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Liderança nas exportações e sustentabilidade ganham destaque na abertura do 14º Congresso Brasileiro do Algodão
03 de Setembro de 2024A liderança brasileira nas exportações de algodão e outros avanços de um setor que é exemplo em capacidade produtiva e sustentabilidade ganharam destaque nesta terça-feira (03), durante a solenidade de abertura do 14o Congresso Brasileiro de Algodão. Considerado o maior evento da cotonicultura nacional, o Congresso - organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) - segue até quinta-feira (05), no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, com 114 palestrantes, mais de 3.500 inscritos e representação de todos os setores da cadeia produtiva da pluma para discutir as demandas do mercado algodoeiro no Brasil e no mundo. Esta edição do CBA coincide com o aniversário de 25 anos da Abrapa. “Vocês são o motivo de atingirmos o sucesso do algodão Brasil”, afirmou à plateia do evento o presidente do Congresso e da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Antes, não tínhamos tecnologia, sofríamos com pragas e doenças e éramos grandes importadores de algodão. Hoje, o Brasil é o maior exportador de algodão do mundo, sem deixar de atender ao mercado doméstico”, completou o presidente. O ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro ressaltou não só o crescimento do setor, e as oportunidades de expansão do mercado, como a questão da sustentabilidade. “Todos os ganhos são fundamentais, mas precisamos pensar à frente e acabar com a divergência entre produzir e preservar: nenhum ativo é mais importante do que o clima, sem condições climáticas não vamos conseguir produzir”, destacou. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, contou um pouco da história da cotonicultura no seu Estado, afetada no passado por pragas, e aproveitou para convocar os produtores a voltar a investir na região. “A nossa condição climática e o solo criam grandes oportunidades para avançar a fronteira da produção do algodão no Estado, e temos uma disponibilidade enorme para a realização de parcerias”, disse o governador. Já o bom momento da cotonicultura no país foi ressaltado pelo deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. ”Nós usamos o case do algodão quando vamos defender a produção rural brasileira, como exemplo de tecnologia e responsabilidade socio ambiental. O algodão sempre foi protagonista e inovador”. Ainda na solenidade de abertura do evento, destaque para a presença do presidente da Agência Nacional Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana. “O algodão tem servido de referência para outros setores da nossa economia e isto é o resultado de muito trabalho do setor produtivo. O fato de que 82% da nossa produção é certificada e 100% rastreável é algo pedagógico para o mundo e é com esta atitude que vamos ocupar cada vez mais espaço lá fora”, concluiu.
Sou de Algodão promove aula magna na Universidade Anhembi Morumbi
31 de Agosto de 2024O Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu, no último dia 29 de agosto, uma aula magna na universidade parceira Anhembi Morumbi. Junto com o estilista João Pimenta, a conversa, para cerca de 120 alunos do curso de moda, foi sobre o movimento e o algodão na moda e sua versatilidade. Além disso, o estilista contou sobre a sua trajetória profissional e suas coleções. Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por abrir a discussão. Ela começou apresentando o Sou de Algodão, que é uma iniciativa que visa promover a moda responsável e o consumo consciente, destacando os benefícios da fibra, que é natural, versátil e confortável. “A nossa matéria-prima não só possui características de conforto e qualidade, mas também se alinha com as demandas contemporâneas do consumidor por uma moda mais transparente”, reforça. Segundo dados do Instituto Locomotiva, de um estudo feito em 2021, cerca de 15% dos consumidores estão dispostos a pagar a mais por produtos de marca com posicionamento sustentável e 60% deixariam de consumir de empresas que apresentam problemas éticos. “Como o algodão é uma das fibras mais importantes para o mercado da moda nacional, a Abrapa vem desenvolvendo um trabalho pensando na qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção da matéria-prima. Para isso, um dos pilares é o ABR (sigla para Algodão Brasileira Responsável), programa criado em 2012, que certifica as unidades produtivas, que seguem rigorosos critérios sociais, ambientais e econômicos”, explica Manami. Por último, a representante do movimento comentou sobre a versatilidade da fibra na moda nacional, dando exemplos de looks que contam com, no mínimo, 70% de algodão na composição e foram apresentados nas maiores semanas de moda do Brasil, como São Paulo Fashion Week (SPFW) e Casa de Criadores (CdC). “O algodão é uma das mais antigas fibras utilizadas como matéria-prima para a produção têxtil. Sua versatilidade é traduzida em diferentes estilos, nas mãos de talentosos estilistas, como João Pimenta”, finaliza. Com isso, o estilista parceiro assume a conversa falando sobre sua carreira. Conhecido por seu trabalho na moda masculina, conquistou destaque ao criar peças que desafiam as convenções tradicionais do vestuário masculino. O profissional é famoso por desenvolver coleções que mesclam alfaiataria com elementos do universo feminino. Sua trajetória é marcada por desfiles em que explora novas formas de expressão e questiona os estereótipos de gênero na moda. Além de seu trabalho autoral, João Pimenta também é reconhecido por seu trabalho primoroso, em figurinos para peças teatrais e artistas famosos, e por seu compromisso com a responsabilidade, utilizando matérias-primas, como o algodão, e técnicas que refletem uma preocupação ambiental. Em sua apresentação, João Pimenta percorreu sua trajetória de mais de 20 anos de desfiles em semanas de moda, iniciando na Casa de Criadores, para o qual submeteu projetos por quatro vezes, antes de integrar o line up, até consolidar sua carreira no São Paulo Fashion Week. O trabalho autoral do estilista se conecta com sua essência e suas raízes caipiras, como diz. Nascido no interior de Minas Gerais e de família humilde, admite ter passado por conflitos internos, por conta de sua baixa autoestima e por se sentir incapaz de ser reconhecido pela crítica de moda. Suas coleções contam sobre a brasilidade e a riqueza cultural do País, desde Congadas, sua primeira coleção, até o último desfile [neste link], realizado em abril deste ano, no topo do icônico Edifício Martinelli, no centro histórico de São Paulo.
CBRA cumpre visita do terceiro pilar do Programa SBRHVI a 5 laboratórios em agosto
31 de Agosto de 2024A equipe do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), completou a aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL) nos laboratórios de Mato Grosso e Minas Gerais, como parte do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). As visitas técnicas realizadas em agosto abrangeram o Central de Classificação de Fibra de Algodão - Minas Cotton, em Uberlândia; o Laboratório de Classificação de Algodão BV Kuhlmann, em Rondonópolis; o Laboratório Petrovina, em Pedra Preta; o Laboratório de Classificação Instrumental da Unicotton, em Primavera do Leste; e o da Cooperfibra, em Campo Verde. Recomendações para melhorias foram feitas sempre que necessário. “Hoje, no Brasil, todos os laboratórios seguem padrões e normativas para a realização de ensaios com HVI. Embora sempre existam pontos de melhoria, nada compromete a qualidade dos resultados entregues ao produtor”, explica Deninson Bezerra dos Santos Lima, especialista em classificação de pluma no CBRA. O objetivo das visitas é garantir a transparência e a precisão dos resultados de análise de HVI. Por isso, são avaliados o cumprimento dos 42 itens da lista de VDCL e, se for o caso, feitas as recomendações para melhorias, para que todos os itens estejam em conformidade com o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB). “Observamos também um avanço em relação à amostragem, com uma grande preocupação em relação ao cumprimento dos requisitos da instrução normativa 24 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)”, diz. Durante a maratona de encontros, a equipe do CBRA observou melhorias significativas na estrutura de equipamentos e processos dos laboratórios visitados. Todos possuem Sistemas de Gestão de Qualidade implantados, com base na NBR ISO/IEC 17025, exceto o da Unicotton, que segue a norma ISO 9001. O novo laboratório da Cooperfibra conta com um instrumento Classing Q PRO adquirido nessa safra. Para Ademir Carling, gerente de classificação da Cooperfibra, a presença da Abrapa é extremamente importante para apontar as melhorias que devem ser realizadas. “Há sempre espaço para ajustes e aprimoramentos. Este ano, com a nossa nova estrutura, estamos aprendendo a operar dentro desse novo layout, o que torna a visita ainda mais valiosa. O trabalho da associação não beneficia apenas o nosso laboratório, mas todos do Brasil. É fundamental que eles falem a mesma língua e trabalhem com padrões consistentes. A atuação da Abrapa contribui significativamente para o aprimoramento do cultivo do algodão no país e fortalece a confiança do mercado internacional em nossos produtos”, afirma. O gestor do laboratório da Kuhlmann, Guido Souza Santana, expressou sua satisfação com a visita. “Desde o início das visitas, a qualidade no processo melhorou significativamente. Observamos que as análises apresentam menos problemas, e os gráficos de checagem confirmam isso. É um grande aprendizado e um importante indicador de melhorias”, informa. No laboratório da Unicotton, houve a implantação do condicionamento ativo por esteira, além da aquisição de mais um instrumento HVIM1000 com colorímetro duplo. Para Jaison Vavassori, diretor executivo da empresa, as visitas técnicas são importantes para os laboratórios terem uma padronização da linha de trabalho. “Elas mostram que os laboratórios estão preparados com máquinas e tecnologia, que atendam a demanda mundial do algodão com relação à classificação.” O CBRA irá completar a verificação dos 13 laboratórios que integram o terceiro pilar do SBRHVI, em outubro, garantindo que os dados de ensaios com algodão sejam precisos e que os laboratórios estejam prontos para atender à fiscalização Mapa.
Abrapa prestigia 4ª edição do Prêmio Abapa de Jornalismo
31 de Agosto de 2024A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, mais um ano, do ciclo de palestras da 4ª edição do Prêmio Abapa de Jornalismo, promovido pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), no dia 29 de agosto. Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da entidade e gestora do movimento Sou de Algodão, enriqueceu o diálogo com estudantes de jornalismo sobre o universo do algodão e sua conexão com a sustentabilidade. O evento buscou inspirar profissionais e alunos da área da comunicação como apoio para que eles possam se aprofundar na produção de reportagens sobre o algodão. Durante sua participação, a diretora destacou a importância da transparência e da rastreabilidade na cadeia produtiva da fibra, consolidando o compromisso do movimento em promover a conscientização sobre as escolhas responsáveis dos consumidores. “Os clientes estão cada vez mais exigentes e interessados em saber a origem dos produtos que consomem. O diálogo entre instituições e consumidores é essencial para promover a transparência e a confiança no setor da moda. O movimento Sou de Algodão busca precisamente isso: unir sustentabilidade e rastreabilidade à moda, demonstrando que é possível se vestir bem e, ao mesmo tempo, fazer escolhas conscientes”, informou Ferraresi. Criado em 2016, o Sou de Algodão busca promover a consciência coletiva sobre moda e consumo responsável no Brasil. A iniciativa valoriza os profissionais da cadeia do algodão e se comunica diretamente com o consumidor final por meio de ações, conteúdos e parcerias com marcas e empresas. "Nosso objetivo também é informar e democratizar o conceito do Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e representa 37% da produção mundial de algodão sustentável", explicou a gestora do movimento. Além das categorias Profissional (Jornal, TV, Internet e Rádio) e Jovem Talento, o Prêmio Abapa de Jornalismo deste ano vai destacar o trabalho desenvolvido pela imprensa regional. A premiação traz duas novidades para a categoria Profissional, com a criação das modalidades de Rádio, e outra Regional, para os veículos das áreas produtoras de algodão: sudoeste e oeste da Bahia, prestigiando quem trabalha no dia a dia da cobertura do agronegócio local. Na categoria Jovem Talento, além das modalidades Escrita e Vídeo, os estudantes poderão se inscrever com conteúdo na modalidade Podcast. A premiação vai distribuir, ao todo, R$ 117 mil em premiações e certificados aos primeiros colocados. Poderão ser inscritas reportagens publicadas entre 8 de maio e 18 de setembro de 2024. "A Abrapa, mais uma vez, apoia esta importante iniciativa, que valoriza o trabalho dos jornalistas dedicados ao setor agrícola e incentiva a exposição do valor das pessoas que atuam no campo diariamente", finaliza.
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa
30 de Agosto de 2024Destaque da Semana - Depois de caírem durante quase toda a semana devido às tensões China-EUA e aumento da safra chinesa, as cotações de algodão em NY fecharam a semana em leve alta, impulsionadas por preocupações com as chuvas pesadas em regiões de cultivo importantes, podendo causar perdas devido ao estágio avançado das lavouras. Agenda - Semana que vem, de 3 a 5 de Setembro ocorre em Fortaleza o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Este é o maior evento de networking, pesquisa e tecnologia da cadeia produtiva do algodão brasileiro. Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 29/08 cotado a 69,92 U$c/lp (+0,8% vs. 22/ago). O contrato Dez/25 fechou em 71,32 U$c/lp (+0,8% vs. 22/ago). Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 845 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 29/ago/24). Altistas 1 - Relatório desta semana mostrou que na semana passada as condições das lavouras de algodão nos EUA pioraram de novo, com 40% classificadas como boas a excelentes, abaixo dos 42% da semana anterior, mas ainda melhor do que 33% da temporada passada. Altistas 2 - Nesta semana, o clima está mudando com chuvas pesadas previstas no Sul dos EUA, com possibilidades até de inundações, podendo causar atrasos em colheita e perdas de qualidade e produtividade. Baixistas 1 - Em mais uma escalada nas tensões China-EUA, na última sexta-feira (23) os EUA impuseram sanções a mais de 400 entidades e indivíduos por apoiarem o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia. Baixistas 2 - A China respondeu que está "fortemente insatisfeita" e "firmemente oposta" a novas sanções “ilegais e unilaterais” dos EUA, dizendo que as empresas estão trabalhando de acordo com seus direitos e interesses legítimos. Baixistas 3 - Tradicionalmente, Set/Out é a estação de melhor demanda na China, mas os negócios estão lentos ainda, com transações esta semana reportadas a um basis baixo: 625 ON Dec/24 para Brasil M36. Mundo 1 - Nesta semana, o Cotlook atualizou as estimativas para a safra 2024/25. Reduziu o volume a ser produzido para 25,1 milhões tons, principalmente em função da queda nos EUA (-394 mil tons) e Paquistão (-88 mil tons). Mundo 2 - Em contrapartida, com a melhoria nas condições da safra na China, o Cotlook ampliou em 179 mil tons a projeção da safra 2024/25, indo para 6,04 milhões tons. Mundo 3 - Os números para o consumo mundial também caíram 310 mil tons, ficando em 24,3 milhões tons. China 1 - Com boas condições de safra na China, o Cotlook ampliou a previsão da safra 2024/25 para 6,04 milhões tons. Revisão para cima também feita pela CCA (6,05 milhões tons). China 2 - Já a importação de algodão em 2024/25 foi estimada pela CNcotton em 2,1 milhões tons (300 mil tons abaixo da última projeção). China 3 - Importante relembrar que em Julho o governo chinês emitiu uma cota de importação reduzida para 2024. A cota deste ano está definida em 894.000 tons, significativamente menor que nos anos anteriores. China 4 - A redução das cotas reflete o foco do governo em estabilizar os preços domésticos do algodão e apoiar os produtores locais em meio a altos níveis de estoque. Bangladesh 1 - Na semana passada, o leste de Bangladesh foi afetado por enchentes, desabrigando milhões de pessoas. O porto de Chattogram foi prejudicado, atrasando ainda mais o fluxo comercial da indústria têxtil bengalesa. Bangladesh 2 - Além das enchentes, o setor têxtil foi prejudicado pela onda de protestos em julho. Paquistão - Clima quente e chuvas continuam marcando o cenário no Paquistão, onde colheita e beneficiamento têm sido prejudicados pela umidade. Índia - A área plantada com algodão na Índia foi aferida em 11,1 milhões de hectares em 22/ago – 9,3% abaixo do mesmo período em 2023 . É a menor área desde 2016/17. Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 77,7 mil tons até a quarta semana de agosto. A média diária de embarque é semelhante à registrada no mesmo mês de 2023. Colheita 2023/24 - Até ontem (29/08), foram colhidos no estado da BA (82,47%), GO (81,9%), MA (81%), MG (85%), MS (100%), MT (87%), PI (83,8%), PR (100%) e SP (98%). Total Brasil: 86,22%. Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (29/08), foram beneficiados no estado da BA (55%), GO (49,4%), MA (31%), MG (55%), MS (54%), MT (28%), PI (29,68%), PR (100%) e SP (95%). Total Brasil: 34,55%. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 29_08 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Abrapa destaca planejamento estratégico e avanços tecnológicos em evento no MT
30 de Agosto de 2024A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou da quinta edição do Datagro Abertura de Safra Soja, Milho e Algodão para debater o planejamento estratégico, práticas sustentáveis e avanços tecnológicos dos setores de grãos e fibras para o próximo ano. Realizado de 27 a 28 de agosto, na cidade de Cuiabá (MT), o evento reuniu produtores, cooperativas, indústria, bancos e empresas de insumos com objetivo de capacitar os participantes com ferramentas e conhecimentos necessários para enfrentar com sucesso a temporada de plantio e colheita de 2023/24. Foi uma oportunidade importante para os participantes se atualizarem sobre as principais tendências e ajustarem suas estratégias para o próximo ano. Apresentamos o panorama da safra atual, onde o Brasil se tornou, oficialmente e pela primeira vez na história, o maior exportador de algodão do mundo, superando os Estados Unidos. Também destacamos o trabalho contínuo da Abrapa para aprimorar nossos processos, elevando nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade", afirmou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, durante o painel "Tendências do Mercado do Algodão", realizado em 28 de agosto. Além de Schenkel, participaram da apresentação Fernando Pimentel, presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), e Rodrigo Santiago, presidente da Junta de Corretores de Algodão, BBM. Sob a moderação de Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa, o painel abordou as novas dinâmicas do mercado de algodão, explorando desde o impacto da indústria têxtil até as questões de comercialização e preços. Duarte também participou, no dia 27, do painel “Tendências de Produção, Consumo, Preços e Comercialização de Soja, Milho e Algodão”, moderado por Isan Rezende, presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (Feagro-MT). O painel contou com contribuições de Flávio França Jr., economista e líder de Pesquisa de Grãos da Datagro. Juntos, discutiram as tendências emergentes, os fatores que impactam a produção e comercialização, e o panorama de preços para as principais commodities agrícolas.
14º CBA discutirá tendências da economia mundial e da inteligência artificial na cultura da fibra
30 de Agosto de 2024As mudanças econômicas globais e os avanços tecnológicos estão moldando a produção e comercialização do algodão brasileiro. Para entender melhor essas dinâmicas e se preparar para o futuro, o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) dedicará a manhã de 04 de setembro a dois painéis: “Agronegócio em Transformação: Análises Macroeconômicas e Tendências Financeiras” e “A Inteligência Artificial Vai Produzir Algodão? O Avanço da Agricultura Digital”. Eles reunirão especialistas para discutir as perspectivas de investimentos e o impacto da inovação no setor da fibra. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento ocorrerá de 03 a 05 de setembro, em Fortaleza. A primeira plenária, mediada pelo jornalista da rede CNN, Caio Junqueira, apresentará, aos congressistas, pontos de vista sobre como a transformação econômica global e as flutuações do mercado financeiro impactam o setor agrícola, com foco específico no algodão. O Banco do Brasil, Sicredi, Rabobank e Itaú BBA, grandes players no financiamento agrícola, terão destaque, refletindo sobre como suas estratégias financeiras modelam o panorama da produção. “Na plenária, eu e os principais economistas de quatro dos mais importantes bancos, que trabalham diretamente com o agronegócio brasileiro, vamos falar desde os impactos prováveis para o setor de algodão de temas macro, como taxa de juros, câmbio, e geopolítica mundial até temas específicos para o produtor nacional”, explicou Junqueira. A discussão também abordará a recente volatilidade nos preços internacionais do algodão e as implicações para o mercado interno, incluindo a produção recorde brasileira e o papel crescente do país nas exportações globais. “A análise das tendências financeiras ajudará a entender como o setor pode se adaptar e prosperar em um cenário econômico em constante mudança”, diz o mediador. Desafios Apesar do alto desempenho na produção e na participação global de mercado, o cotonicultor brasileiro também enfrenta desafios a curto e médio prazo, em função da conjuntura mundial da commodity, sobretudo com a queda dos preços em Nova York e a desaceleração econômica mundial. André Francisco Nunes de Nunes, economista-chefe do Sicredi, será um dos painelistas. Ele avalia que, no cenário atual, a necessidade de financiamento do agronegócio na próxima safra deve ser maior. “Analisando os três fatores, como área plantada, custo de produção e disponibilidade de recursos próprios, que ditam a demanda de crédito rural no Brasil, chegamos a essa conclusão de aumento do financiamento. A área plantada total deve expandir no Brasil em 2024/2025, somada a produtores com menor fôlego de caixa, devido à queda das commodities agrícolas nos últimos anos, e custos de produção, que devem permanecer relativamente estáveis, apontam neste sentido”, analisa. Para debater sobre investimentos, a plenária contará ainda com a presença de Maurício Une, economista-chefe do Rabobank para a América do Sul, com PhD em Economia pela Queen Mary, University of London; Marcelo Rebelo, economista-chefe do Banco do Brasil e professor de Finanças e Gestão de Negócios no Ibmec; e Pedro Barros Barreto Fernandes, diretor de Agronegócio do Banco Itaú, com ampla experiência em mercado financeiro e formação em Engenharia de Produção pela Poli-USP. Universo digital A segunda plenária da quarta-feira (4), mediada pela jornalista Patrícia Travassos, explorará a revolução da agricultura digital. O debate abordará como a inteligência artificial, a análise de dados e a agricultura de precisão estão transformando a produção agrícola. Tecnologias como sensores, drones, robôs e softwares avançados proporcionam o monitoramento detalhado das lavouras, otimizando recursos e elevando a produtividade. “Nas últimas décadas, temos testemunhado uma transformação significativa na agricultura brasileira, impulsionada pela ciência e pelas novas tecnologias. Hoje, a inteligência de dados orienta a gestão das fazendas, impulsiona a produtividade e previne perdas. Essa evolução atrai novamente os jovens para o campo, conectando-os ao mundo. É fascinante acompanhar essa mudança, especialmente, frente à crise climática, que nos obriga a buscar soluções para o futuro dos alimentos, a preservação ambiental e, claro, a nossa sobrevivência na Terra”, diz Travassos, especialista em inovação. Ela dirige a Prosa Press, produtora audiovisual focada em documentários, e possui uma vasta experiência, tendo dirigido programas como “Projeto Upload” (CNN Brasil Soft) e “Mãe S/A” (TV Globo). A tecnologia tem avançado de forma significativa, impulsionando o setor do agro para novos patamares, e dentre as novidades, está a Inteligência Artificial (IA), tecnologia que promete ser o início de uma nova era na produção de alimentos. Nova era A IA é definida como a capacidade que uma máquina tem para reproduzir competências semelhantes às humanas, tais como raciocínio, aprendizagem, planejamento e até criatividade. Através da coleta e processamento de dados, é possível fazer previsão meteorológica, estimar os preços para comercialização da safra, fazer o monitoramento da lavoura, o diagnóstico de doenças, e incrementar a agricultura de precisão, com a automação de tratores e máquinas que realizam tarefas, sem intervenção humana, dentre outras aplicações. Para falar sobre esse “admirável mundo novo”, integra o painel, Martha Gabriel, fundadora da Martha Gabriel Consultoria, uma referência no campo das novas tecnologias. Engenheira de formação, ela leciona Inteligência Artificial na pós-graduação da PUC-SP e na plataforma de aprendizagem CrossKnowledge Faculty. Além disso, é colunista nas revistas MIT Sloan Management Brasil e MIT Technology Review Brasil. Martha também integra o Institute For The Future (IFTF), a mais antiga organização educacional e de pesquisa de futuros do mundo, com a missão de “preparar o mundo para criar futuros melhores e mais equitativos”. É, também, autora de vários best-sellers, incluindo “Liderando o Futuro” e “Inteligência Artificial – Do Zero ao Metaverso”. No painel, também estará presente a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá. Doutora em Computação Aplicada, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Silvia testemunhou, ao longo dos anos como pesquisadora, as transformações tecnológicas na agropecuária, desde a era dos softwares até a digital. Atualmente, ela se dedica ao desenvolvimento de tecnologias para sistemas complexos, como Inteligência Artificial, blockchain e Internet das Coisas (IoT). A plenária é composta ainda por Maurício Schneider CEO da StartSe Agro e cofundador da Solubio, uma das gigantes biotechs do agronegócio brasileiro. Especialista em estratégia e alavancagem de negócios a partir da criação de frameworks modernos capazes de levar os empreendedores e as empresas a um crescimento mais sustentável.
Fortalecimento da Marca do Algodão Brasileiro: Um Congresso de Excelência
28 de Agosto de 2024O 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) reunirá, de 3 a 5 de setembro em Fortaleza (CE), um time de especialistas de peso para discutir estratégias que visam fortalecer a marca do algodão brasileiro tanto no mercado interno quanto no externo. Organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento contará com a participação de renomados profissionais nacionais e internacionais, que irão conduzir debates essenciais para a construção de uma imagem sólida para o produto. O congresso abordará temas cruciais para o fomento do consumo do algodão, alinhados com as demandas atuais do mercado. No último dia do evento, quinta-feira, 5 de setembro, serão realizados dois painéis de destaque: "Estratégias globais no mercado têxtil: conectando com o consumidor final" e "Branding e algodão brasileiro: como fortalecer a marca no mercado". A mediação do primeiro painel será conduzida pela jornalista Maria Prata, conhecida por seu trabalho de destaque na área de moda. O Brasil, sendo o maior exportador e o terceiro maior produtor mundial de algodão, com uma previsão de colheita de 3,67 milhões de toneladas para a safra 2023/2024, enfrenta o desafio de alavancar sua produção interna. Atualmente, apenas cerca de 720 mil toneladas do total colhido são destinadas ao mercado nacional, enquanto o excedente é majoritariamente exportado para a Ásia. A necessidade de estratégias eficazes para lidar com este cenário será o foco do primeiro painel, com a participação de Fernando Pimentel, diretor superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), e Marcos De Marchi, presidente da Vicunha Têxtil. A visão internacional será aportada pelos consultores Giuseppe Gherzi e Marzia Lanfranchi. Gherzi, uma referência global, é conhecido por sua consultoria pioneira no setor têxtil desde 1929, enquanto Lanfranchi é cofundadora da plataforma "Cotton Diaries", dedicada à sustentabilidade na cadeia de fornecimento de algodão. Fernando Pimentel destaca a importância de uma abordagem integrada para aumentar a demanda interna por algodão. Ele enfatiza a necessidade de conectar a indústria ao consumidor final, promovendo uma produção responsável em termos sociais, ambientais e de governança. "A indústria deve demonstrar seu compromisso com práticas sustentáveis e um ecossistema coordenado, atendendo ao consumidor sem comprometer o meio ambiente", afirma Pimentel, que também ressalta a importância de compreender as mudanças nas preferências do consumidor e a concorrência com fibras sintéticas. O segundo painel, mediado por Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa, discutirá a importância do branding para transformar o algodão em uma marca forte, com propósito e valores que atraem o consumidor. Participarão deste painel João Branco, reconhecido pela Forbes como um dos melhores profissionais de marketing do Brasil, George Candon, especialista em política internacional e comunicações de reputação, e Luis Fernando Samper, da 4.0 Brands, conhecido por sua expertise em estratégias de diferenciação para produtos agrícolas, como o café colombiano. Silmara Ferraresi ressalta que o congresso deste ano é especialmente significativo, marcando o 25º aniversário da Abrapa e celebrando as conquistas da cotonicultura brasileira. "O CBA evoluiu de um evento técnico-científico para uma plataforma que promove a imagem e a desejabilidade do algodão brasileiro no mercado global", afirma Ferraresi. Ela conclui que a presença de tantos especialistas renomados em um único evento representa uma oportunidade rara e valiosa para o setor.