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Painel apresenta novas ferramentas para o controle de pragas
17 de Agosto de 2022

A evolução dos controles biológicos já é uma realidade nas lavouras. Por isso, o 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) preparou um painel específico, voltado para o tema que desperta cada vez mais interesse do setor produtivo. Os congressistas conheceram os procedimentos para prospecção de microrganismos, o uso de feromônios e do silenciamento genético com a tecnologia RNA interferente (RNAi). Tudo isso sob a coordenação de Rafael Pitta, membro da Comissão Científica do CBA. A programação foi iniciada com a pesquisadora do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Jéssica Oliveira, que falou sobre o trabalho de prospecção de microrganismos que explora os agentes existentes dentro do próprio ambiente para atender às necessidades comerciais, tecnológicas e de pesquisa. Eles são encontrados no solo, em fontes de água, nas plantas e insetos por meio de coletas estratégicas, considerando a diversidade metabólica, redundância funcional e resiliência do ambiente prospectado. "Dessa forma temos uma abrangência de microrganismos com variabilidade genética. Mas a atividade não é tão simples. É preciso fazer a busca gênica, incluindo nichos específicos para alcançar um resultado mais eficaz", esclareceu Jéssica, ao apresentar todas as etapas para a realização de uma prospecção adequada de microrganismos e os bioensaios feitos no IMAmt, salientando que as ações são reguladas pela Lei de Acesso ao Patrimônio Genético. Na produção em larga escala, o líder de Pesquisa & Desenvolvimento da Provivi do Brasil, Tederson Galvan, abordou os avanços no uso de feromônios para o manejo de pragas. "Os feromônios são moléculas químicas que atuam na comunicação entre seres vivos, sendo divididos em grupos por função. Na agricultura, são usados para monitoramento em armadilhas e controle de pragas, promovendo a mudança comportamental entre machos e fêmeas", explicou Galvan, detalhando que a ferramenta ocasiona uma confusão sexual, impedindo o acasalamento. "Isso já tem décadas de uso, principalmente, em culturas de alto valor agregado nos EUA, com redução significativa das pragas". Entre as vantagens da ferramenta, Galvan destacou a preservação da biodiversidade porque o feromônio não mata; a resistência por atuar em dois organismos diferentes; e a redução da poluição do meio ambiente já que é um produto natural. Encerrando a temática, o pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, trouxe informações sobre a descoberta científica do mecanismo RNA interferente (RNAi), considerada uma das mais importantes dos últimos 20 anos. "Em resumo é um desligamento de genes específicos. Mas é um mecanismo complexo e o destaque dessa opção é a versatilidade e eficiência com potencial de aplicação no manejo fitossanitário das lavouras e na supressão de genes envolvidos em mecanismos de resistência", detalhou Nepomuceno, explicando que existe uma grande corrida em todo o mundo para aprimorar a ferramenta e ampliar seu uso.

Para especialistas reunidos no 13º Congresso Brasileiro do Algodão, adoção de práticas ESG está guiando os novos rumos dos mercados mundiais
17 de Agosto de 2022

Definida como um conjunto de boas práticas que vem sendo adotado pelas organizações para comprovar sua solidez e garantir um crescimento sustentável, a ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) foi o tema em destaque na segunda Plenária Master, desta quarta-feira (17), no 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que se realiza no Centro de Convenções de Salvador. Participaram das discussões a head research ESG da XP, Marcella Ungaretti, o diretor executivo e gerente geral de Sustentabilidade do Instituto Lojas Renner, Eduardo Ferlauto, e o professor e o fundador da consultoria Ideia Sustentável, Ricardo Voltolini. ESG é a sigla em inglês para os termos ambiental, social e governança e é utilizado para definir quanto uma empresa tenta minimizar seus impactos no meio ambiente e contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e responsável. Ricardo Voltolini abriu a plenária falando sobre o crescimento da pressão da ESG sobre as empresas. Ele atribui essas mudanças a alguns fatores específicos como a ascensão dos “millennials”. “Essa turma já domina 27% dos negócios mundiais e já cresceu impactada pelas questões ambientais e a diversidade”, afirmou. Outro fator destacado pelo consultor é o que ele chama de esgarçamento dos limites da temperatura mundial. “Empresas de todo mundo têm sofrido pressão para redução da emissão de carbono. O Brasil que hoje é o quarto emissor mundial de gás de efeito estufa é um dos países signatários do acordo da ONU para alcançar nas próximas décadas a meta de parar de emitir carbono”. Voltolini ressaltou que é uma tendência global entre os grandes investidores ampliar seus orçamentos destinados à ESG. Para ele, a sigla impulsiona um movimento diferente. “Hoje, negócios bons são éticos. Daqui para frente, os consumidores vão comprar de empresas que ajam como cidadãos éticos”, defende Voltolini. Para Marcella Ungaretti, quando se fala em investimento, a integração ESG permite uma avaliação das empresas de forma holística, indo além das tradicionais métricas econômico-financeiras. “A adoção de princípios ESG na análise de empresas nos permite trazer para mesa de discussão questões que, além de serem fatores cruciais para o bem da sociedade, manutenção do planeta e construção de um mundo melhor, afetam diretamente os resultados das empresas. Na nossa visão, as empresas vencedoras serão aquelas cujo comportamento em relação às questões ambientais, sociais e de governança são colocadas em primeiro plano”, disse a representante da XP. Ela também chamou a atenção para o crescimento da adoção das práticas relacionadas à ESG. “Embora as discussões acerca dos princípios ESG tenham ganhado notoriedade recentemente no Brasil, quando olhamos ao redor do mundo fica evidente que a consideração dos fatores ESG nos investimentos não vem de hoje e, mais importante do que isso, que não se trata de uma tendência, mas sim, de uma realidade. Globalmente, mais de US$ 35 trilhões em ativos sob gestão são gerenciados por fundos que definiram estratégias sustentáveis, o que já representa 35,9% do total de ativos geridos no mundo, dos quais mais de US$ 17 trilhões estão nos EUA, com o país representando 50% do total de investimentos sustentáveis no mundo”.  Ao fazer sua apresentação na Plenária Master, o diretor do Instituto Lojas Renner deu destaque ao trabalho do grupo, que hoje conta com mais de 600 lojas, para desenvolver uma estratégia sustentável, com menor impacto no meio ambiente e maior responsabilidade social. No que definiu como estratégia de moda sustentável, Ferlauto ressaltou que as iniciativas, princípios e políticas comprometidas com o desenvolvimento sustentável compõem o alicerce do nosso trabalho”.  Explicou a ainda que a área de sustentabilidade do grupo é dividida em três pilares, incluindo o trabalho do Instituto Renner: economia circular e meio ambiente; governança e responsabilidade social e cadeia de valor responsável. “Hoje, 70% de nossa parte têxtil já adquirida exclusivamente no Brasil. Também já chegamos ao uso de quase 100% de algodão certificado”, afirmou Ferlauto.

Plenária Master aborda futuro da cotonicultura brasileira
17 de Agosto de 2022

Bastante concorrida e com o auditório lotado, a primeira Plenária Master do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) trouxe um panorama da cotonicultura brasileira com os presidentes da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel e da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Busato. Os três falaram sobre "Os desafios e as perspectivas do algodão brasileiro. A evolução do setor nas duas últimas décadas". Para eles, a cotonicultura brasileira já produz com tecnologia, responsabilidade socioambiental e demais requisitos importantes para tornar o país um grande competidor no mercado internacional. "Continuamos a consolidar a pluma brasileira nos principais mercados consumidores por meio de um produto de qualidade, com nível de competitividade elevado, regularidade no fornecimento e preço favorável", destacou Faus. "Mas ainda há grande volatilidade no mercado do algodão e isso nos inquieta", ponderou o presidente da Anea, afirmando que, apesar dos problemas relacionados à logística e o enfrentamento da recessão econômica, é preciso recuperar o mercado perdido para as fibras sintéticas e alcançar a tão sonhada posição de liderança em exportação do algodão. Nesse contexto, o 13º CBA é uma oportunidade de atualização, debates e avanços para o segmento. Na avaliação do presidente da Abit, Fernando Pimentel, é um momento importante de discussão dos temas relacionados não apenas à cotonicultura, mas também à rede de produção brasileira de têxteis e confeccionados. "O algodão é a principal matéria-prima transformada em território nacional pela indústria brasileira, mas, os desafios e as perspectivas econômicas nesse novo cenário mundial, impactado pela guerra e aumento no preço de insumo, podem afetar a rota de crescimento do setor", alertou. "Ainda assim, nossa expectativa é de que as curvas da indústria e do varejo melhorem e sejam mais favoráveis nesse segundo semestre de 2022". Segundo Pimentel, as perspectivas serão animadoras quando os acordos internacionais de comércio entrarem em efetiva operação e a reforma tributária realmente acontecer para reequilibrar o preço pago pela indústria paga. Grande incentivador do setor produtivo, o presidente da Abrapa, Júlio Busato, lembrou que o mercado internacional foi surpreendido, nos últimos 20 anos, pela retomada da cotonicultura brasileira. "Temos um objetivo maior de tornar o Brasil o maior exportador e maior produtor mundial de algodão, mas ainda temos um enorme dever de casa com a logística", disse Busato, satisfeito com o trabalho de valorização do algodão feito em conjunto com todos os setores produtivos. "Nossa perspectiva futura é disputar o mercado com os EUA que são extremamente organizados". Mediada pelo engenheiro agrônomo, professor e sócio-fundador da Markestrat Group, Marcos Fava, a Plenária Master deixou uma mensagem de otimismo e novas possibilidades para os congressistas participantes do 13º CBA. "A cadeia produtiva do algodão brasileiro tem conseguido se superar ao longo dos últimos 20 anos. Décadas de investimentos e aprendizados levaram o País a estar em posição de destaque mundialmente, obtendo um resultado de excelência desde a matéria-prima até a entrega do produto final ao consumidor" apontou Fava. "Agora, seguindo neste caminho, a cotonicultura se mantém integrada, as perspectivas de produção de toda a cadeia melhoram. Por isso, faço um convite aos produtores, de caminharmos juntos para sermos os melhores e maiores na produção e exportação de algodão".

Os desafios e as perspectivas do algodão brasileiro no cenário mundial
17 de Agosto de 2022

Com o mesmo tema dessa 13ª edição do Congresso do Algodão Brasileiro (CBA) - "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial" - a segunda Plenária trouxe nesta terça, dia 16, o pesquisador e professor sênior de agronegócio global do Insper, Marcos Jank, para falar sobre o algodão brasileiro no mercado mundial. Apesar de todas as turbulências e incertezas vividas no mercado internacional, as perspectivas são otimistas para o setor. O Brasil cresce quase 10% ao ano em produtividade e ocupa o segundo lugar no ranking mundial de exportações do algodão, com 72% da produção exportada para a Ásia. O momento pós-pandemia pode ser de grandes oportunidades para o setor visto que o agronegócio explodiu em crescimento com preços atingindo o maior nível da história. Entre os fatores desse crescimento, estão os preços internacionais em alta, o aumento da demanda global, especialmente, na Ásia e na China, o impacto da peste suína, os estoques mundiais baixos e a desvalorização cambial. Somado a isso, o professor acredita que o grande fenômeno dessa década será o avanço da agricultura na área de pastagem. O Brasil possui cerca de 160 milhões de hectares de pastagens que podem ser utilizadas. "Falo de um sistema integrado que nos permite fazer mais de uma safra agrícola. É a dádiva do trópico. Temos potencial de intensificar a pecuária e ampliar a segunda safra", acredita. Contudo, o segmento deve estar atento aos fatores de risco, tais como inflação de alimentos no mundo e perda do poder aquisitivo pós-Covid, custos altos de insumos, mudanças climáticas, entre outros. Entre os grandes desafios do algodão brasileiro no mundo, o palestrante destacou a crescente competição com fibras artificiais, como o poliéster, além da necessidade de desenvolver e defender os mercados. "Não é só ser o maior, temos que ser o maior e o melhor", sinaliza ele, que acredita que a grande meta para 2030 é a consolidação do Brasil como o grande exportador mundial de algodão. Para atingir essa meta será necessário manter o foco na Ásia que ainda é o destino de mais de 90% das exportações de algodão, investir no potencial de produtividade e da segunda safra, ampliar o market-share nos mercados-destino, focar em cada mercado relevante com estratégias individuais customizadas e estimular as parcerias e acordos comerciais entre os governos da China, Asean e Sul da Ásia. Especialistas, produtores, pesquisadores e representantes de empresas brasileiras e internacionais estarão reunidos até o dia 18 de agosto no Centro de Convenções de Salvador para tratar de tendências, políticas para o setor, pesquisa, tecnologia, sustentabilidade e inovação no segmento do algodão. O CBA é organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e tem o apoio de várias instituições e empresas.

Algodão aposta na ciência, na pesquisa e na inovação para assegurar o futuro
17 de Agosto de 2022

O futuro da cotonicultura e a importância da pesquisa e da inovação na consolidação da cadeia produtiva do algodão foi o que norteou o debate dos painelistas Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e Aurélio Pavinato, diretor-presidente do grupo SLC, na Sala Temática 6 "Ciência, pesquisa e inovação: incentivar hoje para assegurar o futuro". Busato, que também coordenou o painel, trouxe para as discussões o grande legado do setor que foi entender a necessidade de trabalho conjunto para o crescimento da cultura. "Precisávamos nos unir e fizemos isso, por meio da parceria com instituições e órgãos de pesquisa e, hoje, somos o segundo exportador de algodão do mundo e o quarto em produção. Então, a tecnologia aplicada foi fundamental para nosso crescimento", afirmou o presidente da Abrapa. Para ele, o desafio será aliar ações e juntar esforços entre o poder público e a iniciativa privada para crescer mais e de maneira sustentável. Para falar sobre as políticas públicas como instrumento de desenvolvimento do País, o CBA trouxe o presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Ele abordou a importância do estímulo da ciência e da tecnologia no agro, em todas as áreas do conhecimento e de todas as culturas. O CNPq tem, segundo Vilela, uma ligação muito forte com a ciência brasileira, com os pensadores do Brasil e cada vez mais busca trabalhar a ciência em benefício da produção geral do País. Ele mostrou, por meio da sua explanação, que o Brasil evolui no desafio de produzir ciência em parceria com os produtores. "Nós fizemos uma ciência robusta no País, publicamos muito, mas ainda precisamos ir além disso, precisamos resolver problemas, trazer soluções a partir do conhecimento gerado pela ciência brasileira", destacou. A cultura do algodão exige tecnologia e isso vem de fora do país. De acordo com ele, na medida em que se inova dentro do Brasil, será possível empregar talentos e impulsionar a tecnologia nacional. "Pagaremos em real e venderemos em dólar. O CNPq tem investido a cada ano no incentivo à pesquisa e à inovação, esse é o caminho", disse. O diretor-presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, por sua vez, trouxe a experiência da SLC Agrícola para o congresso. Destacou o papel da pesquisa no desenvolvimento do setor e como ela ajuda na estratégia para mitigar riscos no agronegócio. Ele fez uma conexão entre a demanda que a sociedade gera por produtos agrícolas e os desafios do agro em atender essa necessidade no Brasil e internacionalmente. "Trouxe a experiência da empresa, como visualizamos essa evolução, as perspectivas e o que vem pela frente para os próximos anos. Eu vejo que o sucesso do futuro vem através da inovação para aumentar a produtividade, evoluir no sistema de manejo das culturas, aumentando a sustentabilidade do sistema produtivo", ressaltou. Leia Mais: Algodão aposta na ciência, na pesquisa e na inovação para assegurar o futuro – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br) Mídia: Campo & Negócios – 17/08/2022

Congresso Brasileiro do Algodão discute produção da pluma no país em cenário mundial
17 de Agosto de 2022

Ao som dos tambores do Projeto Social e Banda Didá, com programação diversificada e 2.500 participantes, o 13º Congresso Brasileiro de Algodão (CBA) reúne de hoje (16) até a próxima quinta-feira (18), no Centro de Convenções de Salvador, todos os setores da cadeia produtiva da pluma para discutir as demandas do mercado algodoeiro no Brasil e no mundo com 121 palestrantes. Considerado o maior evento da cotonicultura nacional e organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), nesta 13ª edição, o CBA traz como tema principal "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial", afinal, as mudanças impostas após dois anos de pandemia exigiram de lideranças, produtores, pesquisadores e empresários do algodão estratégias diferenciadas para acompanhar as tendências e atender às exigências dos consumidores. Desde 1997, a Abrapa realiza o CBA, superando números e expectativas dos participantes. Durante a cerimônia de abertura oficial do evento, o presidente, Júlio Busato, ressaltou a força da pluma brasileira. "Estou muito feliz em rever cada um de vocês após três anos de distanciamento. Há muito tempo deixamos de ser um simples mercado de oportunidade e nos tornamos supridores eficientes, oferecendo um algodão sustentável, qualificado, com rastreabilidade, escala e constância", avaliou. "Além disso, temos um produto de extrema importância socioeconômica para o Brasil que nos garante lugar privilegiado no cenário internacional", enfatizou Busato. Quarto produtor mundial de algodão, o Brasil tem a meta arrojada de colocar o país no topo do ranking internacional de exportação da pluma até 2030. Entre os maiores produtores estão Índia, China e Estados Unidos. Cerca de 63% do algodão do país é produzido em segunda safra; 93% em sequeiro, 42% da pluma é licenciada BCI (Better Cotton) e 84% têm certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR). O Brasil é o único no mundo que certifica as unidades de beneficiamento (algodoeiras), totalizando 266 usinas no país, com quase 30% certificadas em 2021. Também presente ao evento, o ministro da Agricultura, Marcos Montes fez questão de destacar a participação do agro como segmento impulsionador da economia brasileira. "O Brasil sempre foi um país do olhar para frente. E, junto com ele, o agronegócio respondeu, reagiu e se comprometeu ainda mais com o nosso futuro. E como hoje nós temos liberdade para produzir, acredito que, em 10 anos, seremos o maior exportador mundial de algodão", disse Montes, deixando sua mensagem de reconhecimento e confiança aos produtores de algodão. "Vocês estarão junto conosco como os grandes responsáveis por colocar o Brasil como protagonista no cenário mundial". Representando o Governo da Bahia, o secretário de Agricultura, Irrigação, Pesca e Aquicultura, Leonardo Bandeira, deu as boas-vindas aos congressistas, salientando que é hora de expandir conhecimento e tecnologia e estabelecer novos planejamentos desde a matéria-prima até o comércio para alcançar mercados. "É gratificante observar que o agro, especialmente o algodão, não parou, mesmo diante de todas as dificuldades impostas pela pandemia. Na Bahia, temos apoiado incansavelmente a cotonicultura por entender sua importância econômica e social". A cerimônia de abertura contou ainda com a presença da Diretora de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), Marième Fall. "A OMC tem particular interesse em supervisionar o comércio internacional do algodão em função das diversas populações ligadas ao setor no mundo inteiro. Nosso compromisso é restabelecer os níveis de igualdade comercial, garantindo que todos os produtores sejam beneficiados", pontuou a diretora, que pela primeira vez participa de um evento internacional sobre o algodão. Ao lado dela, o embaixador Ruy Carlos Pereira, diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), defendeu o desenvolvimento alcançado pela cotonicultura nos últimos 20 anos. "Vejo com alegria e satisfação o extraordinário avanço produtivo do segmento, de absoluta importância para a economia brasileira. E nosso trabalho é, justamente, espelhar esse esforço para além-fronteiras, para que o Brasil assuma uma posição de relevância cada vez maior".   Leia Mais: Congresso Brasileiro do Algodão discute produção da pluma no país em cenário mundial – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br) Mídia: Campo & Negócios – 17/08/2022

Mudança no paradigma mundial e incertezas políticas ameaçam a economia em 2023
17 de Agosto de 2022

As perspectivas para 2023 em meio aos impactos das turbulências no cenário geopolítico internacional e as incertezas de um ambiente doméstico marcado pela polarização, há menos de dois meses das eleições presidenciais, dominaram as discussões de uma das principais plenárias da programação na manhã desta quarta-feira (17), do 13o Congresso Brasileiro do Algodão, que reúne os principais atores da cadeia produtiva do setor, no Centro de Convenções de Salvador. No palco do evento, os economistas Mailson da Nóbrega, Zeina Latif e Sérgio Vale debateram os “Desafios e perspectivas econômicas do novo cenário mundial”, com a mediação do jornalista William Waack. Logo no início da plenária, a primeira pergunta de Waack foi sobre a visão de cada especialista acerca do horizonte econômico para o próximo ano.  “Sabemos que todo o ano de eleições é um ano de risco de desarrumação da política econômica, mas o que podemos dizer é que independente do candidato eleito, as perspectivas para a nossa economia em 2023 vão depender da capacidade deste presidente de arrumar a casa, negociando e estabelecendo prioridades com o Congresso, afirmando compromisso com disciplina fiscal, gestão dos custos e agenda de reformas”, resumiu a ex-economista chefe da XP Investimentos e hoje sócia da Gibraltar Consulting, Zeina Latif. Neste mesmo contexto, o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, aproveitou para ressaltar que a “arrumação da casa” depende da capacidade do país de ter também “uma casa política arrumada”. “Nós vivemos um grau de polarização política que é muito ruim para a economia: é preciso começar a articular saídas e equacionar minimamente os conflitos, buscando um pouco mais de centralidade e sentido de conciliação”, defendeu o economista. Já Mailson da Nóbrega chamou atenção, entre outras coisas, para a mudança de paradigma no cenário mundial, com riscos geopolíticos de grande impacto para a cadeia de suprimentos. “Nos próximos anos, teremos um mundo menos eficiente, com inflações e juros mais altos, além de uma capacidade de crescimento mais lenta”, sentenciou o ex-ministro de Economia, sem deixar de trazer uma perspectiva otimista para o cenário local. “O Brasil é o país da América Latina que reúne as melhores condições estruturais não só para enfrentar este cenário desafiador como tirar partido dele e conseguir navegar mesmo diante de uma eventual piora da situação”, sentenciou.

Congresso Brasileiro do Algodão discute produção da pluma no país em cenário mundial
17 de Agosto de 2022

Ao som dos tambores do Projeto Social e Banda Didá, com programação diversificada e 2.500 participantes, o 13º Congresso Brasileiro de Algodão (CBA) reúne de hoje (16) até a próxima quinta-feira (18), no Centro de Convenções de Salvador, todos os setores da cadeia produtiva da pluma para discutir as demandas do mercado algodoeiro no Brasil e no mundo com 121 palestrantes. Considerado o maior evento da cotonicultura nacional e organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), nesta 13ª edição, o CBA traz como tema principal "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial", afinal, as mudanças impostas após dois anos de pandemia exigiram de lideranças, produtores, pesquisadores e empresários do algodão estratégias diferenciadas para acompanhar as tendências e atender às exigências dos consumidores. Desde 1997, a Abrapa realiza o CBA, superando números e expectativas dos participantes. Durante a cerimônia de abertura oficial do evento, o presidente, Júlio Busato, ressaltou a força da pluma brasileira. "Estou muito feliz em rever cada um de vocês após três anos de distanciamento. Há muito tempo deixamos de ser um simples mercado de oportunidade e nos tornamos supridores eficientes, oferecendo um algodão sustentável, qualificado, com rastreabilidade, escala e constância", avaliou. "Além disso, temos um produto de extrema importância socioeconômica para o Brasil que nos garante lugar privilegiado no cenário internacional", enfatizou Busato. Quarto produtor mundial de algodão, o Brasil tem a meta arrojada de colocar o país no topo do ranking internacional de exportação da pluma até 2030. Entre os maiores produtores estão Índia, China e Estados Unidos. Cerca de 63% do algodão do país é produzido em segunda safra; 93% em sequeiro, 42% da pluma é licenciada BCI (Better Cotton) e 84% têm certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR). O Brasil é o único no mundo que certifica as unidades de beneficiamento (algodoeiras), totalizando 266 usinas no país, com quase 30% certificadas em 2021. Também presente ao evento, o ministro da Agricultura, Marcos Montes fez questão de destacar a participação do agro como segmento impulsionador da economia brasileira. "O Brasil sempre foi um país do olhar para frente. E, junto com ele, o agronegócio respondeu, reagiu e se comprometeu ainda mais com o nosso futuro. E como hoje nós temos liberdade para produzir, acredito que, em 10 anos, seremos o maior exportador mundial de algodão", disse Montes, deixando sua mensagem de reconhecimento e confiança aos produtores de algodão. "Vocês estarão junto conosco como os grandes responsáveis por colocar o Brasil como protagonista no cenário mundial". Representando o Governo da Bahia, o secretário de Agricultura, Irrigação, Pesca e Aquicultura, Leonardo Bandeira, deu as boas-vindas aos congressistas, salientando que é hora de expandir conhecimento e tecnologia e estabelecer novos planejamentos desde a matéria-prima até o comércio para alcançar mercados. "É gratificante observar que o agro, especialmente o algodão, não parou, mesmo diante de todas as dificuldades impostas pela pandemia. Na Bahia, temos apoiado incansavelmente a cotonicultura por entender sua importância econômica e social". A cerimônia de abertura contou ainda com a presença da Diretora de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), Marième Fall. "A OMC tem particular interesse em supervisionar o comércio internacional do algodão em função das diversas populações ligadas ao setor no mundo inteiro. Nosso compromisso é restabelecer os níveis de igualdade comercial, garantindo que todos os produtores sejam beneficiados", pontuou a diretora, que pela primeira vez participa de um evento internacional sobre o algodão. Ao lado dela, o embaixador Ruy Carlos Pereira, diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), defendeu o desenvolvimento alcançado pela cotonicultura nos últimos 20 anos. "Vejo com alegria e satisfação o extraordinário avanço produtivo do segmento, de absoluta importância para a economia brasileira. E nosso trabalho é, justamente, espelhar esse esforço para além-fronteiras, para que o Brasil assuma uma posição de relevância cada vez maior".