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Correção do solo para melhorar a eficiência de fertilizantes
01 de Setembro de 2017

O Brasil é o quarto maior comprador de fertilizantes do mundo, o que corresponde a 5,9% do consumo mundial e 72% desse material é importado. Esses dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos – ANDA, foram apresentados pela pesquisadora da Embrapa Algodão, Ana Luiza Borin. Outros dois nomes de peso estiveram na sala temática sobre fertilidade do solo e adubação, o mestre em Ciência do Solo, Leandro Zancanaro e Leonardo Sugimoto, gerente do grupo Horita. Os especialistas se reuniram nesta quinta-feira (31/07), no 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), evento sob a chancela da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). De acordo com Borin, o consumo crescente de fertilizantes, amparado pelo aumento contínuo de produção, acarreta altos custos para o produtor, chegando a 35% do total da produção de algodão. "Ao longo dos anos, não foi possível melhorar a eficiência de fertilizantes, portanto é preciso pensar no sistema". Segundo a pesquisadora, é preciso criar estratégias para otimizar as adubações realizadas no algodoeiro, como por exemplo, boa correção do solo e utilizar o nutriente na época, em dose e local corretos. Leandro Zancanaro salienta que é necessário resgatar conceitos básicos, pois todas as plantas consomem nutrientes através do solo para expressar seu potencial. "Devemos sempre considerar a máxima absorção de cada substância na cultura do algodão e o solo é o seu grande provedor", pontua. Gerente do Grupo Horita, Leonardo Sugimoto apresentou dados da Bahia na apresentação "Construção e perfis de adubação do sistema" e destacou que a Bahia tem condições favoráveis, luminosidade, profundidade de solo e é através da correção de perfil que gera condições para a raiz crescer", conclui.

Política Econômica no 11º CBA
01 de Setembro de 2017

O futuro do agronegócio dentro do atual contexto político e econômico do país foi o tema discutido em uma das plenárias desta quarta-feira (30/08), durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA) que a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) promove até esta sexta (01.09) no Centro de Convenções de Maceió/AL. O debate moderado pelo jornalista da Rede Globo William Waack contou com a participação do presidente da Abrapa, Arlindo Moura, do economista-chefe do Rabobank Brasil, Maurício Oreng, e do analista político da Tendência Consultoria Integrada Rafael Cortez. Na sua apresentação, o presidente da Abrapa ressaltou o agronegócio como locomotiva da economia brasileira.  "Foi a nossa atuação que garantiu o superávit da balança comercial brasileira no último ano e temos um grande potencial de crescimento", assinalou. Moura destacou que, para continuar crescendo, o setor precisa focar no futuro, sempre incorporando novas tecnologias, como a internet, a favor do desenvolvimento do negócio. "Creio que, se necessário, os produtores devem fazer seus próprios investimentos na dotação de infraestrutura, a exemplo da implantação de redes de comunicação, como já fizemos com a construção de estradas", afirmou. Já Maurício Oreng tratou do tema Economia e finanças no Brasil em tempos de crise, ressaltando que não há como o país alcançar um ritmo de crescimento contínuo sem a diminuição da dívida pública. Ele acredita que isso só será possível com a Reforma da Previdência, em andamento no Congresso Nacional. "A reforma é essencial, pois, só com sua aprovação, poderemos garantir que a dívida não continue subindo", afirmou o economista. Rafael Cortez discutiu As bases políticas para o desenvolvimento sustentável.  Em sua opinião, as condições políticas para que a sustentabilidade ocupe lugar na agenda do desenvolvimento do país precisam ser recriadas. "As eleições de 2018 serão o novo marco para esta retomada, para a reorganização do país,  que deverá sair de um modelo ancorado no consumo para um  que tem como base o investimento privado", opinou. Para William Waack, mediador do debate, um evento setorial como o 11° CBA traduz as demandas, as necessidades e a situação de uma sociedade inteira. "O que ficou claro para mim neste evento foi a necessidade de nós todos, no Brasil, nos mobilizarmos politicamente em torno de ideias e propostas que possam fazer o país sair da crise e melhorar", concluiu o jornalista.  Serviço O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1° de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

Problema de fibra curta pode ser evitado com cuidados no beneficiamento do algodão
31 de Agosto de 2017

Dentro da programação do 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), que acontece até sexta-feira (dia 01/09), em Maceió/AL, foi realizada na tarde da quarta-feira a mesa temática Estratégias para diminuir o SFC (Índice de Fibra Curta) do algodão brasileiro. Durante as apresentações, os palestrantes fizeram uma avaliação das experiências que podem contribuir para a diminuição do SFC, um desafio enfrentado por toda a cadeia da cotonicultura. A discussão teve a participação do coordenador científico do 11º CBA, Eleusio Curvelo Freire, que falou das Causas da produção de fibras curtas nas fazendas; do gerente de Processos Têxteis do grupo Coteminas, José Edilson Oliveira de Andrade, cuja abordagem enfocou o problema das fibras curtas na indústria e do presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA), Henrique Snitcovsky, que abordou o SFC do algodão brasileiro e o impacto na comercialização da fibra produzida pelo país. De acordo com José Edilson Oliveira de Andrade, uma das principais causas da fibra curta são os excessos no processo de beneficiamento, ao bater o algodão para tirar as impurezas. "Quando se bate demais na fibra, ela quebra e perde o comprimento. Como no algodão a característica principal é o comprimento, isso resulta na diminuição do valor do produto", afirmou o especialista, destacando que, a cada etapa da cadeia produtiva, o problema pode se agravar. Na indústria, a fibra curta acaba gerando uma perda sobre o resíduo, que compromete em média 6% do material, resultando em prejuízo para a fiação. "Uma forma de reduzir, significativamente, o problema é não colher o algodão úmido e bater menos durante o beneficiamento", afirmou o gerente de Processos Têxteis da Coteminas.   Serviço O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1° de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

Sustentabilidade é foco de produtores de algodão do Brasil
31 de Agosto de 2017

A sustentabilidade está relacionada a aspectos econômicos, sociais e ambientais. Mas, conseguir alinhar este conceito como alternativa de rentabilidade é um feito que produtores de algodão do Brasil vêm apresentando aos mercados mundiais, mantendo a posição de maior país fornecedor de algodão sustentável, com licenciamento BCI Better Cotton Initiative. A pauta sustentabilidade do algodão foi tema de uma sala temática no 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), evento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Conduzida pelo gestor de sustentabilidade e Banco de Dados da Abrapa, Fernando Rati, as palestras foram apresentadas pelo coordenador de sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias Filho e a analista de sustentabilidade do Rabobank, Aline Camargo Aguiar. De acordo com Rati, a expectativa para este ano é de 1,2 mil toneladas de pluma brasileira certificada.  "Alcançamos recorde na safra passada (2015/2016), com 81% da produção nacional de algodão certificado. Temos crescido exponencialmente, e os produtores têm aberto as porteiras das fazendas para nosso Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Com isso, estamos avançando no reconhecimento internacional, com mais poder de barganha para posicionar nossa pluma com preços melhores e respaldo da credibilidade", afirma Rati. Na ocasião, foram apresentados casos de sucesso de sete estados brasileiros, como o Piauí, que, desde 2013, não tem incidência do bicudo do algodoeiro, praga que afeta plantações. O ABR é um programa nacional da Abrapa em prol da melhoria da produção no país, e envolve ações de promoção da sustentabilidade, relações justas de trabalho, aplicação de leis trabalhistas e ambientais.

Gestão, manejo e respeito às pesquisas auxiliam cultura do algodão
31 de Agosto de 2017

Gestão, manejo e respeito às pesquisas auxiliam cultura do algodão A viabilidade econômica do algodão e suas alternativas sustentáveis têm como pilares a gestão do negócio, o manejo e o conhecimento dos principais problemas. Com base nesses quesitos, os especialistas Fernando Lamas da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Moresco da Agopa, Alexandre Cunha da Embrapa Algodão e Evaldo Takizawa, da Ceres Consultoria apresentaram, durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão, conceitos para aliar mercado, sustentabilidade e produção com o respeito às pesquisas. "Para obter viabilidade em longo prazo é necessário ter um bom manejo, respeitar as pesquisas e as áreas de refúgio. Assim, daremos vida longa às novas tecnologias que chegam para reduzir a aplicação de defensivos nas lavouras", acredita o especialista da Agopa, Carlos Moresco. Para ele é fundamental mostrar aos produtores o quanto é importante respeitar as orientações e avaliações das pesquisas, tornando-as balizadoras no processo de tomada de decisões. Nesse aspecto, de acordo com o especialista da Embrapa Algodão, Alexandre Cunha, o uso das plantas de cobertura aparece como uma alternativa para a melhoria do sistema de produção, diminuindo os problemas e auxiliando no manejo integrado de combate às pragas. "Essas plantas de cobertura podem ainda absorver nutrientes a maiores profundidades do solo, beneficiando o cultivo do algodão. Ao longo do tempo e com o equilíbrio do sistema, a tendência é a redução da aplicação de fertilizantes", explica Cunha, ressaltando que hoje os fertilizantes representam cerca de 25% do custo do algodão no Brasil. Dessa forma os especialistas entendem que os produtores devem conhecer e controlar os custos de produção, dando especial atenção à volatilidade dos preços de mercado para estabelecer, antecipadamente, as estratégias de comercialização. "Escolher as variedades mais adaptadas para cada região, preservar as tecnologias e dominar a fundo os problemas nas propriedades também facilita o desenvolvimento do negócio algodão e, por fim, compreender os potenciais destrutivos das pragas, respeitando as pesquisas são algumas das ações que farão a diferença para o produtor de algodão no Brasil", diz Moresco.

11º CBA - Pesquisadores destacam programas fitossanitários como principal inovação da cotonicultura brasileira
31 de Agosto de 2017

​Nos últimos três anos, o número de aplicações de inseticidas para combate ao bicudo-do-algodão no Brasil teve uma queda de 30% a 40%, enquanto os danos à produtividade ficaram próximos a zero. Estes são alguns dos resultados positivos creditados ao surgimento dos programas fitossanitários estaduais. Principal inovação surgida na cotonicultura brasileira nos últimos anos, o modelo foi alvo de análise de especialistas na tarde da quarta-feira (30.08) durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA). Realização da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o evento prossegue até esta sexta (01.09), no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió, em Alagoas. Mantidos pelas associações de produtores rurais, os programas fitossanitários são desenvolvidos por meio de núcleos que reúnem lideranças e grupos técnicos para discutir os problemas locais e a adoção de medidas. "A solução dos problemas dos produtores passa por medidas coletivas, de ampla adesão e regionalizadas", acredita o engenheiro agrônomo Paulo Degrande, professor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). "A inovação consiste no olhar do produtor sobre o que acontece nas suas fazendas", ressalta. Uma das experiências do gênero debatidas durante o evento foi o programa fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). "Em dois anos, nós reduzimos o número de aplicações de inseticidas de uma média de 25 a 30 para 12 a 15, durante todo o ciclo do algodão", informa o coordenador do programa da Abapa, Antônio Carlos Araújo. A sala temática sobre os programas fitossanitários contou ainda com uma palestra de Jacob Crosariol Netto, pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), e a presença dos pesquisadores Wanderley  Oishi, consultor da Fundação Goiás,  Luiz Pannuti, coordenador de Planejamento Agrícola na área de Entomologia da SLC Agrícola, e Wilhelmus Beckers, diretor da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa), que atuaram como debatedores. O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1 de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) 

Boas Práticas agrícolas em pauta no Congresso Brasileiro do Algodão
31 de Agosto de 2017

Planejar boas práticas agrícolas é pensar em bons resultados para toda a lavoura, com atitudes corretas dentro e fora da porteira. Esta afirmação foi defendida por especialistas da cadeia produtiva do algodão que participaram da sala temática, coordenada pelo diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celito Breda. O encontro aconteceu quarta-feira (30/08), no 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e ocorre no Centro de Exposições de Maceió. O presidente do Grupo Brasileiro dos Consultores de Algodão – GBCA, Rubem Staudt, pontuou que muitos produtores investem em tecnologia, mas não dão a devida atenção às boas práticas. "O algodão é uma cultura extremamente exigente às questões ambientais, então, é necessário fazer uso de atitudes corretas antes mesmo de implantar a lavoura". Em sua apresentação, Staudt destacou correção do solo, escolha do sistema, velocidade adequada de plantio, cuidados na aplicação de defensivos e tratamento fitossanitário. Apresentando dados do Mato Grosso, o técnico em agropecuária, Sérgio Vidal abordou a atuação do estado no manejo de pragas, gerenciamento de crescimento e destruição de soqueira. O quê: Congresso Brasileiro do Algodão Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL Quando: de 29 de agosto a 1º de setembro de 2017 Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

11° CBA debate royalties
31 de Agosto de 2017

Que os royalties são necessários para garantir a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para as lavouras, o cotonicultor não discute, mas, em algumas situações, questiona o valor e a forma de pagamento. Esse foi o tema central do painel que aconteceu na tarde de hoje (30), na programação do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA), realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) até a próxima sexta-feira (1°) em Maceió/AL. O painel foi coordenado pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e membro do Conselho de Administração da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel, com participação do líder do negócio Algodão da Monsanto do Brasil, Marcio Menezes Boralli, e o responsável pela área de sementes de algodão da Bayer, Warley Palota. Durante o painel, Schenkel, apresentou dados inéditos, levantados pela Ampa e pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), que questionaram a eficiência das biotecnologias mais utilizadas por cotonicultores de Mato Grosso e de outros estados, como Bahia e Goiás. Segundo Schenkel, o custo médio em unidades produtoras de Mato Grosso com uso de tecnologia convencional na safra 2016/17 é de US$ 843 por hectare. Esse total considera os gastos com manejo de pragas e de plantas daninhas.  "Quando se adotam tecnologias transgênicas, com a inclusão do pagamento de royalties por comercialização, os valores variaram de US$ 824/ha a US$ 790 por hectare", disse. O presidente da Ampa também mostrou dados que demonstram a perda de eficiência das tecnologias transgênicas disponíveis no mercado em relação ao controle das lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa armigera,. No caso da primeira,  a taxa de sobrevivência, quando é usada a tecnologia WideStrike (WS), chega a 86%.  Em relação a H. armigera, essa é estimada em 36%, segundo pesquisadores do IMAmt. Schenkel ainda apresentou dados mostrando o crescimento de plantas daninhas resistentes às biotecnologias disponíveis no mercado.  Abordou outros problemas enfrentados pelos produtores, como a maior pressão de pragas não alvo dessas tecnologias em decorrência da migração do cultivo do algodoeiro para a segunda safra (atualmente, mais de 80% do algodão de Mato Grosso são cultivados após a colheita da soja). Diante disso, Schenkel questionou os representantes das empresas presentes na sala temática se há previsão de reduzir os royalties cobrados pelo uso das tecnologias transgênicas, em função da perda de sua eficiência, considerando os altos custos de produção do algodão. Apesar disso, ele enfatizou a importância do produtor pagar os royalties para garantir a continuidade da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a cultura. Diálogo O posicionamento de Alexandre Schenkel foi endossado pelo presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. "Nós, cotonicultores, não discutimos o pagamento dos royalties. Eles estão atrelados a tecnologias que nos trazem benefícios e têm um preço a ser pago. Porém, temos de questionar os valores, pois vemos algumas distorções", concluiu.