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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
18 de Março de 2022

- Destaque da Semana – Inflação, guerra e, nesta semana, um novo lockdown por conta de Covid-19 na China.  Semana de volatilidade para o algodão, que foi na contramão das demais commodities e se valorizou bem nos últimos 7 dias. -Algodão em NY – O contrato Mai/22 fechou ontem a 121,86 U$c/lp (+4,28%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 103,52 U$c/lp (+2,05%). -Preços - Ontem (17/03), o algodão brasileiro estava cotado a 138,75 U$c/lp (+225 pts) para embarque em Abr-Mai/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 119,0 U$c/lp (+100pts). - Altistas 1 - As incertezas causadas pela guerra dominam as atenções do mundo. A produção de algodão pode ser afetada pela guerra de várias maneiras: com a alta dos grãos, a área semeada pode se reduzir nos grandes produtores. A produtividade também pode ser afetada pela dificuldade de abastecimento de fertilizantes. - Altistas 2 - Tomando a cotação do barril de petróleo como um termômetro do sentimento em relação à guerra na Ucrânia, o que vimos esta semana foi um otimismo (petróleo a menos de US$ 100/barril). Mas, com a persistência do conflito, o preço do barril está acima de US$ 106 na Europa hoje. - Altistas 3 -  Além disso, a severa seca no Oeste do Texas continua preocupando agricultores americanos. As previsões para as próximas semanas não são animadoras. Enquanto isso, no sul do estado o plantio de algodão já começou. - Baixistas 1 - A China iniciou esta semana mais um lockdown atingindo mais de 45 milhões de pessoas.  Entretanto, nesta sexta o governo informou que irá relaxar as medidas em algumas cidades importantes, o que sinaliza uma flexibilização na política de Covid-zero do governo Chinês. - Logística - Os problemas logísticos persistem, com atrasos e imprevisibilidade nos embarques. Relatos de indústrias apreensivas com a insegurança no abastecimento. - China - A China Cotton Association (CCA) divulgará em 1º de abril o protocolo de produção sustentável do algodão que a indústria chinesa terá que seguir. É a resposta chinesa à exclusão do país da Better Cotton Initiative (BCI) há dois anos, por conta da denúncia de trabalho forçado na região de Xinjiang. - Austrália - Chuvas recentes estão permitindo que a irrigação seja completa e não parcial nas lavouras de algodão no país. Isso pode aumentar a produção da safra deste ano, estimada entre 1,1 e 1,2 milhão de toneladas. - Uzbequistão - Após 12 anos de boicote, saiu nesta semana relatório apontando inexistência de indícios de trabalho forçado no país. Na prática, significa o retorno da pluma do Uzbequistão às grandes marcas. O país deve produzir este ano 740 mil tons de algodão. - Índia –  As entregas de algodão para beneficiamento no país este ano estão 15% abaixo da média dos últimos três anos. Segundo a consultoria Cotlook, a redução pode ser ainda maior e está causando apreensão no mercado local. A Índia é o maior produtor de algodão do mundo. - Agenda 1 - Ocorre nesta terça (22) a reunião mensal da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, em Brasília. -  Exportações - O Brasil exportou 90,6 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas de mar/22. A boa notícia é que, ao contrário dos últimos meses, a média diária de embarque é 17,3% maior quando comparado com mar/21. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Cotton Brazil Outlook 2022
16 de Março de 2022

O Brasil possui a maior parcela do mercado global de algodão, com a certificação BCI, que garante um futuro mais sustentável à produção da cultura. Ao todo, a participação brasileira gira em torno de 38% do setor. Apesar disso, alguns parceiros comerciais brasileiros desconhecem a qualidade e sustentabilidade do nosso produto, diante disso, uma comitiva brasileira foi a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos e a cidades turcas, para apresentar as virtudes da produção nacional de algodão. Quem esteve na viagem e conversou com a jornalista Marusa Trevisan, é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Júlio Cézar Busato. Assista: https://tvterraviva.band.uol.com.br/noticia/1000001010455/cotton-brazil-outlook-2022.html Terraviva – Jornal Terraviva Segunda Edição – 14.03.2022

Algodão deve alcançar 1,5 mi de hectares
15 de Março de 2022

Abrapa na Mídia ​ A safra 21/22 de algodão está na fase de desenvolvimento vegetativo na maior parte das lavouras brasileiras, segundo levantamento feito pela Abrapa em parceria com as associações estaduais. Na primeira semana de março, faltavam ser plantados apenas os últimos talhões nos estados de Goiás e Minas Gerais. Em entrevista ao programa Agro Noite, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, falou sobre as perspectivas para a atual temporada. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=wGxsp8nwiOQ Agro Mais – Programa Agro Noite – 10.03.2022

Vozes do Agro: Setor algodoeiro nacional realiza missão no Paquistão e Turquia
14 de Março de 2022

Mercado doméstico destes dois países demanda mais do que a produção algodoeira dessas nações é capaz de fornecer   Após dois anos de reuniões virtuais, os cotonicultores brasileiros finalmente retomaram a interação presencial com atuais e potenciais clientes internacionais. Paquistão e Turquia foram os mercados eleitos para a primeira Missão Vendedores realizada pela Abrapa desde o começo da pandemia de Covid-19. Ambos estão entre os cinco maiores importadores de algodão do mundo. Juntos, os dois países foram destino de um quarto de todo a pluma embarcada pelo Brasil na última temporada, cada um com cerca de 12% das nossas exportações. Ao longo da última década, além de receber representantes da indústria de diferentes países nas chamadas Missões Compradores, a Abrapa promoveu diversas Missões Vendedores, levando produtores brasileiros para conhecer o modelo de negócio e as necessidades dos principais destinos compradores de algodão no mundo. Nessas visitas, sempre são apresentados os números da cotonicultura brasileira e os programas desenvolvidos no país para incrementar a qualidade, a sustentabilidade, a rastreabilidade e a transparência nos dados de classificação instrumental de fibra, visando reforçar a confiança internacional. A presença física, fundamental no processo de conquista de novos mercados e na consolidação do Brasil como segundo maior exportador mundial da pluma, ganhou novo impulso com o projeto Cotton Brazil, executado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea),com o apoio dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de Relações Exteriores (MRE). Com a Apex-Brasil e a Anea, conseguimos reunir, em Dubai, mais de 100 empresários do setor têxtil e de algodão do Paquistão. Foi uma oportunidade para networking e troca de informações. Ouvimos a indústria daquele país e compreendemos o que devemos fazer para melhorar nossa participação e valorização no mercado paquistanês. O Paquistão é o quinto maior produtor mundial de algodão, logo atrás do Brasil, com 0,98 milhão de toneladas na safra 2021/22. Mas é, também, o terceiro maior consumidor global da pluma e o quarto maior importador de acordo com o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC). Há uma disposição muito grande de expandir o parque fabril têxtil, com investimentos da ordem de US$ 5 bilhões em máquinas. A presença da Abrapa, por meio do Cotton Brazil, demonstra nosso interesse em sermos parceiros neste crescimento.   Já na Turquia, no começo deste mês, conhecemos duas regiões produtoras, visitamos oito grupos industriais, incluindo os maiores do país em consumo de algodão, ouvimos sugestões de melhoria e percebemos a satisfação daquele mercado e o uso crescente do algodão brasileiro – nos últimos três anos, o país quase triplicou as importações da nossa pluma. Como o Paquistão, a Turquia tem produção local, mas não consegue atender o consumo interno – o país já é o quinto maior importador mundial, com 1,17 milhão de toneladas adquiridas em outros mercados, segundo dados do ICAC. Observamos, lá, o mesmo movimento de investimentos evidenciado no Paquistão, com muitas fiações sendo construídas e ampliadas e um enorme potencial de expansão de negócios com o Brasil. A Abrapa tem no seu DNA o foco no mercado, tanto nacional quanto internacional. Não chegaríamos onde chegamos se não tivéssemos a visão do cliente. E essa visão precisa ser permanentemente calibrada, porque o cliente muda. As missões internacionais servem, justamente, para que possamos aprender com nossos atuais e potenciais compradores, entender o que vem pela frente em termos de tendências e demandas, quais regiões e produtos vão crescer mais e quais características da pluma estão sendo mais demandadas. Naturalmente, o cenário pontual é de apreensão com a guerra na Ucrânia e seus impactos, até porque esses países dependem muito de energia do leste europeu, principalmente a Turquia. Uma crise energética certamente impactará muito o desenvolvimento planejado. Por outro lado, sob o ponto de vista de médio e longo prazos, ficamos muito animados. O algodão está voltando com força ao guarda-roupa das pessoas no mundo todo. É um fenômeno que já tínhamos observado em números e, ao conversar com a indústria paquistanesa e turca, percebemos o quanto as marcas, as lojas e o consumidor final estão buscando peças que tenham menos impacto no meio ambiente. Nesse sentido, o Brasil está totalmente alinhado à demanda mundial: 84% da produção nacional têm certificação socioambiental. É um grande diferencial da pluma brasileira. O que vimos e ouvimos vai de encontro à vontade dos produtores brasileiros de continuar ampliando a área plantada e produzindo de maneira consistente, com qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade. Voltamos para casa seguros de que estamos no caminho certo, mas que precisamos continuar evoluindo. Traçamos uma agenda de prioridades que envolverá um trabalho conjunto entre produtores, pesquisadores, exportadores e governo, para que, juntos, façamos as mudanças necessárias para que o algodão brasileiro permaneça na vanguarda mundial. Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).   https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2022/03/setor-algodoeiro-nacional-realiza-missao-no-paquistao-e-turquia.html   Revista Globo Rural – Vozes do Agro – 14.03.2022

Como economizar fertilizante? Na falta do insumo, agro busca alternativas
14 de Março de 2022

Guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe mais incerteza na oferta. Manejo de solo, uso de residual e misturas com organominerais são orientações A incerteza sobre o mercado de fertilizantes, reforçada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, colocou em alerta o agronegócio brasileiro, importador da maior parte do insumo usado no campo. Boa parte desses fertilizantes vem da Rússia, mas o governo recomendou a suspensão dos embarques em função de riscos logísticos e sanções aplicadas ao país. Diante da situação, economizar fertilizantes e atentar para o manejo eficiente do solo tem sido a orientação da Embrapa e de representações do setor. A avaliação é de que, pelo menos o início do plantio da safra 2022/2023, está garantido, pois a maioria dos agricultores compra o produto antecipadamente. Mas há riscos sérios a partir de setembro, caso o conflito continue. "Há grande risco de faltar potássio, porque a Bielorússia e a Rússia são os maiores exportadores, só perdem para o Canadá", afirma José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro."Não temos notícia que a indústria parou de produzir fertilizantes, mas houve o embargo. Acabou a guerra, tudo volta ao normal, mas agora estamos em alto risco." Para ajudar o produtor adotar melhores práticas de manejo do solo e economizar no uso do fertilizante, a Embrapa iniciará em abril a Caravana FertBrasil. Técnicos serão enviados para 30 polos agrícolas, cobrindo 90% da área plantada do País. A iniciativa, que será realizada até abril de 2023, levará conhecimento sobre a correta avaliação do solo e a dosagem necessária de adubo com o objetivo de, em média, elevar a eficiência do produto em 10%. Segundo Polidoro, os fertilizantes usados hoje chegam a ter eficiência de até 60% e, com a iniciativa, a ideia é elevar para 70%. "Isso significa uma economia de 10% em fertilizantes. Ou se usa menos e mantém a produtividade, ou você usa a mesma quantidade e aumenta a produtividade melhorando a eficiência", explica o pesquisador. O pesquisador explica que há casos de o produtor não realizar a análise do solo antes do plantio e, muitas vezes, mesmo dispondo das informações sobre a fertilidade, aplicar o fertilizante de acordo com o preço. Para o pesquisador, seria como precisar tomar um remédio, mas calibrar a dosagem de acordo com o preço do produto, sem considerar a receita médica. "Dá para se melhorar muito com melhores práticas agrícolas e tecnologia. Boa parte já faz boas práticas, mas todos podem melhorar. E, por isso, vamos com a nossa Caravana com expertise de mais de 40 anos com manejo de fertilizantes."   Poupança na terra  Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), confirma que, para esta safra, não há qualquer risco. Nos Estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Piauí o plantio começou em novembro do ano passado. Já Mato Grosso, que responde por 70% da produção de algodão, o plantio teve início em janeiro. "Mas, para a próxima safra que vai começar em fim de novembro é outra história. Alguns produtores já adquiriram os fertilizantes, mas não deve passar de 30% do total. E o mercado está parado, porque não está tendo precificação pelos exportadores como Rússia e Bielorússia, que representam 40% do potássio. Isso nos preocupa muito", explica Busato. A entidade está orientando os seus associados a fazer análises do solo e avaliar se é possível aproveitar a "poupança da terra", ou seja, o reflexo de anos de anos de adubação, que elevou a fertilidade a um nível em que é possível de ser aproveitado o residual nas lavouras. "O mercado de fertilizante está parado, compra-se caro e em pequenas quantidades. Mas ainda temos tempo", diz o presidente da Abrapa. "O que pedimos aos associados é calma nessa hora, porque nós temos tempo. E usar a poupança que temos no nosso solo. Estamos usando fertilizante ao longo do tempo, elevamos a fertilidade e podemos usufruir um pedaço do que já está no solo. E quando as coisas voltarem ao normal, repomos isso." Quem tem o mesmo raciocínio é o presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesario Ramalho. Ele observa que tudo correu bem, sem preocupações, no plantio do milho de segunda safra, semeado a partir de janeiro, após a colheita de soja. "Mas o futuro é incerto: há preocupação para outubro, na nova safra, e grande preocupação para 2023." "Mas nós temos uma coisa muito positiva para a agricultura, temos uma espécie de reserva de elementos no solo pelo trabalho que a gente vem fazendo há algum tempo, tenho uma poupança de potássio no solo, não preciso tanto de potássio. Pode ter risco de plantar com metade do fertilizante, e há que diga que planta sem fertilizante. Mas essa poupança ajuda. Mas a situação é bastante preocupante, mas sem pânico", explica Ramalho. O setor, que teve perdas de até 20 milhões de toneladas de milho na safra passada em decorrência da estiagem nos Estados do Sul e em Mato Grosso do Sul, não espera um impacto na produção em decorrência da crise dos fertilizantes. "Essa melhora da fertilidade do nosso solo vai produzir agora com menos fertilizante com certeza. Mantenho minha preocupação pelo País inteiro, mas não tenho nenhum pânico", explica ele, que vai apoiar a caravana da Embrapa.   Orgânicos e organiminerais  Já o setor de cana-de-açúcar tem maiores preocupações, pois não compra fertilizantes antecipadamente para o plantio, explica Arnaldo Bortoletto, presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana de São Paulo (Coplacana), que também atua no Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Bortoletto observa que o setor canavieiro não faz compra antecipada. 'Até o momento estamos entregando as carteiras que temos, porque as empresas suspenderam as vendas. Mas afirmar, neste momento, que a produção irá reduzir é muito precoce, pois ainda temos fertilizantes nos estoques das empresas, embora a demanda tenha aumentado muito nestes últimos 10 dias." A cana é uma cultura semiperene, na qual a renovação dos canaviais ocorre no máximo a cada cinco anos. Cerca 80% da produção vem da chamada "cana soca", na qual a cana é cortada e colhida após o primeiro plantio, mas logo em seguida nascem novos brotos da terra, para gerar as novas safras. "Hoje a situação mais crítica é para a cana soca. Para o plantio o pessoal já comprou", diz o presidente da Coplacana. A entidade está orientando aos associados fazrem a mistura de fertilizante mineral com esterco de galinha, porco e boi, os chamados organominerais. "Como ninguém sabe o que vai acontecer com o preço, que vem subindo e afetando o custo de produção, a alternativa que a cooperativa vem tomando é usar organomineral, de compostagem que nós temos, como esterco de galinha, suíno e boi para economizar no fertilizante, para sempre usar uma dosagem menor para não ficar sem", explica.   Menos dependência  Dos 42,5 milhões de toneladas de fertilizantes entregues ao setor entre janeiro e novembro do ano passado, 35,6 milhões de toneladas foram importados, 83,7% do total, de acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Busato, da Abrapa, avalia que após muita discussão com o governo, agora será possível avançar na redução da dependência na produção de fertilizantes no Brasil. Para ele, a questão ambiental será equacionada, mas avalia que a sociedade precisa também apoiar. "Somos o maior produtor de soja do mundo, o segundo de milho, o quarto de algodão, mas sem fertilizantes não vamos produzir nem para o nosso mercado. Tem que ter apoio não só dos agricultores, mas de toda a sociedade para entender essa problemática." Em nota divulgada à imprensa, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, destacou a necessidade de desburocratizar o sistema de licenciamento no Brasil, para reduzir a dependência da importação do produto. "Precisamos desburocratizar o sistema de concessão e de licenciamento dessas jazidas de recursos minerais com potenciais para o uso de fertilizantes no país", diz. "O Congresso Federal precisa agir rápido, é momento de deixar as ideologias e se preocupar com o futuro e a alimentação das pessoas, se o Brasil não agir rápido poderá acontecer escassez de alimentos, inflação e desemprego."   Leia mais: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2022/03/como-economizar-fertilizante-na-falta-do-insumo-agro-busca-alternativas.html Revista Globo Rural – por Roger Marzochi – 09.03.2022

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
11 de Março de 2022

- Destaque da Semana – O desenrolar do conflito Rússia-Ucrânia e seus reflexos em todo o mundo continuam dominando a pauta do mercado. Semana com menos negócios e muitas incertezas. - Algodão em NY – O contrato Mai/22 fechou ontem a 116,86 U$c/lp (-2,45%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 101,44 U$c/lp (-0,14%). - Preços Ásia - Ontem (10/3), o algodão brasileiro estava cotado a 136,50 U$c/lp (-125pts) para embarque em Mar-Abr/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook. Para o embarque Out-Nov/22: 118,0 U$c/lp (+100pts). - Altistas 1 - O clima seco continua preocupando nos EUA. Relatório desta semana mostrou que pela primeira vez em dez anos a estiagem atingiu mais de 50% do território do país. No Texas, maior produtor de algodão, a seca atinge mais de 80% do estado. - Altistas 2 - Com a temporada de plantio prestes a iniciar nos EUA, produtores refazem as contas sobre o que plantar, uma vez que o preço dos grãos valorizou mais do que o do algodão nas últimas semanas e os insumos não param de subir. - Altistas 3 - Esta semana o governo norte-americano anunciou que a inflação no país (CPI) foi de 7,9% nos últimos 12 meses, maior nível em 40 anos. - Baixistas 1 - A inflação, realidade na maioria dos países do G20, agora está agravada com a guerra na Ucrânia. Embora provoque alta geral dos preços no curto prazo, tende a frear a demanda por produtos acabados com o tempo. - Oferta e Demanda - Relatório mensal do USDA divulgado quarta trouxe números inalterados para EUA e China, leve redução nas exportações do Brasil e outra pequena queda nos estoques globais para 21/22, com produção global menor (26,09 mm de tons) e consumo maior (27,13 mm de tons). - Logística - A logística internacional, que estava começando a se recuperar do caos recente, enfrenta novo golpe com a guerra na Ucrânia. - Paquistão - Governo local aprovou recentemente financiamento, descontos fiscais, subsídios à energia e apoio ao aumento da produção doméstica de algodão. A indústria têxtil é o setor mais importante do Paquistão: produtos têxteis representam 60% das exportações. - China 1 - Governo chinês anunciou hoje o 1o lote de cotas adicionais de importação para 2022, de 400 mil toneladas. O volume será totalmente alocado para as indústrias privadas do país. - China 2 - Em 2021, a China teve 1.469 containers detidos pela alfândega norte-americana com produtos supostamente feitos com mão-de-obra escrava de Xinjiang, incluindo produtos têxteis de algodão. Apesar das restrições, a China exportou aos EUA no período US$ 6,07 bilhões em produtos têxteis contendo algodão. - Vietnã – O Vietnã se tornou principal destino do algodão da Austrália. Com o boicote Chinês ao algodão do país da Oceania, o Vietnã agora responde por 43% das exportações Australianas. - ABR - Está aberta a temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2021/22. Produtores devem renovar anualmente sua participação no programa. - Produção 2021/22 - Ontem (10/03) a Conab aumentou a estimativa de produção de algodão em pluma para 2,824 milhões de toneladas no 6º Levantamento da safra 2021/22, alta de 19,7% em relação a 2020/21 e 112 mil toneladas a mais sobre a estimativa do mês passado. -  Exportações - Nesta semana, o governo não publicou dados de exportações. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Guerra deve prejudicar indústria de roupa
10 de Março de 2022

Abrapa na Mídia Guerra deve prejudicar indústria de roupa O assunto do momento continua sendo a Guerra na Ucrânia, que mexe com a economia mundial. E esse conflito pode impactar até na fabricação das nossas roupas. A Indústria textil já demonstra preocupação com a falta de matérias primas, fora o aumento no preço dos materiais que estão disponíveis. Sobre este assunto, o programa Agro Noite conversou com o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.   Assista: https://agromais.band.uol.com.br/videos/guerra-deve-prejudicar-industria-de-roupa-17031506   Agro Mais – Programa Agro Noite – 07.03.2022

Relatório Abrapa de Safra – Março/22
09 de Março de 2022

Relatório Abrapa de Safra – Março/22 A safra 21/22 de algodão está na fase de desenvolvimento vegetativo na maior parte das lavouras brasileiras, segundo levantamento feito pela Abrapa em parceria com as associações estaduais.  Na primeira semana de março, faltavam ser plantados apenas os ultimos talhões nos estados de Goiás e Minas Gerais. Os trabalhos de campo concentram-se, a partir de agora, nas adubações de cobertura e no monitoramento de pragas e doenças. Confira o relatório completo: Relatorio_safra_Abrapa.09Mar2022.vf