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Paz no campo foi o tema da reunião do IPA, presidida por Júlio Busato
26 de Abril de 2023

O ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, comandou, na terça-feira (25), em Brasília, sua primeira reunião como presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA). O titular do cargo, Nilson Leitão, não pôde comparecer ao evento devido a outros compromissos anteriormente assumidos. Neste dia, o tema da paz no campo, contra as recorrentes invasões de terra no Brasil, foi o foco das discussões do foro, que congrega representantes do agronegócio brasileiro, debate e elenca as pautas prioritárias, e subsidia com informações a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Empossado em fevereiro deste ano, Busato é vice-presidente do IPA e já foi presidente da Abrapa, no biênio 2021/2022. Anteriormente, presidiu a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), dentre outras entidades de representação do agro no Brasil. ""Os assuntos tratados foram, basicamente, as ações que os governadores estão tomando a respeito das invasões de terras produtivas, e a questão do marco temporal das reservas dos indígenas"", afirmou Busato, que, com os membros do IPA, teve, no mesmo dia, um encontro com a Frente Parlamentar. Segundo o vice-presidente do IPA, os governadores Ratinho Júnior (Paraná), Ronaldo Caiado (Goiás) e Mauro Mendes (Mato Grosso), além de representantes dos governos do Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins, foram unânimes na cobrança por medidas emergenciais que possam acabar com a insegurança da população rural. Para o presidente da Frente Parlamentar, o deputado federal Pedro Lupion, o problema afeta todo o país e gera ampla preocupação. Também estiveram presentes à reunião o diretor de Relações Institucionais do estado do Piauí, Erick Elysio, a secretária-executiva do Escritório de Representação do Governo do Rio Grande do Sul, Patrícia Kotlinski, e o secretário da Agricultura e Pecuária do Tocantins, Jaime Café de Sá. Todos reafirmaram o compromisso com a pacificação no campo e a segurança da população rural. Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064

Abrapa encerra missão pela Ásia com evento na Coreia do Sul
26 de Abril de 2023

A Missão Vendedores, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), encerrou os compromissos na Ásia, nesta segunda (24), com a realização do Cotton Brazil Outlook em Seul, Coreia do Sul. Oitavo maior importador de pluma brasileira, o país é um importante centro de decisão da indústria têxtil mundial, com várias empresas sul-coreanas localizadas em mercados como China, Vietnã, Indonésia, Bangladesh e México. Em 2021/22, a Coreia do Sul importou 41 mil toneladas da pluma brasileira, o que corresponde a 2% do total exportado pelo Brasil. No atual ano comercial, ainda em andamento, foram 28 mil toneladas, também 2% do total. ""A missão na Ásia foi um sucesso. Hoje, celebramos com nossos clientes sul-coreanos a oportunidade de mostrar o que temos de melhor, no Brasil, na produção do algodão: sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade"", avaliou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. Parceria com a Spinners and Weavers Association of Korea (Swak), a associação da indústria têxtil local, levou ao Cotton Brazil Outlook as principais lideranças coreanas do setor. Além disso, a embaixadora do Brasil na Coreia do Sul, Marcia Donner, e o representante da Apex-Brasil na Ásia, Rodrigo Gedeon, reforçaram a qualidade do trabalho dos produtores brasileiros de algodão. ""Reencontramos membros da Missão Compradores, que estiveram no Brasil no ano passado conhecendo in loco a nossa produção, e deram testemunhos excelentes sobre o produto"", contou Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa. Baseada em três pilares (qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade), a produção do algodão brasileiro foi detalhada durante a apresentação aos industriais sul-coreanos. Entre os destaques, a informação de que, no Brasil, 100% da produção nacional é aferida por laboratórios de High Volume Instrument (HVI). Outro dado que chamou atenção é o percentual de 86% do algodão produzido ter certificação socioambiental na safra 2021/22. ""O Brasil percorreu um longo caminho em pouco tempo. E ainda há um grande potencial para expansão da área e para a melhoria da produtividade, o que, por sua vez, aumentará a capacidade de exportação"", frisou Miguel Faus, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Ele ainda ressaltou a necessidade de toda a cadeia trabalhar para educar consumidores sobre os benefícios do algodão em relação à fibra sintética e seu menor impacto no meio ambiente. A Missão Vendedores integra o escopo do programa Cotton Brazil, criado em 2019, pela Abrapa para promover o algodão brasileiro em escala global. A iniciativa tem parceria com a Apex-Brasil e recebe apoio da Anea.

Pé na lavoura
25 de Abril de 2023

​A Calvin Klein é uma marca que tem o algodão como insumo principal de quase tudo o que produz: a fibra participa com 70%, dentre todas as matérias-primas que ela processa. Por isso, nada mais natural que ver de perto como se dá a produção de algodão, no modelo moderno, sustentável e produtivo, típico da cotonicultura brasileira. Na semana passada, representantes da CK, de dentro e de fora do Brasil, visitaram a fazenda Samambaia, certificada pelo ABR, do produtor Carlos Moresco, em Luiziânia/GO. Para saber ainda mais, o grupo visitou a sede da Abrapa, em Brasília, onde foram feitas apresentações sobre a cotonicultura nacional e os programas da Abrapa, que vêm contribuindo para o fortalecimento da atividade e para a ampliação de mercado para o produto. A diretora de Relações Internacionais, Silmara Ferraresi, e o gestor de Sustentabilidade, Fábio Carneiro, receberam o time da área de Responsabilidade Corporativa da grife, formado por Karin Reimerink, Daniela Cunha, Fernanda Suzuki e Renata Antunes.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
14 de Abril de 2023

Destaque da Semana – O relatório de oferta e demanda de terça-feira do USDA não trouxe grandes surpresas para o mercado de algodão. Demanda ainda fraca e dólar em queda com possibilidade de redução de juros nos EUA. Algodão em NY 1 – O contrato Mai/23 fechou ontem a 83,35 U$c/lp (+2,8%). Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 82,88 U$c/lp (+1,5%) e o Dez/24 a 78,51 (-0,3%) para a safra 2023/24. Preços (13/04), o algodão brasileiro estava cotado a 95,25 U$c/lp (+125 pts) para embarque em Abr-Mai/23 (Middling 1-1/8"" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 97,25 U$c/lp (+50 pts). Altistas 1 – Apesar do sul do Texas ter recebido boas chuvas esta semana, a principal região produtora do estado (oeste) continua muito seca. Altistas 2 – Inflação nos EUA está em queda, o que sugere que o Fed pode moderar sua política de juros altos.  O índice de preços ao produtor de março caiu 0,5%, mês a mês, contra as expectativas de dados estáveis. Baixistas 1 – Enquanto o empréstimo de US$ 1,1 bilhão não é aprovado, o Paquistão continua com dificuldades para importar algodão. Baixistas 2 – A demanda das fiações continua desapontando, principalmente com os novos patamares de preço acima de 80 cents em NY. As indústrias alegam que a demanda por fios ainda está fraca e que a relação de troca algodão x fio está ruim. Plantio - O plantio do algodão no hemisfério Norte segue avançando.  Enquanto em Xinjiang (China) o plantio segue em ritmo mais rápido que ano passado, nos EUA está um pouco mais lento neste início. Oferta e Demanda 1 - Relatório do USDA de Abril divulgado esta semana aumentou a safra mundial em 180 mil tons, para 25,24 milhões de tons, com destaque para aumento na safra chinesa (+218 mil). Oferta e Demanda 2 - Em termos de consumo global, o órgão estimou um aumento de 14 mil tons, para 23,99 milhões, com a China aumentando em 109 mil tons, enquanto o Paquistão e a Turquia diminuíram em 44 mil tons cada. Oferta e Demanda 3 - Os estoques finais mundiais aumentaram em 189 mil tons, para 20,03 milhões. A relação estoque-uso global sobe para 84% (1 p.p. acima da última estimativa para 22/23 e 10 p.p acima de 21/22). Oferta e Demanda 4 - Os números detalhados estão no relatório enviado em anexo. Missão Vendedores 1 - De 15 a 26 de abril, cotonicultores e exportadores brasileiros estarão na China e na Coreia do Sul em uma ação de promoção internacional para reforçar os laços comerciais entre os países. Missão Vendedores 2 - Denominada “Missão Vendedores”, a iniciativa é promovida pela Abrapa para aproximar ainda mais quem produz e exporta de quem transforma a pluma em fios e tecidos para o mercado têxtil global. Missão Vendedores 3 - O ponto alto será a realização de quatro edições do evento “Cotton Brazil Outlook”. Missão Vendedores 4 - Na China, receberão o simpósio as cidades de Shanghai, Zhengzhou e Pequim. Já na Coreia do Sul, a capital, Seul, será sede do evento. Missão Vendedores 5 - A missão faz parte do programa de desenvolvimento de mercados da Abrapa, o Cotton Brazil. Além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), há parceria da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). EUA - De acordo com o USDA/NDMC (11/abr), 40% da área americana permanece em condições de seca, concentradas especialmente no estado do Texas. Capacitação - Nesta semana, a Abrapa capacitou inspetores das UBAs da região do Matopiba em encontro na Bahia. A iniciativa faz parte do processo de implementação do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro. Safra 2022/23 - De acordo com o 7º levantamento da safra 2022/23, divulgado ontem (13/04) pela Conab, a área plantada de algodão foi estimada em 1,633 milhão de hectares (+2,1%) e a produção de pluma em 2,73 milhões de toneladas (+7,1%). Exportações - De acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou 16,7 mil tons de algodão na primeira semana de abril/23. A média diária de embarque foi 41,4% inferior quando comparado a abril/22. Semeadura 2022/23 - Plantio encerrado em todo o Brasil ontem (13/04). Beneficiamento 2021/22 - Encerrado desde 23/3. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 13-04 Final Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Produtores de algodão certificados pelo ABR, ABR-UBA e licenciados BCI terão crédito especial para compra de tecnologias Fendt
05 de Abril de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) comemorou, no dia 1º de maio, o anúncio de uma linha de crédito em condições especiais para cotonicultores certificados pelos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR), ABR-UBA (voltado às Unidades de Beneficiamento de Algodão) e licenciados pela Better Cotton Initiative (BCI). A iniciativa veio de uma empresa privada, a marca alemã de tecnologia em máquinas e equipamentos agrícolas Fendt, que, através do AGCO Finance, vai oferecer crédito para a aquisição dos seus produtos em CDC Moeda Estrangeira (euro ou dólar), com prazo máximo de 72 meses, CDC pré-fixado, com prazo de 60 meses, e CDC pós-fixado, com prazo de 84 meses, com taxas até 10% mais baixas que o padrão de mercado. A nova linha foi apresentada na maior feira de tecnologia agrícola do Brasil, a Agrishow, que é realizada em Ribeirão Preto/SP. Abrapa e Fendt já são parceiras no movimento Sou de Algodão, que valoriza a moda responsável no Brasil, promovendo o uso da fibra natural entre os players e consumidores finais da moda brasileira, tendo como linha-mestra o programa ABR. Para a companhia, a nova linha de crédito tem como propósito valorizar aqueles que adotam os mais altos níveis de sustentabilidade na lavoura. Segundo o diretor da Fendt na América do Sul, José Gali, o objetivo da empresa é contribuir para o desenvolvimento sustentável e a transformação da agricultura, em sua esfera de influência, por meio de ações concretas. “Isso inclui oferecer soluções tecnológicas e inovadoras, que ajudam a reduzir a pegada de carbono, e trazer condições atraentes de acesso aos equipamentos. Estamos empenhados em ser a primeira opção para quem se preocupa com agricultura de baixo carbono”, afirmou. De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, quando uma empresa, como a Fendt, cria condições especiais de financiamento para cotonicultores que participam dos programas de sustentabilidade da Abrapa e BCI, ela deixa claro os três pilares que compõem o conceito, o ambiental, o social e o econômico. “Além dos evidentes benefícios que as boas práticas estipuladas pelo ABR, ABR-UBA e BCI trazem à produção, ao impulsionar a produtividade, preservar os recursos naturais, como a água e o solo, e fomentar o desenvolvimento social, o produtor pode ainda ter vantagens adicionais, promovidas por companhias comprometidas com a atual e futuras gerações”, explica Schenkel, lembrando que, atualmente, o algodão brasileiro representa 42% de todo o algodão licenciado pela ONG suíça BCI, que é a referência global no reconhecimento de fibra produzida em padrões responsáveis. Ele também enfatizou que a produção de algodão nacional é quase toda (92%) feita sem irrigação, no regime de sequeiro. “Esperamos que este exemplo se multiplique em muitas outras iniciativas desta natureza, para que nosso país se consolide como referência mundial em produção sustentável de algodão e outras culturas”, finalizou Schenkel. Fonte:  Catarina Guedes Acesso em: https://www.sucessonocampo.com.br/produtores-de-algodao-certificados-pelo-abr-abr-uba-e-licenciados-bci-terao-credito-especial-para-compra-de-tecnologias-fendt/

Produtores de algodão certificados pelo ABR, ABR-UBA e licenciados BCI terão crédito especial para compra de tecnologias Fendt
02 de Abril de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) comemorou, no dia 1º de maio, o anúncio de uma linha de crédito em condições especiais para cotonicultores certificados pelos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR), ABR-UBA (voltado às Unidades de Beneficiamento de Algodão) e licenciados pelaBetter Cotton Initiative (BCI). A iniciativa veio de uma empresa privada, a marca alemã de tecnologia em máquinas e equipamentos agrícolas Fendt, que, através do AGCO Finance, vai oferecer crédito para a aquisição dos seus produtos em CDC Moeda Estrangeira (euro ou dólar), com prazo máximo de 72 meses, CDC pré-fixado, com prazo de 60 meses, e CDC pós-fixado, com prazo de 84 meses, com taxas até 10% mais baixas que o padrão de mercado. A nova linha foi apresentada na maior feira de tecnologia agrícola do Brasil, a Agrishow, que é realizada em Ribeirão Preto/SP. Abrapa e Fendt já são parceiras no movimento Sou de Algodão, que valoriza a moda responsável no Brasil, promovendo o uso da fibra natural entre os players e consumidores finais da moda brasileira, tendo como linha-mestra o programa ABR. Para a companhia, a nova linha de crédito tem como propósito valorizar aqueles que adotam os mais altos níveis de sustentabilidade na lavoura. Segundo o diretor da Fendt na América do Sul, José Gali, o objetivo da empresa é contribuir para o desenvolvimento sustentável e a transformação da agricultura, em sua esfera de influência, por meio de ações concretas. ""Isso inclui oferecer soluções tecnológicas e inovadoras, que ajudam a reduzir a pegada de carbono, e trazer condições atraentes de acesso aos equipamentos. Estamos empenhados em ser a primeira opção para quem se preocupa com agricultura de baixo carbono"", afirmou. De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, quando uma empresa, como a Fendt, cria condições especiais de financiamento para cotonicultores que participam dos programas de sustentabilidade da Abrapa e BCI, ela deixa claro os três pilares que compõem o conceito, o ambiental, o social e o econômico. ""Além dos evidentes benefícios que as boas práticas estipuladas pelo ABR, ABR-UBA e BCI trazem à produção, ao impulsionar a produtividade, preservar os recursos naturais, como a água e o solo, e fomentar o desenvolvimento social, o produtor pode ainda ter vantagens adicionais, promovidas por companhias comprometidas com a atual e futuras gerações"", explica Schenkel, lembrando que, atualmente, o algodão brasileiro representa 42% de todo o algodão licenciado pela ONG suíça BCI, que é a referência global no reconhecimento de fibra produzida em padrões responsáveis. Ele também enfatizou que a produção de algodão nacional é quase toda (92%) feita sem irrigação, no regime de sequeiro. ""Esperamos que este exemplo se multiplique em muitas outras iniciativas desta natureza, para que nosso país se consolide como referência mundial em produção sustentável de algodão e outras culturas"", finalizou Schenkel. 02.05.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064

Cotonicultores brasileiros celebram abertura de mercado egípcio
24 de Janeiro de 2023

Os produtores de algodão brasileiro receberam a notícia da abertura do mercado egípcio com otimismo. É que, após 17 anos de negociação, o Egito definiu as exigências fitossanitárias para liberar a importação da pluma brasileira. Caracterizada por demandar uma fibra de alta qualidade, a indústria têxtil egípcia importa atualmente cerca de 120 mil toneladas por ano. O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel ressaltou que o algodão brasileiro tem qualidade para atender a mais este mercado. ""Nossa pluma hoje tem qualidade compatível com a de países como Estados Unidos e Austrália. A produção brasileira é responsável e transparente e está pronta para atender o Egito"", comentou. As exigências sanitárias feitas pelo governo egípcio são usuais para o mercado brasileiro. ""É preciso atestar que há controle do bicudo do algodoeiro e comprovar como é feito o tratamento de resíduos durante a produção agrícola"", informou Cesar Simas Teles, adido agrícola do Mapa na Embaixada do Brasil no Cairo. Mensurar o volume a ser negociado entre Brasil e Egito é ainda arriscado: não há referência histórica de comparação. ""Alguns agentes de mercado falam que o algodão brasileiro pode absorver de 20% a 25% do volume anual importado pelos egípcios (120 mil tons), mas sem base estatística"", observa Teles. Schenkel está confiante. ""Atualmente, o Brasil tem condições de atender o volume que for necessário"", endossa. O otimismo explica-se pelos bons resultados de um programa de promoção e desenvolvimento de mercados realizado pela Abrapa, chamado Cotton Brazil. ""De 2020 para cá, mantemos uma agenda permanente de ações, eventos e comércio com China, Vietnã, Paquistão, Turquia, Bangladesh, Indonésia, Coreia do Sul, Tailândia e Índia e agora vamos incluir o Egito"", revelou o presidente da associação. Realizado em convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e em parceria com a Associação Nacional Exportadores de Algodão (Anea), o Cotton Brazil opera hoje a partir do escritório de representação em Singapura. Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo programa, já está com o Egito no radar. ""Estamos em diálogo com o Mapa para que mais esse mercado possa ser inserido nas nossas ações. Já estamos planejando ir ao Egito para fazer a promoção do nosso produto, pois o Brasil tem condições para ser um importante fornecedor para a indústria têxtil egípcia, que terá um grande salto nos próximos anos"", afirma Duarte. Novo mercado. A abertura do mercado egípcio para o algodão brasileiro vem sendo trabalhada desde 2006 pelo Mapa. ""Tem sido um processo longo de negociação, que envolveu não apenas o Mapa como também o Ministério de Relações Exteriores (MRE). Ainda temos questões em detalhamento, mas já podemos considerar esta notícia o início de um novo ciclo para os dois países"", analisou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
20 de Janeiro de 2023

- Destaque da Semana – Gong Xi Fa Cai! Feliz Ano Novo Chinês! As festividades já começaram e se arrastam por toda a próxima semana. O ano do Coelho começa neste domingo, 22 de janeiro. O Ano Novo Lunar é comemorado também no Vietnã, Coreia do Sul, Singapura, Malásia, Tailândia, Japão, Filipinas e Indonésia, além de comunidades asiáticas espalhadas pelo mundo. - Algodão em NY 1 – O contrato Mar/23 fechou ontem a 83,39 U$c/lp (+1,65%). - Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 82,32 U$c/lp (+2,8%) e o Dez/24 a 78,96 (+3,22%) para a safra 2023/24. - Preços (19/01), o algodão brasileiro estava cotado a 100,00 U$c/lp (+50 pts) para embarque em Jan/Fev-23 (Middling 1-1/8"" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou também em 101,75 U$c/lp (+175 pts). - Altistas 1 - A reabertura da China ao mundo, após anos de fechamento de fronteiras e restrições internas, está trazendo ânimo ao mercado com a esperança de novo impulso na economia e no consumo. - Altistas 2 – A queda dólar americano em relação a uma cesta de moedas tem contribuído para um aumento de interesse dos compradores. A moeda caiu mais de 10% nos últimos 4 meses. - Altistas 3 – Analistas acreditam que o Banco Central dos EUA (Fed) pode reduzir o ritmo de aumento da taxa de juros (aumentando em 0,25% a taxa) na próxima reunião que acontece em 31/Jan e 01/Fev.  Com isso, o dólar perde mais força. - Altistas 4 – Dólar mais baixo barateia o algodão no destino, aumenta demanda e ainda dá suporte para aumento nas cotações da commodity. - Baixistas 1 – Se o Fed, por outro lado, permanecer conservador e aumentar 0,5% a taxa de juros dos EUA, o resultado nas commodities tende a ser negativo. - Baixistas 2 – As baixas reservas em dólar em alguns países como Bangladesh e Paquistão têm dificultado a abertura de cartas de crédito por compradores destes países. - Baixistas 3 - Analistas acreditam que o número de consumo global de algodão em 2022/23 deverá ser mais próximo dos 23 mi/tons projetados pelo ICAC do que dos 24,1 mi/tons projetados pelo USDA no relatório deste mês. - China 1 - A fala do vice premiê da China, Liu He, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na terça (17) animou os mercados. Liu afirmou que o país está aberto ao mundo e confiante que a economia retornará à tendência normal de crescimento em 2023 e espera um aumento significativo das importações, investimentos e consumo. - China 2 - Por outro lado, o mundo está acompanhando com atenção a migração de centenas de milhões de pessoas que estão se deslocando para celebrar o Ano Novo Chinês. O movimento ocorre pela primeira vez desde 2019 e pode espalhar a Covid-19 por todo o país. - Egito 1 - Após anos de negociação, o Egito definiu as exigências fitossanitárias para liberar a importação da pluma brasileira. A indústria têxtil egípcia importa atualmente cerca de 120 mil toneladas por ano. - Egito 2 - As exigências sanitárias feitas pelo governo egípcio são usuais para o mercado brasileiro, como atestado de controle do bicudo do algodão e comprovação do tratamento de resíduos durante a produção. - Egito 3 – O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, diz que o Brasil tem condições de atender o volume que for necessário para o Egito. E ressalta a qualidade e a transparência na produção do algodão brasileiro. - Paquistão – A escassez de reservas cambiais do país causou um acúmulo de contêineres parados no porto de Karachi. A crise cambial está dificultando a abertura de cartas de crédito para o algodão, pois o governo está priorizando alimentos, suprimentos médicos e outros itens. - Exportações - De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil exportou 77,1 mil tons de algodão até a segunda semana janeiro/23. A média diária de embarque foi 18,8% inferior quando comparado com janeiro/22. - Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (19/01):  Os estados BA, GO, MG, MS, PI, PR e SP já encerram o beneficamento. Ainda resta algodão para serem beneficiado no MT (1%) e MA (19%). - Semeadura 2022/23 - Até ontem (19/01): BA (81%); GO (80,38%); MA (73%), MG (83%), MS (96%); MT (25%); PI (100%); PR (100%), SP (86%). Total Brasil: 41% semeado. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com