notícias

Abrapa intensifica ações no mercado chinês
08 de Abril de 2022

A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) participou, nesta sexta (8), de evento anual da China National Cotton Exchange (CNCE), o CNCE Gala. É o maior encontro da cadeia do algodão da China, com público estimado em 45 mil empresários, produtores, servidores públicos e executivos do setor. Com projeções das safras nos próximos anos, a entidade reiterou a mensagem central de que o Brasil é o parceiro de maior potencial para o setor têxtil chinês, a médio prazo. Afinal, garante volumes, produto de alta qualidade e produção sustentável.  "Todas as leituras conjunturais mostram o Brasil como um player competitivo e sustentável de longo prazo no mercado internacional de algodão. No evento, mostramos os números que asseguram essa análise, mesmo no cenário de pós-pandemia e guerra na Ucrânia", observa o presidente da Abrapa, Júlio Busato. De ambos os lados, disposição para a parceria não falta. Ano após ano, o comércio exterior entre os dois países cresce. Em 2019/20, o Brasil respondeu por 37% do total de importações chinesas da pluma: foram 577 mil toneladas (tons) embarcadas. No ano comercial 2020/21, o volume aumentou 25%, atingindo a marca de 721 mil tons. "Crescemos muito a nossa participação no mercado chinês nos últimos anos e temos potencial para crescer ainda mais", afirma Marcelo Duarte Monteiro, diretor de Relações Internacionais da Abrapa. Na temporada atual (que começou em agosto de 2021 e finaliza em julho de 2022), a previsão é 1,74 milhão tons a serem exportadas pelo Brasil, dos quais 79% já foram embarcados até o final de março. A China foi o destino de 34% desse volume. Para a temporada 2022/23, a Abrapa prevê que as vendas ao exterior subam 21% em relação a 2021/22, totalizando 2,1 milhões tons. A meta para 2030 é bater a marca de 3,1 milhões tons, um crescimento de 80% em relação a 2023. "Embora seja a segunda maior produtora mundial de algodão, a China tem uma demanda muito grande que somente é suprida via importação. O Brasil é um parceiro em ascensão, com produto de alta qualidade, disponibilidade para fornecimento nos 12 meses do ano, produção sustentável e sem limitações de ordem política ou diplomática", contextualiza Busato. Durante o evento, a Abrapa afirmou aos compradores chineses o desejo de continuar aumentando a produção e a exportação. Entretanto, no curto prazo, o desafio para a safra que será plantada a partir de novembro é o preço e disponibilidade de fertilizantes, que está causando apreensão entre os produtores brasileiros. Grande parte dos nutrientes empregados no cultivo de algodão no Brasil precisa ser importada (94% do potássio, 76% do nitrogênio e 55% do fosfato, por exemplo). Foram também apresentados dados no evento que evidenciam que, além dos volumes produzidos em ritmo crescente, os indicadores de qualidade da fibra brasileira evoluem anualmente, assim como os índices de sustentabilidade. "Atualmente, 84% da nossa produção é Better Cotton, o que nos posiciona como o maior fornecedor mundial de algodão licenciado pela BCI", afirma o presidente da Abrapa. Outro destaque que Abrapa apresentou no evento foi o sistema de rastreabilidade. A partir deste ano, indicadores de qualidade, dados de sustentabilidade e de origem do algodão brasileiro podem ser acessados via QR Code pelo celular. As informações também podem ser conferidas no portal da Abrapa. Parceria. Instituída em 1997 pelo governo central Chinês, a CNCE gerencia a maior plataforma de negócios de algodão da China. Reúne mais de 4.300 fiações, responsáveis por 90% do consumo chinês, além de 90% dos comerciantes domésticos de algodão. Já a Abrapa é a maior porta-voz do mercado cotonicultor brasileiro. A associação representa 99% da produção nacional e 100% da exportação brasileira. Desde junho de 2021, Abrapa e CNCE mantêm parceria institucional visando intensificar o intercâmbio de informações entre os dois países com foco em ampliar a comercialização de algodão. Cotton Brazil. A Abrapa realiza desde 2020 o Cotton Brazil, programa de desenvolvimento de mercados para a cotonicultura brasileira. Executado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), o programa visa a promoção e a prospecção de mercados para o algodão brasileiro. A iniciativa recebe apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e conta com um escritório de representação em Singapura, um dos principais hubs logísticos do mercado asiático – que responde por cerca de 98% do market share da pluma brasileira.

Abrapa: há 23 anos, construindo a trajetória do algodão brasileiro
07 de Abril de 2022

Há exatos 23 anos, um pequeno grupo de produtores rurais do Mato Grosso se reuniu com o objetivo de retomar o cultivo do algodão, no Brasil, estimulando a criação das associações estaduais de produtores de algodão e consequentemente da Abrapa, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Na época, foram levados a cultivar algodão pela necessidade de promover a rotação de culturas, intercalando o cultivo da fibra com a soja e o milho.  A partir dessa decisão, buscaram conhecer e testar as mais novas tecnologias disponíveis e recomendadas dentro e fora do Brasil. A retomada veio envolta em grandes metas: vencer a barreira imposta pelo bicudo-do-algodoeiro, que havia dizimado as lavouras em período recente; produzir com sustentabilidade; rastreabilidade e qualidade e desta forma, voltar a abastecer a demanda da indústria têxtil nacional e conquistar o mercado internacional. Em poucos anos, convertemos o Brasil no 4º produtor e no 2º maior exportador mundial, com lavouras nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, São Paulo e Paraná, representando 99% da produção e 100% das exportações brasileiras. Nesse curto espaço de tempo, a história da retomada do algodão brasileiro reveste-se de sucesso, colocando a Abrapa e suas 9 associadas na vanguarda dentre as demais cadeias produtivas brasileiras. Esse caminho foi trilhado com a participação de muitos produtores que agiram voluntariamente, dedicando o seu tempo para pavimentar as bases da cotonicultura brasileira. Ao mesmo tempo em que os cotonicultores retomavam o cultivo do algodão no Brasil, organizavam missões para conhecer, ouvir sugestões e prospectar o mercado asiático. Adaptaram a produção brasileira à demanda dos diversos países compradores e, ainda trouxeram representantes das indústrias asiáticas para conhecer as fazendas, unidades de beneficiamento e laboratórios de HVI do Brasil. A evolução da cotonicultura brasileira se deu baseada no estabelecimento de metas objetivas num processo de planejamento criterioso que levou à implantação do sistema de rastreabilidade (SAI), certificação socioambiental das fazendas e unidades de beneficiamento (ABR e ABR-UBA), construção do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) e execução do programa de qualidade (SBRHVI), além da manutenção programas de marketing nacional (Sou de Algodão) e internacional (Cotton Brazil). Cada gestão à frente da Abrapa contribuiu para o avanço progressivo da cotonicultura brasileira. Destacar o Brasil no ranking mundial como grande produtor e exportador, exigiu muita dedicação, organização e protagonismo. O próximo grande desafio dos cotonicultores brasileiros é levar o País a ser o maior exportador mundial de algodão de qualidade e com responsabilidade socioambiental.   Marcio Portocarrero, Diretor Executivo da Abrapa, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão.

Safra de algodão do Brasil terá desafios para crescer no próximo ciclo
01 de Abril de 2022

A despeito dos investimentos em qualidade e no incentivo ao consumo de algodão, a rota de crescimento da produção da pluma do Brasil provavelmente terá uma nova pausa no próximo ano devido aos maiores custos dos insumos, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). E a safra 2022/23, que registra uma comercialização antecipada mais lenta que o habitual para a época, pode recuar em meio a preocupações com a demanda em uma economia mundial impactada pela guerra, disse o presidente da Abrapa, Júlio Busato, à Reuters. Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram Embora os preços do algodão na bolsa de Nova York para entrega mais próxima tenham atingido os maiores níveis em mais de dez anos recentemente, em torno 140 centavos de dólar por libra-peso, os custos cresceram cerca de 40%, limitando negócios antecipados. “Se mantiver esses custos dos insumos e o preço do algodão, devemos recuar um pouco na área de algodão, e vai dar espaço para o milho e a soja”, afirmou Busato, lembrando que essas culturas concorrem com a pluma em Estados como o Mato Grosso. Segundo números oficiais, o Brasil atingiu uma produção recorde de 3 milhões de toneladas na temporada 2019/20, reduziu a colheita no ciclo seguinte a 2,35 milhões de toneladas em função da pandemia de Covid-19, e agora na temporada 2021/22 está de volta mais próximo da máxima histórica. Mas a guerra tumultuou novamente o ambiente de negócios. “Tomara que as coisas se ajeitem, podemos recuar um pouco a produção, como fizemos na pandemia. Queríamos ir para 3 milhões de toneladas de novo (em 2022/23) e não vamos, por causa dos insumos, tomara que não caiamos para 2,5 milhões de toneladas”, disse. Segundo Busato, o setor está preocupado ainda com o que virá adiante, temendo uma retração da economia em importantes países, que poderá afetar mais a demanda por algodão do que por outros produtos agrícolas, especialmente os alimentícios. Na safra de 2021/22, que será colhida neste ano, a situação é confortável. Cerca de 80% da produção já está vendida, com preços médios em torno de 85 centavos de dólar, que dão boa rentabilidade, disse o dirigente. Mas a conta não é favorável para o ano que vem. Com os custos em alta dos fertilizantes e as incertezas, os negócios estão mais lentos, e somente algo em torno de 10% de uma potencial safra já foi comercializada, segundo Busato. Foco na qualidade e otimismo A momentânea dificuldade não tira o otimismo de Busato com o futuro do algodão do Brasil, que segundo ele tem uma produtividade agrícola que é o dobro da dos EUA, o maior exportador global da pluma. “Vamos passar por isso… e em curto período de tempo o Brasil vai ser o maior exportador mundial, e em algum momento será o maior produtor mundial, vai acontecer com o algodão…”, disse ele, sem definir prazo. Além da competência produtiva, o Brasil exporta mais de dois terços de sua produção graças a investimentos em programas de certificação e rastreabilidade, que abrangem mais de 80% da sua produção, disse o dirigente da Abrapa. E no mercado interno, assim como no mercado externo, a indústria busca estimular o consumo destacando os atributos socioeconômicos sustentáveis do algodão brasileiro. O setor projeta terminar 2022 com cerca de 1.200 marcas parceiras, de atuais 900, no programa Sou de Algodão, que une a cadeia produtiva, incluindo designers de moda, para incentivar o consumo da pluma, que perdeu espaço para fibras sintéticas. Essa seria uma forma de levar o consumidor a pedir mais roupas produzidas com fibras naturais, gerando um efeito em cascata das lojas até a indústria têxtil. A Abrapa também projeta avanços no programa Sou ABR (Algodão Brasileiro Responsável) que permite aos consumidores rastrear a origem e a sustentabilidade da matéria-prima por meio de um QR Code na roupa. “O que vamos levar é transparência, as pessoas querem uma roupa que tenha rastreabilidade e sustentabilidade”, disse. A partir de 2023, termina a exclusividade com a varejista Renner e a loja de roupas Reserva no programa Sou ABR, o que permitirá que quaisquer interessados do setor do comércio possam aderir ao movimento. Os estabelecimentos interessados teriam de abrir informações de sua cadeia de fornecedores, com o sistema trabalhando em tecnologia blockchain, mas o consumidor teria a ganhar. Para integrar o ABR, o produtor tem que cumprir 178 itens relacionados a aspectos sociais, éticos e a legislações trabalhistas e ambientais, tudo auditado de forma independente. Leia mais em: https://forbes.com.br/forbesagro/2022/04/safra-de-algodao-do-brasil-tera-desafios-para-crescer-no-proximo-ciclo/

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
01 de Abril de 2022

- Destaque da Semana – Semana de muita volatilidade no mercado de algodão, com saldo positivo no final, mantendo o rally iniciado em 16 de Março. - Algodão em NY – O contrato Mai/22 fechou ontem a 135,69 U$c/lp (+3,65%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 111,28 U$c/lp (+1,86%). - Preços - Ontem (31/03), o algodão brasileiro estava cotado a 158,5 U$c/lp (+950 pts) para embarque em Abr-Mai/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22 : 129,5 U$c/lp (+450 pts). - Altistas 1 - A seca no Oeste do Texas continua. Será preciso ainda muita umidade para o início do plantio. - Altistas 2 - Com o ritmo de vendas aquecido e a próxima safra ainda indefinida, a tendência é de estoque de passagem não comercializado muito apertado no principal exportador global – EUA. - Altistas 3 - O número de contratos a fixar (on call) das indústrias ainda é alto e coloca pressão altista no mercado. - Altistas 4 - Na Índia, maior produtor global ao lado da China, a situação de oferta e demanda também está apertada com a redução da safra. Preços batem recordes, falta algodão e indústrias continuam insistindo para que a tarifa de importação de algodão seja zerada. - Baixistas 1 - Com recentes aumentos, a consultoria Cotlook relata que a demanda das fiações no mercado físico tem sido afetada. Segundo a consultoria, os preços dos fios não estão remunerando o custo da matéria-prima. - Baixistas 2 - A política de Covid-Zero e outros fatores internos e externos impactam a economia Chinesa. Em março, dois importantes indicadores de atividade comercial e industrial se retraíram ao mesmo tempo. A última vez que isso ocorreu foi no início da pandemia em 2020. - Baixistas 3 - O consumo de algodão da China deste ano deve ser revisto para baixo devido ao desempenho econômico mais fraco que o estimado. Além disso, nos atuais níveis de preço, algodão importado já está mais caro que algodão doméstico no país. - Baixistas 4 - USDA estima que a área plantada de algodão nos EUA será de 12,2 milhões de acres em 2022, aumento de 9% em relação a 2021 (+ 1 milhão de acres). Este número foi um pouco acima da expectativa, mas muita coisa pode acontecer por lá ainda. 🇨🇳 China -  Em mais uma parceria com a China National Cotton Exchange (CNCE), a Abrapa, via Cotton Brazil, irá realizar uma palestra sobre o algodão Brasileiro no principal evento da entidade Chinesa na próxima Sexta (8/4) – a conferência CNCE Gala. A expectativa, segundo os organizadores, é de um público de 45 mil executivos, empresários, produtores e funcionários do governo no evento, que será realizado online. 🇪🇺 União Européia - A Comissão Européia publicou nesta semana a estratégia do bloco para sustentabilidade e circularidade de produtos têxteis. As normativas devem alterar muito as exigências socioambientais no principal mercado global de têxteis e confecções, com faturamento anual de mais de US$ 200 bilhões. - Plantio – O plantio no hemisfério Norte está começando. Nos EUA, as principais regiões ainda não iniciaram plantio, enquanto no Paquistão o plantio precoce foi interrompido por falta de água. Na China, algumas partes de Xinjiang já estão semeando algodão. - Logística 1 - Pressionada pelos exportadores, a Associação Americana de Exportadores de Algodão (ACSA) tem se desculpado pelos atrasos logísticos tendo o contexto de caos logístico como argumento. - Logística 2 - Além disso, a entidade destaca o investimento de US$ 1,5 trilhão do governo norte-americano em infraestrutura e a lei “Ocean Shipping Reform Act”, que penalizará armadores por atrasos nos embarques de cargas agrícolas. - Exportações 2022 - O Ministério da Economia divulga hoje o balanço das exportações de mar/22. A expectativa é que os embarques sejam maiores que em mar/21. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Confecções infantis são os destaques nas novas adesões ao Movimento Sou de Algodão
28 de Março de 2022

As marcas exclusivas para crianças são os grandes destaques entre as novas adesões do Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que fechou o mês de fevereiro com 30 novos parceiros, totalizando 865 marcas. Só no último mês, do total, foram seis do segmento que aderiram, que se encaixam em microempresas ou MEIs.   Um dos pontos mais interessantes desse segmento é o microempreendedorismo, no qual a procura por iniciar o próprio negócio ocorre após o nascimento dos filhos, para ter uma fonte de renda e ficarem mais próximos das crianças. Além disso, é uma oportunidade para se criar roupas diferenciadas, com temáticas e design exclusivo. Esse é o caso das marcas Caiçarinhas Baby, Nous Baby, Mexerica e Mini Hugs, por exemplo.    A Belezas de Helena, fundada por Alessandra Nistal, também é um exemplo de valorização da fibra natural em marcas infantis e de pais que buscam se aproximar dos filhos. A criação se deu a partir da chegada de Helena, filha da então advogada, que percebeu que o mercado da moda não possuía opções para pessoas com Síndrome de Down, como a menina de 10 anos. "A nossa marca nasceu do interesse dela em modelar, em ser fotografada, já que desde pequena participou de algumas campanhas. Veio também da minha dificuldade em encontrar roupas para seu biotipo diferenciado e do sonho do pai em incentivar e desenvolver o futuro independente da sua filha", explica a empreendedora.   A alta procura pelo algodão nas confecções infantis se explica pelos atributos da fibra, que é confortável, suave e que não abafa a pele e nem causa alergia, além de ser prática. Outra questão importante é que mantém a pele do bebê sempre sequinha. Atualmente, esse é o principal segmento, representando quase 22% de todos, confirmando que a preferência pela fibra é justificada pelo fato de entregar os atributos citados acima, além de ser natural.   Os destaques deste segmento que fazem parte do Movimento Sou de Algodão vão para: Precoce, Grupo Kyly, Brandili, Kamylus, Marlan, Grupo Cristina, Grupo Açucena e Grão de Gente.   Para conferir todas as marcas que se juntaram ao Movimento, até agora, é só acessar o site.   Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 85% da safra 20/21 com a certificação ABR.

Produção de algodão deve crescer 20%
25 de Março de 2022

Abrapa na Mídia   Produção de algodão deve crescer 20%   Os produtores de algodão comemoram a safra que vai ser colhida a partir de junho - uma das maiores da história. A estimativa da Abrapa é de 2,82 milhões de toneladas. Mas o custo de produção tende a subir na safra do ano que vem. Um dos motivos é o aumento do preço dos insumos, pressionados pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia. As previsões para a cotonicultura nacional foram destaque nos programas Band Cidade e Jornal da Band. Assista: https://youtu.be/iNwOMcWcHFM https://youtu.be/ZTgWqHPOTcg

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
25 de Março de 2022

- Destaque da Semana – Demanda, seca nos EUA e a guerra mantêm mercado futuro de algodão em alta. No mercado físico, entretanto, fiações em vários países revelam dificuldades de repassar preços altos. - Algodão em NY – O contrato Mai/22 fechou ontem a 130,90 U$c/lp (+7,4%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 109,25 U$c/lp (+5,5%). - Preços - Ontem (17/03), o algodão brasileiro estava cotado a 149,0 U$c/lp (+ 1.025 pts) para embarque em Abr-Mai/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 125,0 U$c/lp (+600 pts). - Altistas 1 - Mesmo com pequena melhora, a seca continua muito grave no Texas. O motivo de apreensão é o Texas, que historicamente produz 40% da safra norte-americana da pluma. - Altistas 2 - Para completar, as perspectivas climáticas de longo prazo, conforme relatado pela agência NOAA dos EUA, continuam a mostrar condições quentes e secas nos próximos meses. - Altistas 3 - Com mais uma semana com vendas para exportação em altos níveis, os EUA já comercializaram mais do que a estimativa de exportação do país até Julho (14,79 X 14,75 milhões de fardos). - Altistas 4 - Com a guerra na Rússia, mercados financeiros estão em baixa e fundos estão aumentando a exposição em commodities, que são vistas como um hedge de inflação. - Baixistas 1 - O Índice de Gerentes de Compras da China para o setor têxtil, conforme pesquisado pelo Beijing Cotton Outlook, para fevereiro continuou caindo para 32,03, mostrando mais contração (em vez de expansão, quando acima de 50). É a menor taxa de operação desde janeiro de 2014. - Baixistas 2 - Algumas fiações em Shandong e Jiangsu reduziram as operações recentemente, em parte por causa de novos surtos de Covid-19, mas também como resultado da baixa demanda. (Cotlook) - China - A China Cotton Association (CCA) divulgou seu balanço de oferta e demanda de algodão nesta semana. Os Chineses estimam importar este ano 2,7 milhões de toneladas da fibra, enquanto o número do USDA para importações Chinesas é de pouco mais de 2 milhões de toneladas. - China 2 - Por outro lado, a CCA estima que a China irá consumir 8,3 milhões de toneladas de algodão, enquanto o USDA estima que este número será maior: 8,6 milhões de tons. - Paquistão - De jul/21 a fev/22, as exportações de têxteis e vestuário do Paquistão somaram US$ 12 bilhões, receita 26% maior do que a registrada nos mesmos meses do ano comercial anterior, informa o Pakistan Bureau of Statistics. - Bangladesh - O setor têxtil de Bangladesh vive um boom, com mais de US$ 2,5 bilhões em investimentos contratados para o setor de fiação. Para fortalecer o principal setor do país, o governo ainda prepara um pacote de incentivos para verticalizar mais a produção no país. - Safra 21/22 1 - A Abrapa atualizou a previsão da produção no ciclo 21/22 para 2,82 milhões tons (19,6% superior à safra anterior e 107 mil tons acima do divulgado em dez/21). Os dados foram apresentados na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão. - Exportações 2022 1 - O Brasil exportou 1,258 milhão tons de jul/21 a fev/22, e a estimativa da ANEA é de 1,742 milhão tons até jun/22. Os dados também foram divulgados na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão. - Exportações 2022 2 - Neste mês, o Brasil já exportou 136,3 mil tons de algodão (3 primeiras semanas de mar/22). Ao contrário dos últimos meses, a média diária de embarque ficou 8,6% acima de mar/21. - Sou de Algodão - Saldo super positivo nesta semana para o Sou de Algodão, da Abrapa. Duas gigantes do setor têxtil brasileiro aderiram ao movimento: a Pernambucanas e a Malwee. - Agenda - Na próxima quinta-feira (31/mar), o USDA vai divulgar seu relatório de intenção de plantio. Há muita expectativa em relação aos números devido à mudança brusca de cenário desde que o NCC divulgou o número de 12.04 milhões de acres, em Fevereiro. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Previsão de produção de algodão sobe para 2,82 milhões de toneladas
22 de Março de 2022

Previsão de produção de algodão sobe para 2,82 milhões de toneladas A estimativa de produção de algodão na safra 21/22 subiu para 2,82 milhões de toneladas, crescimento de 19,6% em relação ao ciclo anterior. Em dezembro/21, a previsão era de 2,71 milhões de toneladas. A atualização foi apresentada pela Abrapa e pelas associações estaduais nesta terça-feira (22), durante a 66ª Reunião Ordináriada Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CSAD/Mapa). O aumento da produção é resultado da recuperação de 15,2% na área plantada, que chegou a 1,579 milhão de hectares, e da alta produtividade. De acordo com o terceiro levantamento da safra 21/22, realizado no início deste mês, a previsão de produtividade é de 1.785 Kg/hectare -a segunda maior da história -,3,8% acima do obtido no ciclo anterior. O recorde ocorreu na temporada 19/20, quando as lavouras brasileiras atingiram a média de 1.802 kg por hectare.   Exportações   A Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) apresentou dados atualizados da atual temporada de embarques, iniciada em julho de 2021. Até fevereiro deste ano, foram exportadas 1.258 milhão de toneladas da pluma. Segundo o presidente da entidade, Miguel Faus, a estimativa é chegar a 1.742 milhão de toneladas até o final do ciclo.Os principais clientes da fibra brasileira seguem sendo China (32,7%), Vietnã (16,2%), Turquia (13%), Bangladesh (10,1%), Paquistão (9,9%), e Indonésia (8,5%).   Faus destaca a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a elevação da inflação mundial e a volatilidade da cotação do petróleo como fatores de preocupação. Além da alta nos preços dos fertilizantes e defensivos, há temor quanto à disponibilidade de insumos para a safra 22/23 e o agravamento da crise logística registrada em 2021, com escassez de contêineres.   Entre os fatores de alerta, a Anea aponta a previsão de crescimento de 20% da safra 2022 dos Estados Unidos – pode ser menos, em razão da seca no West Texas. Também chama a atenção para o fato de que a Austrália oferecerá algodão no segundo semestre, concorrendo com o produto brasileiro, com previsão de safras cheias em 2023 e 2024.   Preço Mínimo   A atualização do preço mínimo do algodão, especialmente em razão da disparada nos preços dos fertilizantes e de outros insumos, também entrou em pauta na reunião da Câmara. A proposta do setor é atualizar o atual valor de R$ 82,60/@de plumapara R$ 122.  "O cenário mundial mudou completamente. A conjuntura atual não permite que seja menos que isso", avaliou o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. "A atualização do preço mínimo é uma medida de precaução, de recomposição de custo, para que possamos manter nosso ritmo de crescimento", pontuou.   O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato destacou que a safra atual está garantida, mas é imprevisível o que pode acontecer no próximo ciclo em razão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. "É uma incógnita. A gente sabe como as guerras começam, mas não sabemos como terminam", afirmou. "Precisamos atualizar o preço mínimo todos os anos, porque um dia poderemos precisar e ele é a base de tudo", ressaltou.   Nematóides Outro tema tratado pela Câmara Setorial da CadiaProduova de Algodão e Derivados foi a ameaça dos nematoides à cotonicultura brasileira. Existem 3 espécies de nematoides que causam perdas na ordem de 10% na produção do algodão do Brasil: (Meloidogyneincognita, Rotylenchulusreniformis e Pratylenchusbrachyurus). O algodoeiro caracteriza-se como a cultura mais suscetível/intolerante para o R. reniformis e há  poucos produtos registrados para esse alvo, inviabilizando a produção em determinadas situações.   Além dessas espécies, recentemente foi identificada a ocorrência do Aphelenchoidesbesseyi, mesmo causador da "vaca loca II na soja", e do Meloidogyneenterolobii, contra os quais ainda não há resistência genética e controle biológico. Diante disso, os cotonicultores pedem a priorização do registro de nematicidas químicos para a cultura do algodoeiro, com a finalização dos registros em andamento para M. incógnita, priorização dos registros para R. reniformis e, imediatamente, termos ativos registrados para Aphelenchoidesbesseyi.   Missão Vendedores   O presidente da Abrapa aproveitou a reunião para fazer um relato dos encontros realizados com compradores do Paquistão e da Turquia entre fevereiro e março deste ano, na primeira Missão Vendedores realizada desde o começo da pandemia. Após a promoção de um evento em Dubai para cerca de 100 empresários paquistaneses,  a comitiva brasileira, formada por cotonicultores e exportadores, visitou as principais indústrias têxteis turcas. A missão foi realizada em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Anea.   Patrícia Morinaga, associada da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), integrou a comitiva. "A viagem foi muito produtiva. Com essa aproximação vamos quebrando barreiras, mostrando que, mesmo com custo de produção mais alto, nossa intenção é manter a área e ser um grande fornecedor mundial", avaliou.   O presidente da Anea, destacou a presença de produtores como o grande diferencial dos eventos realizados. "As fiações se sentiram prestigiadas e viram a importância que os cotonicultores brasileiros dão para a qualidade do algodão que está sendo enviado para o mercado externo", afirmou Miguel Faus, destacando o crescente aumento de exportações para Paquistão e Turquia. "Estão investindo muito em novas fiações, temos um potencial enormepara o futuro", frisou.   Para Júlio Busato, a missão foi altamente positivo. "Os americanos têm escritórios nessas regiões, mas não conseguem fazer a aproximação que fizemos e estabelecer essa relação quase de amizade com os clientes . Queremos fazer mais viagens dessas e trazer os compradores para conhecer nossas lavouras", concluiu o presidente da Abrapa,   A próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados está prevista para acontecer no dia 22 de junho.