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Drones são reforço na aviação agrícola contra o bicudo do algodoeiro
30 de Agosto de 2017

A batalha contra o bicudo do algodoeiro, desde o século 18, mobiliza produtores, cientistas e empresas diversas da cadeia produtiva da fibra. Só nos Estados Unidos, em cinquenta anos, mais de US$ 40 bilhões já foram investidos em defesa fitossanitária com foco na praga, em uma batalha, que, ao que parece, ainda está longe de terminar. Mas novidades surgem no cenário e tornam o controle aéreo mais efetivo e acessível, como os drones, usados na pulverização de defensivos. O tema figurou no minicurso Tecnologias de aplicação para melhorar a eficiência no controle de pragas, realizado na tarde desta terça-feira (29), no primeiro dia de programação do 11°Congresso Brasileiro do Algodão (11°CBA), com participação do pesquisador da Campear Agricultura/Biomonte Pesquisa, Rodrigo Franco Dias, de Marcelo Rodrigues Caires, da Associação Sul Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), e coordenação de Marcos Vilela, do Centro Brasileiro de Bioaeronáutica. O 11°CBA prossegue até sexta-feira (1°/09) e reúne em torno de 1,2 mil participantes de toda a cadeia produtiva da fibra no Centro de Convenções de Maceió/AL, sob o comando da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Segundo Marcos Vilela, o drone chega na produção com toda força. "Eu tenho 60 anos de experiência em tecnologia de aplicação e nunca vi um fenômeno tão avassalador. A posição dele na agricultura é única. Chega para preencher uma lacuna, se transformando no avião do pequeno agricultor. O que precisamos é desenvolver os equipamentos e as formas ideais de aplicação e logística para ele, acompanhando os outros princípios de tecnologia de aplicação no tratamento das pragas de algodão", afirma. Para os especialistas, o bicudo não admite falhas. "Ele entrou aqui no Brasil em 1983, quando Já havia a tecnologia de Ultra Baixo Volume no Brasil (UBV), lançada em 1965. Durante esse período, tivemos altos e baixos na tentativa de controlar a praga", diz. Vilela explica que, naquela época, os custos com defesa "não eram tão exorbitantes". Representavam de 20% a 30% dos custos de uma lavoura de algodão. "Hoje, pelos últimos dados, 42% do custo de produção são relativos à defesa fitossanitária. É um número absurdo", pondera Vilela, afirmando que, em uma lavoura não controlada, pode-se perder de 30% a 50% de produção. "Um casal de bicudos, dentro de um ciclo de oito semanas, pode gerar 12 milhões de indivíduos e cada um deles destrói uma maçã. Quando você vê um enxame de bicudos, está vendo um caminhão de algodão indo embora", exemplifica. Marcos Vilela considera que,  com as tecnologias de Ultra Baixo Volume (UBV), de Baixo Volume Oleoso (BVO) mais o drone, os custos de controle e combate podem baixar. Sobre as aplicações chamadas cirúrgicas, aplicadas em áreas pontuais, ele é taxativo. "O bicudo não nos permite ser cirúrgicos. Ou limpa tudo, ou espera a pancada", sentencia. Marcelo Rodrigues Caires, da Ampasul, em sua palestra abordou as tecnologias e a qualidade de operação, o que inclui a observação de uma série de fatores, que vão desde os climáticos, e relativos aos ventos, bem como o momento certo de aplicação, calibragem dos equipamentos, dentre outros.  "Tudo isso focado no UBV", ressalta. Ultra Baixo Volume (UBV) é o nome que se dá para aplicações de defensivos em volumes abaixo de cinco litros por hectare, em forma pura, ou diluídos em um veículo oleoso. As técnicas de UBV para diminuir a evaporação das gotas e aplicar inseticidas concentrados foram usadas em aplicações aéreas pelos ingleses na África e na Ásia, após a Segunda Guerra Mundial, para o controle de gafanhotos e mosquitos, mas somente se tornaram operacionais em 1963 após um trabalho realizado por cientistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Companhia América Cyanamid produtora do inseticida Malathion.

Novas práticas são estratégicas para combater problemas fitossanitários
30 de Agosto de 2017

O algodão é uma planta que possui glândulas que segregam açúcar e isso é um fator atrativo para pragas. Com a chegada da produção de algodão no cerrado, ele passou a conviver com a soja e o milho e problemas fitossanitários que eram específicos de uma cultura, migraram para outras. Para atualizar produtores e profissionais do segmento quanto a novos problemas e suas tecnologias de proteção, foi realizado nesta terça-feira (dia 29/08), o minicurso “Proteção de plantas e novos problemas dos sistemas de produção”, integrando a programação científica do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). De acordo com o palestrante Walter Jorge dos Santos, engenheiro agrônomo da Agroambiental Consultoria, a rotação de culturas é fundamental para o ambiente, mas de modo geral, ocasiona contato com outros indivíduos, como pragas que são típicas de todo o sistema. Para combater os problemas causados pela mobilidade das doenças que passam de um sistema para outro, estão surgindo novas tecnologias para atacá-las, como é o caso de culturas transgênicas e de herbicidas que em breve estarão disponíveis no mercado brasileiro, como Dicamba 24D. Professor do Departamento de Produção Vegetal da Esalq, Pedro Chistoffoleti foi o segundo palestrante do minicurso e pontuou os desafios que o produtor enfrenta no controle de novas ervas daninhas de grande resistência a herbicidas. “É necessário utilizar novas adaptações em seu sistema de plantio e refletir um pouco sobre os instrumentos que estão sendo utilizados em seus sistemas agrícolas. Embora o produtor diversifique o sistema, ele não varia o herbicida e isso gera esses problemas de plantas de difícil controle”, alerta. Ainda de acordo com Chistoffoleti, como na área de herbicidas não houve evolução de novos produtos, a principal recomendação é variar o sistema de manejo e o uso de defensivos, além de reaprender a usar produtos antigos de uma maneira diferente. “Precisamos pensar no sistema como um todo. Nenhum produtor é exclusivamente de algodão. É preciso rotacionar as culturas, quer seja com soja, milho ou até com trigo, pois os problemas de plantas daninhas são recorrentes”, diz. As discussões ganharam fôlego com a participação do pesquisador da Embrapa, Luiz Chitarra, que reforçou as informações sobre os novos problemas do sistema de produção. O 11°Congresso Brasileiro do Algodão (11°CBA) é realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e acontece até 1° de setembro, no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió. Números do 11° CBA: Público: 1,2 mil participantes Palestrantes: 84 Palestrantes internacionais: 7 Conferências plenárias: 15 Minicursos: 06 Serviço O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1° de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

Novas variedades de algodão são apresentadas no 11º CBA
30 de Agosto de 2017

Na corrida por mais produtividade, fibra de qualidade e resistência a doenças, os produtores de algodão têm a sua disposição uma oferta crescente de cultivares. Uma amostra de inovações em pesquisa nesta área foi apresentada na tarde de hoje (29.08) durante o minicurso Novas cultivares, que integra a programação do 11º Congresso Brasileiro de Algodão (11° CBA). Realização da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o evento reúne até esta sexta (01.09) 1,2 mil participantes no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió, em Alagoas. Um dos palestrantes do minicurso, o coordenador científico do Congresso Eleusio Freire conta que, até 2012, a safra brasileira era produzida com apenas três a quatro cultivares. “Após a chegada da Helicoverpa zea nas lavouras nacionais, o nosso mercado chegou a trabalhar com 35 variedades de cultivares transgênicas; hoje são 25”, conta o pesquisador e consultor da Cotton Consultoria. Nesse contexto, Eleusio alerta para a importância dos produtores fazerem uma avaliação precisa. “Ao plantar algodão, a escolha por uma cultivar pode representar um ágio de 10% ou, pelo contrário, um deságio do mesmo porcentual”, ressalta. Lançamentos – Ao longo das apresentações do minicurso, os participantes puderam conhecer uma série de lançamentos do mercado.  O coordenador de Projetos e Difusão de Tecnologias do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Márcio de Souza, por exemplo, chamou atenção para a variedade em fase de lançamento  IMA 5801B2RF. “Trata-se de um material resistente a nematoides e à ramulária”, informa. Já o líder do programa de melhoramento genético do algodoeiro na Embrapa Camilo Morello destacou a BRS 433FLBLRF, uma variedade transgênica de fibra longa, com resistência tanto a herbicidas quanto a lagartas. “Nosso grande desafio tem sido agregar características de alta rentabilidade com redução de custos, de forma a solucionar os problemas dos nossos produtores rurais”, afirmou Camilo, que apresentou também no Congresso análises de desempenho de outras quatro cultivares transgênicas e uma convencional desenvolvidas pela Embrapa. O minicurso contou ainda com apresentações do engenheiro agrônomo Rafael Zeni, pesquisador em Desenvolvimento de Produto da Tropical Melhoramento & Genética (TMG); de Rogério Ferreira, responsável pelo desenvolvimento agronômico de variedades de algodão da Bayer, e do gerente técnico da J&H Cotton, Rinaldo Pirozzi Silva.

Minicurso alerta para as vantagens das plantas de cobertura no consórcio soja-milho-algodão.
30 de Agosto de 2017

O uso de plantas de cobertura no sistema milho-soja-algodão pode representar uma economia de até US$200 por hectare para o produtor nos custos de fertilizantes e no manejo do solo das lavouras de algodão. Apesar da vantagem financeira, estima-se que apenas 30% dos cotonicultores do Brasil utilizam a técnica, que também traz benefícios ambientais. O tema foi tratado no minicurso Plantas de cobertura, descompactação e agregação de matéria orgânica, realizado hoje (29), no primeiro dia de programação do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA) que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realiza até a próxima sexta-feira (1°/09), no Centro de Convenções de Maceió. O minicurso foi ministrado pelo agrônomo e doutor em fitotecnia da Embrapa Algodão, Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira e pelo também agrônomo e doutor em agricultura da mesma instituição, Júlio César Bogiani. As plantas de cobertura de várias espécies estão na base do sistema de plantio direto e também podem entrar na rotação de culturas. Um dos modelos mais utilizados pelos produtores é o uso concomitante do capim com o milho, depois da soja ser colhida e antes do algodão ser plantado. A palhada remanescente após a colheita do milho serve de base para o plantio do algodão. Os técnicos explicam que a matéria orgânica é incorporada ao solo, reduzindo a necessidade de introdução de nutrientes, como nitrogênio, já as raízes do capim aeram o terreno. A proteção do solo contra a erosão e o impacto das gotas de água são destacados por Alexandre Ferreira, assim como o combate às plantas daninhas. "Durante o crescimento das plantas de cobertura, elas competem com as plantas invasoras. Possuem também o chamado efeito alelopático, produzindo substâncias químicas desfavoráveis ao desenvolvimento das plantas daninhas", afirma Ferreira. A massa orgânica sobre a qual é plantada o algodão forma uma espécie de 'colchão' que protege o algodoeiro de doenças como o mofo branco, dentre outras. Segundo o coordenador científico do 11° CBA, Eleusio Curvelo Freire, dentre as razões para a técnica ainda não ser plenamente utilizada, estão os custos com sementes de plantas de cobertura, que chegam a US$ 100 por hectare. "Basta matemática simples para comprovar as vantagens da técnica, que promove uma economia de US$300 por hectare com insumos e manejo de solo", afirma Eleusio Curvelo, ressaltando que, nos Estados Unidos, o plantio direto na palha é amplamente utilizado há mais de 20 anos. Números do 11° CBA: Público: 1,2 mil participantes Palestrantes: 84 Palestrantes internacionais: 7 Conferências plenárias: 15 Minicursos: 06 Serviço O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1° de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

Manejo integrado minimiza impactos dos nematoides sobre cultura do algodã
30 de Agosto de 2017

Para três problemas, três soluções. Apesar de preocupar os cotonicultores brasileiros, o perigo dos nematoides - das galhas, das lesões e o reniforme - pode ser controlado com o manejo adequado, aplicando três técnicas principais integradas: uso de nematicidas, de cultivares resistentes ou tolerantes e a rotação de culturas. Essas ferramentas juntas, associadas ao manejo correto de máquinas e equipamentos, podem minimizar os impactos da infestação de nematoides que, em alguns casos, inviabiliza toda a produção. Em função desse cenário, durante o minicurso “Manejo de nematoides: controles químicos, biológicos e culturais”, que acontece no 11º Congresso Brasileiro do Algodão de 29 de Agosto a 01 de Setembro de 217 em Maceió, os especialistas Mário Inomoto, da Universidade de São Paulo, Rafael Galbieri, do IMAmt e Fabiano Perina, da Embrapa Algodão, apresentaram um diagnóstico da situação dos nematoides nos cerrados, trazendo dados sobre o manejo destes na Bahia e no Mato Grosso, para diminuir ou controlar o problema nessas regiões. “O ideal é não deixar o nematoide entrar na fazenda, mas, uma vez instalado, o primeiro passo é encarar o problema como prioridade, acompanhar e controlar a infestação. A partir daí, é preciso não se basear em uma única prática, mas sim, em um conjunto de soluções integradas que, no decorrer do tempo, serão capazes de propiciar a produção satisfatória do algodoeiro”, explica Rafael Galbieri, informando que, nos últimos 10 anos, a infestação de nematoides aumentou cinco vezes no Mato Grosso e em Goiás. Segundo Galbieri, é importante o acompanhamento do histórico da área, principalmente, no que diz respeito ao tipo de nematoide para direcionar as pesquisas e tomar as decisões com base na realidade local. “Mas quando o problema já está instalado é fundamental monitorar, quantificar e qualificar o nematoide para integrar os métodos de manejo na propriedade, evitando perdas”, enfatiza o especialista, lembrando que isso vale para produtores com mais de uma propriedade e que utilizam os mesmos implementos agrícolas, favorecendo a disseminação. “Para minimizar ou evitar essa situação, é fundamental que pelo menos os tratos culturais mecanizados sejam orientados, de forma que as áreas infestadas sejam feitas por último. Também é importante a limpeza de todo o maquinário após os tratos. Esses procedimentos simples vão favorecer a não disseminação de outras doenças, plantas daninhas e insetos”, finaliza Galbieri.  

Controle biológico de pragas mostra eficácia e reduz gastos com defensivos na lavoura do algodão
30 de Agosto de 2017

O uso do controle biológico nos sistemas de produção foi um dos temas em destaque no primeiro dia do 11º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que teve início nesta terça-feira (dia 29/08), no Centro de Convenções de Maceió. O assunto foi abordado em um minicurso que focou especialmente na utilização do controle biológico nas lavouras de algodão do cerrado, principal região produtora do país. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, o 11º CBA segue até sexta (dia 01/09), com expectativa de reunir um público de 1,2 mil participantes. Com 4h de duração, o minicurso foi ministrado por três renomados especialistas na área: Carlos Marcelo Soares, engenheiro agrônomo com pós-doutorado em Controle Microbiano de Inseto; Flávio Henrique.Medeiros, professor de  fitopatologia e orientador do programa de pós-graduação em agronomia/fitopatologia da Universidade Federal de Lavras, e  Rose Monnerat,  pesquisadora  da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, onde coordena o Centro de Recursos Biológicos de Agentes de Controle Biológico, o Laboratório de Bactérias Entomopatogênicas e a Plataforma de Criação de Insetos. Cada vez mais disseminado entre as modernas técnicas de manejo de culturas, o controle biológico tem como objetivo reduzir os prejuízos causados pelas pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças, a partir do uso de seus inimigos naturais. Na fauna e na flora brasileira, existem espécies, como bactérias, fungos e insetos que podem atuar de forma muito eficiente para otimizar a defesa das lavouras. “O objetivo do minicurso é mostrar as novas tecnologias desenvolvidas nessa área e como elas estão sendo utilizadas”, explica Rose Monnerat. Ela ressalta que hoje as pragas estão disseminadas em lavouras de todo o país.  Nesse contexto, o uso do controle biológico pode se traduzir em grandes vantagens financeiras para o produtor e representa ganhos inestimáveis para o meio ambiente, pois reduz o impacto da utilização dos defensivos tradicionais. Algumas estimativas mostram que, no caso do algodão, é possível reduzir em até 50% os gastos com uso de defensivos, utilizando agentes biológicos. Com base nisso, a técnica pode levar a uma grande economia, já que a aplicação de defensivos significa cerca de 40% dos gastos com a produção. Um exemplo dessa eficácia é o uso do Trichogramma, também conhecido como vespinha, para controlar os ovos das pragas. Ele atua como um parasita, pondo seus ovos nas lagartas, impedindo desta forma que elas se reproduzam e causem os danos às plantas. O uso de tecnologias como os drones potencializa o controle biológico, por permitir uma ação “cirúrgica” da sua aplicação, garantindo que as áreas  ameaçadas da lavoura sejam  rapidamente protegidas. A pesquisadora da Embrapa destacou que, quanto mais se investir na criação de biofábricas, menor será o custo do produtor para aderir às novas tecnologias com base no controle biológico. O tema será também abordado em uma sala temática do CBA que acontecerá na quinta-feira (dia 31), das 14h30 às 16h, com a participação de dois palestrantes do minicurso, Rose Monnerat e Carlos Marcelo Gomes, além do engenheiro agrônomo e diretor Executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão, Lício Augusto Pena Sairre. Números do 11° CBA: Público: 1,2 mil participantes Palestrantes: 84 Palestrantes internacionais: 7 Conferências plenárias: 15 Minicursos: 06 Serviço O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1° de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

11° CBA: o mundo precisa do algodão brasileiro.
30 de Agosto de 2017

Realizado pela Abrapa, o 11º Congresso Brasileiro do Algodão foi aberto oficialmente na noite desta terça-feira (dia 29/08), no Centro de Convenções de Maceió/AL. A solenidade contou com a participação do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura, do diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o  embaixador João Almino, e do representante do presidente da Embrapa, o chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa. O evento, uma realização da Abrapa, acontece até sexta-feira (dia 01/09), com a expectativa de reunir cerca de 1,2 mil participantes. Em seu discurso, Arlindo Moura destacou a conjuntura favorável para o algodão, tanto do ponto de vista agronômico, pelo bom desempenho da safra que está finalizando agora (2016/2017) e pela expectativa otimista para 2017/18, quanto pelo aspecto mercadológico, que motiva os produtores a pensar em ampliar área plantada e os fornecedores da cadeia produtiva do algodão a prover os insumos e tecnologias necessários a uma provável expansão. Moura também frisou a liberação gradativa dos estoques chineses, que sugerem a sustentação dos preços atuais da commodity em torno de US$0,70 a libra peso. "A política de proteção aos agricultores chineses se tornou, literalmente, um "fardo" – caro e ruim – mantido a um custo insustentável de US$1,2 por libra-peso. O país importava quatro milhões de toneladas de pluma. Passou para um milhão e, este ano, comprou 1,2 milhão. Particularmente, acredito que ela possa voltar aos patamares de três ou quatro milhões de toneladas em dois anos", disse o presidente. "O mundo não só quer, como precisa, do nosso algodão. E nós temos todas as condições para suprir essa demanda de forma escalonada e sustentável", disse. O chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa, representando o presidente da entidade, Maurício Lopes, destacou a tradição do CBA na cotonicultura e a presença da Embrapa desde os primórdios do Congresso, quando ainda se chamava Reunião Nacional do Algodão. "As colheitas revelam alta produtividade e maturidade do algodão brasileiro para abastecer a nossa indústria têxtil e de mais de 100 países no mundo todo. O algodão pode ser plantado em quase todo o território brasileiro e com tecnologia de produção é possivel fazê-lo voltar ao semiárido, assim como novos métodos de cultivo e de máquinas para a pequena agricultura", afirmou. De acordo com Barbosa, a Embrapa trabalha para o algodão, seja ele transgênico, convencional, branco, ou colorido. "É um esforço diuturno para competir com a fibra sintética e, na próxima semana, assinaremos um convênio com a Abrapa e IMAmt para o desenvolvimento de algodão transgênico resistente ao bicudo do algodoeiro", revelou. O secretário da Agricultura do estado de Alagoas, Álvaro Vasconcelos, falou sobre a importância do resgate da cultura do algodão no estado, que já esteve em destaque no Brasil. "Queremos diversificar nossa agriculta com a reintrodução do algodão, para gerar emprego e renda para o estado e contribuir para economia alagoana e brasileira", concluiu. Luxo brasileiro Primeira parceria oficial do movimento Sou de Algodão, liderado pela Abrapa, para fomentar o consumo no mercado interno, a estilista alagoana Martha Medeiros, convidada especial da noite, empolgou a plateia com o relato de sua trajetória de empresária, desde o tempo em que começou a mostrar o seu trabalho como vendedora na feira de artesanato de Pajussara, em Maceió, e que agora se estende até uma loja própria em Los Angeles, nos Estados Unidos. Suas criações, hoje exportadas para mais de 30 países, sempre tiveram relação estreita com o algodão, pois é baseado na renda e no bordado tradicionais do seu estado natal. A estilista aposta no algodão como uma forma de fazer moda com qualidade, responsabilidade social e respeito ao consumidor. "Fui desafiada pela Abrapa a fazer uma coleção, que acabo de lançar, com ênfase no algodão. Poderia ter utilizado qualquer fibra sintética, mas acredito que o futuro tem um coração antigo. Uma roupa de algodão é uma forma de abraço", comparou. Martha Medeiros também falou da importância para seu trabalho para a vida de 400 mulheres rendeiras que atuam organizadas em cooperativas. "Só trabalho com mulheres cooperativadas. Onde não existe essa forma de organização, nós criamos. Queremos que elas trabalhem com dignidade e auto estima", concluiu.

Embrapa apresenta diagnóstico sobre utilização das terras brasileiras no 11º CBA
30 de Agosto de 2017

O Brasil é o país que mais protege o meio ambiente no mundo, com 66% de sua vegetação preservada. Essa afirmação é do Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo Miranda, palestrante da primeira plenária deste segundo dia do 11º Congresso Brasileiro do Algodão. Miranda trouxe um diagnóstico detalhado sobre a atribuição, a ocupação e os usos de terra no Brasil e, na oportunidade, entregou o trabalho "Análise Territorial do Cadastro Ambiental (CAR) da Bahia" para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Busato. No tocante às atribuições de terra, o Governo Federal dedica cerca de 30% do território para unidades de conservação, regiões indígenas, reforma agrária, além de áreas reservadas para os militares, quilombolas e assentamentos.  "Isso significa que um terço do país potencialmente produtivo está legalmente reservado e protegido, enquanto  os grandes países preservam, em média, apenas 10% de seu território.", avalia Miranda. O desafio, segundo ele, é atender às determinações legais da atribuição de terras no Brasil, diante da atual ocupação dos espaços e seus diversos usos. Os 70% restantes do território, conforme o diagnóstico da Embrapa, estão distribuídos entre áreas urbanizadas, complexos energéticos mineradores, infraestrutura viária, superfícies hídricas e terras devolutas. Existem ainda os usos de terras agrícolas para pastagens, lavouras, florestas plantadas e vegetação preservada. "O fato é que todos os estados brasileiros preservam mais do que determina a legislação ambiental. Ou seja, o mundo não tem o que reclamar de nós por causa do desmatamento, e sim ter medo do potencial agrícola brasileiro, que ocupa 9% do território nacional com lavouras e florestas quando na verdade seria razoável utilizar até 20%", finalizou o Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite. Serviço O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1 de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)