazenda Pamplona colhendo a safra 2021/2022 de algodão. A companhia responde por cerca de 11% da produção brasileira da commodity, estimada em 2,61 milhões de toneladas para a safra encerrada em junho. A SLC é um dos centenas de grupos agrícolas que possuem o selo ABR (Algodão Brasileiro Responsável), um programa que assegura a sustentabilidade da fibra nas boas práticas sociais, ambientais e econômicas. E as práticas abrem um mercado mais valorizado pelos consumidores internos e também no mercado internacional. "Ainda hoje, precisamos desmistificar a percepção sobre o algodão. Muita gente ainda puxa pelo histórico de trabalho escravo, do alto consumo de agrotóxicos, e essa não é mais a realidade. Hoje, o Brasil é líder mundial em produção de algodão sustentável. E a sustentabilidade é uma demanda muito forte do próprio consumidor. Por isso, focamos na produtividade e eficiência, com rastreabilidade completa de cada fardo", definiu o diretor executivo da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Marcio Portocarrero, em uma visita aos vastos campos repletos de algodão da fazenda Pamplona, em Cristalina, acompanhada pela reportagem do Um Só Planeta.   Menos poluição, menos emissões Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais da fibra, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão, e a demanda pelo produto local deve continuar aquecida. No acumulado do ano-safra, já foram exportadas 1,6 milhão de toneladas em pluma, totalizando uma receita de US$ 3,17 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões na cotação atual). O vasto cultivo de algodão orgânico, em vez do algodão convencional, é uma vantagem competitiva para o Brasil tanto pelo viés econômico quanto pelo ambiental. A prática reduz os níveis de poluição da água em 98%, de acordo com um relatório da Water Footprint, uma vez que produtos químicos sintéticos como pesticidas e fertilizantes não são usados. De acordo com a Textile Exchange, o algodão orgânico cria 46% menos emissões de gases de efeito estufa do que o algodão convencional, simplesmente por não usar fertilizantes e pesticidas que liberam dióxido de nitrogênio e usar menos práticas agrícolas mecanizadas. Por ser livre de fertilizantes e pesticidas, o solo também atua como um "sumidouro de carbono", absorvendo CO2 da atmosfera. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) destaca que todas as fazendas certificadas pelos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e Better Cotton Initiative (BCI) – uma organização sem fins lucrativos, criada em 2005, com sede em Genebra, Suíça, que atua para melhorar a produção mundial do algodão para aqueles que o produzem, para o meio em que é cultivado e o para futuro do setor – seguem boas práticas ao longo de todo o processo de manejo do algodão. O equivalente a 75% de todas as unidades produtivas do país na safra 2019/2020 priorizam o manejo integrado de pragas e o controle biológico em seu sistema de manejo agronômico. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais adotam os agentes de controle biológicos massivamente nas lavouras de algodão, segundo a Abrapa. Os Estados detêm cinco biofábricas, com a capacidade de atender 1,1 milhão de hectares da pluma na safra 2020/2021 – o correspondente a mais de 80% da produção nacional. Esses feitos são destacados pelo movimento Sou de Algodão, criado pela Abrapa, em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (Iba), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para atingir seus objetivos, o Sou de Algodão busca a união de todos os agentes da cadeia produtiva dessa fibra, passando pelo homem do campo, tecelões, artesãos, fiadores, designers de moda, estilistas e estudantes, produzindo campanhas focadas e conteúdos direcionados ao consumidor final. Além disso, firma parceria com marcas que valorizam a fibra e trabalham com produtos que utilizam, no mínimo, 70% de algodão. O movimento deu origem à iniciativa de rastreabilidade SouABR, que, através de tecnologia blockchain, rastreia peças de roupa, desde o plantio do algodão certificado até a venda do produto final, para que o consumidor tenha certeza da origem daquilo que está adquirindo e qual o impacto que esta compra teve no meio ambiente, na sociedade e na economia. A matéria-prima certificada permite mapear o caminho percorrido da semente plantada até o guarda-roupa, evidenciando o cuidado cada vez maior com a sustentabilidade em cada etapa do caminho.   Do cultivo à loja: a cadeia do algodão Produção A terra é trabalhada para o cultivo do algodão. Com safras apenas uma vez ao ano, as plantas crescem, florescem e os capulhos são colhidos e direcionados para a etapa de beneficiamento.   Beneficiamento Na algodoeira (usina de beneficiamento), tudo começa com o desmanche do rolo que vem da lavoura para o descaroçamento e limpeza de todas as impurezas da pluma. Na sequência, acontece a prensagem em fardos de, em média, 220 kg, e a separação de duas amostras, uma de cada lado, para as respectivas análises de características intrínsecas e extrínsecas do algodão beneficiado. Aí então é emitido o código de barras do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) que garante 100% da rastreabilidade do algodão brasileiro.   Fiação Depois de produzido e beneficiado, o algodão chega à fiação para ser transformado em fios. A partir daqui, a fibra começa a se transformar.   Malharia e tecelagem Nessa fase, o fio se une em tramas, formando o tecido que será utilizado na confecção de peças finais. São trabalhadas texturas, padronagens e cores, dando o pontapé inicial no processo criativo dos designers e estilistas.   Confecção É na confecção que o algodão ganha uma utilidade: com a criatividade de estilistas e costureiros, são produzidas as peças finais com desenhos variados.   Varejo Nos pontos de venda, as peças encontram o consumidor final. É lá que você escolhe, combina, incrementa e decide como e quando aquela peça será utilizada.   Leia Mais: Com biofábricas, rastreabilidade e moda consciente, algodão sustentável vira diferencial brasileiro | Consumo Consciente | Um só Planeta (globo.com) Mídia: Um Só Planeta/Globo - 01/08/2022

GT discute manejo integrado de pragas e doenças nas lavouras
01 de Agosto de 2022

Para discutir o Manejo Integrado de Pragas e Doenças nas lavouras, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Better Cotton (BCI) reuniram pesquisadores, representantes de empresas e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em um fórum virtual, na quinta-feira, 28. Foi a segunda reunião do grupo com vistas a compartilhar experiências referentes ao controle genético como ferramenta no manejo integrado de pragas e doenças nas lavouras de algodão do País. Representantes da Basf, Bayer e Corteva, além do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) fizeram um relato das tecnologias usadas para auxiliar no manejo integrado de pragas, proporcionando redução de uso de químicos específicos nas lavouras. A Basf mostrou as melhorias no combate de doenças, como a Ramulária (Ramulária aréola), vista como uma das mais agressivas para o cultivo do algodão, e de lagartas, nematóides e plantas daninhas. O investimento da empresa em genética e biotecnologia é a ferramenta para que se consiga o manejo racional que a cultura exige. O desafio das empresas é melhorar as soluções de combate a pragas e doenças atendendo os produtores que têm custos elevados de produção. A Bayer também foca no melhoramento genético como forma de otimizar o uso de insumos nas plantações e a Corteva, embora não tenha grande atuação na cultura algodoeira, anunciou que trabalha no desenvolvimento de materiais para a lavoura de algodão para os próximos anos e pretende estar mais presente auxiliando o produtor. Para Rafael Galbieri, fitopatologista do IMamt, o desafio permanente é o monitoramento das doenças na cultura. “É um trabalho permanente de auxílio e controle eficiente e sustentável”, disse. A próxima reunião do GT se realizará, no mês de outubro, e a intenção é avançar com o tema da atualização de produtos biológicos no manejo das lavouras. As reuniões são trimestrais e se estenderão até 2023, quando será publicado o Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças do algodão brasileiro, atualizado. Ao todo, serão sete encontros virtuais com duração de duas horas, onde se pretende abordar temas como: variedades e resistência das pragas, uso de produtos biológicos, métodos de aplicação, registro de novos pesticidas e controle de pragas, ervas e doenças. O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, ressalta a importância das contextualizações do mercado e das discussões sobre o tema para melhorar a competitividade do algodão brasileiro. Segundo ele, é uma oportunidade de mostrar os avanços da cotonicultura quando o tema é sustentabilidade. A expectativa de Portocarrero é de que o documento atualizado sobre o manejo itegrado possa servir de subsídio aos produtores do País.  João Rocha, da BCI, destacou a importância dos debates para a BCI conhecer mais sobre a cultura no País e divulgar as boas práticas na cadeia. (Saiba mais sobre a atuação do GT: Fórum técnico capacitado, em âmbito nacional, para discutir a superação dos atuais desafios encontrados no campo; Divulgação internacional das boas práticas de MIP no algodão produzido no Brasil; Monitoramento das principais pragas e doenças da cotonicultura brasileira; Publicação de um manual atualizado de manejo integrado de pragas e doenças do algodão brasileiro.

Conheça o caminho do algodão do plantio até o seu guarda-roupa
01 de Agosto de 2022

Na Fazenda Pamplona, que fica em Cristalina (GO), a 125 quilômetros de Brasília, campos de algodão formam um vasto mar branco. Máquinas colhem toneladas do fruto, matéria-prima muito usada na indústria têxtil. A convite da Sou de Algodão, uma iniciativa da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) que mostra ao consumidor como a fibra chega até ele, a Revista acompanhou por um dia as etapas percorridas pelo algodão: da lavoura à confecção. Nossa primeira parada foi na Fazenda Pamplona. Ela tem selo ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e é licenciada pela BCI (Better Cotton Initiative), protocolos de boas práticas agrícolas, sociais e econômicas. Isso significa que 100% das plumas são de origem responsável, o que é afirmado por auditorias anuais, que não aceitam regressão. A Fazenda precisa garantir a saúde e a segurança dos 218 colaboradores. Além de princípios básicos como esse, Diego André Goldschmidt, coordenador de produção, explica que são oferecidas áreas de lazer na sede e há um esforço em educar produtores sobre hábitos conscientes. Em relação à preservação ambiental, o destaque vai para a economia de água e energia. Enquanto os Estados Unidos e a Austrália irrigam mais de 80% das áreas de algodão, o Brasil irriga 8%. Os 92% restantes são cultivos sem adição de água, chamados sequeiros. De acordo com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), esse é o principal dado que sustenta que o Brasil é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo. Uma cultura que já ocupou o sertão e a beira-mar, encontrou, no centro do país, condições ideais para o seu desenvolvimento. No Centro-Oeste, onde estão 90% da cotonicultura brasileira, o algodão é plantado em novembro e a colheita é entre junho e agosto. A chuva é certa, pelo menos, nos primeiros 90 dias. Depois, acredite se quiser, a seca ajuda a planta a se desenvolver, razão pela qual os sequeiros funcionam aqui.   As áreas plantadas conservam 30% da vegetação nativa e, para combater a praga do algodão, conhecida como bicudo, um drone deposita o herbicida onde tem maior incidência do bicho, e não de forma generalizada.   Beneficiamento Então, o fardo de algodão (rolo, pacote), com aproximadamente 2.300kg, é levado para a algodoeira, previamente à industrialização. Na fase do beneficiamento, separam-se as sementes das fibras a partir de processos mecânicos — tudo é aproveitado. Uma limpeza fina retira a poeira e a limpeza grossa, caules e folhas que ficaram presos. O briquete, uma pasta compactada que é subproduto do algodão, pode ser usado em tapetes e sacaria. O caroço vira ração para gado. A pluma, que se aproxima do algodão que conhecemos, vai para uma balança e, em seguida, é ensacada. Posteriormente, esse material é analisado por laboratórios especializados. Um deles está na sede da Abrapa, aqui em Brasília.   Peças rastreáveis Lá, vimos que todos esses fardos têm QR Codes com dados da produção, da algodoeira e do laboratório por onde o algodão passou. O mapeamento completo é parte do Programa de Rastreabilidade do Algodão Brasileiro. Usando a câmera do celular, dá para verificar onde ele foi plantado, o mapa da fazenda, as máquinas usadas e o resultado da análise. É como uma carteirinha de identificação do algodão. Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa, lembra que, em 1980, o Brasil produziu 500 mil toneladas de pluma em quatro milhões de hectares. Hoje, tem uma produtividade cinco vezes maior em uma área plantada praticamente três vezes menor — são três milhões de toneladas em pouco mais de 1,5 milhão de hectares. "Por muito tempo, estávamos produzindo e esperando que nos comprassem. Agora, graças a décadas de investimento em tecnologia e pesquisa, o algodão nacional supre toda a demanda interna", detalha. O algodão é usado em itens de cama, mesa, banho e vestuário. Marcas como Farm, Malwee, Maria Filó, Marisa, Renner e Reserva são algumas das empresas que buscam este tipo de produto certificado.   Leia Mais: Conheça o caminho do algodão do plantio até o seu guarda-roupa (correiobraziliense.com.br) Mídia: Correio Braziliense - 31/07/2022

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
29 de Julho de 2022

- Destaque da Semana – A persistência da seca, que afeta 70% da área plantada nos EUA, fez o mercado ignorar notícias macroeconômicas negativas da semana para uma boa recuperação dos preços. Hoje começa a Missão Compradores Cotton Brazil, com executivos da indústria têxtil de diversos países visitando nossas regiões produtoras.   - Algodão em NY – O contrato Dez/22 fechou ontem a 96,21 U$c/lp (+5,03%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 81,71 U$c/lp (+5,99%) e o Dez/24 a 78,55 U$c/lp (+6,77%) para a safra 2023/24.   - Preços - Ontem (28/07), o algodão brasileiro estava cotado a 136,00 U$c/lp (+150 pts) para embarque em Ago-Set/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 117,00 U$c/lp (+200 pts).   - Altistas 1 - A safra de algodão nos EUA, principalmente no Texas, continua se deteriorando rapidamente devido a condições climáticas adversas.   - Altistas 2 - Projeção climática para 6 a 10 dias no Oeste do Texas é de temperaturas muito acima do normal e chuvas normais ou abaixo de normais. Se confirmadas, essas condições podem prejudicar ainda mais a safra do Texas.   - Altistas 3 – Segundo dados do governo americano, 100% da área plantada de algodão no Texas (que em alguns anos representa mais da metade da produção americana) está sob algum grau de seca. Até áreas de algodão irrigado foram afetadas seriamente.   - Altistas 4 - Como esperado, o FED aumentou sua taxa de juros 0,75%, passando de 2,25% para 2,50%. Apesar de ser o maior patamar desde 2019, o número ficou dentro do esperado e animou os mercados.   - Altistas 5 – Alta nas demais commodities agrícolas foi alimentada também pelo bombardeio russo contra o terminal portuário de Odessa, na Ucrânia, apenas algumas horas depois do anúncio do acordo de exportação de cereais.   - Baixistas 1 – Semana com exportações norte-americanas em baixa segundo o USDA. As vendas semanais foram negativas (mais cancelamentos que vendas) pela primeira vez no ano comercial.   - Baixistas 2 – O PIB norte-americano caiu 0,9% após ter retroagido 1,6% no primeiro trimestre – tecnicamente o país está em recessão.   - Baixistas 3 – O FMI baixou as projeções mundiais de crescimento econômico para 3,2% neste ano, 0,4% abaixo da última previsão. Inflação persistente e guerra na Ucrânia foram os dois fatores para a redução.   - Baixistas 4 - A Rússia reduziu para 20% o fluxo do gasoduto Nord Stream 1, cumprindo a ameaça de restringir o envio de gás para a Europa. A suspensão pode levar a racionamento, prejudicando a economia europeia.   - China 1 – Agências de notícias divulgam que a China adotou novos lockdowns e milhões de chineses estão em quarentena por conta da Covid-19.   - China 2 - Pesquisa com 65 companhias têxteis chinesas mostra redução de 72,1% nos pedidos domésticos desde maio, e mais de 80% de retração nos pedidos de exportação. Apenas 14% das companhias reportaram aumento geral de pedidos.   - China 3 – A boa notícia vindo do extremo oriente é que a média de passageiros diários no Aeroporto de Beijing excedeu 57 mil pessoas em julho, um aumento de 38 mil comparado com junho. O número de voos domésticos cresceu e algumas rotas internacionais foram retomadas.   - Índia - Produção em baixa e demanda doméstica em alta devem fazer com que a Índia continue precisando importar volumes significativos de algodão em 2023.   - Missão Compradores 1 – A Missão Compradores Cotton Brazil inicia hoje (29) com a chegada de uma delegação que reúne 21 executivos e proprietários de fiações de Bangladesh, Coreia do Sul, México, Paquistão, Turquia e Vietnã e representantes de 14 tradings.   - Missão Compradores 2 – O objetivo é que os industriais conheçam in loco o sistema produtivo do algodão brasileiro, acompanhando da colheita até o beneficiamento e classificação do algodão.   - Missão Compradores 3 – A comitiva passará 3 dias em MT, 2 dias na BA e 1 dia em Goiás e Brasília (DF). A missão volta a ser realizada depois de 3 anos em suspenso devido à pandemia.   - Exportações - O Brasil exportou 16,6 mil tons de algodão até 25 de julho/22. A média diária de embarque é 62,4% inferior quando comparado com julho/21.   - Colheita 2021/22 - Até ontem (28/07):  BA (63%); GO (65%); MS: (55%); MT (45%); MG (37%); SP (97%); PI (67%); MA (22%); PR (95%). Total Brasil: 48,54% colhido.   - Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (28/07):  BA (34%); GO (21%); MA (8%) MS (25%); MT (8%); MG (20%); SP (96%); PI (22%); PR (90%). Total Brasil: 15% beneficiado.   - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Bayer renova parceria com Sou de Algodão em incentivo à produção responsável da fibra
28 de Julho de 2022

Inovação, sustentabilidade e responsabilidade da semente ao guarda-roupa. Esta é a proposta que incentivou a Bayer a anunciar o sexto ano de parceria com o movimento Sou de Algodão, desenvolvido pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). A iniciativa tem o objetivo de reforçar a importância da produção responsável do cultivo no Brasil, que hoje já atinge 84% da produção da fibra com certificação socioambiental. "Nos últimos anos vimos uma evolução na cotonicultura brasileira, com a adoção cada vez maior de tecnologias de ponta, dentro e fora do campo, e um movimento do mercado rumo à certificação da fibra, o que contribui para que o algodão que chega na roupa do consumidor seja produzido de forma sustentável e responsável. O trabalho desenvolvido pela Abrapa, por meio do movimento Sou de Algodão, que a Bayer apoia desde a sua criação, tem sido fundamental para a inovação e colaboração no setor, atendendo à demanda por sustentabilidade e buscando a conscientização sobre a produção responsável no campo", destaca Malu Nachreiner, presidente do grupo Bayer Brasil e líder da divisão agrícola no Brasil. A iniciativa, criada em 2016, valoriza o algodão brasileiro na moda e em outros setores, ressaltando as práticas sustentáveis presentes em toda a cadeia. O movimento Sou de Algodão nasceu para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável, unindo agentes da cadeia produtiva e da indústria têxtil do algodão, desde produtores rurais até o consumidor final, passando por tecelões, artesãos, fiadores, designers de moda e estilistas. "O movimento nasceu da iniciativa dos produtores de algodão de se aproximarem da cadeia produtiva têxtil e, principalmente, do consumidor final. Sempre esteve na essência do Sou de Algodão informar que a pluma produzida no Brasil é rastreável, produzida de forma responsável e com qualidade. Hoje, temos mais de 1.000 marcas parceiras engajadas neste propósito conosco. Nestes 6 anos, conseguimos lançar com ineditismo o programa SouABR e realizar o ideal de levar a rastreabilidade da fazenda até a peça que chega ao consumidor, por meio de QRcode. Temos muitos motivos para comemorar", pontua Júlio Busato, presidente da Abrapa. A produção do algodão brasileiro é referência em sustentabilidade e tem alcançado altos patamares de produtividade, o que torna o país protagonista no consumo e na exportação da pluma. Quando o assunto é o algodão sem irrigação, mais de 90% das plantações dependem apenas da água da chuva para se desenvolver, segundo dados da Abrapa.   Tecnologia de algodão da Bayer A cultura do algodão é complexa, suscetível a fatores climáticos, macroeconômicos e ao ataque de pragas, e requer um investimento elevado. Por isso, a adoção de tecnologia é fundamental para que os produtores alcancem produtividade com o uso otimizado de insumos e recursos naturais. Pensando nesse cenário e em proporcionar ferramentas que impactem o dia a dia do cotonicultor, a Bayer lançou de forma comercial na safra 2021/2022, a terceira geração da biotecnologia Bollgard®, que facilita o controle de lagartas na cultura e o manejo de plantas daninhas, trazendo mais segurança e economia para o agricultor. "A Bayer investe há mais de 20 anos em inovação e tecnologia para levar ao cotonicultor brasileiro soluções completas que facilitem seu dia a dia, impactem sua produtividade e elevem a qualidade da fibra. O lançamento de Bollgard® 3 RRFlex é parte importante da nossa estratégia para o manejo de insetos na cultura do algodão, já que proporciona proteção contra as principais lagartas que atacam a cultura, como falsa medideira, curuquerê, lagarta rosada e lagarta da maçã, além de adicionar proteção contra espécies de lagartas dos complexos Spodoptera spp e Helicoverpa spp.", explica Fernando Prudente, diretor de Negócios de Soja e Algodão da Bayer. A solução auxilia o cotonicultor a produzir de maneira mais sustentável, facilitando o manejo, além de contribuir na redução dos custos de produção resultantes do menor uso de insumos agrícolas e recursos naturais.  "Acreditamos que a inovação é resultado de muita colaboração. É por meio de ferramentas como a biotecnologia que hoje temos um cultivo muito mais sustentável e uma produção também mais competitiva do que há 10 anos, quando não havia esta tecnologia", completa Prudente.   Leia Mais: PR Newswire Economia (broadcast.com.br) Mídia: PR Newswire Economia - 27/07/2022

Com exportações de US$ 80 bi no primeiro semestre, agro sofre com gargalo logístico
28 de Julho de 2022

Quase metade (48,3%) das exportações do Brasil vem do agronegócio. Não por acaso o País está entre os líderes do mercado global de produtos agropecuários. No primeiro semestre de 2022, as vendas internacionais do setor somaram US$ 79,32 bilhões, 29,4% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Mesmo assim o agro brasileiro esbarra em limitações quanto à integração logística, tema que foi debatido na segunda-feira (25), durante o Global Agribusiness Forum (GAF 2022). Para o diretor de Supply Chain para América do Sul da Cargill, Ricardo Nascimbeni, parte dessa fragilidade está no fato de a cadeia de comércio exterior ter milhares de stakeholders. O avanço nessa integração passa pelo desenvolvimento tecnológico. “Temos muita tecnologia no campo, mas não no trajeto da logística de ponta a ponta”, afirmou. Segundo o executivo, é preciso acelerar o processo de digitalização do agro, pois a implementação das soluções não é imediata. “E o tempo está passando.” O diretor de logística da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Alexandre Duarte, apresentou dois exemplos que ilustram bem esse cenário. O primeiro é que alguns mercados não aceitam receber alimentos por transporte aéreo, devido à poluição causada pelos aviões, situação que pode ser revertida com a utilização de combustíveis mais sustentáveis, ou Sustainable Aviation Fuel (SAF). O segundo é o impacto do combate às drogas em aeroportos sobre as exportações de frutas. “Essa ação precisa ser realizada, mas poderia utilizar alguma tecnologia que evitasse mexer nas mercadorias”, afirmou Duarte. O dirigente da Abrafrutas mostrou imagens de caixas que foram retiradas do carregamento e espalhadas pelo chão do setor de cargas para fiscalização. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Julio Busato, que mediou a conversa, até pelas particularidades de cada segmento do agronegócio, a saída para apertar o passo é trabalhar por meio das entidades que representam as cadeias produtivas junto ao setor de logística e ao governo, que segundo ele não acompanha a velocidade do agro no avanço das exportações. “Devemos nos unir ao governo para encontrar soluções, pois sabemos quais são nossas dificuldades”, disse.   Leia Mais: Agro: exportações de US$ 80 bi no 1º semestre e gargalo logístico (istoedinheiro.com.br) Mídia: Istoé Dinheiro - 27/07/2022

Painel no fórum do agronegócio discute integração logística
27 de Julho de 2022

Os desafios globais enfrentados no desenvolvimento do agronegócio e soluções sustentáveis para a cadeia agrícola foram os temas em debate no Global Agribusiness Fórum 2022, em São Paulo, nos dias 25 e 26. O tema principal desta edição foi "Segurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade". O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, participou do evento como moderador do painel "Integração Logística e Outras Iniciativas Relevantes. Empresários, pesquisadores e membros da sociedade do agronegócio do Brasil e do mundo acompanharam as discussões sobre as mudanças para a integração logística na cadeia produtiva que ocorreram com a globalização. Sob essa perspectiva, os palestrantes abordaram as iniciativas usadas para melhorar o desempenho do comércio internacional a partir da infraestrutura.   Agro se reúne com Jair Bolsonaro e ministros Paralelamente ao Fórum, Busato e lideranças do agronegócio se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro, os Ministros da Economia, Paulo Guedes, da Agricultura, Marcos Montes, do Meio Ambiente, Joaquim Leite, ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, entre outras autoridades. Na oportunidade, o presidente da Abrapa destacou a importância de o governo federal manter ações de melhorias na infraestrutura do País para o transporte da produção entre os portos ou seu escoamento aos destinos até a indústria, desse modo, o setor ganhará em competitividade. A meta da Abrapa é colocar o Brasil no topo do ranking mundial de exportação de algodão até 2030 e isso requer a continuidade do trabalho da Abrapa, conjuntamente com as associadas, os produtores e demais parceiros, como ApexBrasil, Anea, Ministério da Agricultura e Ministério do Meio Ambiente, além do auxílio das Embaixadas, por meio do MRE – Ministério das Relações Exteriores. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, elogiou a parceria da Abrapa no Floresta + Agro, assim como o ministro da Agricultura, Marcos Montes, ressaltou o papel da associação no trabalho com o setor para impulsionar o desenvolvimento. Busato agradeceu o governo e fez menção especial aos ministros Marcos Montes e Joaquim Leite pelo apoio ao setor. O GAF, que ocorre duas vezes por ano, é uma iniciativa conjunta em conjunto da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação dos Produtores de Milho do Brasil (Abramilho), Aliança Internacional do Milho (Maizall), Associação dos Criadores de Gado Zebu (ABCZ), Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o Fórum Nacional Sucroenergético, União Nacional do Etanol de Milho (Unem) Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Datagro, consultoria agrícola no Brasil.