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Abrapa participa da sétima edição do Congresso Internacional Abit 2022
03 de Novembro de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou da sétima edição do Congresso Internacional Abit 2022, nesta quinta-feira (3), no Minas Centro, em Belo Horizonte (MG). Este ano, o evento traz como tema "Estratégias para um futuro mais sustentável" e volta à forma presencial. Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, foi palestrante no painel sobre Sustentabilidade e Economia Circular. O foco da sua abordagem foi a moda sustentável e Busato trouxe aos participantes as ações desenvolvidas pela cotonicultura brasileira com o intuito de disponibilizar uma fibra de qualidade e responsável ambientalmente para o mercado. O evento encerra na sexta-feira (4). Ele discorreu sobre o programa nacional de melhoria da fibra, os investimentos em inovação e biotecnologia, sobre as ações executadas de promoção da pluma nos mercados interno e externo, e detalhou o trabalho, coordenado pela Abrapa, no processo de rastreabilidade e certificação socioambiental. Apresentou aos participantes o Sou ABR, a primeira iniciativa em larga escala na indústria têxtil brasileira, que rastreia toda a cadeia produtiva de uma peça de roupa com o algodão certificado ABR.   Cenário promissor Dados da associação mostram que, hoje, o Brasil detém a maior produtividade/ha em algodão de sequeiro – 1800 kg de fibra/ha, EUA 918 Kg/ha, Índia 460 Kg/ha. Isso foi possível devido às ações de planejamento da cadeia e ao apoio dos cotonicultores na produção e no beneficiamento eficientes. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor de algodão do mundo e o segundo maior exportador. Em dez anos, o desafio será alcançar a liderança em vendas externas. Também participaram das discussões no painel, Emily Ewell (Pantys), Roberto Muñoz Garcia (Jeanologia) e Tiago Marchi (Suzano). Ao todo, serão seis painéis na conferência: Inteligência Competitiva, Mercado, Tecnologia, Talentos, Políticas Públicas e Investimentos, Sustentabilidade e Economia Circular, e cada um com a participação de três a quatro palestrantes e um moderador. Durante os dois dias de atividades, empresários de toda a cadeia de produção e distribuição do setor, especialistas e formadores de opinião do Brasil e do mundo debatem as estratégias para um futuro ambientalmente mais sustentável.  Desde 2016, a Abit realiza o evento. "Temos uma oportunidade ímpar para trocar ideias, compartilhar informações e experiências, fazer negócios e trabalhar unidos para o desenvolvimento do nosso setor", destacou o presidente da Abit, Fernando Pimentel.

Abrapa parabeniza o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, pela vitória na eleição presidencial
01 de Novembro de 2022

​A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) parabeniza o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, pela vitória na eleição presidencial. A vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada. O Brasil deu mais uma demonstração de vitalidade da sua democracia. Estamos abertos ao diálogo e a cooperação com o governo eleito. Nossas aspirações são conhecidas, queremos que o governo proporcione segurança jurídica para os produtores e para as propriedades rurais, para que possamos seguir produzindo e contribuindo com o desenvolvimento do País. O agro é um dos principais esteios da economia, responsável pela geração de milhares de empregos, em especial, nas cidades do interior do Brasil. Contamos com a ação do governo para proteger a produção nacional das barreiras ao comércio disfarçadas com preocupações sobre o meio ambiente e a saúde e, sobretudo, esperamos resolver gargalos de logística, com aumento de ferrovias, hidrovias e melhoria dos portos. Precisamos avançar nessas questões para que possamos cada vez mais fazer frente à concorrência e garantir acesso da produção brasileira ao mercado mundial.

Rede Ramulária avalia formas de enfrentamento à doença
01 de Novembro de 2022

O fórum que reúne instituições de pesquisa públicas e privadas, além de empresas detentoras de patentes de fungicidas para estudar formas eficazes de combate à ramulária, hoje presente em todos os estados produtores de algodão, se reuniu na quinta-feira (27), para revisão das entidades parceiras da "Rede Ramulária". No encontro virtual, foram divulgados dados estatísticos sobre a performance dos químicos e do manejo adequado para o combate à doença. O projeto é realizado há cinco safras, em diferentes regiões produtoras da fibra, sendo oito campos de ensaio em Mato Grosso, dois no Mato Grosso do Sul, um em Goiás e três na Bahia. Nos ensaios de campo, os fungicidas recomendados para o controle da mancha de ramulária são avaliados individualmente para determinar sua eficiência, nivelar o conhecimento existente sobre o desenvolvimento do problema nas diferentes regiões produtoras; sistematizar as metodologias e procedimentos empregados nos ensaios de avaliação dos produtos utilizados no combate da doença; conhecer o modo de ação dos produtos, entre outras maneiras para a redução de riscos nas lavouras. A intenção das discussões é formatar programas de combate à patologia, priorizando a rotação de fungicidas, com diferentes modos de ação, adequados à época de semeadura. A Rede Ramulária, como é conhecida, é patrocinada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), e conta com a parceria da Embrapa Algodão, Agrodinâmica, Fundação Bahia, Assist Consultoria, Fundação Chapadão, Ceres Consultoria Agronômica, Círculo Verde Assessoria Agronômica, Fundação MT, Desafios Agro,  Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Instituto Phytus, Ide Pesquisas, Rural Técnica, Adama, ISK Biociences, Basf, CHD'S, Indofil,  Oxiquímica, Bayer, Sipcam Nichino, FMC, Helm, Syngenta, Isagro Brasil e UPL. Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, a atuação em rede é a uma das melhores maneiras de os produtores da pluma obterem informações atualizadas e necessárias para enfrentar doenças e pragas que ameaçam a produção. "Nosso desafio é a busca constante de maior produtividade e qualidade da fibra, com racionalização de custos de produção e a Rede Ramulária nos fornece instrumentos para alcançarmos esses objetivos", destacou. O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que acompanhou a reunião, ressaltou a necessidade do cruzamento de dados sobre o clima, variedades cultivadas e região para concluir o estudo com segurança. O resultado deverá ser divulgado ainda neste ano, no site da rede ramulária (https://rederamularia.com.br/). Para o chefe-geral da Embrapa Algodão, pesquisador Alderi Araújo, a parceria da Abrapa nesse projeto em rede é fundamental para a manutenção de um elo permanente com o setor produtivo. "A Abrapa é a voz do produtor de algodão e o que estamos fazendo, instituições de pesquisa públicas e privadas e as empresas que atuam no setor de defensivos é para o produtor. Os resultados são para orientá-lo a tomar a melhor decisão", disse. Segundo ele, por demanda da equipe, a próxima reunião deverá ser híbrida, presencial e online, sendo que a parte presencial, por unanimidade, deverá ser na sede da Associação, em Brasília. Leia mais: Rede Ramulária avalia formas de enfrentamento à doença - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br) A Mídia Eletrônica mais completa de Mato Grosso do Sul - Jovem Sul (jovemsulnews.com.br) Mídia: Notícias Agrícolas – 31/10/2022 Jovem Sul News – 31/10/2022

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulga nota sobre a eleição presidencial
01 de Novembro de 2022

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sempre acreditou que a liberdade e a democracia são os fatores essenciais para o desenvolvimento da produção rural. Fiel a esta crença, recebemos com tranquilidade o resultado das eleições presidenciais e estamos prontos para o diálogo e cooperação com o governo eleito, escolhido pela maioria do povo brasileiro. Leia a nota da CNA na íntegra: https://cnabrasil.org.br/noticias/nota-sobre-a-eleicao-presidencial  

Rede Ramulária avalia formas de enfrentamento à doença
28 de Outubro de 2022

O fórum que reúne instituições de pesquisa públicas e privadas, além de empresas detentoras de patentes de fungicidas para estudar formas eficazes de combate à ramulária, hoje presente em todos os estados produtores de algodão, se reuniu na quinta-feira (27), para revisão das entidades parceiras da "Rede Ramulária". No encontro virtual, foram divulgados dados estatísticos sobre a performance dos químicos e do manejo adequado para o combate à doença. O projeto é realizado há cinco safras, em diferentes regiões produtoras da fibra, sendo oito campos de ensaio em Mato Grosso, dois no Mato Grosso do Sul, um em Goiás e três na Bahia. Nos ensaios de campo, os fungicidas recomendados para o controle da mancha de ramulária são avaliados individualmente para determinar sua eficiência, nivelar o conhecimento existente sobre o desenvolvimento do problema nas diferentes regiões produtoras; sistematizar as metodologias e procedimentos empregados nos ensaios de avaliação dos produtos utilizados no combate da doença; conhecer o modo de ação dos produtos, entre outras maneiras para a redução de riscos nas lavouras.  A intenção das discussões é formatar programas de combate à patologia, priorizando a rotação de fungicidas, com diferentes modos de ação, adequados à época de semeadura. A Rede Ramulária, como é conhecida, é patrocinada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), e conta com a parceria da Embrapa Algodão, Agrodinâmica, Fundação Bahia, Assist Consultoria, Fundação Chapadão, Ceres Consultoria Agronômica, Círculo Verde Assessoria Agronômica, Fundação MT, Desafios Agro,  Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Instituto Phytus, Ide Pesquisas, Rural Técnica, Adama, ISK Biociences, Basf, CHD'S, Indofil,  Oxiquímica, Bayer, Sipcam Nichino, FMC, Helm, Syngenta, Isagro Brasil e UPL. Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, a atuação em rede é a uma das melhores maneiras de os produtores da pluma obterem informações atualizadas e necessárias para enfrentar doenças e pragas que ameaçam a produção. "Nosso desafio é a busca constante de maior produtividade e qualidade da fibra, com racionalização de custos de produção e a Rede Ramulária nos fornece instrumentos para alcançarmos esses objetivos", destacou.  O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que acompanhou a reunião, ressaltou a necessidade do cruzamento de dados sobre o clima, variedades cultivadas e região para concluir o estudo com segurança. O resultado deverá ser divulgado ainda neste ano, no site da rede ramulária (https://rederamularia.com.br/). Para o chefe-geral da Embrapa Algodão, pesquisador Alderi Araújo, a parceria da Abrapa nesse projeto em rede é fundamental para a manutenção de um elo permanente com o setor produtivo. "A Abrapa é a voz do produtor de algodão e o que estamos fazendo, instituições de pesquisa públicas e privadas e as empresas que atuam no setor de defensivos é para o produtor. Os resultados são para orientá-lo a tomar a melhor decisão", disse. Segundo ele, por demanda da equipe, a próxima reunião deverá ser híbrida, presencial e online, sendo que a parte presencial, por unanimidade, deverá ser na sede da Associação, em Brasília.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
28 de Outubro de 2022

-  Destaque da Semana – Com a demanda por produtos acabados ainda fraca, as fiações continuam pouco ativas no mercado, com raras exceções. Para completar, o mercado recebeu mal o resultado da convenção do Partido Comunista da China encerrada esta semana. - Algodão em NY 1 – O contrato Dez/22 fechou ontem a 75,11 U$c/lp (-2,96%). - Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 71,63 U$c/lp (-4,14%) e o Dez/24 a 69,73 (-4,23%) para a safra 2023/24. - Preços (27/10), o algodão brasileiro estava cotado a 95,75 U$c/lp (-50 pts) para embarque em Nov-Dez/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Baixistas 1 – A demanda por algodão continua fraca em praticamente todo o mundo. Poucos países, como Paquistão e Vietnã, demonstraram nesta semana sinais de atividade no mercado. - Baixistas 2 – Os números de venda semanal ao exterior dos EUA mostram isso, com mais uma semana de resultados ruins. - Baixistas 3 – No mercado de produtos acabados, a situação não é diferente, com preços do fio em alguns mercados abaixo do custo de produção. - Baixistas 4 – Quando olhamos para a economia global, os números desta semana também não trouxeram alívio. Os índices PMI (Purchasing Managers Index), que medem atividade industrial e de serviços, estão em queda nas maiores economias do planeta: EUA, China e Europa.   - Altistas 1 – Os agricultores americanos começam a avaliar as intenções de plantio para a próxima safra. A tendência, nos preços atuais, é que o algodão perca área para soja e milho, onde é possível rotacionar culturas. - Altistas 2 – Em um sinal de resiliência, o PIB dos EUA no terceiro trimestre cresceu 2,6%, após contrair 1,6% no primeiro trimestre e 0,6% no segundo trimestre. - EUA - Apesar de condições climáticas instáveis no Texas e no Delta, a colheita e beneficiamento de algodão segue em ritmo normal na região Sudeste dos EUA. Segundo o último relatório, 45% do algodão do país já foi colhido, +8% em relação à semana anterior. - China 1 - A colheita de algodão na China começou, na maioria das regiões produtoras, mais cedo, em setembro. Embora ocorra normalmente, o andamento da safra foi afetado pelos lockdowns. - China 2 - A China divulgou seus números de importação para o mês de setembro/22. O país importou 89 mil toneladas de algodão no mês, representando um decréscimo de 17,10% em relação a Ago/22 e um aumento de 21,27% em relação a Set/21. - China 3 - No campo político, foi encerrado o tão esperado congresso do Partido Comunista com a recondução à presidência e fortalecimento do presidente Xi Jinping. - China 4 - Esse resultado, apesar de esperado, foi muito mal recebido pelo mercado, com as bolsas chinesas caindo bastante esta semana. - Austrália - Chuvas muito fortes na Austrália nos últimos meses foram registradas nas regiões produtoras de algodão e provocaram até inundações. A safra 22/23, que começou a ser plantada em setembro, deve ser afetada pelo clima neste início. - Turquia - A produção da Turquia este ano deve ser recorde, com mais de 950 mil tons produzidas. Já a estimativa de consumo *caiu*para 1,45 milhão tons, sendo assim, a demanda de importação deve ser limitada. - Bangladesh - Indústrias de Bangladesh sofrem com falta de energia. O país vem sofrendo com falta de gás e energia elétrica de forma constante nas últimas semanas, o que tem impactado severamente o setor industrial. - ABR Log - A Abrapa está validando no Porto de Santos o protocolo social, ambiental e de boas práticas dos terminais retroportuários que fazem a estufagem do algodão. A meta do ABR-Log é garantir que os fardos cheguem ao destino sem avarias, danos físicos e sujeira. - Sou de Algodão 1 - O programa Sou de Algodão completa nesta semana seis anos de existência. Com objetivo de estimular o uso de algodão no mercado brasileiro, a iniciativa já conta hoje com mais de 1.100 marcas parceiras. - Sou de Algodão 2 - Neste ano, a novidade foi o SouABR, que permite ao comprador rastrear a jornada do produto desde a semente plantada no solo até a chegada da peça no guarda-roupa. Por enquanto, a iniciativa tem parceria da Reserva e Renner. - Exportações - O Brasil exportou 191,6 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de outubro/22. A média diária de embarque foi 34,8% superior quando comparado com outubro/21.   - Beneficiamento - Até ontem (27/10):  BA (92%); GO (97%); MA (55%) MS (91%); MT (89%); MG (93%); SP (100%); PI (97%); PR (100%). Total Brasil: 89% beneficiado. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Protocolo de certificação socioambiental de terminais retroportuários começa a ser testado
27 de Outubro de 2022

O protocolo social, ambiental e de boas práticas que devem ser seguidas pelos terminais retroportuários de estufagem de algodão, nos contêineres, no Brasil, está em fase de validação, no Porto de Santos. Além de garantir a certificação socioambiental de mais um elo da cadeia produtiva da pluma, o ABR-Log tem o objetivo de melhorar a qualidade dessas operações para que o algodão chegue ao destino sem avarias, danos físicos e sujeira. Desse modo, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), representantes das estaduais e produtores, atendem à demanda do mercado que exige cuidados no transporte do algodão - da beneficiadora até o destinatário - para que a fibra chegue em perfeitas condições. Uma nova etapa da testagem ocorreu na terça-feira (25), nos terminais S. Magalhães & Essemaga, que concentra grandes embarques da pluma para o exterior, e Dinamo. Representantes da Abrapa e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), que integram o grupo de trabalho encarregado de estabelecer o Protocolo ABR-Log, acompanharam o processo. O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, destacou que a intenção é que haja uma melhora no processo de estufagem de contêineres, independente do terminal, produtor ou exportador. "Isso é muito importante e atende a uma demanda do mercado global", disse. Com essa iniciativa, a cadeia algodoeira terá mais uma etapa de acompanhamento da fibra, agora fora da porteira, segundo Busato. Hoje, a chancela de boas práticas de sustentabilidade é a certificação da fazenda e das unidades de beneficiamento, por meio dos programas ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e ABR-UBA, respectivamente. "Se quisermos, no futuro, a liderança nas exportações e na produção, devemos ter uma evolução contínua nos processos de produção, beneficiamento, armazenagem e logística. Desse modo, nos igualaremos ou superaremos nossos concorrentes, que são extremamente organizados e fazem isso há mais tempo do que nós", ressaltou Busato. Para a elaboração e a implantação do protocolo, a Abrapa contratou a AG Surveyors, empresa que mapeou critérios e verificou as necessidades de transporte do algodão, garantindo a qualidade dos fardos até o destino. O mesmo procedimento de testagem terá uma próxima etapa no Hipercon, dia 27, e Brado, em Rondonópolis, no dia 8 de novembro. A ação realizada no Porto de Santos integra o programa Cotton Brazil, gerido pela Abrapa, com apoio da Apex-Brasil, Anea e Ministério das Relações Exteriores (MRE). " As visitas foram importantes para coletarmos a opinião dos gestores dos terminais com relação ao novo protocolo que está nascendo. Esperamos melhorias significativas no processo de estufagem dos contâineres com algodão, além de destacar e incentivar o respeito social e ambiental desse elo da cadeia produtiva", ressaltou o diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que acompanhou a visita ao porto.

“Tenho muito orgulho de, ao lado de uma equipe dedicada e criativa, gerir o Movimento Sou de Algodão que une a cadeia têxtil brasileira, que tem como propósito não só incentivar e informar a respeito do algodão produzido no Brasil, mas também valorizar as muitas mãos envolvidas neste trabalho.”
26 de Outubro de 2022

Começamos sem referência e fomos trilhando nosso caminho com acertos e erros, observando, ousando e inovando para termos um futuro mais sustentável. Para tal, estudamos e entendemos o comportamento do nosso consumidor e planejamos a nossa ideia, antes de avançar. Além disso, notamos uma tendência de queda no consumo do algodão no mercado interno, e, considerando que a indústria nacional representava o principal cliente individual do algodão brasileiro, encomendamos uma ampla pesquisa. Com apoio da Bayer, contratamos a consultoria da Markestrat para realizar esse levantamento, que trouxe conclusões importantes e que foram essenciais para a criação de um plano estratégico com o objetivo de impulsionar o consumo da fibra pelo cliente final e aumentar a demanda. Nessa época, percebemos a necessidade de aprender com iniciativas semelhantes, que nos ajudariam a ter maior assertividade nas ações, facilitando o alcance de resultados desde o início da execução do plano. Um dos aprendizados mais importantes foi quando notamos que era preciso atuar na promoção e na comunicação direta com os públicos para trazer o percentual de consumo da fibra aos patamares desejados. A proposta foi sensibilizar o consumidor para impulsionar a produção de itens feitos com o nosso algodão para, a partir disso, provocar o aumento da demanda no varejo de moda. Depois de analisar algumas iniciativas como a Cotton Incorporated, dos Estados Unidos, nos juntamos para estruturar o "Plano de Incentivo ao Uso do Algodão" em ações integradas nos pilares informacional, promocional e de negócios. Dessa forma, conseguimos envolver e estimular os diversos públicos, incentivar o uso e promover o fortalecimento da indústria por meio do diálogo e da facilitação de negócios entre os diferentes elos da cadeia. Com esse trabalho prévio de análise, conseguimos entender que precisávamos inspirar o consumidor, mostrar que a fibra é versátil, democrática e que está presente em vários produtos e segmentos. Por isso, criamos um coletivo e isso é motivo de orgulho. Assim, em 2017, um ano depois do lançamento do Movimento Sou de Algodão, que aconteceu na maior semana de moda da América Latina, o São Paulo Fashion Week, passamos a buscar o apoio de entidades dos setores produtivo, têxtil e de moda, e novas frentes se abriram por meio de apoios financeiros, institucionais e marcas parceiras. Temos envolvimento das marcas parceiras, dos apoiadores e das instituições de ensino. Com isso, construímos um coletivo que defende e promove a moda responsável. Ao entendermos o papel de cada stakeholder do movimento, mobilizamos e sensibilizamos esses públicos para fortalecer toda a cadeia presente nele. Aos poucos, criamos a consciência de que o algodão não é fim, mas é meio para unir todos em torno desse propósito, porque a produção da fibra tem responsabilidade socioambiental, e, ao usá-la, as marcas e os consumidores são tocados por esse valor. Ao final de 2017 estávamos com seis apoiadores financeiros, sete institucionais e 11 marcas parceiras destacando Cor com Amor, Love Secret Lingerie, Martha Medeiros, Norfil e a Lojas Renner, maior grupo de varejo de moda, proprietário das redes Renner, Youcom e Camicado, que gerou buzz no mercado e o chamou a atenção de outras marcas a se juntarem ao Sou de Algodão. Quando lançamos o movimento, havia uma distância entre o campo e as lojas que disponibilizam as peças feitas de algodão, já que produzimos uma fibra com responsabilidade socioambiental e certificação, mas pouco difundida entre os consumidores. Em 2022, comemoramos seis anos de existência e a participação de mais de 1.100 marcas parceiras. Temos muito orgulho de ter a confiança dessas empresas do mundo da moda. Esse número é um marco importante e nos faz crer que estamos no caminho certo, movimentando consumidores por um futuro mais responsável. Essa união e a comunicação sempre estiveram presentes em nossos objetivos e sonhos, ao criar o Movimento Sou de Algodão, mas também queríamos rastrear o algodão certificado ABR, ao longo da cadeia e isso também virou realidade.  Ao completarmos seis anos de movimento, e a Abrapa com 23 anos e uma cadeia estruturada com iniciativas que visam melhorias na qualidade da pluma e na sustentabilidade, e com o envolvimento de tantas marcas e já dialogando com o consumidor, era hora de tirar do papel um sonho antigo: entregar transparência e estender a rastreabilidade do algodão - que acontecia até a porta da indústria -, até o guarda-roupa das pessoas. Lançamos, então, em parceria com as marcas Reserva e Renner, um programa inédito, de rastreabilidade por blockchain, de ponta a ponta, da semente ao guarda-roupa, entregando ao consumidor, cada vez mais exigente, a origem comprovadamente responsável do algodão presente na peça. Além do relacionamento consolidado com marcas, empresas, apoiadores, produtores, empreendedores e tecelagens, o Movimento Sou de Algodão se aproximou de um público muito importante para a cadeia e para o futuro da moda: os estudantes. Pensando nisso, lançamos o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, um concurso nacional para alunos de design e moda, que tem como objetivo gerar conhecimento e experiência com a fibra e revelar novos talentos para a semana de moda autoral. Para mim, Silmara, esse concurso é uma das ações mais importantes que realizamos, já que lançamos luz sobre novos talentos que a cada Desafio, brilham cada vez mais.  Esse é um pouquinho do nosso trabalho que cresce a cada dia. Tenho muito orgulho de, ao lado de uma equipe dedicada e criativa, gerir o Movimento Sou de Algodão que une a cadeia têxtil brasileira, que tem como propósito não só incentivar e informar a respeito do algodão produzido no Brasil, mas também valorizar as muitas mãos envolvidas neste trabalho. Artigo - Seis anos de Movimento Sou de Algodão.pdf   Silmara S. Ferraresi Gestora do Movimento Sou de Algodão e Assessora da Presidência da Abrapa