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Relatório de Safra - maio de 2025
21 de Maio de 2025A colheita do algodão já começou e a estimativa é de produção recorde no Brasil! Estima-se que a safra 2024/2025 chegue a 3,95 milhões de toneladas de algodão, registrando uma alta de 6,8% com relação a 2023/2024. Metade da área plantada no Paraná e 40% da produção de São Paulo já foram colhidas. Na Bahia, os primeiros campos no estado também já começaram com a colheita. Neste ano também foi registrado o aumento da área plantada no país, que deve ser 10,3% maior se comparada com o ciclo de 2024/2025, chegando a 2,14 milhões de hectares. Já a produção têxtil acumulou alta de 13,7% e criou 8 mil novos postos de trabalho de janeiro a abril de 2025. Para o período comercial 2024/2025, é projetado um aumento de 8,2% nas exportações, com expectativa de 2,90 milhões de toneladas enviadas para os parceiros comerciais do Brasil. Nos últimos 8 meses, o Vietnã é o principal destino das exportações do algodão brasileiro, representando 19% do total embarcado. O Brasil ultrapassou os EUA e chegou à liderança nas exportações mundiais de algodão na safra 2023/24. Para a safra 2024/25 e 2025/26, as projeções indicam que o Brasil se manterá como primeiro colocado no ranking do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Acesse o relatório completo: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/05/Relatorio_safra_Abrapa.Mai2025.pdf
Abrapa participa do São Paulo Cotton Day 2025, maior evento da cotonicultura paulista
21 de Maio de 2025Realizado no último dia 15 de maio, no município de Itaí (SP), o São Paulo Cotton Day foi uma iniciativa da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (APPA) para fortalecer o elo entre os diferentes agentes da cotonicultura paulista, promovendo a troca de conhecimento, o estímulo à inovação e a valorização do produtor local. O evento recebeu cerca de 650 pessoas e destacou o interesse crescente pela cultura do algodão e o engajamento com os desafios e oportunidades do setor. Participaram produtores, estudantes, técnicos, expositores e entidades do agronegócio e representantes do poder público. Com um conteúdo técnico de alto nível, a programação contou com aproximadamente 10 horas de atividades, que incluíram quatro palestras técnicas, uma mesa redonda, visitação às áreas demonstrativas de experimentos e a presença de mais de 20 marcas parceiras e expositoras, apresentando inovações e soluções para o setor. Para a Marcela Wehrle, Diretora Executiva da APPA, o São Paulo Cotton Day proporcionou uma valiosa troca de informações sobre a cotonicultura no estado e abordou novas tecnologias, cultivares e conhecimentos relevantes para o setor. “Como nova Diretora Executiva da APPA, fiquei impressionada com a dimensão e a organização do evento. Os temas escolhidos para as palestras foram excelentes e se complementaram de forma estratégica, oferecendo uma visão ampla sobre a importância da produção de algodão tanto no estado quanto no país”, afirmou Marcela. O evento contou com a participação do diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, do diretor de projetos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Adilson Ferreira dos Santos e do gerente do Cotton Brazil, Fernando Rati, além de representantes das associações estaduais. “A realização do São Paulo Cotton Day é muito importante para reforçar a importância do algodão em um estado que trabalha em todos os níveis da cadeia, se destacando desde a produção até a exportação”, destacou Marcio Portocarrero. Ao encerrar o evento, a APPA agradeceu a todos os envolvidos — marcas parceiras, palestrantes, produtores e participantes — e reforçou o compromisso com o desenvolvimento contínuo da cotonicultura paulista.
Marco Legal para o Licenciamento Ambiental deve melhorar competitividade do algodão brasileiro
21 de Maio de 2025Depois de 21 anos tramitando no Congresso Nacional, a nova Lei do Licenciamento Ambiental (PL2159/2021) voltou a ser discutida no Senado. Na última terça-feira (20/05), a proposta do Marco Legal para o Licenciamento Ambiental, foi aprovada na Comissão de Meio-Ambiente (CMA) e na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Segundo o relatório feito pela Senadora Tereza Cristina (PP-MS) em conjunto com o Senador Confúcio Moura (MDB-RO), a lei não fragiliza o licenciamento e nem revoga nenhuma punição por crimes ambientais, apenas irá padronizar o processo a nível nacional. No Brasil, existem mais de 27 mil normas de meio-ambiente, neste cenário a centralização regulatória se faz necessária para atrair investimentos para o interior do país. Atualmente, a autorização ocorre de acordo com leis municipais, estaduais e resoluções do CONAMA, o que torna os processos longos e complicados, além de criar impedimentos arbitrários para o desenvolvimento do setor agrícola brasileiro. Com processos que duram aproximadamente 10 anos para a liberação de licenças, a legislação vigente não impede apenas a construção de obras simples, mas acaba também causando problemas estruturais mais complexos, como a construção de hidroelétricas para o fornecimento de energia nas áreas mais isoladas do país, desestimulando os investidores nacionais e estrangeiros. Impactos no agro e na infraestrutura No total, são 5.063 obras, entre rodovias, ferrovias, hidrovias, linhas de transmissão, gasodutos e dutos de fibras ópticas, que estão paradas por problemas relacionados ao licenciamento ambiental. A competitividade brasileira no mercado internacional também é afetada, o impedimento legal para obras de infraestrutura que possam facilitar o escoamento das safras através de rodovias, ferrovias e portos, prejudica a exportação dos produtos nacionais. A expectativa é que o Marco Legal para o Licenciamento Ambiental, traga maior transparência e previsibilidade para os investimentos no campo e segurança jurídica ao produtor rural principalmente no que tange a necessidade de exigência ambiental para atividade agropecuária de baixo ou médio impacto. Cotonicultura pode ganhar impulso com a nova lei Em carta aberta, a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) e outras 89 entidades do setor do agropecuário, incluindo a Abrapa, manifestaram total apoio ao relatório apresentado pela Senadora Tereza Cristina, citando que “além das diretrizes gerais, é necessário um reordenamento administrativo que estabeleça uma distribuição mais equilibrada das responsabilidades e prazos entre os setores públicos e privados”. Para Marcio Portocarreiro, Diretor Executivo da Abrapa, caso a nova Lei do Licenciamento Ambiental entre em vigor, ela irá beneficiar o setor algodoeiro do país. Segundo Marcio, “diminuir a burocracia nos processos de licenciamento tende a destravar obras de infraestrutura que facilitará o armazenamento e escoamento da produção de algodão, melhorando a nossa competitividade. Além das questões de infraestrutura, a nova lei também irá colaborar com a produção rural de médio e baixo impacto”.
Setor algodoeiro se une pela sustentabilidade da produção nacional
20 de Maio de 2025A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) publicaram uma nota conjunta em que reforçam a sustentabilidade do algodão brasileiro. A declaração do setor vem como uma resposta à matéria e a entrevista publicada pelo portal Deutsche Welle Brasil, em maio de 2025. Nos conteúdos publicados pelo portal, a produção do algodão brasileiro foi acusada de greenwashing, expressão em inglês que em tradução livre significa “lavagem verde”, quando uma empresa ou produto tentam se promover usando a sustentabilidade apenas no discurso, sem ter um real compromisso com a questão socioambiental. Em resposta, as principais entidades que representam o algodão no Brasil, afirmam que as publicações fazem parte de uma narrativa que associa erroneamente o aumento da exportação da pluma com o uso de defensivos agrícolas. De acordo com nota publicada, a DW ignorou os dados técnicos, certificações internacionais e o protagonismo global do Brasil na cotonicultura responsável. A resposta ao veículo foi dividida em 5 pontos principais que explicam as razões pelas quais a produção brasileira seja considerada responsável e sustentável, já que além da adoção das melhores práticas agrícolas por parte dos produtores, a fibra também é renovável, biodegradável e se aplica aos princípios da economia circular. Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de algodão certificado pela Better Cotton, que é uma organização sem fins lucrativos, que promove melhores padrões no cultivo e práticas de cultivo de algodão em 22 países. As entidades se colocaram à disposição da imprensa e convidaram o veículo e os demais interessados a conhecerem o trabalho realizado pelo setor algodoeiro no Brasil. Confira a resposta completa das entidades no link: Nota do setor algodoeiro brasileiro
Dia Mundial do Jeans: 4 estilistas que estão revolucionando o denim no Brasil
20 de Maio de 2025O jeans sempre foi símbolo de atitude, versatilidade e reinvenção. Neste dia 20 de maio, celebramos o Dia Mundial do Jeans, em referência à patente registrada por Levi Strauss e Jacob Davis em 1873, o marco do nascimento do jeans moderno. Desde então, a peça se tornou um verdadeiro ícone global, capaz de atravessar gerações, estilos e fronteiras. Mais do que um clássico do guarda-roupa, o jeans tem sido ressignificado por profissionais criativos, que apostam em design consciente, processos inovadores e no uso de algodão brasileiro de qualidade, rastreável e responsável. Pensando nisso, o movimento Sou de Algodão destaca o trabalho de quatro estilistas parceiros que vêm revolucionando o uso do denim no país. As coleções assinadas por esses nomes mostram que é possível unir estética, identidade e compromisso com o futuro, provando que o jeans brasileiro tem muito a dizer, e também vestir. Estúdio Traça: jeans como ferramenta de expressão e reconstrução Criado em 2016 pelo estilista Gui Amorim, o Estúdio Traça é, hoje, um dos nomes mais instigantes da moda autoral brasileira. Com base em São Paulo, a marca desfilou nas últimas edições da Casa de Criadores, e tem como eixo criativo o upcycling, utilizando resíduos têxteis - sobretudo o denim - como matéria-prima para dar nova vida a peças únicas e ousadas. “O jeans não é uma tendência, é um clássico que precisa ser constantemente atualizado”, afirma o estilista, que enxerga no jeans brasileiro um potencial de reinvenção e resistência. Com uma trajetória marcada por colaborações de peso com marcas como Serg Denim, Levi’s Brasil e Kit Kat, o Estúdio Traça também já vestiu grandes nomes da música e do entretenimento, como Anitta, Pabllo Vittar, Gloria Groove, Ludmilla, Pedro Sampaio, Luísa Sonza e Marina Sena. A marca tem se destacado por seu olhar contemporâneo sobre o jeans, e por um trabalho autoral que mistura moda, arte e discurso social. Reptilia: entre a arquitetura, o minimalismo e o denim como matéria de criação Fundada pela estilista e arquiteta Heloisa Strobel, a Reptilia nasceu do desejo de construir peças que unissem forma, função e propósito. A marca, que tem atelier próprio e atua no modelo slow fashion, combina processos artesanais e inovação tecnológica com uma estética autoral e atemporal. Suas criações refletem a influência da arquitetura modernista, das artes visuais e do minimalismo, em coleções que trazem silhuetas contemporâneas e livres de gênero, com forte compromisso ambiental e social. Para Heloisa, o denim é uma das grandes forças da moda brasileira, tanto criativa quanto economicamente. “O jeans é um motor propulsor da moda nacional. O Brasil tem algo raríssimo, porque ele domina toda a cadeia do denim, desde a plantação do algodão até o produto final. Isso nos coloca em posição de destaque no mundo. O jeans e o biquíni são parte da nossa identidade cultural”, afirma. Entre os grandes momentos da marca está o lançamento do Vestido Kefren, uma peça de festa feita em denim, que rompe com os usos tradicionais do tecido. “Essa peça representa bem o nosso desejo de ressignificar o jeans. Foi usado pela top Vivi Orth na nossa campanha de verão no Edifício Louvre, no centro de São Paulo, e é um dos nossos orgulhos”, conta Heloisa. Amapô Jeans: o jeans com alma brasileira e espírito livre Ícone da moda nacional desde os anos 2000, a Amapô Jeans é conhecida por suas criações cheias de personalidade, irreverência e originalidade. Fundada pelas estilistas Carô Gold e Pitty Taliani, a marca é uma das maiores responsáveis por trazer protagonismo ao jeans nacional dentro da moda autoral. Com modelagens ousadas, lavagens criativas e uma abordagem que mistura cultura urbana, pop art e tropicalismo, a Amapô transformou o denim em tela para suas narrativas visuais e sociais. A marca fez história na São Paulo Fashion Week, onde desfilou por mais de uma década, e hoje segue trilhando caminhos alternativos com coleções cápsula, colaborações e forte presença em canais digitais. Além disso, a Amapô se tornou referência por sua abordagem divertida e inclusiva da moda, com coleções agênero, peças em tamanhos amplos e campanhas que celebram corpos diversos. Para Carô e Pitty, o jeans é mais do que uma peça básica, é um símbolo de liberdade. “Acreditamos que o jeans brasileiro tem identidade própria. Ele traduz nossa criatividade, ousadia e mistura cultural. Nosso trabalho sempre foi sobre dar voz a essa potência com humor, cor e uma boa dose de ironia”, reiteram as criadoras da marca. Korshi 01: versatilidade urbana com DNA contemporâneo Criada em 2018 pelo estilista PK Korshi, a Korshi 01 nasceu em São Paulo com a missão de traduzir a brutalidade poética da cidade em peças que dialogam com o movimento, a multiplicidade e a adaptação. Jovem, ousada e focada em design funcional, a marca se destaca por explorar a multifuncionalidade e a versatilidade, criando roupas que acompanham os diferentes momentos do dia, sem perder estilo e autenticidade. A relação com o denim sempre esteve presente no universo da Korshi 01, especialmente como símbolo de resistência e experimentação. Um dos momentos mais significativos da trajetória da marca foi a colaboração com a Vicunha para a revista VTrends. Da parceria, nasceram peças que logo se tornaram ícones da marca, como a jaqueta destacável, a calça que se transforma e o trench coat de denim, todos pensados com o conceito de adaptação e praticidade. Para PK Korshi, o jeans é uma matéria-prima fundamental para expressar o estilo urbano com sofisticação. “O denim é um dos tecidos mais poderosos da moda brasileira. Ele transita com facilidade entre o casual e o elegante, e ainda abre espaço para inovação sustentável. Na Korshi 01, o jeans é mais do que material, é uma ferramenta criativa e expressiva”, afirma o estilista.
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa - 16/05/2025
16 de Maio de 2025Destaque da Semana - O acordo provisório anunciado entre EUA e China esta semana impulsionou o mercado de ações, mas não impactou as cotações de algodão. O Cotton Brazil participou da missão oficial do Brasil na China e os primeiros números da safra 2025/26 foram divulgados pelo USDA. Algodão em NY - O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 15/mai cotado a 65,43 U$c/lp (-1,9% vs. 08/mai). O contrato Dez/25 fechou em 68,18 U$c/lp (-0,8% vs. 08/mai). Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 927 pts para embarque Mai/Jun-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 15/mai/25). Altistas 1 - O acordo provisório entre EUA e China não impactou positivamente as cotações de algodão, mas é um bom sinal e já permite a retomada (ainda que a passos lentos) de exportação de têxteis chineses para os EUA. Altistas 2 - Os primeiros números de oferta e demanda mundial para 2025/26 divulgados esta semana pelo USDA mostram equilíbrio entre produção e consumo, bem diferente de 2024/25, quando a produção superou a demanda em quase 1 milhão de toneladas. Baixistas 1 - O clima no mundo ainda é de muitas incertezas com o “tarifaço” iniciado pelos EUA. Isso torna os compradores em todo o mundo ainda mais cautelosos, à espera de negociações de acordos entre os governantes. Baixistas 2 - Notícias de chuvas no cinturão do algodão nos EUA impactaram o mercado, apesar de muita chuva ainda ser necessária nas regiões produtoras do país. Cotton Brazil na China 1 - A participação da Abrapa na missão oficial do Brasil na China terminou nesta semana com saldo positivo. Abaixo os principais pontos: Cotton Brazil na China 2 - A presença do alto escalão do governo brasileiro foi muito bem recebida. Em um momento de tensões crescentes entre China e EUA, nossa participação foi vista como um gesto de boa vontade e parceria. Cotton Brazil na China 3 - Após o acordo provisório de 90 dias entre China e EUA, as tarifas sobre produtos chineses exportados para os EUA foram reduzidas para 30%, e produtos americanos exportados para a China serão taxados em 10%. No entanto, o algodão está com +15%, portanto sujeito a uma tarifa de 25%. Isso significa que, tecnicamente, ainda é possível comprar algodão dos EUA nesse período, mas os preços continuam impactados. Cotton Brazil na China 4 - Nesse cenário, o algodão brasileiro segue sendo visto como uma alternativa confiável e estratégica. Os clientes demonstraram grande apreço pelo nosso engajamento contínuo e reafirmaram o interesse em manter e ampliar a cooperação com os produtores e exportadores do Brasil. Cotton Brazil na China 5 - A demanda no momento é estável. Um fator importante é a safra doméstica: a China colheu cerca de 7 milhões de tons nesta safra 24/25. Com isso, garante o abastecimento local pelos próximos meses, mas ainda há interesse por algodão internacional, devido a questões de qualidade e às restrições ao algodão de Xinjiang. Cotton Brazil na China 6 - Um gargalo crítico no momento é o sistema de cotas de importação da China . Anualmente, o governo chinês emite 894 mil tons de cota automática com tarifa reduzida, e tradicionalmente libera uma cota adicional com tarifa flexível (sliding scale) no meio do ano. Cotton Brazil na China 7 - Algumas empresas ainda possuem saldo de cota automática, mas outras já esgotaram seus volumes. Isso impactou diretamente as exportações brasileiras: em abril, o Brasil embarcou apenas 12 mil tons para a China - o volume mensal mais baixo desde Jun/23 . Cotton Brazil na China 8 - A Abrapa tem reforçado junto às autoridades chinesas, por meio de canais diplomáticos e técnicos, a importância de liberar cotas adicionais o quanto antes, para garantir continuidade nas exportações. Cotton Brazil na China 9 - Embora a China já tenha aprovado a importação de farelo de algodão do Brasil, o caroço ainda não está autorizado. O tema foi abordado nas reuniões com o governo chinês e com os adidos agrícolas brasileiros. O processo de autorização já foi solicitado oficialmente e está em andamento. Cotton Brazil na China 10 - Considerando que o Brasil deverá produzir cerca de 5 milhões de tons de caroço de algodão na safra 2024/25, obter esse acesso é uma prioridade estratégica para abrir um novo mercado importante. Safra 2025/26 1 - No primeiro relatório do USDA para a safra 2025/26, a previsão é de uma produção mundial de 25,65 milhões tons de algodão (-2,69% frente 2024/25). Safra 2025/26 2 - A queda de quase -3% explica-se. Somente na China, a previsão é de uma quebra de -9,37% na safra (6,31 milhões tons). O número chega a -26,7% na Austrália (890 mil tons). Safra 2025/26 3 - Quanto ao consumo, a projeção de 25,71 milhões tons significa um aumento de +1,20% em relação a 2024/25. A China destoa dos principais consumidores mundiais, com previsão de queda de -1,35% . Safra 2025/26 4 - Já a exportação de algodão foi estimada em 9,76 milhões tons (+5,59% no ano). Destaque para a China (1,52 milhão tons; +16,7%) e para a Turquia (1,09 milhão tons; + 16,4%). Queda apenas no Paquistão: -13,8% (1,09 mihão tons). Safra 2025/26 5 - O Brasil segue como principal exportador nas estimativas do USDA para 2025/26, com previsão de 3,05 milhões tons (+8,51%). Em seguida, estão os EUA, com 2,72 milhões tons (+12,7%). Vietnã 1 - Em abril, o Vietnã importou 170.020 tons de algodão (+11% que em mar/25 e +28% que em abr/24). Os EUA responderam por 56% desse total, e o Brasil, por 30% . Vietnã 2 - Na temporada 2024/25, o total acumulado é de 1,27 milhão tons importados de pluma, dos quais o algodão brasileiro corresponde a 35% e o norte-americano por 28%. Bangladesh 1 - O volume de algodão importado por Bangladesh em abril foi de 148.449 tons (+12% a mais que em abr/24). O Brasil foi o segundo maior fornecedor, respondendo por 26% desse total. Bangladesh 2 - No acumulado da temporada 2024/25, o total é de 1,25 milhão tons (+16% ante 2023/24). A zona do Franco Africano forneceu 40% e o Brasil, 23% . Conab - A última previsão de safra da Conab indicou uma produção nacional de 3,9 milhões tons (+5,5% a mais que no último relatório). A área plantada foi estimada em 2,084 milhões de hectares (+7,2% no ano). Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 55,1 mil tons até a segunda semana de maio. A média diária de embarque é 16% menor que no mesmo mês em 2024. Colheita 2024/25 - As colheitas já foram iniciadas no país pelos estados do Paraná e São Paulo . Até ontem (15), aproximadamente 50% da área no Paraná e 40% em São Paulo já haviam sido colhidos. Total Brasil: 0,32%. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 15-05 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil - cottonbrazil@cottonbrazil.com
BASF promove painel sobre moda e responsabilidade com a estilista Martha Medeiros
16 de Maio de 2025Na última quarta-feira (14), a patrocinadora platino do Sou de Algodão, BASF, realizou a sua convenção anual com todo o time em Atibaia, no interior de São Paulo. O encontro estratégico, que marca o início do novo ano-safra, incluiu a apresentação dos direcionais do negócio, a celebração de conquistas e a definição das metas do período. Como parte da agenda do evento, a BASF promoveu um painel inspiracional com três nomes que simbolizam diferentes pilares de excelência: Luciana Salton, diretora executiva da Vinícola Salton, que falou sobre responsabilidade; João Branco, um dos principais líderes de Marketing da América Latina, que abordou o tema agilidade; e Martha Medeiros, estilista parceira do movimento Sou de Algodão, que levou ao palco uma fala sobre superação. Martha Medeiros compartilhou com os convidados sua história de dedicação à moda artesanal e autoral, tendo o algodão como sua principal matéria-prima. Em sua fala, ela destacou a importância da evolução contínua, da capacitação permanente e do compromisso em “tentar ser melhor a cada dia”. A estilista também reforçou a importância do algodão brasileiro e responsável para o desenvolvimento de uma moda sofisticada, ética e conectada com a identidade nacional. “Para a BASF, é uma imensa satisfação ser parceira do Movimento Sou de Algodão, que tem como principal objetivo conscientizar a moda nacional para o uso de uma matéria-prima de qualidade, e que é produzida de maneira responsável. Nesse sentido, foi uma honra termos recebido a Martha Medeiros em nossa convenção de vendas. Estilista e empreendedora, ela tem sido responsável por colocar o algodão brasileiro em uma posição de destaque, por meio de suas criações que ultrapassaram fronteiras. O time BASF saiu motivado por sua história de vida, moldada por inconformismo, foco e melhora contínua”, afirmou Warley Palota, gerente Sênior de Marketing Algodão da BASF. Ao final do painel, a BASF reiterou o seu compromisso com o Sou de Algodão, como uma iniciativa essencial para fortalecer a cadeia produtiva e aproximar o algodão brasileiro do consumidor final, promovendo diálogo, conscientização e valorização do trabalho de quem produz e transforma essa fibra em peças de alta qualidade. “Estar ao lado do nosso apoio platino durante o painel foi uma oportunidade única de reforçar o valor do algodão brasileiro, como símbolo de inovação, conexão e responsabilidade com o consumidor. O Sou de Algodão ganha força com essa união entre os elos da cadeia. Além disso, ver uma estilista parceira como a Martha Medeiros, que tem o algodão como alma do seu trabalho, inspirar um time tão estratégico, mostra que estamos no caminho certo para valorizar ainda mais a nossa fibra”, reforça Silmara Ferraresi, Diretora de Relações Institucionais da Abrapa.
Abrapa articula expansão do algodão brasileiro em missão oficial à China
16 de Maio de 2025A participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) na missão oficial do Governo Brasileiro na China terminou nesta semana com saldo positivo. Além do reforço na parceria comercial entre as duas nações, assuntos estratégicos para o cotonicultor brasileiro, como o limite nas cotas de importação e a autorização para a importação de caroço de algodão, estiveram em pauta. A associação foi representada pelo diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte. Em agenda paralela à programação oficial, o responsável pelo programa Cotton Brazil reuniu-se com as principais empresas estatais chinesas compradoras de algodão. O feedback foi favorável à colaboração entre China e Brasil. “O algodão brasileiro é visto pelos importadores chineses como uma alternativa confiável e estratégica. Os clientes demonstraram grande apreço pelo engajamento contínuo da Abrapa e reafirmaram o interesse em ampliar os laços com os produtores e exportadores do Brasil”, observou o diretor. China National Textiles Import & Export Corporation (Chinatex), China National Cotton Group Corporation (CNCGC), China Oil and Foodstuffs Corporation (COFCO) e China National Cotton Exchange (CNCE) estão entre as organizações chinesas visitadas. Uma das pautas da Abrapa com as entidades chinesas foi o sistema de cotas de importação de algodão, limitadas atualmente em 894 mil toneladas de pluma. Embora haja empresas importadoras com saldo disponível, muitas já esgotaram seus volumes. Resultado: em abril, o Brasil embarcou somente 12 mil toneladas para a China. É o menor mensal desde junho de 2023. A autorização para a importação de caroço de algodão também foi tratada. Hoje, somente a compra de farelo de algodão brasileiro está liberada. “O processo de autorização já foi solicitado oficialmente e está em andamento. Conversamos sobre isso nas reuniões com o governo chinês e com os adidos agrícolas brasileiros”, explicou Marcelo Duarte Monteiro. A previsão é de que, na safra 2024/25, o Brasil produza cerca de 5 milhões de toneladas de caroço de algodão. “Essa autorização é uma prioridade estratégica para nós, pois significa a abertura de um novo mercado muito relevante”, disse o executivo. A presença do alto escalão do governo brasileiro foi muito bem recebida pelos chineses. “Em um momento de tensões crescentes entre China e Estados Unidos, nossa participação foi vista como um gesto de boa vontade e parceria”, comentou o diretor da Abrapa. A associação participou também de dois eventos organizados pela Presidência da República e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil): o Seminário Empresarial China-Brasil e o Diálogo Brasil-China sobre Segurança Alimentar. A agência é parceira da Abrapa no “Cotton Brazil”, iniciativa de desenvolvimento de mercado do algodão brasileiro em âmbito mundial. Brasil e China têm sido bons parceiros nos últimos anos. No ciclo 2017/18, o algodão brasileiro representava 6% das importações chinesas, mas em 2023/25 o percentual passou para 40%. Em 2024, a exportação de pluma brasileira rendeu mais de US$ 1,7 bilhão para a China. No entanto, neste ano a China tem importado menos. Entre os motivos, estão a instabilidade comercial mundial, devido à “guerra de tarifas”, mas principalmente a boa safra doméstica, cuja previsão é superar 7 milhões de toneladas. É um volume capaz de abastecer a demanda doméstica pelos próximos meses, mas ainda há interesse por algodão internacional, devido a questões de qualidade e às restrições internacionais ao algodão de Xinjiang.