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Sou de Algodão promove apresentações em cinco estados brasileiros durante o mês de março
02 de Abril de 2024

Ao longo do mês de março, diversos estudantes dos cursos da área da Moda e do Design de três regiões brasileiras participaram de encontros promovidos pelo movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Nas apresentações, cerca de 285 alunos e docentes dos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul puderam conhecer mais do movimento e principalmente do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, concurso de estudantes que vai revelar ainda este ano o novo nome da moda autoral brasileira. Ao todo, a competição já conta com mais de 700 alunos cadastrados. Os eventos contaram com a apresentação da gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, Manami Kawaguchi Torres, e aconteceram nas seguintes instituições: no Istituto Europeo di Design (IED), em São Paulo (SP), no Instituto Federal de Brasília (IFB), em Brasília (DF), na Unicesumar, em Maringá (PA), na UNIVALI, em Balneário Camboriú (SC), e na Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias do Sul (RS). Nesta última, a palestra foi marcada pela participação especial do estilista parceiro João Pimenta, que contou sobre suas origens,  sua trajetória e seus trabalhos. Para o coordenador do curso de Moda na UCS, Renan Isoton, o encontro foi muito importante para que todos os estudantes pudessem entender como sustentabilidade, criatividade e planejamento estão correlacionados ao mundo da moda. “Foi um evento incrível, e muito emocionante. Ter a Manami e o João apresentando juntos nos ajudou a perceber como a nossa identidade e origem impactam em nossa criatividade. A palestra agregou muito em nosso curso, muitos alunos se identificaram com a história do estilista e conseguiram ver sentido e aplicação no que a Manami trouxe sobre o algodão”, celebra. Durante as apresentações, Manami falou um pouco sobre o movimento, o relacionamento e ações com as marcas e estilistas parceiros e também sobre o objetivo de promover uma moda mais consciente e responsável, que traz como matéria-prima central o algodão brasileiro. Além disso, ela não deixou de ressaltar que espera muita diversidade regional entre os finalistas do 3º Desafio com a Casa de Criadores. “O Sou de Algodão acredita que somente a educação é capaz de promover as transformações necessárias para uma moda mais responsável. Estamos animados com os futuros projetos a serem realizados com diversas universidades brasileiras”, declarou Manami. Como se inscrever no 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores O 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores tem como objetivo atrair alunos de graduação e dos cursos técnicos profissionalizantes da área da moda e design, de todas as partes do Brasil. Na edição anterior, o Desafio recebeu mais de 400 inscrições vindas de todas as regiões do país, evidenciando um crescente engajamento com a temática. Os interessados em participar devem realizar as inscrições no portalhttp://www.soudealgodao.com.br/desafio até o dia 30 de abril de 2024, podendo ser projetos individuais ou em duplas. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear. Sobre Sou de Algodão Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão. Abrace este movimento:  Site: www.soudealgodao.com.br Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn, Pinterest: @soudealgodao TikTok: @soudealgodao_

O algodão muito além dos tecidos
29 de Março de 2024

O algodão está presente na rotina de todos, mas muitos não sabem que é do agro. Uma das fibras mais antigas da história, com registros de uso datando de mais de 5.000 anos, com origem das regiões da atual Índia e Paquistão. Na chegada dos colonizadores europeus às Américas, ganhou destaque como uma cultura de grande importância econômica, especialmente nos Estados Unidos. Foi durante esse período que chegou ao Brasil, inicialmente implantado no Nordeste, devido às condições climáticas favoráveis e à disponibilidade de mão de obra. Com a expansão para o Centro-Oeste o Brasil se tornou um dos principais produtores mundiais da pluma. O principal uso do algodão é na indústria têxtil, para a produção de roupas, lençóis e toalhas. Também está presente em absorventes, curativos, papel, entre outros, utilizado na fabricação de velas, produtos de limpeza, materiais de isolamento acústico e até mesmo em aplicações médicas, como em curativos cirúrgicos e fios cirúrgicos. Na indústria alimentícia, o óleo é alternativa ao óleo de soja e na produção de margarina e maionese. A torta e o farelo, subprodutos do processamento do caroço de algodão, são fontes de proteínas para alimentação animal. Contribui para a transição energética via biodiesel (óleo extraído do caroço de algodão), sendo a terceira matéria-prima mais utilizada no Brasil. As fibras podem ser utilizadas para fabricação de cédulas de moedas, devido a sua durabilidade e resistência. Na cadeia produtiva tem-se os fornecedores de insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes e defensivos, além da utilização de equipamentos e máquinas específicas para a cultivo do algodão. A produção agrícola engloba o plantio, crescimento e colheita da planta. Em seguida, é transportado para as unidades de beneficiamento, onde as plumas são separadas dos caroços. As plumas são, então, enviadas para as indústrias têxteis e malharias, onde serão transformadas em tecidos, roupas e fios. Esses produtos podem ser vendidos ao consumidor ou comercializados com marcas que estampam seus logotipos para revenda. Já o caroço é esmagado, onde será obtido o óleo, a torta e o línter, destinados para as indústrias química, têxtil, alimentícia, bioenergética ou de produção animal. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção da pluma na safra 2022/23 foi de 3,2 milhões de toneladas, com produtividade de 1.907 quilos por hectare, em área plantada próxima de 1,7 milhões de hectares, gerando um valor anual de produção ao redor de R$ 30 a 35 bilhões. O Mato Grosso é o principal com 2,2 milhões de t colhidas (68,8%), seguido da Bahia e do Mato Grosso do Sul. No ranking de produção, o Brasil ocupa a 3ª posição, respondendo por 13% da oferta, atrás somente da China e da Índia. Nas exportações, ocupa a 2ª posição, com cerca de 25%, muito próximo dos Estados Unidos que é o líder. E as vendas externas trazem ao Brasil cerca de US$ 3,3 bilhões por ano, movimentando a nossa economia. A sustentabilidade é uma das principais diretrizes, envolvendo práticas desde a agricultura regenerativa até a reciclagem de roupas. O setor abriga esforços de referência global, como o da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) e do Ibá (Instituto Brasileiro do Algodão), tendo uma das mais importantes iniciativas de comunicação do agro, o “Sou de Algodão”, movimento que promove o consumo do algodão vis-à-vis a fibra sintética (petróleo). Existe o selo “Algodão Brasileiro Responsável” (ABR) que assegura a produção responsável nas esferas ambiental, social e econômica. A rastreabilidade é outro tópico de destaque, já temos roupas onde o consumidor aponta seu celular num QR Code e pode acompanhar todas as etapas do produto até chegar à sua casa, desde o produtor, fiação, malharia, confecção e varejista. A estimativa é que o comércio global deve crescer quase 20% em dez anos e o Brasil se aproximar de 30% de participação no mercado global, assumindo a liderança também neste setor, em quantidade, qualidade e sustentabilidade. O “Cotton Brasil” é um projeto que tem contribuído para promover o algodão brasileiro no mundo, abrindo novos mercados e oportunidades. Na hora de escolher as roupas e agasalhos, que tal optar pelo algodão, contribuindo para promover um produto sustentável e que gera tantas oportunidades ao Brasil? Nós “Somos de Algodão”. Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/mundo-agro/o-algodao-muito-alem-dos-tecidos/

Abrapa realiza Assembleia Geral Ordinária de Representantes de 2024
28 de Março de 2024

No dia 27 de março, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, conduziu a Assembleia Geral Ordinária do Conselho de Representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), deste ano. Realizada virtualmente, a reunião contou com a participação dos membros das associações estaduais e discutiu os programas estratégicos da instituição, a aprovação das contas do exercício de 2023 e orçamento para 2024. Antes disso, no dia 26 deste mês, o Conselho de Administração da entidade já havia se reunido para analisar o ano de 2023 e fazer o encaminhamento das propostas a serem apresentadas durante a assembleia desta quarta-feira. Após o debate, foram aprovadas as demonstrações financeiras referentes ao ano passado, o relatório da empresa auditora de terceira parte, a Ernst & Young, e o orçamento para 2024. A continuidade da Abrapa no Programa de Imagem e Acesso a Mercados do Agronegócio Brasileiro (PAM AGRO), da Apex-Brasil, foi validada, uma vez que a iniciativa é importante para o desenvolvimento do algodão brasileiro no mercado europeu, visando construir uma agenda e imagem positiva do agronegócio brasileiro. A filiação da Associação dos Produtores de Algodão do Pará (APAP) também foi homologada, como parte da estratégia da Abrapa de ampliar sua conexão com os diversos elos da cadeia. Com a realização da Assembleia Geral, a entidade concluiu a agenda de reuniões estatutárias do primeiro trimestre de 2024.

Bom ânimo na cotonicultura brasileira
28 de Março de 2024

O Brasil deve colher um novo recorde na produção de algodão, segundo os dados levantados e apresentados pela Associação Brasileiras dos Produtores de Algodão (Abrapa) e suas associações estaduais, durante a 74ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada na manhã desta quarta-feira (27), online. O volume estimado para a safra 2023/2024 é de 3,5 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma), um aumento de 7,7% em relação ao ciclo anterior, explicado, basicamente, pelo incremento da ordem de 15,4% na área plantada, que deve ser consolidada em 1,93 milhão de hectares. Esse aumento se deve, em grande parte, à migração de área de milho de segunda safra para a cultura, e o resultado abaixo do esperado para a soja, em função dos efeitos do El niño.  Já a produtividade projetada para esta safra deve ser 6,7% menor que em 2022/2023, e é projetada em 1.809 quilos de pluma por hectare. Os números não diferem tanto dos divulgados pela Conab, no dia 12 de março, que projetavam produção de 3,56 milhões de toneladas de pluma (+12,2% em relação à safra 2022/2023), com área plantada estimada em 1,93 milhão de hectares (+16,3%). As chuvas recentes, registradas, praticamente, em todos os estados produtores estão ajudando no desenvolvimento da cultura, entretanto, para repetir o recorde do ano passado ainda são necessárias chuvas no período de enchimento de capulhos, principalmente, nas lavouras plantadas em segunda safra.  O clima também favoreceu a pressão de pragas como a mosca-branca e de lagartas, como a spodóptera, que, apesar disso, estão bem manejadas. Esta foi a primeira reunião oficial, das quatro realizadas anualmente pela Câmara Setorial, que é presidida pela Abrapa e tem representantes de todos os elos da cadeia produtiva da fibra, como a Indústria (Abit), os exportadores (Anea), a Conab e o Mapa. Uma reunião extraordinária ocorreu no início de março, quando a quebra na safra da soja e os mecanismos necessários de suporte aos produtores, foram o tema do encontro. De acordo com o presidente da Câmara Setorial e da Abrapa, Alexandre Schenkel, as lavouras de algodão em excelentes condições no Brasil, e o grande volume a ser colhido reforça a necessidade de continuar investindo na abertura de mercados para o algodão brasileiro. “Isso vem sendo feito de maneira intensiva, através do programa Cotton Brazil, que reúne a Abrapa, a Anea e a Apex na realização de ações de promoção da fibra no mercado externo. Mas precisamos também diversificar e balancear esses mercados. Hoje, 60% do algodão brasileiro vai para a China, o que é muito bom, mas a concentração é sempre preocupante”, afirmou. Logística Um outro assunto de destaque na reunião foi a logística, para escoar uma produção que cresce a cada ano. É preciso investimento em manutenção de rodovias e de outros modais, e esse foi o tema da apresentação dos consultores de logística, Luís Antonio Pagot e Luiz Munhoz, no encontro. Segundo eles, para esta safra, a situação é ainda “confortável”, mas, sem investimentos, o país corre o risco de um “apagão logístico” no futuro. “Na próxima reunião, em junho, será apresentado um diagnóstico completo, incluindo ferrovias, hidrovias e rodovias, além da situação dos portos, tanto para a região Norte e Nordeste do país quanto para o Centro-Oeste, para estabelecer uma estratégia e fazê-la chegar às autoridades do governo, encaminhando demandas direcionadas à melhora da infraestrutura”, afirma o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. Exportações Os problemas logísticos, segundo o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, não têm sido um grande empecilho ao escoamento das safras de maior volume, graças a esforços conjuntos, orquestrados pelas instituições, “mas é preciso prioridade para o tema”. De acordo com a Anea, o ritmo dos embarques em março está forte, e este deve ser um mês “histórico” para as exportações de algodão brasileiro. “Se isso continuar desse jeito, em abril, maio e junho, o carry-out vai ser menor do que até, talvez, na safra passada”, afirma. Até a última sexta-feira, 11, o Brasil embarcou 1,93 milhão de toneladas. “No ano passado, nesse mesmo período, a gente embarcou 1,21 milhão de toneladas. Superamos, em muito, essa marca até agora”, afirma Faus. Indústria Destino de cerca de 750 mil toneladas, o mercado interno está confiante em um bom ano, em 2024. Ou, pelo menos segundo o diretor superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel, tendendo ao “copo meio cheio”, em lugar de “meio vazio”. Um provável crescimento do PIB é favorável ao emprego, à renda, e, consequentemente, à perspectiva de consumo. “Mas nós ainda estamos vivendo em um cenário em que o consumidor não está manifestando muito otimismo, e é importante que a gente vire essa chave, porque expectativa positiva em relação ao futuro é um ingrediente relevante, junto com a renda e uma certa segurança de que vai haver emprego para os próximos períodos”, diz. Para a Abit, a indústria crescerá mais no setor têxtil do que na confecção, “mas se nós sairmos de uma expectativa de 1,8 % de PIB e caminharmos para algo como, de 2.2% a 2.5%, o efeito sobre o mercado é grande”, pondera. A Abit pontuou, mais uma vez, a questão das importações através de plataformas digitais internacionais, cujos produtos estão entrando no Brasil isentos de pagamento dos impostos federais, quando até US$ 50. “Isso é muito ruim para a indústria nacional. Para o consumidor, em um primeiro momento, pode parecer muito positivo, mas amanhã vai lhe custar um emprego”, adverte. Ainda segundo o presidente da Abit, a indústria vislumbra crescimento potencial, sobretudo, a partir do segundo semestre, da ordem de 1 % para a nossa indústria.

Algodão: do campo à passarela da moda
27 de Março de 2024

O importante papel da cotonicultura brasileira no cenário global como produtora e exportadora de algodão responsável foi um dos temas destacados pelo diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, durante sua participação no Podcast Pé no Barro. O programa foi gravado na 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão (RS). Confira a entrevista completa no link abaixo. Assista aqui

Unidades certificadas pelo ABR-UBA beneficiam 62% do total de pluma produzida na safra 2022/2023
27 de Março de 2024

As Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) são o primeiro elo industrial da cotonicultura. É nessas indústrias, em sua maioria, situadas na própria fazenda, que a fibra do algodão é separada do caroço e dos demais subprodutos, e a pluma é prensada e enfardada para seguir seu caminho para o mercado, seja o doméstico ou o internacional. Desde 2021, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) estendeu às UBAs o seu programa de certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR), criando o ABR-UBA. O programa é voluntário e preconiza o aumento progressivo das boas práticas sustentáveis de beneficiamento dentro dessas unidades, tendo como base o cumprimento das legislações e normas específicas para esse tipo de atividade. Na safra 2022/2023, dos 3,27 milhões de toneladas de algodão beneficiado, dois milhões de toneladas foram processadas em UBAs certificadas pelo programa ABR-UBA. Isso corresponde a 62% do montante. “Este é um sinal claro do engajamento do produtor brasileiro de algodão ao conceito da sustentabilidade, e ao programa de certificação, que não é obrigatório, mas que, a cada ano, ganha mais adeptos”, afirma o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. No Brasil, 99 UBAs, distribuídas em oito estados, foram certificadas pelo programa socioambiental. Elas correspondem a 42% do total de “algodoeiras” existente no país, e foram atendidas por sete das nove associações estaduais filiadas à Abrapa: Abapa (Bahia), Agopa (Goiás), Ampa (Mato Grosso), Ampasul (Mato Grosso do Sul), Amapa (Maranhão), Amipa (Minas Gerais) e Apipa (Piauí). O estado com o maior número de UBAs certificadas é Mato Grosso, com 57, seguido pela Bahia, com 25. Esses estados são, respectivamente, primeiro e segundo maiores produtores nacionais de algodão. Foco no trabalhador Com forte atenção para o pilar social, o protocolo também inclui atendimento às normas regulamentadoras, como a NR-10, NR-13 e NR-23, que tratam da parte elétrica, vasos de pressão e prevenção de incêndios, respectivamente. Saúde e bem-estar do trabalhador, e, sobretudo, sua segurança no ambiente de trabalho, com redução de riscos de acidentes e doenças laborais são pontos cruciais embarcados na certificação ABR-UBA. Na safra 2022/2023, somadas, as UBAs certificadas geraram 11.407 empregos diretos e formais. Processos eficientes O ABR-UBA introduz práticas que auxiliam também na gestão eficiente e padronização dos processos, como cuidados para evitar a contaminação dos fardos, garantindo a integridade daqueles armazenados, além de promover a padronização de tamanho e peso dos fardos de pluma. O cumprimento desses requisitos possibilita o início de um processo de melhoria contínua nas usinas, com o objetivo de estabelecer um padrão de qualidade para os fardos brasileiros. Auditoria de terceira parte As UBAs aderem ao programa passam por auditoria, feita por empresas habilitadas para este fim, de terceira parte. Essas auditorias são conduzidas anualmente, por certificadoras com acreditação internacional, para garantir a conformidade com o protocolo. Na safra 2022/2023, as empresas responsáveis foram a ABNT e a Genesis Certificações. O protocolo ABR possui 170 itens obrigatórios que precisam ser verificados. “Ainda há algodoeiras que estão recebendo o suporte técnico das associações estaduais que, apesar de ainda não terem conseguido a certificação, já estão promovendo melhorias no seu sistema de gestão, graças ao programa ABR UBA”, informa o presidente da Abrapa. Link para acesso ao relatório: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/03/Relatorio-da-safra-2022.2023-ABR-UBA.pdf Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881 – 8064 Monise Centurion – Jornalista Assistente (17) 99611-8019

Abrapa marca presença na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
27 de Março de 2024

Na última terça-feira, 26, Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, marcou presença na Conferência Livre da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovida pela Fundação Bunge, em São Paulo. O evento contou com a participação da Abrapa no Painel 2, na parte da tarde, que falou sobre “Como a Ciência e a Tecnologia podem colaborar com a Rastreabilidade no Setor Produtivo”. A executiva levou o case de rastreabilidade do algodão brasileiro do SAI Programa SouABR. Silmara começou falando sobre o pioneirismo, já que a Abrapa tem um pilar de rastreabilidade que abrange de ponta a ponta da cadeia têxtil. “Começamos com o SAI, em 2004, fomos aprimorando a rastreabilidade e agregando outros atributos como as certificações socioambientais da fazenda, unidade de beneficiamento e de qualidade. Em 20019, nos aventuramos, com a cadeia têxtil, a pensar na rastreabilidade sob as demandas crescentes por mais transparência nos processos de compra, venda e consumo. Em 2021, nasceu SouABR e sua proposta é oferecer ao público uma espécie de ‘raio-x’ da peça que está adquirindo, comunicando os passos que o algodão com certificação socioambiental percorreu até chegar nas mãos do consumidor”, explica. O SouABR estimula escolhas mais conscientes, demonstrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem certificação socioambiental pelo programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável). Ao todo são 183 itens de verificação distribuídos em oito critérios: contrato de trabalho; proibição do trabalho infantil e proibição do trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante, conforme obrigatoriedade; liberdade de associação sindical; proibição de discriminação de pessoas; segurança, saúde e meio ambiente do trabalho rural; desempenho ambiental; e boas práticas agrícolas. Para Silmara, o programa está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. “É preciso que toda a cadeia têxtil tenha um comprometimento, e o desafio de SouABR não é numérico, de entregar peças rastreadas e de mostrar o certificado das fazendas. É mostrar o que fazemos de melhor, dentro do país, evidenciando o comprometimento que temos com as pessoas e com os trabalhos que geramos”, declarou. Os números do Programa SouABR  Silmara destacou que fizeram parte do Programa SouABR, em 2023, 54 produtores e 60 fazendas, com um total de 8.884 fardos rastreados, face a 25 produtores, 32 fazendas e 12.606 fardos rastreados em 2022. No total, em 2022 e 2023, foram quase 21,5 mil fardos rastreados produzidos pelas fazendas e mais de 127 mil peças rastreadas nas prateleiras das varejistas. A Reserva, primeira a disponibilizar no mercado, já conta com 105.284 peças rastreadas, desde outubro de 2021, data do lançamento do programa. A Renner tem 6.736 peças, desde maio de 2022, e a C&A, 7.830 peças desde maio de 2023. A Abrapa acredita que a preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. “Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo”, afirmou. O organizador do evento e a Conferência  A Fundação Bunge foi criada em 1955 e atua em diferentes frentes com o propósito de valorizar as pessoas e o conhecimento. Para isso, contribui para o desenvolvimento sustentável por meio de ações que valorizam o avanço da ciência, a educação e a conservação dos recursos naturais. Já a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), é um evento do Governo Federal, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo é viabilizar um espaço de diálogo, envolvendo diferentes atores da sociedade. A 5ª CNCTI tem como tema "Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido" e está prevista para acontecer em junho de 2024.

Abrapa enfatiza a importância do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro em reunião preparatória para evento na China
26 de Março de 2024

A importância do reconhecimento da China ao Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), fazendo com que o gigante oriental dispense as retestagens da pluma nacional no destino, foi uma das mensagens-chave da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na reunião preparatória para a VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada nesta quinta-feira (21), na sala San Tiago Dantas, no Palácio Itamaraty, em Brasília, com participação dos diversos setores econômicos brasileiros. Na ocasião, a Abrapa foi representada pelo seu vice-presidente, Paulo Sergio Aguiar, e pelo diretor executivo, Marcio Portocarrero. A Cosban é o mais elevado mecanismo institucional de cooperação entre o Brasil e a China e compreende 11 subcomissões temáticas.  Seus membros estarão reunidos na VII Sessão Plenária, que ocorrerá na China, nos dias 05 e 06 de junho próximo, tendo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, na co-presidência do evento, juntamente com o vice-presidente da República Popular da China, Han Zheng. Alckmin participou do encontro preliminar, organizado pela embaixadora Maria Laura da Rocha, Secretária Geral de Relações Exteriores do Brasil. “Foi uma reunião muito organizada e proveitosa, onde cada setor representado teve a oportunidade de elencar suas demandas de forma bem objetiva. Os cotonicultores reforçaram a importância do Programa de Qualidade, que é a ‘certificação oficial’ do algodão brasileiro. O reconhecimento da China ao PQAB representará uma grande economia de tempo para a chegada do nosso algodão ao destino, naquele mercado”, argumentou o vice-presidente da Abrapa, Paulo Aguiar, destacando que, atualmente, a China testa novamente no destino todo o algodão que chega do Brasil. “Nos últimos anos, investimos muito em qualidade de resultados dos nossos laudos de HVI, com a criação do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), e criação de um laboratório central para parametrizar e checar as análises de algodão.  Com a entrada do Ministério da Agricultura chancelando os processos, após uma série de treinamentos de inspetores e técnicos de laboratórios, isso ficou ainda mais rigoroso. Nossos laudos são precisos e atendem aos padrões internacionais. Se forem aceitos como suficientes, ganhamos tempo numa logística que é muito mais longa do que a do nosso maior concorrente, os Estados Unidos”, disse Aguiar. O vice-presidente da Abrapa enfatiza a importância do estreitamento de laços com o gigante oriental, que hoje é o terceiro maior mercado de vestuário do mundo, mas é o maior consumidor mundial de algodão. A cada ano, a China consome por volta de 7 a 8 milhões de toneladas de pluma, das quais 2,4 milhões são importadas. “O país é o principal destino do algodão brasileiro, mas nós ainda somos o segundo lugar no ranking entre as origens do algodão que a China importa, depois dos Estados Unidos, e estamos trabalhando para sermos os primeiros do pódio”, concluiu Paulo Aguiar.