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Abrapa celebra os 25 anos de fundação da associada Agopa
13 de Dezembro de 2024A noite desta quinta-feira (12) foi de celebração para a Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e para o Fundo de Incentivo A Cultura do Algodão (Fialgo) que completaram 25 anos de fundação. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, esteve presente na solenidade, que aconteceu em Goiânia, e discursou para os presentes sobre a importância da associada no desenvolvimento da cotonicultura brasileira. “É muito bonita a história que a Agopa tem e a importância que desempenha dentro do setor. Sem dúvida, sua contribuição foi fundamental para que o Brasil alcançasse o posto que ocupa hoje de maior exportador de algodão do mundo”, afirmou Schenkel. Além do jubileu de prata das associações, a ocasião marcou, também, a posse do novo Conselho Diretor e Fiscal da Agopa para o biênio 2025/2026. O atual presidente da entidade, Haroldo Rodrigues da Cunha, reassumiu a presidência e enfatizou durante seu discurso, a importância da união na transformação de toda cadeia produtiva do algodão no Brasil. “Vale lembrar que quando começamos o Brasil era um país importador de algodão. Mas, com muito esforço e trabalho nos tornamos os maiores exportadores de algodão do mundo. Essa transformação é um marco para a agricultura brasileira, exemplo de como a união e o comprometimento podem mudar a realidade de um setor inteiro”, ressaltou Cunha, para quem “celebrar o passado e planejar o futuro é o que motiva seguir adiante”. Para Paulo Shimohira, coordenador do Fialgo - fundo de incentivo que dá suporte financeiro para execução de projetos, visando o desenvolvimento da cotonicultura goiana - todos estão “unidos pelo algodão honrando quem nos trouxe até aqui”. Na ocasião, os ex-presidentes da Agopa receberam uma homenagem pelo empenho na busca pela excelência na produção de algodão no estado de Goiás.
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa
13 de Dezembro de 2024Destaque da Semana - Mercado oscilou pouco na semana, sempre em torno de 70 U$c/lp. Cotton Brazil recebeu prêmio da ApexBrasil e Exame. Último relatório de Oferta e Demanda do USDA trouxe poucas mudanças nesta semana. Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 12/dez cotado a 70,09 U$c/lp (-1,4% vs. 05/dez). O contrato Dez/25 fechou em 71,27 U$c/lp (-2,8% vs. 05/dez). Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 790 pts para embarque Jan/Fev-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 12/dez/24. Baixistas 1 - A moeda americana (dollar index) atingiu ontem o valor mais alto em 2 semanas. Essa alta pressiona para baixo as commodities cotadas em dólar. Baixistas 2 – Menos vendas e embarques de algodão nos EUA preocupam analistas porque maiores estoques de passagem geram pressão baixista na ICE. Altistas 1 - Em outubro, os EUA (maior mercado consumidor do mundo) atingiram o maior volume importado de produtos têxteis de algodão desde set/22. Altistas 2 - A exportação de têxteis e vestuário pela China em novembro gerou US$ 25,17 bilhões (+6% a.a.). No acumulado jan/nov, a cifra é de US$ 273,06 bilhões (+2% a.a.). Exportações 1 - Se mantiver a média dos últimos 3 meses (Set-Nov), o Brasil ultrapassa em 2024 a marca de US$ 5 bilhões de algodão exportado. O recorde anterior foi de US$ 3,7 bilhões em 2022. Exportações 2 - Santos segue liderando com 94% de participação nos embarques. Destaque para Salvador, com 4% contra 1,4% no ciclo anterior. Exportações 3 - O principal destino segue sendo a China (26% das vendas no ano comercial até aqui). O destaque de nov/24 foi a Índia (32 mil tons), quase 4X o volume do ano anterior. Cotton Brazil - A Abrapa recebeu nesta semana o Prêmio ApexBrasil-Exame: Melhores dos Negócios Internacionais 2024. O Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa em parceria com ANEA para promover o algodão do Brasil no exterior, concorreu com mais de 50 organizações de diversos setores na categoria "Imagem". Oferta e demanda 1 - No relatório de Oferta e Demanda desta semana, o USDA estimou a produção global em 25,56 milhões tons (+263,23 mil tons ante nov/24). Oferta e demanda 2- O consumo mundial ampliou 124 mil tons, ficando em 25,21 milhões tons. Com isso, os estoques finais aumentaram para 16,55 milhões tons (+58 mil tons). Oferta e demanda 3 - A relação estoque/uso global ficou em 66%, acima da última temporada (65%) e abaixo de 2022/23 (67%). Oferta e demanda 4 - Chamou a atenção a queda na estimativa de importação de algodão pela China. O volume estimado (1,85 milhão tons) é 108,86 mil tons menor que a projeção de nov/24 e 43% inferior aos 3,26 milhões tons de 2023/24. China 1 - Uma das razões para essa menor importação na China é a ótima safra doméstica. Esta semana, a BCO aumentou em 220 mil tons a previsão de safra 2024/25, chegando a 6,75 milhões tons (USDA = 6,14 mi tons). China 2 - A BCO justificou sua projeção de safra com aumento de 14% na área plantada no sul de Xinjiang e aumento na produtividade devido ao clima favorável. EUA 1 - Nos EUA, a colheita de algodão está praticamente concluída. EUA 2 -Produtores dos EUA agora estão de olho nas cotações Dez/25 que ainda longe do ponto de equilíbrio para eles que está acima de 80 centavos/lp. Paquistão - A colheita de algodão no Paquistão já foi quase toda finalizada. Estimativas de mercado indicam que a produção será de 1,2 milhões de tons, 22% a menos que 23/24. Bangladesh - Em nov/24, Bangladesh exportou US$ 3,3 milhões em roupas de malha e tecido – 16% a mais que em nov/23. O total acumulado no ano fiscal (jul/23 a nov/24) é US$ 16,1 bilhões (+12% frente a 2023/24). Austrália 1 - Em out/24, a Austrália exportou 151.403 tons de algodão. O Vietnã liderou as compras, com 44.701 tons (29%), deixando a China em segundo lugar (31.160 tons e 21%). Austrália 2 - No acumulado ago/out, o volume exportado pelos australianos foi de 523.922 tons (+4% que em 2023). Exportações Dez - As exportações brasileiras de algodão somaram 57,1 mil tons na primeira semana de dezembro. Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (12/12) foram beneficiados nos estados da BA (98%), GO (98,33%), MA (90%), MG (98%), MS (100%), MT (88,78%), PI (96,04%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 91,1%. Plantio 2024/25 -Até ontem (12/12), foram semeados nos estados da BA (32%), GO (57,8%), MG (50%), MS (0,3%), PI (17,51%), PR (90%) e SP (63%). Total Brasil: 8,44%. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 12_12 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Movimento Sou de Algodão e TEKA firmam parceria
13 de Dezembro de 2024Em novembro, o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), firmou parceria com a TEKA, de cama, mesa e banho. A novidade foi anunciada nas redes sociais da marca, que é referência em produtos têxteis de qualidade. A decisão representa um passo importante para reafirmar o compromisso de ambas as partes com a responsabilidade socioambiental, o consumo consciente e a valorização do algodão brasileiro. Ao se tornar parceira do movimento, a TEKA fortalece o seu propósito de oferecer produtos que respeitam o meio ambiente, incentivam o uso de matérias-primas sustentáveis e valorizam também a cadeia produtiva nacional. Em comunicado oficial, a marca cita que a parceria vai trazer diversos benefícios aos consumidores, como o uso de uma matéria-prima que tem origem responsável, preservando o ecossistema e a saúde de quem cultiva; a valorização do produto 100% nacional, e continuar oferecendo ao consumidor produtos confortáveis, duráveis e, agora, com mais propósito. “Na TEKA, unir forças com o movimento Sou de Algodão é reafirmar nosso compromisso com a sustentabilidade e o consumo consciente. Escolhemos essa parceria porque acreditamos que o futuro do mercado têxtil é feito de escolhas responsáveis. O algodão, com suas características naturais e renováveis, é um protagonista dessa transformação. Queremos oferecer produtos que respeitem o meio ambiente, valorizem a cadeia produtiva brasileira e inspirem um novo jeito de consumir: com propósito e responsabilidade”, afirma Márcio Hoffmann, Diretor Comercial da TEKA. “Com a TEKA, estamos criando novas possibilidades para transformar o mercado têxtil do país, mostrando que é possível unir qualidade, inovação e responsabilidade. Essa parceria é mais uma prova de que empresas comprometidas com o futuro podem fazer a diferença na forma como produzimos e consumimos”, reitera Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. Sobre Sou de Algodão Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.
Mapeamento da pegada de carbono do algodão deve aumentar competitividade da produção brasileira
13 de Dezembro de 2024Um projeto da Embrapa Meio Ambiente vai calcular a pegada de carbono da cadeia produtiva do algodão no Brasil. A iniciativa conta com a parceria técnica da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da farmacêutica Bayer, e tem o objetivo de introduzir práticas mais sustentáveis no setor. Em entrevista ao Agro Estadão, a pesquisadora da Embrapa Marília Folegatti disse que a principal vantagem de mapear a pegada de carbono do algodão brasileiro é favorecer a competitividade no mercado internacional. Além disso, “nas bases internacionais, não existe o perfil do algodão brasileiro. Existe o perfil do algodão americano, indiano e chinês. E o nosso perfil é bastante diferenciado, especialmente porque o algodão entra em sistemas de produção com outras culturas”, detalha. Etapas do projeto Há cerca de um ano, a Embrapa Meio Ambiente já vem desenvolvendo um método para calcular a pegada de carbono no sistema de produção do algodão. A terceira versão dessa calculadora foi aplicada pela Bayer em uma área de 77 mil hectares em Mato Grosso. “Nós fomos a campo para validar essa ferramenta no ambiente de produtores altamente tecnificados no Mato Grosso. O produtor, em nível de talhão ou em nível de fazenda, vai poder falar da pegada de carbono da pluma e do caroço”, detalha a pesquisadora da Embrapa. A estratégia é contar com o apoio da Abiove e da Abrapa para aplicar a mesma técnica em todo o território nacional, com base nas análises de emissões de carbono de diferentes produtos derivados do algodão, como farelo e óleo, além da pluma e do caroço. Segundo Folegatti, a partir de janeiro de 2025, os técnicos irão a campo para caracterizar os sistemas de produção de importantes regiões produtoras de algodão, como o Oeste da Bahia, por exemplo. “Então, a fase que estamos agora é de planejar com a Abrapa e com a Abiove a ida a campo para fazer o levantamento de dados. Depois nós processamos essa informação e geramos uma pegada de carbono regional, uma pegada de carbono nacional, publicamos em bancos de dados e ela pode ser comunicada”, explica. Apoio técnico A Abrapa reúne cerca de 18 mil produtores que respondem por 95% da produção nacional de algodão, portanto, tem capilaridade para captar dados em todo o país. Nesta etapa do projeto, a entidade vai contribuir com o levantamento de informações dos produtores filiados em Mato Grosso, Bahia e Goiás. Ao Agro Estadão, o presidente da Abrapa Alexandre Schenkel disse que espera ter uma referência nacional de emissões de gases de efeito estufa para melhor posicionar a fibra brasileira como uma fonte natural e biodegradável no mercado internacional. “Atualmente, a matriz têxtil global é baseada em fibras sintéticas, com mais de 75% do mercado tendo a participação de derivados de petróleo, sendo destaque o poliéster. Precisamos evidenciar a sustentabilidade do algodão nesse cenário desafiador para as fibras naturais”, destaca. Na avaliação do presidente da Abrapa, os primeiros dados coletados no projeto mostram que o modelo de produção brasileiro é bastante eficiente em relação à redução das emissões de carbono. “Há um grande potencial de redução de emissão com a eficiência da utilização da aplicação do nitrogênio nas lavouras, assim como com o incremento da qualidade do plantio direto, principalmente com a utilização de plantas de cobertura”, detalha. Já a Abiove vai contribuir com a análise de extração de óleo e produção de biodiesel a partir do caroço do algodão. Ao Agro Estadão, a entidade disse que os resultados do projeto “poderão ser usados por agricultores e empresas na venda de produtos em mercados que valorizem os aspectos ambientais desses produtos, bem como a comercialização de créditos de carbono e CBIOs”. Rastreabilidade da pegada de carbono do algodão Marília Folegatti explica que para fazer o mapeamento, os técnicos consultam os bancos de dados internacionais de emissão de carbono de todos os insumos da cadeia produtiva. “Então, desde a extração do petróleo, passando por todas as fases de extração até a ureia aplicada em campo, tudo é contabilizado. Depois, a informação é convertida em quilos de CO² equivalente por tonelada de produto”, esclarece. Segundo a pesquisadora, essa rastreabilidade da pegada de carbono em todas as etapas de produção do algodão traz confiabilidade e competitividade para a fibra brasileira. “As grandes empresas de setores que estão mais adiantados em nível de processamento dependem de comprar matéria-prima com uma boa pegada de carbono. Se eu tivesse falando da soja, por exemplo, é preciso dizer qual é a pegada de carbono dessa soja, porque lá na frente, o derivado da soja vai carregar essa informação”, ressalta. Mercado de crédito de carbono Embora o marco legal do mercado de crédito de carbono não trate da agricultura primária (que ficou no mercado voluntário), a agroindústria está contemplada no mercado regulado. Na avaliação de Folegatti, o impacto deve ser compartilhado entre os setores do algodão. “Um dos exemplos que eu posso mencionar é o do setor de biocombustíveis de cana-de-açúcar. Quem acessa os créditos de descarbonização é a usina. Mas hoje já existe um acordo para que o crédito que a usina acessa seja uma fração compartilhada com o produtor, porque ele faz investimentos para melhorar o seu desempenho”, avalia e conclui que o mesmo pode ser aplicado à cadeia do algodão.
Agro precisa estar atento às inovações para conquistar mercados
13 de Dezembro de 2024O agronegócio brasileiro é um caso de sucesso na conquista de mercados internacionais, graças aos fortes investimentos em produção e qualidade nas cadeias agropecuárias nas últimas décadas. No entanto, para ganhar ainda mais espaço, o setor precisa estar preparado para novos desafios geopolíticos e novas demandas ambientais e tecnológicas. Foi uma das conclusões do debate sobre comércio exterior promovido durante o Agro Horizonte, evento sobre inovação no agronegócio, promovido pela Globo Rural em Brasília nesta quarta-feira (11/12). Especialistas analisaram a capacidade do Brasil de destravar mercados para seus produtos agropecuários, especialmente com o incremento da inovação no setor. Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, apresentou um estudo mostrando que a produtividade do agronegócio brasileiro cresceu nos últimos 40 anos, a uma taxa de 2,5% ao ano, índice superior à média global de 1,5% e à dos Estados Unidos, de 1%. “Isso ocorreu durante um cenário de redução da mão de obra no campo. O principal fator para esse crescimento foi a adoção de tecnologias, insumos e genética”, afirmou. Segundo Jank, o crescimento do agro brasileiro desde a década de 1970 ocorreu graças a três ondas de adoção de novas tecnologias e formas de gestão e manejo. No entanto, agora, a quarta onda deverá vir de fora do agro. “São inovações que vão alterar tudo o que estamos fazendo, como inteligência artificial, blockchain, robótica e drones, e temos que estar preparados para adotar essas mudanças”, destacou. A rapidez com que o produtor brasileiro consegue adotar inovações tem sido um fator que ajuda na conquista e manutenção de mercados para. Jank lembrou o caso do “boi China”. “A decisão da China de apenas importar carne de bovinos abatidos até 30 meses revolucionou a pecuária brasileira, a fim de atender a essa demanda”, disse. No entanto, o coordenador do Insper Agro Global destacou a necessidade de o país diversificar os destinos de seus produtos. “A China, que se transformou em um parceiro essencial do agro brasileiro, não cresce mais tanto. Por isso, temos que abrir novos mercados, especialmente no resto da Ásia e na África, onde estão ocorrendo os maiores crescimentos de consumo”, afirmou. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desde o início de 2023, o Brasil já abriu 285 mercados em 66 países. “Temos feito expansão de mercado levando qualidade sanitária aos demais países”, destacou Júlio Ramos, secretário-adjunto de Relações Internacionais. “Agora, o que fizemos com a China, em termos de conquista de mercado, é o que vislumbramos fazer com os países da África”, afirmou. Ramos destacou que o país está preparado a enfrentar desafios e expandir sua presença agropecuária global, com a promoção da qualidade dos produtos nacionais. “No algodão, por exemplo, o Brasil se tornou o maior exportador do mundo sem que o consumo global aumentasse”, disse. Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), lembrou que a produtividade do algodão brasileiro hoje é o dobro das lavouras americanas. No entanto, essa eficiência traz problemas: como colocar tanto algodão no mundo? “A velocidade de melhoria da qualidade da nossa fibra também era maior do que a capacidade de conquistar mercado. O que mudou essa situação foi juntar os elos da cadeia e, junto com as tradings, promover nosso produto lá fora, mostrando que temos rastreabilidade e informação sobre a pluma desde a origem”, afirmou Schenkel. Um passo recente que deve ajudar os produtos agrícolas brasileiros a conquistar ainda mais mercados é o acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul, anunciado na última semana. Segundo Tatiana Prazeres, secretária de comércio exterior no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o acordo vai possibilitar que o Brasil ganhe acesso a novos países e novas tecnologias, ajudando a inserir melhor os produtos brasileiros em cadeia globais. Apesar do temor de que o acordo sofra oposição de parlamentares europeus e de segmentos do agronegócio da UE, Tatiana acredita que o documento deverá ser assinado até o segundo semestre de 2025. “Ele não precisa ter aprovação unânime. Basta ser aceito por 65% dos países, com 55% da população, e uma maioria no Parlamento Europeu”, explicou. Segundo ela, o texto do documento dá garantias que a questão do meio ambiente e da sustentabilidade não será usada como desculpa para medidas protecionistas de países europeus. “Uma vitória que conseguimos foi a aceitação do uso de dados nacionais para cumprir as legislações sanitárias e comerciais”, destacou.
Abrapa trabalha em melhoria contínua no SAI para a safra 2024/2025
13 de Dezembro de 2024A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve reunida na tarde desta segunda-feira (09), em São Paulo, com as gráficas homologadas para a impressão das etiquetas do Sistema Abrapa de Identificação (SAI), fixadas nos fardos de algodão brasileiro – Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas, Indústria Gráfica Brasileira Ltda e Rótulos Prakolar Sato – além da Avery Dennison, fornecedora das matérias-primas – vinil e bopp. A utilização de liner mais sustentável, para a etiqueta em vinil, está em análise e testes para safra 2024/2025. Outro ponto discutido durante o encontro foi a melhoria do processo de checagem etiqueta a etiqueta. Está em discussão e estudo, a implementação de sensores de visão, nas impressoras, com o objetivo de reduzir os desvios em etiquetas dobradas ou no caso de ficar algum código de barras faltando. Além dos aprimoramentos para o próximo ciclo, foi avaliada a operação do exercício de 2024, quando foram impressas mais de 18 milhões de etiquetas e aproximadamente 248 mil lacres. O mês de abril foi o mais intenso, com mais de 10 milhões de solicitadas e o Mato Grosso foi o estado que mais utilizou o sistema de identificação, seguido da Bahia. Segundo a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, a última safra teve uma operação tranquila, sem atrasos no fornecimento e na entrega, bem como, os desvios foram pequenos. “Temos melhorado a cada safra tornando o processo, cada vez mais, confiável”, garantiu. A próxima operação do SAI será iniciada em 1° de março de 2025. E, com a estimativa de 5,8% de aumento na produção de algodão, a previsão é de que sejam emitidas mais de 19 milhões de etiquetas. O SAI desempenha um papel crucial na garantia da rastreabilidade dos fardos de algodão, identificando cada um com um código único que contém informações como a numeração de série, a prensa utilizada, o laboratório que realizou a análise de HVI, entre outros dados, permitindo que o comprador rastreie a origem e a qualidade da fibra. Na safra 2023/2024, 249 Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) de dez estados participaram do Sistema de identificação.
Sou de Algodão participa de banca avaliadora em projeto sustentável de Design de Moda da PUC Campinas
13 de Dezembro de 2024Na última terça-feira, 10 de dezembro, o Sou de Algodão, representado por Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais da iniciativa, marcou presença na banca de avaliação dos alunos do curso de Design de Moda, da PUC Campinas. Os estudantes apresentaram seus produtos finais na disciplina Projeto Integrador, que consistiu no desenvolvimento de uma peça de roupa a partir de resíduos têxteis fornecidos pela Aramis, empresa parceira da instituição e também do movimento. “Nosso compromisso com o meio-ambiente vai além das salas de aula, buscamos preparar nossos alunos para transformarem o mundo, e este projeto é mais uma linda etapa dessa jornada. Parcerias como essas são essenciais para prepará-los para um futuro mais verde”, comenta Rose Sathler, coordenadora do curso de Design de Moda da PUC Campinas. Os resíduos utilizados nos projetos possuem, no mínimo, 70% de algodão, refletindo o compromisso da Aramis e do movimento Sou de Algodão com a promoção de materiais mais sustentáveis. Durante o desenvolvimento dos produtos, os alunos foram desafiados a incorporar o DNA da marca Aramis, alinhando inovação e responsabilidade ambiental para ampliar a oferta de produtos circulares na empresa. A avaliação dos projetos foi realizada por uma banca composta por convidados especiais, incluindo representantes da Aramis e do movimento Sou de Algodão. “Estar presente nesse momento proporcionou um intercâmbio rico entre estudantes e profissionais do setor, reforçando a importância da colaboração de toda a cadeia produtiva para fomentar práticas mais responsáveis”, explica Manami. “Esse projeto reforça nosso desejo de fomentar o pensamento sustentável na indústria desde o início, junto à próxima geração que será o rosto da moda brasileira. Hoje, na Aramis, estamos numa constante jornada de evolução para fortalecer nosso pilar de sustentabilidade e é muito importante nos unirmos a instituições que compartilham dos mesmos ideais de criar um futuro mais verde e mais justo” comentou Valesca Magalhães, Gerente de Sustentabilidade da Aramis Inc. Foram 12 projetos apresentados, e tiveram os seguintes temas: Nightly Nostalgia, Verão Carioca, Acelerando a Inclusão, WQ325, Refúgios Urbanos, Formas Essenciais: O Toque de Waldemar Cordeiro, O Novo Mosqueteiro, Urban Blues, Navegando em Águas Profundas, Retrofuturo, O Clássico Reinventado e Projeto Cadillac. Sobre Sou de Algodão Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.
Relatório de safra- dezembro de 2024
12 de Dezembro de 2024Com a safra brasileira de algodão 2023/2024 totalmente colhida e quase completamente beneficiada, todos os olhos se voltam para 2024/2025. A estimativa é um crescimento de área plantada de 6,6%, que deve ficar em 2,21 milhões de hectares. Já a produção pode bater em 3,91 milhões de toneladas da fibra. Acompanhe o detalhamento deste e de outros indicadores no Relatório de Safra da Abrapa de dezembro. Clique no link e boa leitura: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/12/Relatorio-de-Safra-dezembro-2024.pdf