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Laboratórios se reúnem para discutir melhorias nos processos de classificação do algodão
13 de Dezembro de 2022

O Grupo Técnico de Laboratórios participantes do Programa SBRHVI se reuniu, recentemente, na Abrapa para discutir questões técnicas relativas à classificação instrumental do algodão. O objetivo foi buscar melhorar a confiabilidade dos equipamentos que realizam os testes do tipo HVI. Houve a apresentação dos resultados da safra 2021/22 e, após, foi ratificado os índices e critérios de tolerâncias das checagens e reteste. A reunião serviu também para definição das necessidades de treinamento e o planejamento para a safra 2022/23. Dados do Programa de Qualidade apontam que, em 2022, até 30 de novembro, foram verificadas 58.783 amostras de checagem que equivale a 10.884.600 (93%) da safra, 88% de adesão dos produtores. Também merece destaque o fato de o CBRA – Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão se tornar um Serviço de Controle Autorizado do MAPA (SCA) para análise de algodão. Desse modo, com a habilitação será possível realizar as primeiras certificações de algodão junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Projeto-piloto foi desenvolvido ao longo deste ano e a meta é em 2023 liberar o sistema para a participação de todos os produtores. Medida que garante mais um passo importante para a valorização do algodão brasileiro.

Sustentabilidade garante ao produtor de algodão renda 10% acima do mercado
12 de Dezembro de 2022

A forte queda nos preços internacionais do algodão, de 145 centavos de dólar a libra peso em março para menos de 90 centavos de dólar no final deste ano não inibirá o plantio da pluma brasileira para a temporada 2023/24, cuja semeadura começa nos próximos meses. A previsão da Associação Brasileira de Produtores (Abrapa) é de uma alta de 1,3% em relação a 2022/23, com 1,658 milhão de hectares. "Esse é o ano que vamos ganhar muito pouco ou nada, mas temos que olhar para o futuro e, quando voltar o consumo, nós por termos mantido a nossa área enquanto os EUA estão falando em reduzir 30%, vamos conquistar mais mercado, mais credibilidade de um mercado que cada vez mais quer o algodão brasileiro. Essa é a nossa aposta e tenho certeza que vamos ter bons frutos para o futuro", afirma o atual presidente da Associação, Júlio Cézar Busato. Por trás da estratégia de resistência às oscilações de mercado, está a aposta nos programas de rastreabilidade, qualidade e sustentabilidade mantidos desde a fundação da Associação, há mais de 20 anos. "Nós saímos do fundo da loja para a vitrine", resume Busato. Batizado de Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o protocolo de rastreabilidade criado há dez anos pelo setor permite ao consumidor obter informações de qual fazenda veio a pluma com poucos cliques garantindo diferenciação do produto brasileiro em relação aos seus principais concorrentes. Com isso, em 2022 os produtores receberam, em média, 10% acima do valor cotado em Nova York – o que tem se convertido em mais um estímulo à manutenção da área plantada num contexto de aumento de custos. "Se fizermos as contas, isso representa um ganho de rentabilidade de US$ 150,00 por hectare que está voltando ao produtor", pontua Alexandre Pedro Schenkel, que assume a presidência da Abrapa a partir do próximo ano. Natural do Rio Grande do Sul, o cotonicultor vive há 33 em Mato Grosso, onde se formou em agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), presidindo a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro) até este ano. Com longa trajetória no cooperativismo, Schenkel compara a cotonicultura brasileira a um dos maiores ídolos nacionais: Ayrton Senna: "O Ayrton Senna, quando corria, era um piloto padrão. Ele tinha um rigor no treinamento dele, comparável às vezes com Alain Prost e outros. Chegava em primeiro, segundo, terceiro. Estava sempre por ali. Mas quando chovia, não tinha para ninguém. Ele era o melhor piloto que existia". A tempestade Para o algodão brasileiro, a chuva tem sido o aumento de custos diante de um mercado em franca queda de preços este ano, pressionado pela desvalorização do petróleo e pelas perspectivas de menor consumo na China, maior importador mundial e destino de 26,5% das exportações brasileiras este ano. "A China com essa política de fechamento de Covid realmente está trazendo problemas no consumo e na produção. Fábricas fechadas e consumo menor, agora sabemos que isso é temporário, não vai poder ficar pra sempre e, como falamos aqui, estamos apostando no futuro. Quando o mercado voltar a consumir nós temos que ter o algodão para abastecer esse consumo", afirma o atual presidente da entidade. A previsão da Abrapa é de que a produção nacional atinja 2,95 milhões de toneladas na safra 2023/24, das quais 700 mil toneladas serão destinadas ao abastecimento interno e, o restante, cerca de 2,25 milhões de toneladas, serão exportadas. No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, os embarques brasileiros somam 1,4 milhão de toneladas, uma queda de 14% ante o mesmo período do ano passado. Em valor, contudo, houve alta de 9% nas exportações, que somaram US$ 3,14 bilhões de janeiro a outubro deste ano. O resultado financeiro acompanha a forte valorização da pluma a partir do início de 2022 (22,4% entre fevereiro e abril) puxada não mais apenas por uma demanda global mais aquecida, que já vinha dando fôlego ao mercado, mas também pela forte alta do petróleo diante do conflito entre Rússia e Ucrânia. Quando a cotação da commodity passou a cair diante da perspectiva de uma recessão global, levou consigo os preços do algodão, hoje com queda acumulada de 25% na bolsa de Nova York desde o início deste ano. Com 50% da safra 2023/24 vendida até o momento, Busato explica que a fixação do preço de venda da próxima temporada, realizado normalmente 18 meses antes da colheita, está atrasada. "Principalmente em função dessa queda de preço, há dois dias estava a 77 centavos [de dólar a libra peso], e os produtores pararam de vender em função do nosso custo estar acima disso. Agora é ver o que vai acontecer com o mercado. Se esse algodão passar de 90 centavos [de dólar a libra peso] os produtores voltam a vender e talvez a gente chegue aos 70% [de venda antecipada]", explica Busato. Descomoditizar é o caminho A relação entre o mercado de petróleo e algodão é antiga, data do final da década de 1930, quando começou a ser produzida em escala comercial a primeira fibra sintética à base do hidrocarboneto, o nylon. Desde então, inúmeras outras fibras sintéticas chegaram ao mercado tendo como principal apelo de vendas a durabilidade, a resistência e o preço. "A fibra sintética sempre foi mais em conta, mas aí você vê que o conforto do algodão é bem maior", defende Alexandre Schenkel, sem deixar de reconhecer os ganhos em qualidade que o concorrente à base de petróleo teve ao longo de 83 anos. "Estão até com uma qualidade parecida com o algodão em alguns pontos. Lógico que cobram um preço por estarem entregando mais conforto, mas o algodão sempre vai ter um preço mais acima por ser natural. Mas é o seguinte: se hoje você quer sustentabilidade, vai estar trabalhando com um produto que é de origem de petróleo comparado com o algodão, que é fibra e celulose pura, se degrada quando cai nos rios, enquanto a fibra sintética quando vai se deteriorando na lavagem vai soltando micropartículas que contaminam muitos ambientes, principalmente nossas águas", argumenta. A sustentabilidade do algodão comparada a outras fibras será uma das principais bandeiras da Abrapa para valorizar a pluma brasileira e promover o consumo interno e externo no próximo biênio, segundo o futuro presidente da Associação. A ideia, afirma, é ter participação do algodão em todos os tecidos sintéticos, "para pelo menos ir diminuindo essa questão de deixar resíduos no ambiente". "Estamos trazendo um produto totalmente natural que hoje se degrada como se fosse papel. Então, lógico que para o algodão é interessantíssimo a gente estar com essa preocupação com o meio ambiente", observa Schenkel ao fazer uma analogia do mercado de fibras naturais com o de feijão. "Hoje você compra um feijão jalo e come uma ou duas vezes ao ano. É um feijão mais especial e a grande demanda no Brasil inteiro é o feijão carioca e preto. É parecido com o que a gente tem de fibra natural. O maior volume de fibra nosso, o feijão carioca, é o algodão, o maior fornecedor como fibra natural e com menor custo para se fazer. Se aumenta a demanda por uma viscose, linho ou seda, o mercado não vai conseguir produzir o suficiente e vai aumentar muito o preço. Já o algodão entrega tanto conforto quanto essas fibras e também sustentabilidade e responsabilidade com o meio ambiente ao não deixar resíduos", defende o futuro representante dos cotonicultores brasileiros ao ver na sustentabilidade um caminho para desvincular o preço das duas commodities. "Em momentos como esses não está fácil o lucro tanto para o produtor brasileiro quanto para o americano, australiano, africano... Está difícil porque os custos estiveram muito altos. Houve um desequilíbrio nos custos e agora com o mercado. Então, nós vamos sobreviver. Nós somos igual ao Ayrton Senna, nas dificuldades nós estamos lá na frente e, quando voltar ao normal estaremos colhendo os frutos do que estamos plantando agora", conclui Schenkel. Leia mais: Sustentabilidade garante ao produtor de algodão renda 10% acima do mercado | Algodão | Globo Rural Mídia: Globo Rural – 09/12/2022

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
09 de Dezembro de 2022

-  Destaque da Semana – Um dos assuntos mais comentados da semana foi a mudança de rumo da China para uma política mais flexível no combate à Covid. Hoje, às 14hs (hora Brasília) sai o relatório mensal do USDA.   - Algodão em NY 1 - O contrato Mar/23 fechou ontem a 80,85 U$c/lp (-4,71%).   - Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 78,03 U$c/lp (-2,77%) e o Dez/24 a 74,94 (-2,52%) para a safra 2023/24.   - Preços (08/12), o algodão brasileiro estava cotado a 100,25 U$c/lp (-375 pts) para embarque em Dez/22-Jan/23 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 98,00 U$c/lp (-75 pts).   - Altistas 1 – Mesmo com os recentes desafios inflacionários, a National Retail Federation dos EUA estimou esta semana que as vendas no varejo neste fim de ano aumentarão entre 6% e 8% em relação a 2021.   - Altistas 2 – O maior ponto de discussão desta semana foi sobre a China, que tem se movido no sentido de abandonar a política de COVID Zero, o que poderá aumentar a demanda e acelerar a retomada industrial.   - Baixistas 1 – No entanto, não está claro se este impacto será no curto prazo, uma vez que o país ainda tem uma alta taxa de idosos não vacinados.   - Baixistas 2 – O país não dispõe das vacinas comprovadamente mais eficientes (tecnologia RNA) desenvolvidas na China. O que acontecerá se o número de casos e mortes disparar?   - Baixistas 3 – Relatos de demanda fraca por algodão e fios de algodão continuam em todos os mercados. Hoje a expectativa é que os números do USDA tragam uma estimativa de consumo menor para este ano (22/23).   - Posse da Abrapa - O produtor Alexandre Pedro Schenkel tomou posse na presidência da Abrapa para o biênio 2023-2024. Os integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal também foram oficializados.   - EUA 1 - A colheita nos EUA praticamente chegou ao fim e a grande maioria da produção já foi entregue nas algodoeiras para beneficiamento. 70% do algodão americano já foi classificado.   - EUA 2 - Chuvas nas regiões produtoras foram muito bem vindas nos últimos dias, uma vez que muitas áreas de cultivo de algodão estão muito secas, de acordo com o monitoramento de secas do país.   - Índia 1 - O presidente da Associação do Algodão da Índia, Atul Ganatra, solicitou ao governo indiano a retirada do imposto de 11% sobre a importação do algodão, o que ajudaria a indústria têxtil do país a ter acesso à matéria prima a preços competitivos.   - Índia 2 - Ganatra informou que a indústria já trabalha com apenas 50% da capacidade e que o algodão indiano está 15% acima dos preços internacionais. Por outro lado, os produtores rurais de algodão na Índia protestam contra medidas para diluir este imposto.   - China 1 - Autoridades chinesas anunciaram esta semana uma flexibilização de alguns controles da Covid. Espera-se menos interrupções no trabalho, comércio e produções locais.   - China 2 - Os testes, que eram obrigatórios para uma série de situações quase que diárias, serão flexibilizados. Além disso, pessoas infectadas poderão se isolar em casa, ao invés de centros de quarentena do governo.   - China 3 - Desde que os protestos eclodiram em todo o país no final do mês passado, o governo de Xi Jinping foi rápido ao reformular os aspectos mais duros de sua política de combate à Covid.   - Paquistão - A colheita está finalizada no Paquistão e avança o plantio da safra de trigo. As entregas de algodão para beneficiamento, entretanto, estão 40% menores que no ano passado.   - Safra 1 - A rentabilidade do produtor na safra 2022/23 será baixa ou neutra, disse o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Segundo ele, o custo de produção subiu muito na última temporada.   - Safra 2 - A manutenção da área de cultivo brasileira deve ser um ponto importante para mostrar aos clientes internacionais o que o país terá um fornecimento contínuo de algodão.   - Safra 3 - Isso porque as indústrias têxteis asiáticas devem retomar o ritmo e, quando voltar o consumo, o Brasil conquistará mercado, porque os EUA podem diminuir em 30% a área de algodão com os atuais preços, disse Busato.   - Safra 2022/23 - De acordo com o 3º levantamento da safra 2022/23, divulgado ontem (08/12) pela Conab, a área plantada de algodão é estimada em 1,64 milhão de hectare (+2,3%) e a produção de pluma em 2,97 milhões de toneladas (+16,6%).   - Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (08/12): BA (95%); GO (100%); MA (72%), MS (100%); MT (98%); MG (100%); SP (100%); PI (100%); PR (100%). Total Brasil: 97% beneficiado.   - Semeadura 2022/23 - Até ontem (08/12): SP (10%), GO (47%), MS (10%), BA (22%), MG (70%), PI (10%), PR (78). Total Brasil: 7% semeado.   - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇     Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

“Algodão: o fio da história no Brasil”
09 de Dezembro de 2022

Em pouco mais de duas décadas, a cotonicultura brasileira foi de 800 mil a 3,3 milhões de toneladas de pluma, e o País se tornou o segundo maior fornecedor mundial desta matéria-prima, que mantém, através dos séculos, sua importância na base da indústria têxtil global. Se o feito por si só já impressiona, ele ganha ainda mais relevância quando se considera que, apenas poucos anos antes da virada deste milênio, a produção de algodão no Brasil quase foi extinta, tanto por causa de uma praga, o bicudo-do-algodoeiro, quanto em função das várias políticas econômicas e da inflação galopante que castigou o País, nos anos 80 e 90 do século passado. Para explicar esta grande virada e contar a saga do algodão no Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) lançou, no dia 07 de dezembro, o livro comemorativo dos 20 anos da entidade, "Algodão: o fio da história no Brasil".   Escrito pela jornalista Catarina Guedes, com prefácio do economista e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, a obra é dividida em duas partes. A primeira, remonta a tempos anteriores à chegada dos europeus à "nova terra", no século XVI, e a segunda tem como divisor de águas o início de experiências com o algodão, empreendidas pelo famoso empresário Olacyr de Moraes, que introduziu estudos numa de suas fazendas, no estado de Mato Grosso, a partir de 1998. Ainda na segunda parte, é possível conhecer em detalhes os programas da Abrapa e os marcos históricos da instituição, desde a sua fundação. A história é contada como uma narrativa literária, com linguagem fácil e agradável de ler.  Ao final do livro, artigos de todos os ex-presidentes da Abrapa dão o ponto de vista de quem já comandou a instituição e acompanhou de perto seus desafios e êxitos. Acesse o conteúdo em: Algodão: o fio da história no Brasil Título – Algodão: o fio da história no Brasil (Um recorte do 20º aniversário da Abrapa) Autor – Catarina Guedes Produção editorial – Fonte Editora Número de páginas – 306 Todos os direitos reservados à Abrapa

Novos Conselhos de Administração e Fiscal da Abrapa tomam posse
08 de Dezembro de 2022

Eleito para o biênio 2023-2024, o produtor Alexandre Pedro Schenkel tomou posse como novo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em uma cerimônia preparada para cerca de 600 pessoas, em Brasília, na quarta-feira, dia 7. Integrantes dos Conselhos de Administração e Fiscal também foram oficializados. Na oportunidade, foi lançado o livro comemorativo dos 20 anos da Abrapa, "Algodão: o fio da história no Brasil", que conta a trajetória da cotonicultura no País. Durante a cerimônia, a associação também homenageou Andrew George Macdonald, in memorian, pelo relevante trabalho e incansável incentivo à produção de pluma nacional, liderando missões vendedores, inicialmente com a Ampa e, mais tarde, com a Abrapa. Para receber a honraria concedida "ao eterno embaixador do algodão brasileiro", Schenkel entregou flores e uma peça feita especialmente para a homenagem, à esposa Felícia e ao filho Malcolm Macdonald. No seu discurso de posse, Schenkel falou sobre a perspectiva de futuro para a Abrapa e da cotonicultura brasileira. Destacou os desafios do setor a serem perseguidos, como a ampliação dos programas de rastreabilidade, sustentabilidade e a implantação da certificação oficial, iniciada em projeto-piloto em 2022, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com apoio da Abrapa. "Estamos preparados para trabalhar e buscar cada vez mais a excelência no que fazemos. É um trabalho, de fato, coletivo e associativista e que nos levará a fazer do Brasil o maior fornecedor e exportador de algodão, num futuro muito próximo", afirmou Schenkel. Ao fazer um balanço da sua gestão à frente da entidade, o atual presidente, Júlio Cézar Busato, falou da importância da união do setor, e relembrou os desafios do período, como as adversidades causadas pela pandemia, as questões climáticas, o advento de pragas, a logística precária, a instabilidade do mercado, elevação do custo de produção, dentre outros grandes obstáculos, que pautaram o trabalho e a incansável busca para atender as demandas da cotonicultura. "A força do setor organizado é o que nos fez acreditar em dias melhores e se chegamos até aqui, com reconhecimento do mercado, foi por meio do trabalho contínuo, com ênfase e atenção à pesquisa, inovação e tecnologia. Desejamos sucesso aos que assumem a Abrapa e que sigam avançando nos processos e demandas globais", ressaltou Busato. Manter o algodão vivo e forte, mesmo em momentos difíceis, como o setor passou em diferentes períodos da história, é um grande desafio. "Precisamos aproveitar as oportunidades para produzir com responsabilidade social, ambiental e econômica", disse. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, que esteve presente no evento, destacou a atuação do agro brasileiro, e referendou o trabalho da cotonicultura que, em pouco mais de duas décadas, se reinventou, cresceu e desponta produção e exportação da fibra. "O algodão personaliza o que queremos do agro nacional, uma produção sustentável social, ambiental e econômica", afirmou. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Sérgio Souza, deu as boas-vindas ao novo Conselho de Administração e Fiscal, em nome de Alexandre Schenkel, e destacou a importância do trabalho coletivo entre as duas entidades que resultam em conquistas importantes para a o setor manter o desenvolvimento e crescimento da cadeia. Livro conta a história da cotonicultura do Brasil Em pouco mais de duas décadas, a cotonicultura brasileira foi de 800 mil a 3,3 milhões de toneladas de pluma, e o País se tornou o segundo maior exportador. Para explicar esta virada e contar a saga do algodão no Brasil, a Abrapa lançou o livro comemorativo dos 20 anos da entidade, "Algodão: o fio da história no Brasil". A publicação foi escrita pela jornalista Catarina Guedes, com prefácio do economista e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega. A ideia de elaborá-lo surgiu em 2020, durante a gestão do ex-presidente da entidade, Milton Garbúgio, como um meio de tornar conhecida não apenas a trajetória do algodão no Brasil, mas a estreita relação entre o sucesso desta atividade, após a criação da Abrapa, em 1999, e das suas estaduais. O livro foi concluído em 2022, na gestão do atual presidente, Júlio Cézar Busato. Para Busato, preservar a memória da produção de algodão no Brasil é fundamental e desafiador, principalmente, porque é uma história aberta, que ainda está sendo contada, os personagens estão vivos e ativos, e a terceira geração dos desbravadores já começa a assumir o bastão. "Muito em breve poderemos acrescentar mais um capítulo, quando o País suplantará os Estados Unidos, seu principal concorrente na disputa global, e alcançará o topo do ranking dos maiores exportadores", disse. Exemplares foram distribuídos aos convidados durante cerimônia de posse. Além dos produtores, prestigiaram o evento os presidentes das associações estaduais, parlamentares, empresários e a cadeia têxtil.   Presidente: Alexandre Pedro Schenkel   Conselho de Administração: Vice-Presidentes: Gustavo Viganó Piccoli (Ampa) Celestino Zanela (Abapa) Paulo Sérgio Aguiar (Ampa|) Secretários: 1º - Aurélio Pavinato (Abapa, Ampasul, Ampa, Agopa e Amapa) 2º - André Guilherme Sucollotti (Ampa) Tesoureiros: 1º - Carlos Alberto Moresco (Agopa) 2 º - Luiz Carlos Bergamaschi (Abapa)   Conselho Fiscal 1ª Conselheira: Alessandra Zanotto Costa (Abapa) 2º Conselheiro: Alex Nobuyoshi Utida (Ampa) 3º Conselheiro: Daniel Bruxel (Amipa) 1º Suplente: Vítor Horita (Abapa) 2º Suplente: Walter Schlatter (Ampasul) 3º Suplente: Thomas Derks (Appa)

Produtor terá rentabilidade baixa ou até neutra na safra 2022/23, diz presidente da Abrapa
07 de Dezembro de 2022

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Julio Cesar Busato, afirmou que a safra 2022/23 será de rentabilidade baixa ou até mesmo neutra no ciclo que está sendo plantado. "O custo de produção subiu muito, principalmente pelo aumento dos fertilizantes e do combustível. Será um ano de ganhar muito pouco ou nada, mas plantaremos área estável ou levemente maior em relação à temporada 2021/22 olhando para o futuro", disse Busato, em almoço com jornalistas, (5), em São Paulo (SP). A estratégia, segundo Busato, consiste em mostrar que o País é um fornecedor contínuo de algodão. "O produtor sabe que precisa manter mercado. Achamos que a questão de fábricas paradas na Ásia é uma questão momentânea. Quando voltar o consumo, por termos mantido a área, enquanto os Estados Unidos pretendem diminuir área em 30%, vamos conquistar mais mercado", afirmou Busato. Ele considera que o menor consumo de fibra pela China será temporário. "A política da China de covid zero traz problemas de consumo e produção com fábricas fechadas e demanda menor, mas achamos que isso é temporário. Quando o mercado voltar a consumir, teremos de ter algodão", disse Busato. Alexandre Schenkel, que assumirá a Abrapa para o biênio 2023/2024, afirmou que boa parte da produção já foi comercializada com 1 mil pontos de prêmio, o que permite ao produtor se manter na cultura. "Isso dá uma rentabilidade aproximada de US$ 150 por hectare. O produtor vai manter área porque já houve investimentos e tivemos ganhos", disse Schenkel. Exportação O Brasil pode voltar a exportar 2 milhões de toneladas de algodão na safra 2022/23, que está sendo plantada, se produzir o projetado de 2,95 milhões de toneladas, estima o presidente da Abrapa, Julio Cesar Busato. "O consumo interno está estimado em 700 mil toneladas. Vamos exportar a diferença. Queremos voltar a produzir 3 milhões de toneladas para exportar o volume anterior à pandemia", disse. Na safra 2021/22, o País exportou 1,68 milhão de toneladas. Segundo Busato, há um atraso na comercialização da safra atual. A Abrapa estima que 50% da produção projetada já está vendida ante 70% da média dos anos anteriores. "O preço internacional estava em cerca de 70 centavos de dólar por libra-peso, mas produtores pararam de vender em virtude do custo estar acima disso. Agora, se o mercado ultrapassar os 70 cents , o produtor deve voltar a vender", afirmou. O contrato futuro do algodão para março/23 na Bolsa de Nova York fechou a 83,20 cents/lb, na sexta-feira passada (2). Sobre as condições climáticas para a safra, Busato disse que a seca que está afetando as lavouras de Mato Grosso ainda não preocupa porque o Estado só inicia a semeadura em janeiro, após a colheita da safra de soja. "Em outros Estados que estão plantando, como Bahia, Piauí e Minas Gerais, está chovendo muito, mas ainda dá tempo para ficar em boa janela de plantio. Esperamos que tenhamos uma estiagem para permitir plantar dentro da janela ideal", concluiu. Leia mais: Broadcast | Agro Mídia: Broadcast Agro – 06/12/2022

Produção de algodão do Brasil deve crescer 18% em 2022/23, diz associação
07 de Dezembro de 2022

A safra de algodão 2022/23 do Brasil, que está sendo semeada, deve alcançar 2,946 milhões de toneladas de pluma, avanço de 18% em relação ao ciclo anterior, diante de expectativas de melhor produtividade para a cultura, disse nesta segunda-feira (5) a associação nacional do setor Abrapa. A área de plantio também crescerá, mas em proporção menor, com aumento de 1,3% para 1,658 milhão de hectares. Até o final de novembro, os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia haviam iniciado o plantio da fibra. Os dados foram apresentados durante evento em São Paulo, quando também foi feito o anúncio oficial da chegada de Alexandre Pedro Schenkel para a presidência da Abrapa no biênio de 2023/2024. Leia mais: Produção de algodão do Brasil deve crescer 18% em 2022/23, diz associação (cnnbrasil.com.br) Produção de algodão do Brasil deve crescer 18% em 2022/23, diz Abrapa - ISTOÉ DINHEIRO (istoedinheiro.com.br) Produção de algodão do Brasil deve crescer 18% em 2022/23, diz Abrapa - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br) Mídia: CNN Brasil – 05/12/2022 Istoé Dinheiro – 05/12/2022 Notícias Agrícolas – 05/12/2022

Produção de algodão do Brasil deve crescer 18% em 2022/23, diz Abrapa
07 de Dezembro de 2022

A produção de algodão 2022/23 do Brasil, que está sendo semeada, deve alcançar 2,946 milhões de toneladas de pluma, avanço de 18% em relação ao ciclo anterior, diante de expectativas de melhor produtividade para a cultura, disse nesta segunda-feira (5) a associação nacional do setor Abrapa. A área de plantio também crescerá, mas em proporção menor, com aumento de 1,3% para 1,658 milhão de hectares. Até o final de novembro, os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia haviam iniciado o plantio da fibra. Os dados foram apresentados durante evento em São Paulo, quando também foi feito o anúncio oficial da chegada de Alexandre Pedro Schenkel para a presidência da Abrapa no biênio de 2023/2024. Leia mais: Produção de algodão do Brasil deve crescer 18% - Forbes Brasil deve produzir 2,95 milhões de t de algodão, diz Abrapa (canalrural.com.br) Exportação de algodão do Brasil deve crescer 22% em 22/23 (comprerural.com) Mídia: Forbes Agro – 05/12/2022 Canal Rural – 05/12/2022 Compre Rural – 06/12/2022