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Homenagem a Sérgio De Marco
18 de Julho de 2017

Uma solenidade de homenagem ao assessor especial do Ministério da Agricultura, na gestão do ministro Blairo Maggi, Sérgio De Marco, encerrou a pauta da reunião da Câmara Setorial do Algodão. De Marco, que deixou recentemente o cargo, é cotonicultor, ex-presidente da Abrapa, membro do Conselho Consultivo da entidade,  e presidiu a câmara por dez anos. Ele recebeu o reconhecimento dos membros pela sua histórica atuação na cotonicultura brasileira, com ações que se reverteram em benefícios para o agronegócio do país, em especial, para o algodão. Sérgio De Marco recebeu das mãos do presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Arlindo de Azevedo Moura, uma placa pelo mérito na "construção de uma nova história para o país", que agradecia o tempo dedicado pelo assessor especial à vida pública e às questões ligadas ao agro. "Fui conhecer, à essa altura da vida, o serviço público. Começávamos o dia com o ministro Blairo Maggi às oito da manhã, tratando de café, cacau, biodiesel, fumo e soja. Às oito da noite, ainda estávamos falando de juros, vendas de máquinas agrícolas e, sempre, de algodão", lembrou De Marco, enfatizando a capacidade e eficiência do ministro Blairo Maggi à frente da pasta. "Somos amigos há 30 anos, mas nunca havíamos tido tanta convivência como agora. Sou testemunha da sua competência e preparo", disse. A posição estratégica da Câmara Setorial do Algodão e Derivados também foi ressaltada pelo homenageado. "Posso dizer que nenhuma decisão governamental que impacte o setor algodoeiro acontece sem consulta prévia a essa câmara. E isso se repete nas 39 Câmaras Setoriais do Ministério", disse Sérgio De Marco, que destacou o estreitamento entre as demandas do setor e as políticas públicas, com a intermediação da Câmara. "E, dentre todas as outras, a Câmara Setorial do Algodão é uma referência", afirmou. Dedicação Sérgio De Marco ressaltou a importância das pessoas que contribuíram, dentro e fora do Governo, para o seu trabalho, e, direta ou indiretamente, para o bem do país. Do Mapa, frisou o papel e a dedicação do coordenador geral de Fibras, Oleaginosas e Borracha, José Maria dos Anjos, do diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento, Sávio Rafael Pereira, e, em especial, do secretário de Política Agrícola, Neri Geller. Da iniciativa privada, Sérgio De Marco ressaltou o trabalho do diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, assim como do diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins. Sobre a aposentadoria, Sérgio De Marco pontuou que não será um retiro decisivo. "Vou dedicar mais tempo à minha família, aos meus quatro netos e à nossa qualidade de vida. Mas estarei sempre disponível para trabalhar, de coração e voluntariamente, pelo algodão", disse. Para o presidente da Abrapa, Sérgio De Marco é personagem protagonista na moderna cotonicultura brasileira. "Ele imprimiu sua marca na história como cotonicultor pioneiro, como líder classista e, agora, recentemente, como um servidor público que soube usar seu conhecimento de empresário para contribuir para a desburocratização do setor. Sempre lhe seremos gratos", concluiu Moura.

Missão Compradores 2017 – Profissionalismo da cadeia produtiva do algodão impressiona visitantes na expedição promovida pela Abrapa.
17 de Julho de 2017

A colheita da safra de algodão no Brasil em 2016/17 ainda não chegou à metade dos seus 926 mil hectares, mas impressionou os visitantes estrangeiros que, a convite da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), conheceram na última semana, entre os dias 9 e 14 de julho, algumas das mais representativas etapas da cadeia produtiva da fibra nos três maiores estados cotonicultores do país, em ordem decrescente de tamanho, Mato Grosso, Bahia e Goiás. A Missão Compradores é uma iniciativa implementada pela Abrapa em 2015, que tem por objetivo promover o algodão brasileiro e prospectar negócios no mercado internacional. Nesta edição, integraram a expedição 15 representantes de indústrias e cinco tradings, de sete países – Peru, Bangladesh, Paquistão, China, Turquia, Coreia do Sul e Índia. Majoritariamente asiáticos, eles fazem parte dos dez maiores compradores do algodão brasileiro. Cinco tradings que atuam no Brasil também assinam a expedição, Ecom, Reinhart, Dreyfus, Cofco e Cargill. Em cada um dos estados visitados, a Abrapa conta com a parceria das associações estaduais, a Abapa, na Bahia, a Agopa, em Goiás, e a Ampa, no Mato Grosso. Muitos dos visitantes vieram pela primeira vez, e se surpreenderam com a magnitude dos sistemas produtivos, a tecnologia investida pelos produtores brasileiros, e as vastas lavouras do cerrado, bem diferentes do sistema familiar que caracteriza gigantes produtores como a China e a Índia. Veteranos, sobretudo representantes das tradings, destacaram a retomada dos altos níveis de produtividade e qualidade na safra que está sendo colhida, em função da volta à normalidade do clima. A expectativa dos cotonicultores é colher, nesse ciclo, 1,5 milhão de toneladas de pluma, o que representa 20% a mais de produção ante a safra 2015/16, mesmo com a redução de área de 4%. Para o trader Richard Pollard, da Ecom, o que mais chamou sua atenção este ano foi o reflexo da melhoria do clima sobre as lavouras e no ânimo dos cotonicultores. Ele destaca a importância da Missão para pôr os compradores em contato com uma realidade totalmente diversa. "O Brasil é único, e os investimentos aqui são muito altos. É difícil para um gerente de fiação em Taiwan, na China ou no Paquistão visualizar quão diferentes e profissionais são as operações brasileiras em produção de algodão, até que eles venham para o Brasil e vejam por eles mesmos", disse. Maqboll Alam Baig, gerente de compras da Interloop Limited, do Paquistão, foi um desses visitantes de primeira vez. Após conhecer lavouras, beneficiadora e os laboratórios de classificação de fibra por HVI nos três estados, ele se disse muito confortável em negociar algodão com o Brasil. "Ficamos muito satisfeitos com o convite da Abrapa. Pudemos ver o quanto o Brasil está investindo no desenvolvimento da cotonicultura e melhorando a qualidade da sua fibra", afirmou. O diretor geral de compras da fiação coreana Kukil Spinning, Hyun Seok Kim, já havia estado no Brasil por duas vezes. "Mas isso foi há muito tempo, quando o país começou a exportar algodão. Hoje, posso dizer que o Brasil é muito bom em qualidade e, por isso, os preços se comparam ao do algodão americano. Estamos  muito satisfeitos com a qualidade de vocês", afirmou. Pela primeira vez visitando fazendas no país, Babul Chandra Nandi, da Rising Spinning & Rising Industries de Bangladesh, diz que a companhia já era compradora do algodão brasileiro, e vai incrementar o volume de compras. "Esse tour está sendo muito educativo para nós. Bangladesh é um grande importador e é bom ver a realidade de onde compramos", disse. Mercado em expansão O Brasil deve exportar em torno de 610 mil toneladas de pluma em 2017, mas a liberação dos estoques de reserva que vinham sendo mantidos pela China, e que, segundo o mercado, eram suficientes para suprir por um ano a demanda do país, abre espaço para uma presença ainda mais robusta do algodão brasileiro.  Segundo Robin Pigot, da Cargill, a grande mudança no mercado asiático deverá ser protagonizada pela China, com o fim do programa de estoque que o governo chinês mantém para a proteção da indústria local. "Esse programa chegará ao fim no ano-safra 2017/18 e a China terá de recuar e voltar a importar. O país importou em torno de 4,5 milhões de fardos no ano passado e deverá comprar entre 10 e 15 milhões de fardos em 2019/20. Assim sendo, poderá facilmente haver um crescimento entre seis e dez milhões de fardos na demanda de importação chinesa. Eu acredito que três milhões de fardos ou mais poderão ser supridos pelo Brasil, se o país produzir mais", prevê. Quinta marcha Durante a missão, em diversos momentos, os visitantes apontaram a abundância de água e a diversidade entre os polos produtores do Brasil, como um trunfo do país frente a adversários como a Austrália, e se disseram impressionados com a evolução da cotonicultura nacional. "Todo mundo fala muito do algodão australiano, mas o que as pessoas muitas vezes não mencionam é que os australianos dependem da água. Se tem uma seca, acaba a produção deles. Esse é um problema que não existe no Brasil. É um player importante, que não pode ser ignorado. Tudo depende do preço, mas o Brasil pode vender a sua produção na segunda metade do ano, e o segundo semestre é muito importante. Antes, nós tínhamos o algodão africano, que era muito forte o ano inteiro. Agora, ele acaba no mês de julho, e é isso que eu explico para todo o pessoal do sudeste asiático está viajando comigo. Outro aspecto muito importante é a reputação o Brasil conquistou como um fornecedor que cumpre os seus contratos", diz Danny Van Namen, vice presidente da Reinhart para o Sul da Ásia. "Estive muitas vezes no Brasil, inclusive dez ou quinze anos atrás, quando o país era um importador de algodão. Hoje, está na 'quinta marcha' e é incrível o que está acontecendo aqui. Viajo para muitos países produtores de algodão pelo mundo afora e o que vejo no Brasil excede as expectativas", conclui. Missão cumprida Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, a cada ano, reforça-se a certeza de que a iniciativa é importante e traz reflexos diretos nos negócios brasileiros com algodão. "Precisamos levar cada vez mais longe a mensagem de que somos não apenas um grande produtor, mas um fornecedor de algodão de qualidade, produzido em modos sustentáveis tanto do ponto de vista econômico, quanto social e ambiental. Somos o maior produtor de algodão licenciado pela Better Cotton Iniciative (BCI) do mundo, com 71% de certificação da nossa safra, e temos o nosso programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que excede em rigor a certificação internacional e hoje já é adotado por 81% dos cotonicultores brasileiros.  Mas, para entender tudo isso, quando se está do outro lado do mundo e do outro lado do balcão, nem sempre é fácil. Às vezes é preciso ver de perto para crer", diz o presidente da Abrapa. Na Bahia, os visitantes conheceram a Fazenda Busato I, a beneficiadora Warpol, ambas do Grupo Busato, o pátio de armazenamento da trading Ecom e o Laboratório de Análise de Fibra da Abapa. Em Goiás, estiveram no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Abrapa, na Fazenda Pamplona, do Grupo SLC, e no Laboratório de HVI da Agopa. Em Mato Grosso, o grupo conheceu a Fazenda Cidade Verde (Grupo WDF Agro), as Fazendas Santo Antonio e Philadelphia, ambas do Grupo Bom Futuro, o laboratório de HVI da Unicotton, e visitou a "Expoverde". Ainda no Mato Grosso, os visitantes estiveram no laboratório de HVI e na fiação da Cooperfibra, assim como na  beneficiadora da Cooperbem. Após a etapa de visitas técnicas, os integrantes da Missão Compradores 2017 encerraram a agenda na Chapada dos Guimarães (MT), onde o grupo participou do XVI Anea Cotton Dinner, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), no dia 14 de julho, no Malai Manso Resort.

Plano Safra BB - Aumento de 30% no volume de recursos ofertados anima produtores de algodão
11 de Julho de 2017

Representada pelo conselheiro e tesoureiro Eduardo Logemann, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) acompanhou, na manhã de hoje (11), o lançamento do Plano Safra 2017/2018 do Banco do Brasil (BB), cujo montante é de R$103 bilhões, com redução de um ponto percentual nas taxas de juros das linhas de custeio, investimentos e de comercialização da agricultura empresarial. A solenidade teve presença do presidente Michel Temer e dos ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, e Blairo Maggi, da Agricultura. Do total ofertado, R$ 11,5 bilhões serão destinados às empresas da cadeia do agronegócio e R$ 91,5 bilhões, aos produtores e cooperativas. O evento comemorou a revisão da Conab para o volume da produção agrícola brasileira, de 230 milhões de toneladas para 237 milhões de toneladas em 2017/2018. O valor anunciado para esta safra é, segundo o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, 30% maior do que o ofertado na última, quando o BB liberou R$72 bilhões para o financiamento. Os recursos já estão disponíveis desde o dia 3 de julho, início da safra 2017/2018. Autonomia Segundo Henrique Meirelles, o Brasil está saindo da recessão e entrando em novo ciclo de estabilidade econômica, "com a retomada da produção industrial, dos empregos e o aumento no consumo de bens de capital". Blairo Maggi destacou a liberdade conferida pelo governo para que o seu ministério tome as medidas necessárias "para fazer a agricultura andar". Em seu discurso, o presidente Michel Temer afirmou que o seu governo deu autonomia para que os diferentes setores desenvolvam as suas atividades. "Isso permitiu que fizéssemos um ano em um mês, aprovando as reformas necessárias à retomada do crescimento da economia", concluiu. Alento Para Eduardo Logemann, o volume alocado chega no plano safra do BB é o prenúncio de um grande ano agrícola.  "Creio que os juros poderiam ser mais adequados, sendo equiparados ou mesmo inferiores, à Selic, mas saber que há recursos já é um grande alento. Isso impacta no ânimo do produtor, num contexto favorável, de preços reagindo e câmbio adequado. Os agricultores estão recompondo suas dívidas e se preparam para, se São Pedro ajudar, chegar a 240 milhões de toneladas de grãos e algodão", afirma Logemann, enfatizando o agro como o sustentáculo da economia brasileira, responsável por 22% do PIB e dos empregos, e por 40% das exportações do país. 11.07.2017 Imprensa Abrapa Catarina Guedes- Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 / (77) 98802-0684

Missão Compradores 2017
07 de Julho de 2017

De 09 a 16 de julho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realiza a Missão Compradores 2017. Trata-se uma expedição que vem sendo realizada, ininterruptamente, desde 2015, trazendo para o Brasil industriais estrangeiros de fiação e traders da commodity, para conhecer de perto a cotonicultura e os processos ao longo da cadeia produtiva que respondem pela sustentabilidade, qualidade e credibilidade conquistadas pelo algodão brasileiro internacionalmente. São em torno de 15 representantes de indústrias e cinco tradings, de oito países – Peru, Bangladesh, Paquistão, China, Vietnã, Turquia, Coreia do Sul e Índia – que visitarão fazendas, beneficiadoras de algodão, fiação e laboratórios de HVI na Bahia, Goiás e Mato Grosso, além do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Abrapa, instalado em Brasília. A programação será encerrada na Chapada dos Guimarães (MT), onde o grupo participará do XVI Anea Cotton Dinner, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), no dia 14 de julho, no Malai Manso Resort. Nesta terceira edição da Missão Compradores, cinco tradings que atuam no Brasil assinam com a Abrapa a expedição, Ecom, Reinhart, Dreyfus, Cofco e Cargill. Em cada um dos estados visitados, a Abrapa conta com a parceria das associações estaduais, a Agopa, em Goiás, a Ampa, no Mato Grosso, e a Abapa, na Bahia. "É uma jornada de conhecimento, oportunidade de negócios e troca de experiências que tem se mostrado fundamental para a abertura de novos mercados e estreitamento de laços comerciais", explica o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. Segundo ele, a transparência nas relações entre cotonicultores brasileiros e os players mundiais tem contribuído para a manutenção do posto de quinto maior produtor de algodão no ranking mundial, com 1,5 milhão de toneladas de pluma estimados para a safra 2016/17, e do status de quarto maior exportador, com previsão de embarcar 610 mil toneladas de pluma na safra em curso. A escolha dos países de origem dos visitantes não é aleatória. Eles fazem parte dos dez maiores compradores do algodão brasileiro. "Embora alguns dos maiores compradores dessa lista sejam também grandes produtores, como é o caso da China e da Índia, o nosso modelo de produção é completamente diferente. Totalmente tecnificado, do plantio ao beneficiamento, com fazendas com capacidade de produção em larga escala e, principalmente, com atenção aos requisitos sociais, ambientais e econômicos, que fazem do país o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo", explica o presidente da Abrapa. Atualmente, 81% da safra de algodão brasileira são certificados pelo programa Algodão Brasileiro Sustentável (ABR) e 71% da produção nacional são licenciados pela Better Cotton Iniciative (BCI), entidade internacional que atesta a sustentabilidade da cadeia da fibra. "Temos muita satisfação em dizer que o Brasil responde por mais de 25% de todo o algodão BCI no mercado global. Isso revela muito sobre quem somos e o compromisso que assumimos com esta e com as futuras gerações", afirma. Qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade No roteiro da Missão Compradores 2017, os visitantes terão oportunidade de conhecer, na teoria e na prática, os principais programas que a Abrapa empreende, com foco na qualidade (Standard Brasil HVI– SBRHVI), na rastreabilidade (Sistema Abrapa de Identificação – SAI) e na sustentabilidade, com o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em benchmarking com a BCI. Uma das paradas do grupo será no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), inaugurado em Brasília em dezembro de 2016, para servir de referência na padronização das análises de fibra por High Volume Instrument (HVI) para os laboratórios que atendem aos produtores de algodão. Confiança Para o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Marco Antonio Aluisio, trazer consumidores estrangeiros para conhecer o modo brasileiro de produzir algodão muda completamente a perspectiva dos visitantes. "A maioria vem de países asiáticos, de produção familiar. O perfil da nossa cotonicultura é surpreendente para eles", diz. O objetivo da missão é garantir, segundo o presidente da Anea, que o algodão brasileiro passe a compor – ou aumente a sua participação – no blend que indústrias preparam para a fabricação dos seus produtos. "Essa participação tem sido cada vez mais expressiva, ocupando parte de um espaço que era destinado, sobretudo, ao algodão americano ou australiano. Isso advém da confiança que o Brasil vem ganhando me mercado internacional como um fornecedor que tem não apenas escala e qualidade, mas regularidade na oferta", afirma Marco Antonio Aluisio, lembrando que as exportações brasileiras, que já oscilaram muito em volume, estão mais estáveis nos últimos anos. "A Missão Compradores, com certeza, é importante para abrir mercados, aumentar a credibilidade e reforçar a imagem do nosso algodão", conclui. 07.07.2017 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 / (77) 98802-0684

Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA) conclui estudo com 12 propostas para modernizar a regulação de defensivos agrícolas no Brasil.
04 de Julho de 2017

Coordenada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão  (Abrapa), a Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), encerrou com doze recomendações o estudo sobre a modernização do sistema regulatório de defensivos agrícolas no Brasil, insumos que hoje representam, em média, 42% dos custos de produção do algodão, e 21% da soja. As mudanças propostas ao modelo atual passam pela criação de um sistema eletrônico de informações que integre os três órgãos responsáveis pelo registro de defensivos no país, o Ministério da Agricultura, a Anvisa e o Ibama, alterações na legislação e o protagonismo do Mapa no processo, como instituição diretamente ligada à produção agrícola. O dossiê é resultado de quase um ano de trabalho e foi entregue ontem (03/07) ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para que possa balizar as decisões do Governo Brasileiro, sobretudo no que tange ao registro, que hoje demanda em torno de oito anos, para produtos novos, e seis para genéricos. O trabalho foi coordenado pela Abrapa, com a participação da Embrapa, Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg), União dos Fabricantes Nacionais de Fitossanitários (Unifito), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e Associação das Empresas Brasileiras de Controle Biológico (ABCBio). "Em última instância, o que almejamos é aumentar a competitividade brasileira, que hoje é limitada por fatores como burocracia e falta de objetividade. Precisamos de uma revisão nas leis que regulam os defensivos, para que fiquemos em paridade com nossos concorrentes. Nestes, a média do tempo despendido entre a data do protocolo do pedido e o registro do produto é de três anos, metade do tempo que o Brasil gasta. Enquanto isso, nossa agricultura fica vulnerável, porque as pragas e doenças criam resistência aos princípios ativos quando esses permanecem em uso por tempo", argumenta Júlio Cézar Busato, vice presidente da Abrapa e presidente da CTIA. Vulnerabilidade Dentre as doenças que hoje mais preocupam os produtores de algodão, Busato cita a ramulária, mal específico do algodoeiro, presente em todos os países produtores, e que chega a causar perdas de até 40% na produtividade das lavouras. "A ramulária sequer está inscrita na lista de prioridades de registro do Mapa. Os 70 produtos disponíveis no mercado já não são eficientes para combater o fungo, que adquiriu resistência aos princípios ativos", alerta o presidente da CTIA, elencando também como preocupante a falta de novas moléculas para o combate da ferrugem asiática. De acordo com o levantamento realizado pelo grupo de trabalho da CTIA, a cada ano, são protocolados no sistema 400 novos pedidos de registro pelas empresas fabricantes. Em 2016, desse total, apenas 277 foram registrados, sendo que, destes, somente cinco são produtos novos, que representam inovação para o controle de pragas e doenças. "O restante é composto por genéricos e dos chamados "técnicos", que servirão de base para a formulação de novos produtos. O mesmo estudo aponta que o Brasil vai na contramão de alguns dos seus principais concorrentes, como Estados Unidos, Austrália, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, nos quais um único órgão é responsável pelo registro e o sistema de avaliação é eletrônico", ressalta o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que coordenou os trabalhos do grupo. Uso eficiente Um dos entraves à modernização do processo de registro de defensivos agrícolas no país é agravado pelo desconhecimento do tema e pela propagação de informações sem embasamento científico, segundo o presidente da Abrapa, Arlindo Moura. "Muito se apregoa que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, mas isso não é uma verdade absoluta. Um dos grande ganhos desse trabalho da câmara temática foi analisar não o quanto o Brasil gasta por ano, em dólares, com defensivos, mas a eficácia desse uso, na relação entre a produção de alimento por quantidade de produto aplicado. Visto assim, o quadro muda completamente, e países como Holanda, Japão, Bélgica, França e Inglaterra, nessa ordem, são maiores consumidores que o Brasil", explica Moura. Segundo o estudo, o Brasil é ainda o país que produz mais quilos de alimentos para cada dólar investido em defensivos. São 142 Kg, contra 116 Kg na Argentina, 94 Kg nos Estados Unidos, 62 Kg na União Europeia e 8Kg no Japão. "É preciso ainda levar em consideração que somos um país de clima temperado, propício ao surgimento de diversas doenças e pragas. Não temos neve quebrando, por meses, o ciclo reprodutivo das pragas, e os transgênicos, que reduzem em muito o uso de defensivos por safra, são advento recente aqui. Simplesmente dizer que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxico é difundir um preconceito, e isso nunca é bom", afirma Arlindo Moura. Recomendações Abaixo, as medidas que, de acordo com o estudo realizado pela Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA) devem ser tomadas para modernizar o registro de defensivos e aumentar a competitividade da agricultura brasileira no mercado mundial:   Aperfeiçoamento da legislação brasileira baseando-se nas melhores praticas regulatórias dos outros Países de importância agrícola. Sistema eletrônico integrado (Mapa x Anvisa x Ibama). Aplicar medidas desburocratizantes onde for possível. Aperfeiçoar os processos pós registro – Listas Positivas (embalagens,         formuladores, componentes e outros) Simplificação do Registro de produto idêntico (clone). Buscar harmonizar o processo aos modelos mais eficientes utilizados em países de referência. Parametrizar os critérios de avaliação dos três órgãos reguladores. Melhorar a estrutura administrativa e contratar técnicos especialistas (convênios e ampliar unidades de avaliação virtual) para  os órgãos de Registro. Dar poder ao Mapa como órgão protagonista dos processos de registro de insumos agrícolas Priorizar  e dar legalidade aos registros de produtos importantes para a agricultura. Estruturar um programa de "Phase in" para substituição de produtos retirados do mercado. Combater o contrabando/pirataria. 04 de julho de 2017 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064/ (77) 98802-0684 www.abrapa.com.br

Laboratório Farroupilha Lallemand apresentará inovações no controle biológico de pragas e doenças no 11° CBA
04 de Julho de 2017

O manejo integrado de pragas e doenças das lavouras, método que consorcia o uso de defensivos químicos e agentes de controle biológico, terá destaque no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). O evento é promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e, em 2017, será realizado entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro em Maceió (AL). O tema estará na pauta de discussões em diversas oportunidades no Congresso, e empresas do ramo apresentarão suas inovações tecnológicas. Dentre elas, o Laboratório Farroupilha Lallemand, com um portfólio de "biopotentes" desenvolvidos para combater naturalmente bactérias, fungos, insetos e nematoides. Seu mix de produtos também apresenta inoculantes e promotores de crescimento. A inclusão de bactérias, fungos e vírus "do bem" no pacote de defesa fitossanitária dos cotonicultores tem sido cada vez mais recorrente, como forma de quebrar a resistência dos inimigos da lavoura aos químicos disponíveis no mercado. A demora na entrada de novos princípios ativos em circulação, em virtude do atual modelo de registro de produtos no país, gera perda de eficiência e onera os custos de produção. "Com os biopotentes, não queremos substituir os químicos, mas aumentar a sua vida útil", explica o gerente comercial do Laboratório Farroupilha Lallemand, Stanis Bombonato, segundo quem, a chave do combate estratégico está no manejo. "Os químicos, sozinhos, não estavam dando conta do grande número de pragas e doenças das lavouras. Os produtos biológicos entram no receituário como armas adicionais. São inovações seguras e sustentáveis, com certificação internacional, que trazem excelentes resultados", afirma Bombonato. O Laboratório Farroupilha foi fundado há dez anos, em Minas Gerais, e hoje está sob o controle da multinacional canadense Lallemand, presente em mais de 40 países. No Congresso Brasileiro do Algodão, a empresa vai apresentar em torno de dez produtos para os problemas do algodoeiro e de outras culturas, como o mofo branco, a fusariose e a rizoctoniose. "Nossa expectativa é sempre muito boa, porque o CBA é promovido pela Abrapa, uma das mais atuantes e organizadas associações de classe do setor agrícola brasileiro. Somos parceiros do evento há várias edições e a confiança sempre se renova", afirma o gerente. Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, o momento é de aumento de demanda por soluções inovadoras para os problemas da cotonicultura. "Não por acaso, escolhemos como tema do evento o binômio inovação e rentabilidade, e a participação de empresas como o Laboratório Farroupilha Lallemand no CBA vem ao encontro disso. Temos trabalhado, na Câmara Temática de Insumos da Agropecuária do Mapa (CTIA), para apresentar alternativas ao Governo Federal para tornar mais célere o registro de novos defensivos químicos no país, tornando o Brasil mais competitivo no mercado mundial. Hoje, um produto novo leva em torno de oito anos para ser registrado no país, trazendo graves riscos para a defesa fitossanitária nacional. O controle biológico contribui para aumentar a vida útil dos produtos que estão disponíveis. Não são substitutos, mas aliados, e muito bem-vindos", conclui o presidente da Abrapa. 03.07.2017 Imprensa CBA Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 / (77) 98802-0684

Movimento Sou de Algodão é apresentado como caso de sucesso em conferência internacional nos Estados Unidos
21 de Junho de 2017

O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para o fomento ao consumo da fibra no mercado interno foi apresentado ontem (19/06), na Conferência Mundial da International Food and Agribusiness Management Association (Ifama), que está sendo realizada em Miami (FL) até o dia 21 de junho, tendo como foco a segurança alimentar e o agronegócio, em um contexto de população mundial estimada em nove bilhões de pessoas em 2050. A apresentação ficou a cargo do sócio da Markestrat e consultor da Abrapa, Luciano Thomé e Castro, e do Professor da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Fava Neves, e foi assistida por representantes de diversos setores do agro, além de acadêmicos e estudantes de vários países. Na pauta da conferência, as inovações tecnológicas e a revolução digital, que estão transformando drasticamente o modo de fazer agricultura, criando novos mercados, cadeias de valor e players. A estratégia do Sou de Algodão envolve a conscientização do consumidor e dos profissionais ligados à indústria da moda para os atributos positivos da matéria-prima. Com o movimento, além de promover o algodão, a Abrapa almeja um aumento de consumo no mercado nacional da ordem de dez pontos percentuais, em cinco anos. "O case foi muito bem recebido na conferência, pelo seu caráter inovador, e, certamente, servirá de referência para iniciativas similares em outros países e cadeias produtivas; da mesma forma, nós aprendemos com as experiências diversas apresentadas aqui", diz Luciano Thomé e Castro, que também é professor da USP.. De acordo com o professor Marcos Fava Neves, a apresentação foi muito importante para a "mundialização" do nome da Abrapa. "É um projeto muito interessante e extremamente criativo, que evidencia a orientação pela demanda.  Ele aproxima e integra produtores de algodão, academia e mercado. O público recebeu muito bem a apresentação e muitos ficaram impressionados com o fato de  os produtores de algodão promoverem algo tão arrojado na ponta da cadeia produtiva", afirma o professor Marcos Fava Neves. A participação em eventos internacionais, nos quais explana sobre a cotonicultura brasileira e os casos de sucesso da associação, tem sido cada vez mais recorrente na Abrapa, sobretudo em fóruns nos quais apresenta o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o programa de qualidade Standard Brasil HVI  (SBRHVI) e o movimento Sou de Algodão. "Investir na promoção do algodão brasileiro e no fortalecimento da imagem do produto e do setor algodoeiro é muito positivo. Queremos sempre ser  referência positiva no mundo", diz o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. 20.06.2017 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064 / (77) 98802-0684 www.abrapa.com.br

Estudo da Conab sobre a rentabilidade da cotonicultura não considera a quebra de safra na Bahia
16 de Junho de 2017

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou no dia 12 de junho o estudo "A cultura do algodão: análise dos custos de produção e da rentabilidade nos anos–safra de 2006/07 a 2016/17", cujo objetivo foi levantar a rentabilidade do produtor de algodão nas últimas 11 safras. A conclusão da Conab foi de que a tecnologia incorporada à produção, sobretudo em mecanização, defensivos e fertilizantes, garantiu a boa rentabilidade do cotonicultor no período. A análise considerou os estados de Mato Grosso e Bahia, adotando como parâmetro do primeiro os municípios de Rondonópolis, Campo Novo do Parecis, Sorriso e Campo Verde, e, na Bahia, Barreiras. Químicos agrícolas equivalem a 58% dos custos de produção e, quando somados aos custos com máquinas, implementos e beneficiamento, totalizam 74%. Entretanto, segundo o gestor de Sustentabilidade e Banco de Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Fernando Rati, o levantamento da Conab tem pelo menos um problema intrínseco que compromete seu resultado:  coloca, como parâmetro para o cálculo da rentabilidade, um mesmo nível de produtividade para as safras 2014/15, 2015/16 e 2016/17, nas cinco regiões estudadas. "A análise estabeleceu a média da produtividade das cinco regiões e a aplicou a esse intervalo de tempo, desconsiderando as quebras de safra que chegaram a mais de 40% na Bahia, em 2015/16. O estado é o segundo maior produtor de algodão nacional. Embora o resultado seja uma média, ele leva a crer que os últimos anos foram de excelente remuneração para o produtor, quando o que ocorreu, na prática, foi justamente o contrário", afirma Fernando Rati. Segundo explica o gestor, a drástica quebra na safra de algodão na Bahia foi ocasionada, principalmente, pela estiagem e/ou má distribuição de chuvas por quatro safras consecutivas. "A Bahia atravessou a maior seca da sua história recente. Somente agora, na safra 2016/17, está voltando à normalidade climática", ressalta Rati. A publicação do estudo preocupou a Abrapa. "Médias estatísticas são muito úteis, mas, quando se trata da tomada de decisões pelo Poder Público, por exemplo, as diferenças têm de ser levadas em consideração. Não podemos deixar que estudos assim induzam a equipe econômica do Governo e analistas de mercado ao erro de avaliação", conclui Arlindo Moura. Segundo o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, as discrepâncias nos dados utilizados no levantamento se dão, principalmente, no que tange à produtividade nos últimos cinco anos. Na safra 2015/16, o relatório da Conab considera uma produtividade de 1,62 mil quilos de pluma por hectare, quando, nesta safra – a pior dos últimos 11 anos para o algodão da Bahia – a produtividade obtida pelos produtores foi de 990 quilos de pluma por hectare.  "A lucratividade das lavouras de algodão vem diminuindo ao longo dos anos, em função do aumento dos custos, sobretudo, dos fertilizantes e defensivos agrícolas. Isso contribuiu muito para a redução da área plantada com algodão no Brasil que, em 2006, era de mais de 1,1 milhão de hectares, e caiu para pouco mais de 900 mil hectares em 2016/17", explica Busato. O presidente da Abapa ressalta que, na Bahia, a queda na área plantada foi ainda mais drástica. "Passamos de 387 mil hectares, na safra 2011/12, para 202 mil hectares na safra 2016/17, pois os produtores, descapitalizados, optaram por substituir parte de suas lavouras de algodão por soja, cultura de menor custo de produção e boa rentabilidade naquele momento. "Os últimos cinco anos vinham sendo de produtividades regulares e culminaram com um período crítico em 2015/16. O resultado foi um prejuízo enorme para os cotonicultores baianos. Acreditamos que, com a volta da normalidade das chuvas, possamos, novamente, obter boas produtividades, o que vai melhorar a renda e proporcionar a retomada do crescimento da área de algodão na Bahia", afirma Busato. 16.06.2017 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064 / (77) 9 8802 – 0684.