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Movimento Sou de Algodão promove primeiro desfile exclusivo no SPFW
11 de Novembro de 2022

Após seis anos de seu lançamento no São Paulo Fashion Week, o movimento Sou de Algodão retorna às suas raízes e volta a ser um dos destaques do maior evento de moda da América Latina. O desfile acontece em 17 de novembro, às 17h, no Komplexo Tempo, em São Paulo e também terá transmissão online. A produção é por conta de Paulo Borges, criador e diretor do SPFW, e o styling de Paulo Martinez, um dos grandes ícones da moda brasileira. Serão 18 estilistas participantes com 36 looks exclusivos, ressaltando criatividade e tendências. A proposta do desfile é valorizar a matéria-prima cultivada de forma responsável, provocar reflexão sobre a moda consciente e mostrar que o algodão vai muito além da moda básica. Sua versatilidade é colocada em prática através de alfaiataria, artes manuais e diversos tipos de tecidos como malha, gaze, tricoline, jacquard, sarja e denim. Desfile é costurado por muitas parcerias Ao todo, são 37 empresas parceiras do Movimento Sou de Algodão que fazem o desfile acontecer, sendo 18 marcas, que também fazem parte do line-up oficial do SPFW, e 19 tecelagens, malharias e fiações. As marcas trazem a união de grandes nomes: Amapô, Ateliê Mão de Mãe, AZ Marias, Dendezeiro, Heloísa Faria, Isaac Silva, Korshi 01, Martins, Maurício Duarte, Meninos Rei, Naya Violeta, Rocio Canvas, Ronaldo Silvestre, Santa Resistência, Silvério, Soul Básico, TA Studios e Thear. Com isso, o desfile reúne conceitos criativos que passam por minimalismo e multifuncionalidade aliados às temáticas sociais de gênero, identidade e raízes culturais. Tudo isso para reforçar a ideia de que o algodão é democrático e diverso. Já o grupo das tecelagens, malharias e fiações, apresentam: Canatiba, Cataguases, Cedro Têxtil, Círculo, Dalila Ateliê Têxtil, Fios Pingouin, Innovativ Tecidos, Lunelli Têxtil, Paranatex, Peripan, RenauxView, Santanense, Santista Jeanswear, Tecidos Constâncio Vieira, Teray Têxtil, Têxtil Piratininga, Textilfio, Unitêxtil, Urbano Têxtil e Vicunha. Conceito criativo e produção por nomes de peso O desfile tem assinatura de Paulo Borges, embaixador do lançamento do Sou de Algodão em 2016, e que acompanha toda a evolução do movimento. Com essa expertise, a ação traz todo o posicionamento que o algodão brasileiro construiu no País. O styling, assinado por Paulo Martinez, apresenta um conceito pensado no processo criativo e na identidade de cada estilista. "Montamos uma cartela de cores e passamos para os responsáveis desenvolverem os looks. Teremos brancos, terrosos, vermelhos, amarelos, verdes e azuis. Vamos seguir essa definição, sem nossa intervenção na criação das roupas, porque todos os estilistas já possuem o próprio DNA", explica. A beleza segue a mesma ideia e é assinada pelo beauty artist Marcos Costa. "A maquiagem é super natural, respeitando a personalidade de cada modelo. Em alguns momentos, teremos pinceladas de cores inspiradas na cartela de tons definida pelo styling", explica. A cenografia, assinada por Claudia Nascimento, une o campo e a moda com tecidos de algodão revestindo a passarela e com projeções de fases da lavoura. O material utilizado, fornecido pelas tecelagens Canatiba e Unitêxtil, será doado ao Instituto ITI, do estilista Ronaldo Silvestre. A instituição, em setembro, perdeu parte dos seus materiais e tecidos em um incêndio de grandes proporções.

Algodão brasileiro é destaque na ICA
11 de Novembro de 2022

O algodão brasileiro é visto no mercado internacional com o mesmo nível de qualidade de seus principais concorrentes (Estados Unidos e Austrália). É o que os participantes do evento anual da International Cotton Association (ICA) demonstraram durante os três dias do congresso realizado, nesta semana, em Las Vegas (EUA). Uma comitiva de 12 produtores rurais de vários estados brasileiros participou do painel "Regional Forum: Brazil" na terça (08), coordenado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). "Pela primeira vez na história do evento, o Brasil teve a oportunidade de mostrar tudo o que temos feito e evoluído, nas últimas décadas, tanto na parte de produção – nos tornando o quarto maior produtor de algodão e o segundo maior exportador mundial - como em qualidade", analisou Júlio Busato, presidente da Abrapa. Busato reforçou o esforço dos produtores rurais e suas associações para produzirem com qualidade garantida, checada pelo programa Standard Brasil (SBRHVI), da Abrapa, e com rastreabilidade, por meio do Sistema Abrapa de Identificação (SAI). "O SAI existe há 19 anos e é, sem dúvida, um programa de rastreabilidade efetivo que consegue identificar onde e por quem cada fardo de algodão foi produzido e beneficiado", explicou. Além disso, os cotonicultores brasileiros mostraram o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que engloba os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. "Fomos muito parabenizados pelos colegas da cadeia do algodão de todas as partes no mundo. A maioria não conhecia o nível de excelência com que o Brasil está produzindo a fibra, com trabalho, dedicação e resultados muito positivos", frisou Busato. O presidente destacou a união dos cotonicultores por meio das entidades estaduais, coordenadas pela Abrapa, e o Cotton Brazil. "É um programa que está fazendo uma diferença enorme nesta divulgação do nosso algodão", afirmou. O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apontou que a sustentabilidade e a rastreabilidade ganham importância cada vez maior no cenário internacional. "Foram diversos os 'insights' que recebemos durante este evento. O algodão é a fibra preferida dos consumidores em relação à sustentabilidade, ao conforto e à qualidade. Porém, é grande a concorrência com as fibras artificiais. Nosso foco é aumentar o market share", observa. Segundo Duarte, a cada 1 ponto percentual de market share que o algodão ganhar no mercado global de fibras, 1,2 milhão de toneladas a mais serão demandadas. Nos dias 9 e 10, a Abrapa realizou rodadas de negócios com a presença de produtores e traders que negociam o algodão brasileiro. Além da comitiva de produtores do Brasil, participou do evento o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
11 de Novembro de 2022

-  Destaque da Semana – Esta semana ocorreu o evento anual da International Cotton Association (ICA), em Las Vegas. Neste boletim, ao invés do formato tradicional, traremos um resumo dos principais destaques das discussões no evento. - ICA 1 - De 8 a 10 de novembro, cotonicultores brasileiros marcaram presença no evento anual da Internacional Cotton Association (ICA). Pela primeira vez no evento, o Brasil apresentou dados e informações sobre a produção sustentável no país no "Regional Forum: Brazil". - ICA 2 - Além do evento do ICA, a Abrapa realizou em dois dias rodadas de negócios com a presença de produtores e traders. Uma comitiva de 12 produtores de algodão de vários estados do Brasil participou do evento. Segue abaixo um resumo das principais discussões no ICA 2022 - Resumo ICA 1 - Os fundamentos estão cada vez menos importantes na formação do preço do algodão – macroeconomia e especulação financeira são os determinantes hoje. - Resumo ICA 2 - Enquanto o FED não sinalizar um alívio no aumento dos juros, o mercado seguirá pressionado. - Resumo ICA 3 - Após período de grande demanda por têxteis, impulsionada pelos estímulos fiscais, o consumo caiu em todo o mundo com o salto na inflação e o consequente aumento nos juros. - Resumo ICA 4 - O mercado físico está totalmente desaquecido e estocado até o varejo. Fiações estão tentando adiar o recebimento de algodão já comprado devido à ausência de demanda. - Resumo ICA 5 - Fiações passando por dificuldades, mas capitalizadas devido a grandes lucros recentes. - Resumo ICA 6 - Geopolítica ajudou o Brasil com o boicote da China ao algodão da Austrália. - Resumo ICA 7 - Há um entendimento que o algodão não pode ficar muito tempo abaixo do custo de produção dos EUA (em torno de 80 a 90c/lp), principalmente com os demais grãos valorizados. - Resumo ICA 8 - A fraqueza na demanda deve permanecer até o 1º semestre de 2023, dependendo de fatores como inflação, guerra e China. - Resumo ICA 9 - Além da demanda, países sofrem com falta e/ou alto custo de energia e deficiência de reservas internacionais. - Resumo ICA 10 - No médio e longo prazos, os fundamentos entram em cena e o cenário é positivo para o algodão. A demanda será retomada e deve retomar tendência de crescimento anual. - Resumo ICA 11 - China e Índia, os dois maiores produtores globais, têm como prioridade a segurança alimentar, por isso algodão tende a perder área no médio e longo prazos. - Resumo ICA 12 - Sustentabilidade e rastreabilidade ganharão importância cada vez maior. - Resumo ICA 13 - O algodão do Brasil está sendo visto no mercado internacional em pés de igualdade com o americano e o australiano. Nossa deficiência é índice de fibras curtas (SFI). - Resumo ICA 14 - Os EUA sofrem muito com logística interna e estoques apertados. - Resumo ICA 15 - A Austrália plantando sob muita chuva, mas pelo menos já garantiu água nos reservatórios para mais três boas safras. - Resumo ICA 16 - Algodão é a fibra preferida entre os consumidores em todo o mundo em termos de qualidade, conforto e sustentabilidade. - Resumo ICA 17 - As fibras artificiais são nossos grandes concorrentes. A cada 1 ponto percentual de market share que o algodão ganhar no mercado global de fibras, 1,2 milhão de toneladas a mais serão demandadas. - Resumo ICA 18 - Especialistas apontam que há muitos indícios de que a China está em rota de abertura da economia, com flexibilização da política Covid-zero. O país pode voltar ao norma em 2023. - Algodão em NY 1 – O contrato Dez/22 fechou ontem a 86,38 U$c/lp (+4,07%). - Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 78,4 U$c/lp (+1,48%) e o Dez/24 a 76,26 (+0,93%) para a safra 2023/24. - Preços (10/11), o algodão brasileiro estava cotado a 104,5 U$c/lp (+750 pts) para embarque em Nov-Dez/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 97,0 U$c/lp (+250 pts). - Oferta e demanda 1 - O relatório de novembro do USDA mostrou reduções tanto na safra global quando no consumo. Entretanto, a visão é que o consumo estimado pelo órgão ainda está superestimado. - Oferta e demanda 2 - A safra mundial 22/23 foi reduzida em 335 mil tons, para 25,35 milhões. O consumo industrial mundial foi reduzido em 142 mil tons, para 25,03 milhões. - Exportações - Não foram divulgados pelo governo dados de exportações nesta semana. - Safra 2022/23 - Segundo a Conab, a produção de algodão em pluma em 2022/23 deve ser de 2,98 milhões de toneladas, com área plantada de 1,624 milhão de hectares. - Beneficiamento 2021/22 - Até 10/11 SP, PI e PR (100%) BA (93%); GO (98%); MA (61%) MS (95%); MT (94%); MG (97%); Total Brasil: 93% beneficiado. - Semeadura 2022/23 - Na Bahia, o plantio está prestes a começar. O vazio sanitário acaba dia 10/11 na região sudeste e dia 20/11 na região oeste. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Abrapa prestigia evento comemorativo aos 25 anos da ApexBrasil
10 de Novembro de 2022

O diretor Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, participou, no dia 8, das comemorações pela passagem dos 25 anos da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (ApexBrasil). São mais de duas décadas mapeando oportunidades de investimentos estrangeiros no País e de vendas de produtos brasileiros no exterior, promovendo parcerias históricas entre os setores público e privado. Apex e Abrapa são parceiras em várias ações de promoção do algodão brasileiro globalmente. Hoje, a cotonicultura nacional é a segunda que mais exporta no mundo e a projeção é, em dez anos, atingir o topo do ranking e a continuidade da parceria com a Apex é estratégica para a Abrapa alcançar essa meta. Augusto Souto Pestana, presidente da ApexBrasil, é um entusiasta das ações da Abrapa de promoção do algodão no exterior. Durante o evento de confraternização, aproveitou para tecer elogios à Abrapa e destacar o empenho das entidades produtoras para o crescimento das exportações e o trabalho de reposicionar o setor mundialmente. Na oportunidade, também foi lançado o Instituto Embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, voltado para o estímulo às exportações brasileiras das pequenas, médias e grandes empresas. Entre as ações, cursos de capacitação à disposição na modalidade à distância. A ex-ministra da Indústria e do Comércio, Dorothea Wernek, teve participação virtual no evento, o presidente do Sebrae, Carlos Melles, representantes da cadeia produtiva e parceiros da agência acompanharam presencialmente as atividades, em São Paulo. 

Terminal da Brado Logística, em Rondonópolis-MT, recebe visita técnica para validação do protocolo de certificação socioambiental
09 de Novembro de 2022

O terminal de Rondonópolis-MT recebeu a visita de técnicos da empresa que está testando o protocolo social, ambiental e de boas práticas que devem ser seguidas pelos terminais retroportuários de estufagem de algodão, nos contêineres, no Brasil. O gestor de sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Fábio Carneiro, também integrou a visita técnica que se realizou na terça-feira (8). Além de garantir a certificação socioambiental de mais um elo da cadeia produtiva da pluma, o ABR-Log, como foi denominado o programa que está em fase piloto de implantação, tem o objetivo de melhorar a qualidade das operações para que o algodão chegue ao destino sem avarias, danos físicos e sujeira. No final do mês passado, o grupo esteve em Santos, visitando os terminais S. Magalhães & Essemaga, que concentra grandes embarques da pluma para o exterior, e Dinamo. A implantação do ABR-Log atende à demanda do mercado que exige cuidados no transporte do algodão - da beneficiadora até o destinatário - para que a fibra chegue em perfeitas condições e garantias sociais e ambientais. Hoje, a chancela de boas práticas de sustentabilidade é a certificação da fazenda e das unidades de beneficiamento, por meio dos programas ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e ABR-UBA, respectivamente. Para a elaboração e a fase piloto de implantação do protocolo, a Abrapa contratou a AG Surveyors, empresa que mapeou critérios e verificou as necessidades de transporte do algodão, garantindo a qualidade dos fardos até o destino. Para o diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, as visitas são importantes para a coleta de opinião dos gestores dos terminais com relação ao novo protocolo que está nascendo. A ação realizada nos terminais integra o programa Cotton Brazil, gerido pela Abrapa, com apoio da Apex-Brasil, Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Abrapa vai ao ICA intensificar networking
04 de Novembro de 2022

Durante três dias, entre 8 e 10 de novembro, produtores e exportadores de algodão do Brasil participarão, em Las Vegas, do evento comercial tradicional da ICA – International Cotton Association, principal associação internacional de comércio de algodão e órgão arbitral do mundo.  O tema desta edição, Together Again, proporcionará uma oportunidade para a indústria se reunir, interagir e fazer negócios. Nesta edição, as atividades ocorrerão no Park MGM e a estimativa é de uma participação de mais de 500 profissionais da cadeia do algodão, palestrantes, líderes e especialistas do setor. O Brasil participa da programação oficial do evento com o "Regional Forum: Brazil", no dia 8, às 15h (horário local). Nos dias 9 e 10, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realiza rodadas de negócios, com a presença de produtores e traders. Essa programação ocorre das 14h às 17h40, nos dois dias. No fórum regional, a associação apresentará a cotonicultura brasileira em números. Em destaque, estão o status da safra 2021/22, que está em processo de beneficiamento, estatísticas de qualidade, situação do plantio e expectativas para a safra 2022/23, além de ações e iniciativas planejadas pela Abrapa. O programa SouABR, com foco na rastreabilidade do algodão, da semente à etiqueta da roupa, e o projeto-piloto da certificação oficial, chancelada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também terão espaço, por serem ações que atenderão à demanda do mercado global da pluma. O presidente da Abrapa, Júlio Busato, e o diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte, discorrerão sobre os cenários e os temas de interesse do setor e que ajudam a elevar os níveis do algodão brasileiro. "Trabalhamos em muitas frentes, nos últimos anos, para mostrar ao mercado que produzimos uma fibra que tem qualidade, rastreabilidade e responsabilidade social, ambiental e econômica. Assim, seguimos no planejamento de atingir o topo do ranking de maior exportador da pluma no mundo", enfatizou Busato.  Também participarão das discussões no fórum, o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, Miguel Faus, Guilherme Scheffer (Grupo Scheffer), Walter Horita (Grupo Horita) e Aurélio Pavinato (SLC). Originalmente, o evento estava planejado para ocorrer em Singapura. Devido à Covid, a organização optou por Las Vegas, uma cidade acessível para a indústria se reunir, após dois anos turbulentos por conta do coronavírus.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
04 de Novembro de 2022

-  Destaque da Semana – A volatilidade voltou com força total no mercado esta semana.  Limite de baixa e depois três dias com limites de alta marcaram a semana.  Euforia vinda da China, que pode estar ensaiando flexibilização no combate à Covid-19 e agitou os mercados. - Algodão em NY 1 – O contrato Dez/22 fechou ontem a 83,0 U$c/lp (+10,5%). - Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 77,26 U$c/lp (+7,86%) e o Dez/24 a 75,56 (+8,36%) para a safra 2023/24. - Preços (03/11), o algodão brasileiro estava cotado a 97,0 U$c/lp (+125 pts) para embarque em Nov-Dez/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Altistas 1 – O USDA divulgou esta semana um robusto relatório de vendas de 198 mil fardos, com a China respondendo por mais de 60% das compras. Estes números trouxeram esperança ao mercado, que estava vendo somente cancelamentos de compras vindas da China nas últimas semanas. - Altistas 2 – Com a questão política definida, a China começa a dar sinais de abertura e relaxamento da política de Covid-zero do país. Hoje a imprensa anunciou que o governo está em vias de implementar medidas que visam aumentar o número de vôos no país. - Altistas 3 – O mercado financeiro chinês, que perdeu US$ 6 trilhões em valor de mercado nos últimos dois anos, teve uma semana de grande alta, liderada por empresas de tecnologia, na esperança que o pior já passou no país e que a reabertura está próxima. - Baixistas 1 – O dólar americano (em relação a uma cesta de moedas) continua sua trajetória ascendente, impulsionado pela alta de quarta-feira da taxas de juros pelo Federal Reserve. O banco central norte-americano (Fed) aumentou a taxa básica de juros em 0,75%. É o quarto aumento consecutivo. - Baixistas 2 – Em sua fala, Powell, presidente do Fed, deu a esperança de uma redução no ritmo de aumento das taxas de juros daqui para frente, mas deixou claro que mais aumentos de juros virão para reduzir a inflação, de volta à taxa de inflação nominal de 2,0%. - Baixistas 3 – Apesar do alívio vindo da China, é importante lembrar que no momento indústria têxtil global continua sofrendo baixa demanda e estocada de fios e produtos acabados, o que pressiona a demanda por algodão. - EUA - Nos EUA, o índice de abertura de capulhos chegou a 96%, enquanto a colheita chegou a 55%. - China - Na China, a colheita segue avançando com a redução das chuvas, mas as entregas de algodão em caroço para beneficiamento estão muito lentas.  As causas são as restrições da Covid no país e os baixos preços pagos aos produtores. - Paquistão 1 - No sexto maior produtor de algodão do mundo, as entregas de algodão em caroço para beneficiamento também estão muito lentas. - Paquistão 2 - No caso do Paquistão, as causas são as enchentes que atingiram o país em setembro e impactaram muito a produção agrícola local. - Bangladesh 1 - Além de problemas com redução da demanda internacional, a indústria têxtil do país continua enfrentando racionamento e falta de energia elétrica. - Bangladesh 2 -O governo reduziu as compras de gás no mercado internacional devido ao grande aumento de custos, devido à guerra na Ucrânia. - Agenda 1 - Começa na segunda (7) o ICA Trade Event 2022, conferência anual da International Cotton Association que volta a ser presencial após a pandemia. O Brasil conduzirá um fórum regional no dia 9, com números sobre a safra atual e a próxima. - Agenda 2 - Na próxima quarta-feira (9/11) tem relatório de oferta e demanda mundial do USDA. - Exportações 1 - O Brasil exportou 260 mil tons de algodão em out/22. O volume supera em 28,1% o total embarcado em outubro de 2021. - Exportações 2 - No acumulado de agosto a outubro de 2022 (três primeiros meses do novo calendário), as exportações somaram 507,4 mil tons, alta de 28,8% com relação ao mesmo período da temporada passada. - Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (03/11):  BA (93%); GO (98%); MA (58%) MS (92%); MT (91%); MG (95%); SP (100%); PI (98%); PR (100%). Total Brasil: 91% beneficiado. - Semeadura 2022/23 - O plantio da nova safra já começou no Brasil. Até ontem (03/11) já foram semeados 6%  da área prevista no estado de SP. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Abrapa participa da sétima edição do Congresso Internacional Abit 2022
03 de Novembro de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou da sétima edição do Congresso Internacional Abit 2022, nesta quinta-feira (3), no Minas Centro, em Belo Horizonte (MG). Este ano, o evento traz como tema "Estratégias para um futuro mais sustentável" e volta à forma presencial. Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, foi palestrante no painel sobre Sustentabilidade e Economia Circular. O foco da sua abordagem foi a moda sustentável e Busato trouxe aos participantes as ações desenvolvidas pela cotonicultura brasileira com o intuito de disponibilizar uma fibra de qualidade e responsável ambientalmente para o mercado. O evento encerra na sexta-feira (4). Ele discorreu sobre o programa nacional de melhoria da fibra, os investimentos em inovação e biotecnologia, sobre as ações executadas de promoção da pluma nos mercados interno e externo, e detalhou o trabalho, coordenado pela Abrapa, no processo de rastreabilidade e certificação socioambiental. Apresentou aos participantes o Sou ABR, a primeira iniciativa em larga escala na indústria têxtil brasileira, que rastreia toda a cadeia produtiva de uma peça de roupa com o algodão certificado ABR.   Cenário promissor Dados da associação mostram que, hoje, o Brasil detém a maior produtividade/ha em algodão de sequeiro – 1800 kg de fibra/ha, EUA 918 Kg/ha, Índia 460 Kg/ha. Isso foi possível devido às ações de planejamento da cadeia e ao apoio dos cotonicultores na produção e no beneficiamento eficientes. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor de algodão do mundo e o segundo maior exportador. Em dez anos, o desafio será alcançar a liderança em vendas externas. Também participaram das discussões no painel, Emily Ewell (Pantys), Roberto Muñoz Garcia (Jeanologia) e Tiago Marchi (Suzano). Ao todo, serão seis painéis na conferência: Inteligência Competitiva, Mercado, Tecnologia, Talentos, Políticas Públicas e Investimentos, Sustentabilidade e Economia Circular, e cada um com a participação de três a quatro palestrantes e um moderador. Durante os dois dias de atividades, empresários de toda a cadeia de produção e distribuição do setor, especialistas e formadores de opinião do Brasil e do mundo debatem as estratégias para um futuro ambientalmente mais sustentável.  Desde 2016, a Abit realiza o evento. "Temos uma oportunidade ímpar para trocar ideias, compartilhar informações e experiências, fazer negócios e trabalhar unidos para o desenvolvimento do nosso setor", destacou o presidente da Abit, Fernando Pimentel.