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Ministério da Agricultura define o ZARC do algodão para 2025/26
11 de Junho de 2025O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta semana o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) do algodão referente ao ano safra 2025/2026. O Programa identifica os melhores períodos para plantio e regiões, de acordo com os riscos relacionados ao clima com base na análise de parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares de cada estado. No caso do algodão herbáceo, o estudo considera três níveis de risco: 20%, 30% e 40%. Fabio Carneiro, gerente de sustentabilidade da Abrapa, explica que “essas informações permitem que os agricultores alinhem seus cronogramas de plantio com condições favoráveis melhorando a produtividade das culturas e reduzindo a vulnerabilidade a eventos climáticos adversos”. Além de colaborar com a gestão de risco das lavouras de algodão, o programa é considerado um dispositivo definidor para que produtores possam acessar linhas de crédito e financiamento relativas ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Para consultar os períodos e regiões, baixe o aplicativo ZARC Plantio Certo ou confira Painel de Indicação de Riscos no link abaixo: https://mapa-indicadores.agricultura.gov.br/publico/extensions/Zarc/Zarc.html
Cotton Brazil promove Missão China, Taipei e Coreia do Sul para reforçar relações comerciais com países asiáticos
10 de Junho de 2025De 10 a 17 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), através do Cotton Brazil, iniciativa que promove o algodão brasileiro em escala global, realiza a Missão China, Taipei e Coreia do Sul, com objetivo de aprofundar as relações comerciais entre cotonicultores brasileiros e importadores asiáticos. A comitiva, formada por seis representantes da Abrapa, da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), participará de encontros e eventos para estreitar os laços comerciais com empresários e stakeholders estratégicos para o setor algodoeiro no Brasil. A agenda teve início na cidade chinesa de Guangzhou, com um jantar de negócios com os principais stakeholders do algodão brasileiro no país. Nos dias 11 e 12 de junho, o grupo participará da China International Cotton Conference (CICC 2025), um dos maiores eventos da indústria têxtil chinesa. A conferência que é realizada a cada biênio, terá como tema o avanço do desenvolvimento sustentável do algodão, nos moldes da Nova Era de Consumo. Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa, será palestrante oficial do evento – assim como ocorreu em 2021 e 2023. Em sua apresentação, Duarte falará sobre o status da safra brasileira no ciclo 2025/26 e as perspectivas de exportação. Esta é a segunda visita que a Abrapa faz à China neste ano, com o intuito de estreitar os laços comerciais com a cadeira têxtil do país. Em abril, o Cotton Brazil acompanhou a missão oficial do Governo Brasileiro no país asiático. Além de ser historicamente o principal destino do algodão brasileiro, a China tem um grande potencial para futuras parcerias comerciais com o Brasil, explica o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli. “Mesmo com a diminuição da importação chinesa neste ciclo, devido à boa safra doméstica e à instabilidade do comércio mundial, continuamos sendo um fornecedor preferencial de pluma para a China. E podemos ampliar mais ainda nossa colaboração”, pontuou Piccoli. Diversificação do produto O uso do algodão como insumo para a indústria chinesa de ração animal também está na pauta da missão da Abrapa. A agenda no país inclui uma visita técnico-comercial ao Haid Group, conglomerado empresarial especializado em criação de animais, localizado na província chinesa de Guangdong. Com mais de 600 filiais em todo o mundo, o grupo já manifestou interesse em investir no Brasil para o beneficiamento do caroço de algodão. No dia 13 de junho, a delegação segue para Taipei para um encontro com os principais industriais, traders e lideranças empresariais locais. Estratégia de negócios na Coréia do Sul A programação da missão finaliza em Seul, capital da Coréia do Sul, que recebe uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook” no dia 16. O evento será realizado em parceria com a Spinners & Weavers Association of Korea (SWAK), principal entidade representativa da indústria têxtil sul-coreana. A SWAK representa empresas que respondem por cerca de 84% do consumo total de algodão no país e 95% do algodão importado pelo parceiro asiático. O setor têxtil da Coréia do Sul experimentou um crescimento significativo nos últimos anos, sendo um dos principais impulsionadores da industrialização do país. De acordo com Duarte, a Coréia do Sul é um parceiro estratégico para as exportações brasileiras, já que é um país que tem uma indústria superdesenvolvida em relação ao mercado têxtil e de design. “No último ano comercial a Coréia ocupou a 8ª posição entre os países que mais compraram o algodão do Brasil. Atualmente, 48% de todo algodão importado pela Coréia é brasileiro, e nós acreditamos que o estreitamento da relação econômica, no que tange o setor algodoeiro, poderá aumentar ainda mais a presença da nossa pluma na indústria sul-coreana.” Exportação em números Tanto a China quanto a Coreia do Sul são parceiros consolidados do algodão brasileiro. No ano comercial 2023/24, a pluma brasileira representou 40% das importações chinesas e 48% das aquisições sul-coreanas. De agosto de 2024 a abril de 2025, o Brasil exportou 440,8 mil toneladas de algodão para a China (o que equivale a 18% do total exportado). Já a Coreia do Sul recebeu 31,5 mil toneladas no mesmo período.
Abrapa & Sou de Algodão participam de painel sobre construção de imagem e reputação no GAFFFF
09 de Junho de 2025Na última sexta-feira (6), Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e gestora do movimento Sou de Algodão, marcou presença como palestrante no painel “A construção de imagens e reputação das marcas”, no GAFFFF (Global Agribusiness Festival). O evento, considerado o maior festival de cultura agro do mundo, reuniu importantes lideranças, especialistas e empresas para debater tendências, inovação e sustentabilidade no Allianz Parque, em São Paulo. Além de Silmara, o painel contou com a participação de Anik Suzuki, CEO da ANK Reputation, e de Francesca Tomaselli, diretora de Estratégia Digital da Oficina Consultoria, com mediação de Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA). O debate, que aconteceu pela manhã, explorou como marcas de diferentes setores constroem sua reputação, com destaque para o alinhamento entre propósito, comunicação e práticas responsáveis. Em sua fala, Silmara ressaltou a importância de diferentes ações de engajamento com a cadeia produtiva e de ter apoio de empresas que trabalham diretamente com os produtores, assim como de marcas e estilistas, que ajudam no contato com o consumidor final. Como exemplo, ela apresentou o trabalho desenvolvido pelo movimento Sou de Algodão, que promove diversas ações para atingir todos os públicos, como Cotton Trip, desfiles em semanas de moda, concursos para estudantes, parcerias com produtores rurais e mais. “Não somos nós falando do nosso trabalho, e sim os nossos parceiros. Atitude, consistência e transparência são essenciais quando falamos de reputação, principalmente na hora de se posicionar e falar com quem está ao seu redor. Nós estamos apenas começando, e com toda certeza o relacionamento que temos com todos os elos da cadeia é o que nos ajuda a construir uma boa imagem”, citou. Além da participação no debate, Silmara concedeu entrevistas a veículos especializados do setor, como Terraviva e Canal Rural, reforçando o papel do algodão brasileiro e certificado no contexto global, e também a importância das ações de comunicação institucional, uma vez que, hoje, o Brasil é o maior exportador e o terceiro maior produtor mundial de algodão. A Abrapa e o movimento Sou de Algodão seguem firmes em sua missão de valorizar a fibra natural brasileira e estreitar o diálogo entre produtores, indústria, marcas e consumidores, mostrando que o futuro da moda e do agronegócio passa por práticas responsáveis e pela construção de reputações sólidas e coerentes com as novas demandas. Atualmente, o Sou de Algodão já apresenta parceria com 12 instituições de ensino de diferentes regiões do Brasil, colaborando com a formação de novos profissionais alinhados aos valores da moda responsável. Além disso, reúne mais de 1.780 marcas de diversos segmentos, que utilizam a fibra em suas produções e reforçam o compromisso com a valorização do algodão brasileiro. Esse ecossistema colaborativo fortalece a cadeia produtiva, e amplia a conscientização sobre a importância do consumo responsável, consolidando o movimento e a Abrapa como referências nacionais.
Setor algodoeiro marca presença no GAFFFF - Global Agrobusiness Festival
09 de Junho de 2025Começou nesta quinta-feira, 05/06, um dos mais inovadores festivais internacionais do agronegócio. Com uma sigla que foge dos padrões que se espera dos tradicionais eventos que tratam dos assuntos do campo, o GAFFFF (Global Agrobusiness Festival, Forum, Fun and Food), se posiciona como o maior festival mundial de cultura agro, e pretende fazer uma conexão entre as grandes cidades e o agronegócio. Sediado na cidade de São Paulo, a edição de 2025 ocorre no Allianz Parque e conta com uma série de debates, palestras, shows e workshops sobre temas que permeiam tudo que se espera do setor agropecuário no Brasil e no exterior. Abrapa no GAFFFF No sentido de explorar os desafios mais atuais que os grandes produtores do agro enfrentam desde a produção até a venda do produto para o consumidor final, o GAFFFF incluiu na sua programação membros da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA). No primeiro dia do evento participou o Diretor Executivo da Abrapa, Márcio Portacarrero e o Ex-Presidente e atual Conselheiro da associação, Júlio Busato. No segundo dia do Forum, participará a Diretora de Relações Institucionais, Silmara Ferraresi. O principal foco da diretoria da Abrapa no evento foi abordar os cases de sucesso da cotonicultura nacional como exemplos de sustentabilidade, exportação e branding. Intensificando a Sustentabilidade do Agronegócio e a Mega Tendência dos Bioinsumos As exigências do mercado atual estão cada vez maiores no que diz respeito à sustentabilidade na produção agropecuária. Poduzir em larga escala com responsabilidade ambiental é um dos compromissos dos produtores brasileiros de commodities. Na palestra ministrada por Portacarrero, a sustentabilidade da cadeia do algodão foi o tema que ganhou destaque. Durante sua fala, Marcio destacou que que o Brasil é o maior produtor mundial de algodão com certificação socioambiental, que corresponde a 38% de todo algodão que circula no Brasil e no exterior. Frisou também que, se bem manejado, o algodão não gera resíduos, já que além da pluma, o caroço também é aproveitado para a produção de biodiesel, óleo de cozinha e alimento para animais. A Importância da Rastreabilidade no Comércio Agrícola Internacional No cenário atual, a transparência e a rastreabilidade se tornaram requisitos básicos de acesso aos principais mercados internacionais. Neste sentido, Júlio Busato reforçou que o Brasil, como um dos maiores exportadores de algodão do mundo, já começou a transformar esse desafio em uma vantagem competitiva. O conselheiro da Abrapa, destacou o trabalho da Abrapa na reorganização da cotonicultura nacional, que em menos de três décadas passou de importadora para líder mundial em exportações. Segundo ele, o sucesso foi resultado de um trabalho coletivo focado em tecnologia, gestão e rastreabilidade. Ele mostrou como o projeto Sou ABR conseguiu ganhar a confiança do consumidor final através da rastreabilidade do algodão que está presente nas suas roupas.
Abrapa publica comunicado técnico sobre padronização da etiqueta SAI
09 de Junho de 2025A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) publicou, nesta sexta-feira (06/06), o Comunicado Técnico Nº 2/2025, que estabelece as melhores práticas e padronização para o uso da etiqueta SAI (Sistema Abrapa de Identificação). O objetivo da publicação é orientar os cotonicultores para que a produção nacional siga o compromisso com a transparência, a qualidade e a segurança na cadeia produtiva do algodão. A publicação detalha os materiais, os procedimentos corretos para a fixação da etiqueta nos fardos, e alerta sobre práticas que devem ser evitadas para não comprometer a integridade dos processos de fiações. O comunicado também orienta como deve ser feita a descontinuação do uso da etiqueta com ilhós a partir da safra 2025/2026, em razão de riscos operacionais. Com a safra 2024/2025 estimada em 18,5 milhões de fardos, a padronização da etiqueta SAI torna-se ainda mais estratégica para assegurar a rastreabilidade e a confiabilidade do algodão brasileiro nos mercados globais. O comunicado está disponível para consulta no link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/06/Com-Abrapa_N022025-1.pdf
Abrapa e Ampa promovem encontros e capacitação focados na qualidade da fibra em seis cidades do Mato Grosso
05 de Junho de 2025Com o intuito de qualificar cada vez mais profissionais para trabalharem na cadeia do algodão, a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), estão realizando uma rodada de cursos e encontros para promover a capacitação para inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs), e encontros para discutir a qualidade do algodão diretamente com os produtores, nas principais regiões algodoeiras do estado de Mato Grosso. O Curso de Inspetores de UBA está agendado para acontecer entre os dias 03 e 12 de junho, nas cidades de Rondonópolis, Primavera do Leste, Sapezal, Campo Verde, Campo Novo do Parecis e Sorriso. Já os Encontros da Qualidade de Fibra, ocorrerão entre os dias 17 e 26 de junho, em 3 municípios do estado. Curso de Inspetores de UBA com foco nos requisitos técnicos e legais Voltado para profissionais com experiência em usinas de beneficiamentos de algodão, o objetivo do curso é abordar os requisitos técnicos e legais para o garantir o bom funcionamento das algodoeiras. Uma delas é a Instrução Normativa nº24 de 14 de julho de 2016, do Mapa, que define o regulamento técnico do algodão em pluma, o padrão oficial de classificação, os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes à classificação do produto. Além disso, tratará da Portaria 375, de 12 de agosto de 2021, que estabelece os requisitos e critérios para a certificação voluntária dos produtos de origem vegetal. Para Edson Mizoguchi, gestor de Qualidade da Abrapa, o papel dos inspetores de UBA é essencial para garantir a confiabilidade das informações referentes às amostras e fardos no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e SBRHVI. “Os inspetores são os profissionais que cumprem os processos determinados pela IN24 e pelos padrões de análises internacionais. Essas análises são a base para garantir a certificação que assegura que a amostra retirada do fardo realmente corresponde a ele, está devidamente identificada e foi produzida nas dimensões de acordo com a IN24.” O treinamento abordará as melhores práticas para a amostragem, identificação e embalagem do algodão, bem como os procedimentos para o envio das amostras para classificação e análise. Silmara Ferraresi, Diretora de Relações institucionais da Abrapa, também participa do curso para falar sobre rastreabilidade e explicar o funcionamento do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), certificação voluntária/autocontrole desenvolvido em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Ao final, os inspetores inscritos serão submetidos a uma avaliação para certificar a assimilação do conteúdo. Mais Encontros da Qualidade de Fibra Depois sucesso e repercussão obtidos na sua primeira edição em Cuiabá, as associações decidiram realizar mais 3 edições do Encontro da Qualidade da Fibra, nos municípios de Campo Verde, Campo Novo do Parecis e Sorriso. Com o objetivo trazer novas soluções para os principais desafios identificados por produtores e especialistas na qualidade do algodão, como a redução da presença de fibras curtas; a eliminação da pegajosidade; a contaminação por plástico; e a redução de impurezas e dos fragmentos na pluma. Os encontros são direcionados a produtores e profissionais do setor algodoeiro, que buscam aprimorar a qualidade da fibra produzida no estado. Para Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa, “a iniciativa evidencia a busca pela excelência da pluma brasileira”. Participação A inscrição nos encontros é gratuita e o número de vagas é limitado de acordo com o local do evento. Veja a lista com relação das cidades, datas e links para participar das capacitações: Curso de Inspetores de UBA: Rondonópolis - 03/06/2025 – Inscrições: Encerradas Primavera do Leste - 04/06/2025 – Inscrições: Encerradas Campo Verde - 05/06/2025 – Inscrições: Encerradas Sapezal - 09/06/2025 – Inscrições aqui Campo Novo do Parecis - 10/06/2025 – Inscrições aqui Sorriso - 12/06/2025 – Inscrições aqui Encontros da Qualidade de Fibra: Campo Verde - 17/06/2024 – Inscrições aqui Sorriso - 24/06/2025 – Inscrições aqui Campo Novo do Parecis - 26/06/2024 – Inscrições aqui
Sou de Algodão promove ações com universidades parceiras de Blumenau e São Paulo
05 de Junho de 2025O Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu nos dias 3 e 4 de junho duas importantes ações com as parceiras Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Anhembi Morumbi, de São Paulo. Reunindo cerca de 45 pessoas, entre estudantes e docentes, as atividades tiveram como foco a relevância do algodão brasileiro na indústria e seu processo produtivo. Parceria inédita com Engenharia Têxtil Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por conduzir ambas as ações. Na terça-feira, a palestra no campus de Blumenau da UFSC marcou o início de uma parceria estratégica e inédita com o curso de Engenharia Têxtil, que tem como objetivo estimular a pesquisa e fomentar a colaboração entre os diferentes agentes do setor. A apresentação de Manami destacou a relação entre a indústria e criatividade, reforçando como a engenharia e o design caminham juntos em um setor altamente verticalizado, que integra desde a produção responsável da matéria-prima até a confecção. “Com essa parceria inédita, a nossa ideia é incentivar os estudantes a explorar o algodão como tema central em suas pesquisas e criações. Eu, pessoalmente, adoraria ver os alunos de engenharia criando novas construções e tecidos, seria muito interessante. Vemos um grande potencial nas parcerias entre cursos técnicos e criativos para estimular a inovação e fortalecer ainda mais a indústria nacional”, cita Manami. Grazyella Cristina Oliveira de Aguiar, coordenadora e professora do curso na UFSC, considera a parceria entre a faculdade e o movimento Sou de Algodão um passo significativo para incentivar e fortalecer as pesquisas relacionadas à fibra. “Essa colaboração vai permitir também o desenvolvimento de materiais e cursos especializados, bem como a realização de eventos conjuntos que promovam a troca de conhecimentos e o avanço sustentável no setor. É uma parceria fundamental para aprofundar o entendimento sobre a cadeia produtiva do algodão, entre os nossos alunos, promovendo uma maior valorização da fibra e suas aplicações na indústria têxtil e de moda”, completa. Já Danielle Santos Soares, estudante do curso, ressaltou a compreensão de todos os processos e certificações pelas quais o algodão brasileiro passa. “A palestra foi extremamente enriquecedora, pois nos proporcionou um panorama da produção responsável de algodão no Brasil e destacou a relevância que o país ocupa nesse cenário global. Nós entendemos como essas iniciativas são essenciais para fortalecer o vínculo entre o setor produtivo e a pesquisa acadêmica, estimulando o desenvolvimento de soluções cada vez mais conscientes para o setor têxtil”, afirma. Experiência imersiva na Veste S.A Estilo Na quarta-feira, o compromisso foi com os estudantes e docentes do curso de Negócios de Moda da Anhembi Morumbi, que puderam participar da Experiência Sou de Algodão na Veste, uma das maiores empresas de moda de alto padrão do Brasil. Após café da manhã e apresentação institucional sobre o movimento e a empresa Veste S.A Estilo, os estudantes e docentes seguiram para visitas às áreas de Estilo, Marcas, Showroom, Tecidoteca, Modelagem e Centro de Distribuição. Eles também tiveram acesso a uma apresentação sobre o processo de desenvolvimento de produtos, que encerrou a experiência. Claudia Regina Martins, docente do curso de Negócios de Moda da Anhembi Morumbi, ressaltou a importância em reconhecer o comprometimento do Grupo Veste com questões como ESG, ética e transparência na cadeia produtiva. “Os nossos alunos puderam ter uma experiência imersiva fundamental para o desenvolvimento do conhecimento deles enquanto futuros profissionais do setor da moda. É muito interessante ver uma empresa do tamanho da Veste preocupada com a rastreabilidade das peças, em ter essas informações nas etiquetas, com os materiais. Nós pudemos perceber como cada setor da empresa é bem direcionado, com estratégias e equipes bem posicionadas. Eu fiquei encantada com tudo que vi, e agradeço muito às experiências proporcionadas pela nossa parceria com o movimento Sou de Algodão”, reitera. Natalia Dimov Favorito, estilista na Veste S.A, considerou a experiência muito enriquecedora para ambas as partes. “Como alguém que já foi estudante, eu acho de extremo valor para a carreira ter a oportunidade de conhecer uma empresa por dentro, entender todos os processos, se aproximar do mercado de trabalho antes de efetivamente entrar nele. Aqui na Veste, nós queremos esse tipo de parceria, nós acreditamos na educação como a melhor fonte para bons profissionais no futuro, e tudo isso muito embasado em todos os pilares de ESG. Tenho certeza que isso vai fazer muita diferença não só agora, mas a longo prazo na carreira de todas as pessoas que estiveram presentes aqui ontem nesse encontro”, cita. Para Laís Silveira, gerente de ESG na Veste, a experiência foi uma oportunidade marcante para mostrar aos estudantes os cuidados em todas as fases de produção. “Nós tivemos a oportunidade de mostrar um pouquinho do nosso dia a dia, dos nossos processos e de todos os cuidados que nós temos em cada etapa da nossa cadeia produtiva, sempre muito guiados pelos princípios ESG e da sustentabilidade, do respeito às pessoas e do compromisso com práticas responsáveis. Momentos como esse nos lembram da força da troca de experiências, do diálogo com quem está construindo o presente e quem vai realmente moldar o futuro da moda”, ressalta. As atividades realizadas com as universidades em Blumenau e São Paulo reforçam o compromisso do Sou de Algodão em aproximar a cadeia produtiva do algodão dos futuros profissionais do setor, não só promovendo conhecimento técnico, mas também inspiração para novas práticas responsáveis e criativas. “Com as parcerias, o movimento amplia seu alcance e fortalece o diálogo entre indústria, instituições de ensino e sociedade. Nós queremos mostrar aos estudantes que o algodão vai muito além da fibra: ele é cultura, inovação e responsabilidade. Estar com eles, compartilhar conhecimento e ver esse interesse crescer é o que nos motiva a seguir com ações como essas”, finaliza Manami.
Algodão Brasileiro Responsável: prazo para adesão termina em junho e auditorias independentes já acontecem em vários estados
03 de Junho de 2025Idealizado em 2012 pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com as associações estaduais, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) é o padrão de certificação socioambiental da cotonicultura brasileira que impulsiona práticas responsáveis no campo, conectando produção, sustentabilidade e inovação. Produtores que quiserem inscrever as suas unidades produtoras no programa devem procurar uma das 10 associações estaduais e atualizar os dados cadastrais para receber o convite de adesão. Após recebimento do convite, o cotonicultor tem até o dia 30 de junho para finalizar a sua adesão ao ABR. O programa tem reconhecimento internacional. Ao escolher participar do ABR, o produtor pode optar pelo licenciamento com a Better Cotton — organização sem fins lucrativos com sede em Genebra, que atua globalmente para promover a produção mais sustentável de algodão — da qual o Brasil é o maior fornecedor mundial. Além disso, o ABR é uma das 15 certificações selecionadas pela Textile Exchange como preferenciais no mercado global. De acordo com Fábio Carneiro, Gerente de Sustentabilidade da Abrapa, as adesões ao programa ABR continuam crescendo no Brasil. “Em 2024, tivemos 451 unidades produtivas que aderiam e foram aprovadas nas auditorias, 77 novas fazendas em comparação com 2023. Esse ano, seguimos com a expectativa que mais fazendas e produtores participem do programa.”, pontuou Fábio. O sucesso na certificação depende do diagnóstico A adesão ao programa é o primeiro passo da certificação ABR, processo que é seguido por um diagnóstico realizado pelas associações estaduais, que abrange 183 itens a serem verificados pelo agricultor antes da auditoria, realizada por uma certificadora independente. Em 2025, as auditorias serão realizadas até o final de julho. Para Marcio Portacarrero, Diretor Executivo da Abrapa, a fase do diagnóstico é definidora dentro do processo de certificação por seguir um checklist rigoroso, “Todo o direcionamento que o produtor recebe na fase do diagnóstico deve ser muito bem aproveitado, pois ele indicará tudo que deve ser alterado ou melhorado para garantir uma certificação de sucesso.”. Marcio também esclarece que, apesar do protocolo ser alinhado com as leis brasileiras e internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a adesão ao programa é voluntária. “A coordenação da Abrapa com apoio direto do corpo técnico das associações estaduais, traz a qualificação que diferencia o cotonicultor brasileiro no mercado doméstico e internacional, mas participam do programa apenas os agricultores interessados em auditar e certificar as práticas socioambientais responsáveis nas suas produções.”. Desafio que fortalece o compromisso com a sustentabilidade Para as associações estaduais, a implementação da ABR é vista como um passo fundamental para fortalecer ainda mais o compromisso nacional com a sustentabilidade do algodão. Os maiores desafios são relacionados principalmente ao nível de exigência e detalhamento para que as unidades produtoras tenham a certificação. Segundo Abner Barreto, Coordenador de Sustentabilidade da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e responsável pela gestão do programa no estado "Participar do processo de certificação ABR no estado de Goiás tem sido uma experiência transformadora. Sem dúvidas, é desafiador adequar as propriedades às exigências, principalmente pela abrangência dos critérios e pelo nível de detalhamento exigido. No entanto, ao longo do processo, pudemos perceber o quanto essas práticas contribuem para uma gestão mais eficiente, consciente e alinhada às boas práticas agrícolas.” Para Barreto, a parte mais gratificante do processo foi ver, na prática, os resultados das adequações, “a certificação resultou em propriedades mais organizadas, equipes mais engajadas e uma clara evolução no cuidado com o meio ambiente, com as pessoas e com a produção. A perspectiva de melhoria contínua é real, e isso nos motiva a seguir investindo em qualidade, responsabilidade e inovação. Sem dúvida, essa certificação representa mais do que um selo — ela marca um avanço significativo rumo a um futuro mais sustentável para o algodão produzido em Goiás." Atenção ao mercado consumidor O Coordenador de Sustentabilidade da Associação de Produtores de Algodão do Mato Grosso do Sul (Ampasul), Cícero Miguel de Oliveira, afirmou que a evolução do processo vai ao encontro dos mercados e consumidores mais exigentes, “A certificação ABR está de olho no que acontece no Brasil e no mundo, mudanças climáticas, questões ambientais, e tratativas humanas para adaptar a realidade da nossa produção ao meio que vivemos.” Cícero também salienta a importância do papel das equipes das propriedades para certificações bem-sucedidas “Com tudo isso e muito mais, é importante agradecer, por termos os super times das unidades produtoras, que não baixam a guarda, estão sempre atentos a melhorias no processo, que são propostas e muito bem conduzidas pelo time sustentabilidade Abrapa e Better Cotton. Seguimos, muito felizes com os resultados alcançado até o momento.”. Para dar início à adesão ao programa ABR, acesse o link abaixo e entre em contato com a associação do seu estado: https://abrapa.com.br/associadas/