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13º Congresso Brasileiro do Algodão começa terça-feira (16)
15 de Agosto de 2022

Maior encontro da cotonicultura brasileira – o 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) - promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), se inicia nesta terça-feira, 16, em Salvador, e se estende até o dia 18, no Centro de Convenções. Serão três dias de discussões sobre as principais demandas da cadeia produtiva, temas da atualidade no mercado da pluma, tendências, políticas para o setor, pesquisa, uso da tecnologia e da inovação para melhor gerir as fazendas. Pela segunda vez, se realiza na Bahia, segundo maior produtor nacional da pluma e a expectativa é de que seja um debate assertivo sobre os desafios e oportunidades para o setor. Este ano, o evento terá como tema "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial". A cerimônia de abertura será feita pelo presidente da entidade organizadora do evento, Abrapa, Júlio Cézar Busato, às 9h. Além das 06 plenárias, 24 salas temáticas e 5 workshops e da área de exposição, foi montada uma estrutura completa com diversos espaços de conforto, convivência e informação sobre o setor para que os congressistas aproveitem ao máximo o CBA. Quem circular pelo Centro de Convenções terá à disposição o espaço da Abrapa, uma área de cerca de 150 metros quadrados, subdivididos em quatro pilares de atuação do setor: sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade e promoção. Nesses espaços, o visitante conhecerá em detalhes os programas e ações, geridos pela Abrapa, em favor da cotonicultura nacional. Na área da Qualidade, será possível conhecer o que é o programa SBRHVI – Standard Brasil HVI, que tem por objetivo garantir o resultado de origem, dar credibilidade e transparência para os resultados de análise de HVI da fibra realizados pelos laboratórios de classificação que operam no País. Verificar quantos e quais são os laboratórios participantes, a quantidade de equipamentos instalada, além dos números e percentuais relativos aos índices de confiabilidade. Tótens explicativos na área de Sustentabilidade proporcionarão o acesso a informações e aos principais números da cotonicultura brasileira, entre eles, o que mostra que 63% do algodão do País é produzido em segunda safra; 93% em sequeiro, 42% da pluma é licenciada BCI (Better Cotton) e 84% têm certificação ABR – Algodão Brasileiro Responsável. O Brasil é o único no mundo que certifica as unidades de beneficiamento (algodoeiras), são 266 usinas no país, quase 30% foram certificadas em 2021. Quem desejar saber mais e entender como se dá a rastreabilidade do algodão, encontrará informações no espaço do SAI – Sistema Abrapa de Identificação. Nele, será possível acessar o QR Code e saber detalhes sobre a algodoeira, o fardo, análise de HVI, dados de certificação, origem da produção, entre outros dados. Informações imprescindíveis e que atendem o mercado global. Outo importante espaço foi destinado à promoção da fibra, local em que os congressistas, produtores, pesquisadores, palestrantes, representantes da indústria têxtil e de fiação, poderão conferir as ações de divulgação do algodão brasileiro no mercado doméstico e internacional. Os programas Sou de Algodão e o Cotton Brazil, respectivamente, ações de promoção que ajudam e foram essenciais para impulsionar a fibra, poderão ser conhecidos em detalhes. O espaço Abrapa é para ser um local de conhecimento e informação sobre a fibra e a ação da associação, conjuntamente com as estaduais e os produtores, mas também de convivência. Na cafeteria, por exemplo, o menu de cafés gourmet tem nomes alusivos aos programas da Abrapa: ABR (machiatto); ABR-UBA (cappuccino); Sou de Algodão (chocolate quente); SAI (expresso), são alguns exemplos. Vale conferir. Há disponibilidade para plugar computadores e celulares. Até o momento, mais de 2.450 congressistas se inscreveram para participar dos painéis e acompanhar os diferentes assuntos que serão tratados pelos 121 palestrantes convidados. Toda a programação do 13º CBA está disponível no site  http://congressodoalgodao.com.br  ou pelo aplicativo Congresso do Algodão, basta fazer download nos sistemas Android e IOS. "Nós, produtores, por meio da Abrapa, nos preparamos para fazer se não o maior, o melhor, congresso brasileiro do algodão. Focamos em uma programação diversificada que atenda a diferentes interesses", disse Júlio Cézar Busato.

Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - 11/08/2022 - UOL Economia Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - Notícias - BOL (uol.com.br) Mídia: UOL – 11/08/2022

Embarques de algodão recuam 30% na safra 2021/22
15 de Agosto de 2022

O Brasil exportou 1,68 milhão de toneladas de algodão na safra 2021/22, totalizando uma receita de US$ 3,222 bilhões, aponta balanço da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O volume embarcado caiu 29,8%. O superávit da balança comercial do algodão brasileiro foi de US$ 3,208 bilhões na temporada 2021/22, queda de 14,5%. O preço médio da pluma exportada registrou alta de 21,9%. Principais compradores A China é o principal destino da pluma brasileira no exterior (455 mil toneladas) e representou 27% das exportações acumuladas. A participação do país caiu em relação ao ano comercial anterior, quando foi o destino de 30% das exportações totais brasileiras. Apesar do menor volume total exportado, 13 países aumentaram as importações brasileiras, com destaque para Índia (12,7 mil toneladas), Filipinas (1,4 mil toneladas) e Portugal (1,4 mil toneladas).   Leia Mais: Embarques de algodão recuam 30% na safra 2021/22 | Universo Agro (uagro.com.br) Mídia: Universo Agro – 11/08/2022

Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - ISTOÉ Independente (istoe.com.br) Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - ISTOÉ DINHEIRO (istoedinheiro.com.br) Mídia: Istoé – 11/08/2022

Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - Internacional - Estado de Minas Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão (correiobraziliense.com.br) Mídia: Estado de Minas – 11/08/2022

Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão (opovo.com.br) Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - #Acesse Política | O site de política mais acessado da Bahia! (acessepolitica.com.br) Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão - Jornal de Brasília (jornaldebrasilia.com.br) Mídia: O Povo – 11/08/2022

Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão
15 de Agosto de 2022

Em ambos os lados da estrada que cruza a cidade de Cristalina, no estado de Goiás, milhares de pequenos arbustos invadem a paisagem, interrompendo as sequências de soja e milho. A lavoura, que de longe parece coberta de neve, faz parte de uma revolução silenciosa na agricultura brasileira: o avanço do algodão, uma das maiores cadeias produtivas do país que aposta em um modelo sustentável para atender consumidores cada vez mais exigentes. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo atrás dos Estados Unidos e também seu principal produtor sustentável, já que 84% possuem o selo internacional Better Cotton Initiative (BCI) que reconhece, entre outras coisas, a redução do uso de agrotóxicos. "O público mudou e as pessoas não querem mais consumir produtos que não estão preocupados em respeitar os ciclos da natureza", disse à AFP Cristina Schetino, entomologista e professora da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cultivo de algodão. A indústria tenta melhorar a imagem do país no exterior, associada a práticas predatórias da natureza – especialmente na Amazônia –, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019; e a do setor, com histórico de trabalho escravo e uso em grande escala de agrotóxicos. Em 2005, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) iniciou a capacitação dos produtores e introduziu protocolos de boas práticas, como o uso eficiente de água e defensivos e a substituição gradual de agroquímicos por fertilizantes biológicos. "É um processo de reeducação, a princípio o agricultor tende a buscar melhores resultados econômicos e lucratividade. Vencida essa etapa(…) o produtor está consciente de que produzindo algodão sustentável ele tem um mercado garantido", afirma Márcio Portocarreiro, diretor-executivo da Abrapa. Em 2012, essas práticas deram origem ao protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificado complementar ao BCI. Vendidos A Fazenda Pamplona em Cristalina, a 130 quilômetros de Brasília, é uma das maiores do país e expoente da ABR. Com mais de 27 mil hectares plantados, a propriedade, operada pela empresa SLC Agrícola, parece uma pequena cidade no meio do campo. Um espaço para festas, um parque com jogos para crianças, um campo de futebol e outro centro esportivo acompanham um setor de moradia para funcionários: uma forma de proporcionar conforto à mão de obra e se beneficiar da baixa rotatividade, explica Diego Goldschmidt, coordenador de produção de Pamplona. Goldschmidt está de costas para dois enormes fardos de algodão, embalados e identificados com códigos QR que fornecem informações sobre a colheita. "Já estão vendidos", comemora o coordenador da fazenda, que exporta 99% de sua produção, de mais de 600 mil toneladas em 2021. O algodão sustentável é vendido até 10% a mais que o algodão convencional do mercado. "Além de estar fazendo o certo perante a sociedade, meio ambiente, você está agregando valor ao seu produto", explica Goldschmidt. Desafios Entre as práticas sustentáveis, os produtores estão recorrendo a drones para pulverizar agrotóxicos de forma mais eficiente e foi implantado um programa de rastreamento, em parceria com marcas brasileiras de roupas, que permite ao consumidor acompanhar desde a colheita no campo até a confecção da roupa. Além disso, na última safra, 34% dos defensivos químicos foram substituídos por biológicos, segundo a Abrapa. Apesar de ser chamado de sustentável, esse tipo de algodão não é 100% orgânico porque ainda é uma das culturas com maior uso de agroquímicos, mais que o dobro da soja por hectare. Schetino cita a praga do gorgulho, inseto que se alimenta dos botões do algodoeiro, e a falta de produtos biológicos para combatê-la, entre os motivos. "Ainda depende-se muito de insumos sintéticos e vários deles são sim impactantes do ponto de vista ambiental", resume a professora. Uma meta ambiciosa No Brasil, são cultivados aproximadamente 1,6 milhão de hectares de algodão para uma produção de quase 2,4 milhões de toneladas na última safra. China, Vietnã, Paquistão e Turquia são os principais compradores desse material para a indústria têxtil. Depois de ter multiplicado por 15 o volume de exportações nos últimos 20 anos, a Abrapa trabalha com a ambiciosa meta de tornar o Brasil o maior exportador em 2030. Dessa forma, Goldschmidt confia que se o país "ainda não é bem visto" do ponto de vista ambiental, esse momento chegará.   Leia Mais: Com modelo 'sustentável', Brasil acelera na corrida do algodão | Brasil: Diario de Pernambuco Brasil inova na produção de algodão com modelo sustentável | ND Mais Mídia: Diário de Pernambuco – 11/08/2022

Congresso do Algodão proporcionará conexões com temas atuais e demandas do setor algodoeiro
12 de Agosto de 2022

Produtores, pesquisadores, empresários e influentes lideranças do setor cotonicultor se reunirão entre os dias 16 e 18 de agosto, em Salvador, no 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA). Serão ciclos de palestras para discutir temas da atualidade no mercado da pluma, os desafios e as perspectivas da fibra brasileira. A programação diversificada tratará ainda de tendências, políticas para o setor, pesquisa, uso da tecnologia e da inovação para melhor gerir as fazendas. A cerimônia de abertura, às 9h, do dia 16, será feita pelo presidente da entidade organizadora do evento, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato. O tema desta edição será “Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial". A expectativa de Busato é de que seja um debate assertivo sobre os desafios e oportunidades da cotonicultura do País. "A cada nova edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), nós, produtores, através da Abrapa, nos preparamos para fazer se não o maior, o melhor, desde o primeiro, realizado em 1997. Nesta edição, não será diferente e por isso focamos em uma programação diversificada que atenda a diferentes interesses”, disse Busato. O evento é o principal encontro da cadeia produtiva do algodão e esta é a segunda vez que se realiza na Bahia, segundo maior produtor nacional da pluma. Reconhecidos nomes estarão presentes nas Plenárias, Salas Temáticas e Workshops nos dias do encontro, no Centro de Convenções da capital baiana. Até o momento, mais de 2.450 congressistas se inscreveram para participar dos painéis e acompanhar os diferentes assuntos que serão tratados pelos 121 palestrantes convidados. Toda a programação do 13º CBA está disponível no site  http://congressodoalgodao.com.br  ou pelo aplicativo Congresso do Algodão, basta fazer download nos sistemas Android e IOS.