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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
17 de Dezembro de 2021

- Algodão em NY – O contrato Mar/22 fechou ontem a 109,68 U$c/lp (+2,9%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 fechou a 90,59 U$c/lp (+0,8%). - Preços - Ontem (16/12), o algodão brasileiro estava cotado a 122,0 U$c/lp (queda de 100 pts com relação à semana passada) para embarque em Jan-Fev/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Altistas 1 – Os mercados reagiram bem aos planos do Fed (Federal Reserve, Banco Central norte-americano) de reduzir estímulos e aumentar juros em 2022. As estratégias foram anunciadas nesta semana com a meta de combater a inflação. - Altistas 2 – Falando nisso, a inflação anualizada nos EUA atingiu a máxima em 39 anos (6,8% em Novembro).  Commodities são vistas pelos investidores como um hedge natural para a inflação. - Altistas 3 – Novamente, as vendas de exportação dos EUA foram altas, com 343.400 fardos de algodão vendidos na semana. A China voltou a ser o principal destino. - Baixistas 1 – Apesar da China ter ressurgido no relatório de vendas dos EUA, essa demanda é atribuída somente a empresas estatais, já que as cotas de importação para o setor privado chinês em 2022 ainda não foram distribuídas. - Baixistas 2 – Na maior economia do mundo (EUA), a Federação Nacional de Varejo observa que os consumidores estão gastando no mesmo nível do ano passado, mas ainda um pouco abaixo do nível alcançado na temporada de 2019 - ano pré-pandemia. - Baixistas 3 –Dentro do mercado de algodão, há clareza de que o problema atual é muito mais de logística e disponibilidade no destino do que de oferta. Assim, a expectativa é de que o cenário esteja mais ajustado até meados do próximo ano. - ABR - Na safra 2020/21, o Brasil ampliou em 12% a produção de algodão certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável - ABR, chegando a 84% do total. O País é o maior fornecedor de algodão Better Cotton do mundo. - China 1 - Surto de Covid-19 na província de Zhejiang levou governo chinês a paralisar dezenas de fábricas, incluindo indústrias têxteis. A região tem produção voltada para exportação. Mais de 500 mil pessoas estão sendo monitoradas. - China 2 De acordo com a CNCE, até 15 de dezembro, 4,2 milhões de toneladas de fibra de algodão foram beneficiadas em Xinjiang, representando quase 76% da produção nacional chinesa. - Turquia – Na Turquia, os fundamentos de mercado estão em segundo plano, já que novamente o problema da taxa de câmbio se torna o centro das atenções. A lira (moeda turca) perdeu mais de 50% de seu valor em relação ao dólar desde o início de novembro. - Índia - Fomentadas pela demanda crescente nos EUA e Emirados Árabes Unidos, as exportações de vestuário da Índia estão em alta. Set/21, out/21 e nov/21 superaram o desempenho de 2019 (ano de comparação pré–pandemia). - EUA- A classificação de algodão do USDA atingiu cerca de 11,5 milhões de fardos de 480 libras, ou cerca de 63% da estimativa da safra atual, de 18,3 milhões de fardos. - Cotton Brazil - A Abrapa reuniu na última sexta-feira os adidos agrícolas que irão representar o País nos países que mais importam algodão brasileiro no mundo. Além de dados sobre a cotonicultura nacional, o foco foi reforçar a parceria entre os Ministérios da Agricultura e Relações Exteriores e o programa Cotton Brazil. - Beneficiamento 2021 - Até ontem (16/12): BA e TO (95%); MA (82%); MT (98,5%). Os demais estados já atingiram 100%. Total Brasil: 98% beneficiado. -  Exportações - O Brasil exportou 60,2 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas de dez/21. A média diária de embarque está 55% inferior quando comparado a dez/20. -  Semeadura 2021/22 - Até ontem (16/12): BA (38%); GO (64%); MA (13%); MG (65%); MS: (73%); MT: 0,8%; PI (52%); PR (100%); SP (58%). Total Brasil: 13% plantado. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

ABRAPA e CBRA estarão em recesso a partir de 20/12/2021 até 03/01/2022
17 de Dezembro de 2021

ABRAPA e CBRA estarão em recesso a partir de 20/12/2021 até 03/01/2022

Abrapa apresenta atualização do protocolo de certificação ABR
16 de Dezembro de 2021

Abrapa apresenta atualização do protocolo de certificação ABR    Com o começo do ciclo 21/22 de produção de algodão, a Abrapa deu a largada na nova temporada de certificação de sustentabilidade pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).  Em webinar realizado nesta quinta-feira (16), a entidade apresentou atualizações feitas nos itens de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho, previstos no Critério 6 do protocolo. Os ajustes foram necessários para adequação à nova redação da Norma Regulamentadora - NR 31, que estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho rural, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades do setor com a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho rural. As novas regras estão na Portaria SEPRT 22.677, de 22/10/2020, que entrou em vigor no dia 27 de outubro de 2021. "A oferta de algodão certificado, responsável, é uma tendência mundial. As grandes indústrias têm isso como meta, já estão operando no sistema de substituição de matéria-prima e querem garantir ao consumidor que, quando opta por comprar uma peça têxtil, não esteja contribuindo para exploração de trabalho irregular ou danos ao meio ambiental", ponderou o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. "Isso a gente tem que provar que não faz, não adianta apenas dizer", frisou Para explicar as principais alterações no protocolo ABR, a Abrapa convidou José Augusto da Silva Filho, Consultor Técnico em Segurança e Saúde no Trabalho. Segundo ele, houve um significativo acréscimo de disposições. "O aumento do número de itens da NR 31 tem como objetivo proporcionar mais clareza e segurança jurídica ao segmento, com uma simplificação da linguagem para o produtor rural e trabalhadores", esclareceu. Entre as novidades, está a obrigatoriedade de implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural - PGRTR, incluindo os requisitos legais de prevenção de acidentes do trabalho e a Gestão de Saúde Ocupacional previstos no Inventário de Riscos do PGRTR, com as medidas de prevenção para o PCMSO - Programa Médico de Saúde Ocupacional. A revisão também determina que as propriedades rurais devem promover treinamento semipresencial em segurança e saúde do trabalho para os membros da CIPATR antes da posse; amplia a gestão para máquinas, equipamentos e implementos, com os seus respectivos procedimentos nas fazendas e fora das instalações físicas do estabelecimento; e estabelece novos requisitos legais específicos com relação as áreas de vivências, instalações sanitárias, local para refeição, alojamento, lavanderia e área de Lazer, entre outras atualizações. "A revisão da NR 31 se baseia nas premissas do governo para a modernização das Normas Regulamentadoras, que são harmonizar, simplificar e desburocratizar, sem gerar impactos sobre a manutenção da segurança e saúde do trabalhador",afirmou o consultor. As alterações ainda serão validadas pelo GT de sustentabilidade da Abrapa e deverão entrar em vigor no protocolo ABR em janeiro de 2022.

Área plantada de algodão será de 10 cidades de São Paulo na próxima safra
14 de Dezembro de 2021

Abrapa na Mídia Área plantada de algodão será de 10 cidades de São Paulo na próxima safra A área plantada com algodão no Brasil na próxima safra de 2021/2022 deve alcançar 1,55 milhão de hectares, um aumento de 13,5% em relação à safra anterior, apontou a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Essa área corresponde a 10 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. O volume projetado é de 2,71 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 16,5% sobre a safra 2020/2021. Os dados foram com compilados pela Abrapa e pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CSAD/MAPA), com informações das associações estaduais. Conforme as estatísticas, Mato Grosso continua sendo o estado que mais produz algodão no país, com a previsão de uma colheita de 1,89 milhão de toneladas, seguido pela Bahia, com 563 mil toneladas, e onde 35% da área a nova safra já está plantada. De acordo com o presidente da Abrapa, Julio Cézar Busato, 60% da safra 2021/2022 de algodão já foi comercializada. Mesmo antes da colheita, os produtores já vendem o produto, com preços fixados na bolsa de valores. No dia 2 de dezembro, 100% da safra 2020/2021 já havia sido colhida e beneficiada para a venda, que também já havia sido garantida no ano passado. "Para a próxima safra [2021/2022], os insumos, que eram a grande preocupação que eram a grande preocupação, já foram comprados e o plantio está seguindo bem, dentro da janela de plantio ideal", disse. Janela de plantio é o período mais adequado para a semeadura das lavouras. Como em 2021 está chovendo bastante nas principais áreas produtivas, os agricultores não precisaram esperar as chuvas, como ocorreu no ano passado, ou adiar o plantio esperando o tempo mais firme. Segundo Busato, na última safra houve um recorde de adesão de produtores à certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR): 84,2% da pluma produzida na temporada, o equivalente a 1,96 milhão de toneladas, recebeu a certificação e o licenciamento pela Better Cotton, pela adoção de boas práticas ambientais. A média de produtividade das fazendas certificadas foi 6% maior que a média brasileira (1.707 quilos por hectare). Custos serão os mais altos da história Nesta quarta-feira, 8, João Martins, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), disse em entrevista coletiva, que apesar da projeção da safra 2021/2022 ser a maior, com 289 milhões de toneladas (14% acima da safra passada), os custos de produção também devem ser os mais altos já registrados, devido a alta nos custos com insumos. De acordo com ele, em 2021 o produtor rural testemunhou aumentos de mais de 100% nos custos com fertilizantes e defensivos para culturas como soja, milho e algodão, e em 2022, o cenário deve ser o mesmo. "A alta dos custos de produção deve achatar a margem de lucro do produtor rural de uma maneira geral", disse. Custos como os insumos (fertilizantes, defensivos e máquinas), bem como energia elétrica, combustíveis e logística devem permear o setor em 2022. Na coletiva a CNA projetou que, em 2022, o PIB do agronegócio deve ter um ritmo de crescimento menor, entre 3% e 5% em relação a 2021, que deve encerrar o ano com o PIB de 9,37% em relação a 2020. https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/12/09/area-plantada-do-algodao-sera-de-10-cidades-de-sao-paulo-na-proxima-safra.htm UOL – 09.12.2021

Afinal, quanto tempo o algodão demora para se decompor na natureza?
14 de Dezembro de 2021

Se você já pesquisou sobre a decomposição do algodão na natureza, deve ter encontrado muitas informações dissonantes sobre o assunto. Isso porque existem muitas variáveis: tipo de tecido, qualidade do solo, clima, pressão atmosférica, produtos químicos aplicados na fibra, entre outros. Mas, para esclarecer alguns pontos sobre a biodegradabilidade do algodão, conversamos com Sylvio Napoli, gerente de tecnologia da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção) e com Alderi de Araújo, engenheiro agrônomo, doutor em Fitopatologia e chefe geral da Embrapa Algodão. Confira abaixo as respostas para as perguntas mais comuns. Do que é composta a fibra de algodão? Basicamente, de celulose, que é natural, sustentável e biodegradável pela sua constituição química.   Por que, exatamente, a celulose é sustentável?  A celulose é um produto biodegradável e, por isso, sustentável. É amplamente utilizada na indústria madeireira, uma vez que é um dos principais componentes das paredes celulares dos vegetais, as quais constituem cerca de um terço do volume total de uma planta. Além da madeira, a celulose é utilizada na indústria de embalagens como sacos, caixas de papelão, de madeira, engradados de um modo geral, sendo considerado um composto vegetal ambientalmente correto. Trata-se de um polímero de cadeia longa formado por um único monômero, a glicose, que é um polissacarídeo ou um carboidrato. Sua hidrólise completa resulta exatamente em glicose. Neste sentido, a industrial têxtil, que utiliza a pluma de algodão como uma das suas principais matérias-primas, contribui de forma decisiva para a preservação ambiental, uma vez que o algodão é formado por cerca de 94 % de celulose. Os demais componentes incluem proteínas, substâncias pécticas, ceras, cinzas, ácidos orgânicos e outros açúcares.   Quanto tempo o algodão demora para se degradar no meio ambiente? Estudos apontam que a fibra de algodão exposta a condições extremas de ambiente começa a se degradar a partir de três meses. Um tecido, que se constitui em uma peça mais complexa, mas que mantem em si as características físicas e químicas da fibra de algodão, pode demorar mais no ambiente, havendo relatos que variam de 5 a 20 meses e de 10 a 20 anos. Variáveis como clima, composição do solo e temperatura são fundamentais nesta observação.   E os corantes, plásticos e etiquetas, como ficam na natureza? Os corantes não representam fator limitante para esse processo e são degradados mais facilmente pelo efeito da insolação e da umidade. Já peças metálicas presas à peça de roupa sofrem oxidação e tendem a se degradar quando submetidas a condições de umidade e temperatura extremas. Adesivos plásticos são mais resistentes às intempéries e, mesmo com a degradação, podem ser fragmentados em peças menores e representar um fator poluente de maior resistência e permanecer dezenas de anos no ambiente. Entretanto, embora o plástico predomine em diferentes setores da economia, na indústria da moda a tendência não se verifica. "Não vemos como fatores de grande importância, na degradação da peça de roupa, os corantes, mas vemos os adesivos plásticos e os metais como uma preocupação maior que o setor deve observar mais atentamente", explica Alderi de Araújo.   Qual a melhor maneira de descartar uma peça de algodão que não é possível mais usar ou doar? Uma delas é procurar o fabricante para devolvê-lo. Assim, a empresa pode utilizar o produto usado para fazer a reciclagem mais adequada. A Política Nacional de Resíduos Sólidos torna os consumidores responsáveis por descartar, de forma consciente e sustentável, os itens de vestuário e, ao mesmo tempo, responsabiliza as empresas do setor pelo pós-consumo de seus produtos. Há confecções que possuem programas voltados a esse tipo de propósito e estabelecem planos de coleta de peças para reciclagem, em um processo conhecido como logística reversa. Há ainda várias indústrias que trabalham com reciclagem de tecidos, as quais podem ser procuradas para o descarte de roupas usadas. Essas empresas possuem máquinas que rasgam e trituram os tecidos em grandes quantidades, chegando a retalhar até 3 toneladas por hora que são transformadas em material para enchimento de sofás, edredons, almofadas, travesseiros, sacos para boxes, confecção de carpetes e outros produtos.   Todas as peças são descartadas da mesma maneira? O descarte varia de acordo com seu atual estágio de uso. Se pensarmos em pós indústria na forma de retalhos, antes da confecção, estes deverão passar pela fase de reciclagem. É preciso fazer a desfibração e destinar o material para indústrias têxteis, automotivas ou construção civil. Peças prontas seguem o mesmo caminho, porém antes do desfibramento, passam pela descaracterização com a retirada de aviamentos e retalhação para seguirem para reciclagem na indústria.   E a água e resíduos da lavoura que sobram nesse processo? Os resíduos provenientes das fases anteriores à confecção são todos reaproveitáveis e até o efluente poderá ser encaminhado para a compostagem ou servir de fonte renovável de energia, sendo usada em caldeiras. Resíduos da plantação também são reaproveitados como alimento para o gado. Agora você já conhece mais sobre decomposição do algodão na natureza, descarte responsável e biodegradabilidade da nossa fibra! Tem alguma dúvida sobre o assunto? Deixe pra gente nos comentários!

Produção de algodão no Brasil deve crescer 16,5% na safra 2021/22, diz Abrapa
10 de Dezembro de 2021

Abrapa na Mídia Produção de algodão no Brasil deve crescer 16,5% na safra 2021/22, diz Abrapa A expectativa da entidade é que a área alcance 1,55 milhão de hectares, um avanço de 13,5% O Brasil deverá produzir 2,71 milhões de toneladas de algodão em pluma na safra 2021/22, alta de 16,5% ante a temporada anterior impulsionada pela elevação na área de plantio da cultura, afirmou nesta quarta-feira (8) a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). A expectativa da entidade é que a área alcance 1,55 milhão de hectares, um avanço de 13,5%. "Está tudo caminhando muito bem, estamos plantando, nossos insumos foram comprados e cerca de 60% da safra já está vendida", disse em nota o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Segundo a entidade, Mato Grosso tem previsão de 1,89 milhão de toneladas e a Bahia deve produzir 563 mil toneladas. Cerca de 35% da área baiana já está plantada. https://www.cnnbrasil.com.br/business/producao-de-algodao-no-brasil-deve-crescer-165-na-safra-2021-22-diz-abrapa/ CNN Brasil – por Reuters – 08.12.2021

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
10 de Dezembro de 2021

- Destaque da Semana – Semana de recuperação parcial no mercado após a grande e inesperada queda da semana passada. Relatório mensal do USDA trouxe redução dos estoques e também redução nas importações da China. Aos poucos, mais informações vão surgindo sobre a nova variante de Covid-19 Omicrom. - Algodão em NY – O contrato Mar/22 fechou ontem (Quinta) a 106,59 U$c/lp (+2,8%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 fechou a 89,84 U$c/lp (+3,4%). - Preços - Ontem (09/12), o algodão brasileiro estava cotado a 123 U$c/lp (+275 pontos) para embarque em Jan-Fev/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Altistas 1 –  As vendas de exportação dos EUA foram mais uma vez significativas, com 408,7 mil fardos de algodão vendidos em ambos os anos de comercialização. China, Turquia e Vietnã responderam por 78% do total. - Altistas 2 – No relatório mensal de oferta e demanda de Dezembro do USDA, os estoques iniciais globais de 21/22 foram reduzidos novamente este mês em 154 mil toneladas, para 19,3 milhões. A safra mundial foi reduzida em 49 mil toneladas para 26,5 milhões. O consumo mundial aumentou em 37 mil toneladas para 27,1 milhões. - Altistas 3 – De acordo com o último relatório do USDA, os estoques finais mundiais acabaram sendo reduzidos em 261 mil tons, indo para 18,9 milhões de toneladas. Com isso, o relação estoque-uso cai para 69%. - Baixistas 1 – Entretanto, o relatório revisou para baixo nas importações chinesas de 21/22 para 10,25 milhões de fardos. Como referência, em 2020/21 passada a China importou 12,86 milhões de fardos! - Baixistas 2 – Incertezas em torno da variante Omnicron da COVID-19 continuam preocupando, mas já em menor intensidade que na última semana. - Baixistas 3 - Problemas logísticos continuam afetando o fluxo global de algodão e outras mercadorias. Apesar de no curto prazo esta situação ter efeito altista nas cotações, pode comprometer o consumo anual no médio prazo. - Better Cotton - O Brasil é o maior fornecedor de algodão certificado do mundo, com mais de 84% de sua produção certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável. Esta informação, além de outros dados estão disponíveis no “Relatório de Impacto” do programa Better Cotton. Confira: https://bit.ly/BC20report. - BI Cotton Brazil - A Abrapa apresentou à Câmara Setorial do Algodão a versão 2.0 de seu sistema de business intelligence. A plataforma reúne e fornece dados atualizados sobre a cotonicultura em âmbito nacional e global: https://cottonbi.com.br/ -  Safra 2021/22 1 - Na última reunião do ano da Câmara Setorial do Algodão, a Abrapa atualizou as estimativas para a safra 21/22, prevendo área plantada de 1,55 milhão de ha e produção de 2,71 milhões de tons (+16,5% sobre o ciclo 20/21). - Safra 21/22 2 - Bom desempenho da soja, clima e janela de plantio ideais explicam o otimismo. Tanto que 60% da safra 21/22 já foi comercializada. A atenção se volta agora para o ciclo 22/23, devido ao custo dos insumos. - Indústria têxtil - A Abit projeta que em 2022 o consumo doméstico brasileiro será de aproximadamente 800 mil toneladas de algodão - crescimento de 1,6% no ano. - Agenda 1 - O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, recebe hoje (10) adidos agrícolas brasileiros que servirão nos principais mercados de algodão. Entre as pautas, as ações do programa Cotton Brazil. - Agenda 2 - Na segunda, 13, lideranças da Abrapa, Apex Brasil e Anea se reúnem no Comitê Gestor do Cotton Brazil. O objetivo é avaliar os resultados de 2021 e validar o planejamento para 2022/23. - Beneficiamento 2021 - Até ontem (09/12): BA e TO (95%); MA (80%); MT (97,5%). Os demais estados já atingiram 100%. Total Brasil: 97% beneficiado. -  Exportações 1 - O Brasil exportou 26,4 mil tons de algodão na primeira semana de dez/21. A média diária de embarque é 47% inferior quando comparado a dez/20. -  Exportações 2 - O Brasil exportou 560,4 mil toneladas no acumulado de agosto a novembro de 2021, totalizando uma receita de US$ 964,8 milhões proveniente das exportações. O volume embarcado é 33% inferior ao mesmo período do ano anterior. -  Exportações 3 - No acumulado de agosto de 2021 a novembro de 2021, a China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras (285 mil toneladas), representando até o momento 34% dos embarques nacionais. -  Semeadura 2021/22 - Até ontem (09/12): BA (32%); GO (48,5%); MG (60%); MS: (36%); PI (3,6%); PR (95%); SP (49%). Total Brasil: 9,1% plantado. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Abrapa apresenta setor a novos adidos agrícolas do Brasil na Ásia
10 de Dezembro de 2021

Abrapa apresenta setor a novos adidos agrícolas do Brasil na Ásia A Abrapa apresentou um panorama da cotonicultura nacional aos novos adidos agrícolas do governo brasileiro na Ásia, em reunião nesta sexta-feira (10), na sede da entidade, em Brasília. Com o Itamaraty, os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) são responsáveis pelas negociações agropecuárias com os governos de seis países asiáticos. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo e tem uma fatia de 22% do mercado mundial, contra 58% do principal concorrente, os Estados Unidos. Destino de 99% dos embarques brasileiros da pluma, o continente asiático é prioritário para os produtores, com ênfase em 10 países: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Malásia, Tailândia e Coréia do Sul. O Mapa conta com adidos agrícolas na China, Índia, Indonésia, Tailândia, Vietnã e Coréia do Sul. "Este encontro é importante para que vocês entendam a complexidade do algodão. Não é uma commodity como o milho e a soja, é uma cultura extremamente complicada e exigente. Quinze itens interferem na qualidade da pluma, de coloração à umidade, índice de fibra curta, micronaire, etc.", informou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na abertura da reunião. Ressaltou, ainda, que o algodão tem um faturamento três vezes maior que o da soja e emprega cinco vezes mais pessoas. "Isso é interessante para nós, produtores, e para o Brasil", frisou. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, apresentou as principais estatísticas do setor e municiou os novos adidos agrícolas com informações sobre os programas implementados pela Abrapa e pelas associações estaduais no sentido de assegurar qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade à fibra produzida no Brasil. "Na hora que resolvemos crescer, pegamos nossa malinha e visitamos China, Coréia do Sul, Tailândia, Vietnã, Índia, Turquia e outros países, perguntamos o que deveríamos fazer para competir nesses mercados e fizemos nosso dever de casa", contou. Hoje, 100% da pluma brasileira é rastreável e 84% tem a certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Além disso, o Brasil é o maior fornecedor global de fibra licenciada Better Cotton. Para mostrar isso ao mundo, a Abrapa implementou o programa Cotton Brazil, em parceria com a Apex-Brasil e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).  Desde o lançamento da iniciativa, em 2020,a entidade abriu um escritório em Singapura - hub para o continente asiático - e promoveu 27 reuniões virtuais e presenciais com embaixadas brasileiras e representantes da cadeia têxtil asiática. "O desafio é mostrar que nosso algodão é muito bom, não somos o genérico do americano", afirmou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. "A gente tem feito a diferença com o apoio dos adidos, das embaixadas e das câmaras setoriais", sublinhou. Após a reunião, os novos adidos agrícolas conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Sob responsabilidade da Abrapa, o CBRA atua na verificação e padronização dos processos de análise de qualidade do algodão, conferindo credibilidade à fibra brasileira. "Nossa meta é nos tornarmos o maior exportador de algodão em pluma do mundo até 2030, reconhecido mundialmente pela qualidade, sustentabilidade e padrão tecnológico do nosso produto", concluiu Busato.