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Defesa Agropecuária
29 de Janeiro de 2019

  O vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Busato, reuniu-se na sexta-feira (25/01) com o novo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Guilherme Tollstadius Leal, na sede do órgão, em Brasília. No primeiro encontro dos representantes da cotonicultura com o novo secretário, Busato apresentou a agenda estratégica do setor algodoeiro e manifestou o apoio dos cotonicultores à nova gestão. "Esta é uma das mais importantes pastas do governo para o agro, pois a defesa agropecuária é condição necessária para a sustentabilidade e a competitividade do agronegócio no país. Por isso, o êxito na administração da Secretaria é crucial para a todas as cadeias produtivas da agropecuária brasileira", argumentou Júlio Busato, que participou da audiência acompanhado pelo diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. Dentre as prioridades endereçadas a Guilherme Leal, dois assuntos foram destacados: a necessidade regulamentação, dando mais praticidade aos critérios para a revalidação de estoques de defensivos vencidos e a ação do Mapa na definição da nova lista de produtos para registro prioritário de defensivos, levando-se em conta as necessidades dos produtores de algodão.

NOVIDADES NO FUNRURAL PARA 2019: MOMENTO DE FAZER CONTAS
09 de Janeiro de 2019

Além do Programa de Regularização Tributária Rural destinado ao parcelamento do passivo da contribuição denominada Funrural, a Lei 13.606, de 09 de Janeiro de 2018, trouxe importantes inovações sobre a contribuição previdenciária dos produtores rurais pessoas físicas e jurídicas. Aos associados da ABCZ, duas das novidades acarretam relevante impacto sobre a forma e custo da contribuição, sendo que uma delas passou a valer a partir de 2019. Trata-se do caráter facultativo da contribuição. Desde 01º de Janeiro, o produtor rural poderá optar por contribuir ao Funrural ou, alternativamente, sobre a folha de salários, que se trata da forma de contribuição adotada pela maioria dos empregadores urbanos. Caso a opção seja por contribuir com base na folha de salários, esta deve ser manifestada com o recolhimento referente à competência de Janeiro. Portanto, é chegado o momento em que todos devem fazer os cálculos com apoio do seu contador ou advogado para decidir a forma de contribuição que seja mais eficaz para sua atividade rural. Essa decisão é irretratável e valerá para o ano todo. A segunda inovação a ser destacada aos associados está vigente desde 2018 e impacta diretamente nos cálculos para a opção da forma de contribuição. A Lei 13.606* restabeleceu a isenção da contribuição ao Funrural sobre o produto animal destinado à reprodução ou criação pecuária, sobre a produção destinada ao plantio e reflorestamento, comércio de mudas e sementes e etc. O principal objetivo dessa regra é excluir da incidência da contribuição ao Funrural os produtos que integram as etapas intermediárias da cadeia produtiva da pecuária e da agricultura. Ao fazerem suas contas, todos aqueles que se dedicam à criação de gado para o melhoramento genético, reprodução, cria e recria devem ter em consideração que não mais incide a contribuição ao Funrural sobre a comercialização de seus animais (exceto para abate), embriões, sêmem e etc. Identificando a parcela da receita da produção rural prevista para 2019 sujeita à incidência do Funrural, o produtor terá melhor condição para comparar os custos entre ambas as formas de contribuição. Buscando prestar aos associados importantes esclarecimentos para o exercício da opção na forma de contribuição, destacam-se as dúvidas mais frequentes sobre o assunto: A PARTIR DE QUANDO A CONTRIBUIÇÃO DO FUNRURAL PASSOU A SER OPTATIVA? A partir do exercício de 2019, os produtores rurais pessoa física e pessoa jurídica podem eleger a forma de contribuição previdenciária (funrural ou sobre a folha de salários), devendo manifestar sua opção a partir do primeiro recolhimento de cada ano (recolhimento em Fevereiro referente à competência de Janeiro). A decisão é irretratável e vinculará para todo o exercício. QUAL A RECOMENDAÇÃO AOS PRODUTORES PESSOAS FÍSICAS JUNTO ÀS EMPRESAS ADQUIRENTES, EM CASO DE OPÇÃO PELA COTRIBUIÇÃO SOBRE FOLHA DE SALÁRIOS? Infelizmente, a Receita Federal ainda não publicou orientação sobre o exercício da opção e suas formalidades. Aos produtores rurais pessoas físicas que optarem pela contribuição sobre a folha de salários, recomenda-se comunicar e comprovar sua opção às empresas adquirentes, de forma a evitar a retenção e desconto da contribuição ao funrural. A CONTRIBUIÇÃO AO FUNRURAL INCIDE SOBRE GADO P.O.? A receita bruta sobre a comercialização de gado destinado à reprodução e ou criação, inclusive P.O., não integra a base de cálculo da contribuição ao funrural desde 2018. A RECEITA BRUTA DECORRENTE DE PARCERIA RURAL ESTÁ SUJEITA AO FUNRURAL? A receita originária de contrato de parceria integra a atividade rural do parceiro e, portanto, está sujeita às regras da legislação do funrural, inclusive a não inclusão na base de cálculo da contribuição sobre determinados produtos rurais. Portanto, tal receita deve ser considerada nos cálculos para a decisão da forma de contribuição. A CONTRIBUIÇÃO AO SENAR TAMBÉM PASSOU A SER OPTATIVA? O caráter optativo entre a contribuição sobre a receita bruta ou folha de salários se restringe ao funrural, sendo que a contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) é regulamentada por legislação própria. A contribuição ao SENAR pelos empregadores rurais pessoas físicas permanece 0,2% sobre a receita bruta da comercialização da produção rural e está sujeita à retenção sobre as vendas aos adquirentes pessoas jurídicas. Igualmente, as contribuições sociais a terceiros (ex: Incra e salário educação) que incidem sobre a folha de salários do empregador rural (alíquota 2,7%) são regulamentadas por legislação própria e permanecem inalteradas independentemente da opção pelo contribuição ao funrural ou folha de salários. Assim como o fim da incidência em cascata do funrural sobre as etapas iniciais da cadeia produtiva, a possibilidade de optar a forma de contribuir para a Previdência Social é importante conquista dos produtores rurais e esse direito deve ser exercido de forma planejada. Logo, fica o alerta que a decisão deve ser tomada no primeiro mês de 2019. A ABCZ permanece atuante e vigilante sobre as questões e desdobramentos que envolvam o Funrural, inclusive em relação à votação do PL 9.252/2017 que tramita em regime de urgência no Congresso Nacional e tem por objeto convalidar na prática o efeito retroativo da Resolução do Senado n. 15/2017. MARCELO GUARITÁ B. BENTO e MANUEL EDUARDO C. M. BORGES, advogados representantes da ABCZ e SRB como amicus curiae no julgamento do STF sobre funrural e membros do Comitê Tributário da Sociedade Rural Brasileira, que conta com a parceria e apoio da ABCZ. CLAUDIO JULIO FONTOURA, Procurador Geral da ABCZ, especialista pela Universidade de Coimbra e mestre pela Universidade de Ribeirão Preto.

Posse no Ministério da Agricultura
03 de Janeiro de 2019

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, participou da cerimônia de posse dos secretários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a primeira da gestão da ministra Tereza Cristina, que, na ocasião, enfatizou, dentre outros temas, a atenção que a pasta dedicará à logística e às exportações. A solenidade ocorreu no auditório do Mapa, em Brasília.Em seu discurso, a ministra lembrou que a relevância do agronegócio na balança comercial brasileira, setor responsável por 44% das vendas externas do Brasil. Ela também ressaltou a necessidade urgente de melhoria na infraestrutura de logística, "para que os ganhos não se percam nas operações de transporte de produtos", disse. Para Busato, o pronunciamento da ministra vai ao encontro das expectativas dos cotonicultores, especialmente, em um momento em que uma nova safra recorde de algodão já se anuncia, com expectativa de volume de 2,5 milhões de toneladas. "Essa safra deverá implicar também um recorde de exportações, uma vez que o mercado interno só absorve de 700 a 750 mil toneladas desse montante produzido, e todo o excedente será exportado", ponderou o vice-presidente da Abrapa, que também está à frente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). "Logística é competitividade. O algodão brasileiro tem ganhado mercado, principalmente, na Ásia e o mundo quer o nosso algodão, que tem qualidade excelente e é produzido em moldes sustentáveis. Hoje, a quase totalidade das exportações acontecem pelo Porto de Santos, que já atingiu toda a sua capacidade. Precisamos de alternativas de escoamento, para que a pluma chegue ao destino no tempo acordado com os compradores. Isso ajudará a solidificar a credibilidade do Brasil e do algodão brasileiro", afirmou Busato. "Os cotonicultores estão à disposição da ministra Tereza Cristina para buscar soluções para este e outros gargalos do agro. Desejamos a ela uma excelente gestão", concluiu.

Abrapa da posse à nova diretoria para o biênio 2019/2020
11 de Dezembro de 2018

Com a presença de ministros e futuros ministros de estado, de representantes diplomáticos de vários países, políticos e agentes dos diversos elos da cadeia produtiva do algodão, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura, transmitiu ao cotonicultor Milton Garbugio, o comando da entidade. A cerimônia de Posse do Conselho de Administração e Fiscal do Biênio 2019/2020 da Abrapa foi marcada pelo clima de otimismo gerado pela conjuntura atual da cotonicultura e a expectativa causada pela proximidade de um novo governo, que terá como ministra da agricultura a deputada Tereza Cristina, uma das presenças da noite. O evento foi realizado no espaço Unique Palace, em Brasília, no dia 05 de dezembro de 2018. Em seu discurso, Alindo Moura lembrou o crescimento expressivo de produção e de área plantada com algodão nas últimas safras, respectivamente, de 111% e 68%, ante 2016. "Tive a boa sorte de ser presidente da entidade em uma época muito favorável, exceto, é bem verdade, pelas indefinições na conjuntura político-econômica do Brasil. Contudo, o clima ajudou às lavouras, os preços remuneraram bem o produtor, que, animado, plantou mais. No meu discurso de posse, arrisquei uma projeção. Disse que o Brasil poderia dobrar a produção de pluma em cinco anos e isso aconteceu ao longo das últimas três safras. Em parte, graças à retomada na ocupação de áreas que haviam retraído em safras anteriores, principalmente, em virtude de problemas climáticos", afirmou, repassando o desafio para o sucessor, Milton Garbugio. "É totalmente factível dobrar a área nos próximos cinco anos, se continuarmos crescendo a uma média de 15% a cada safra. Me atrevo a deixar esse desafio para o Milton. Se mantivermos a média de produtividade dos últimos anos, vamos chegar a 2,7 milhões de toneladas de algodão", calculou. Crescer com compromisso Milton Garbugio ressaltou a larga trajetória da Abrapa na defesa da cotonicultura, ao longo dos seus 20 anos de existência, e disse que o objetivo da entidade é fazer a cotonicultura brasileira crescer com compromisso. "Saímos da condição de importadores para, ainda em 2001, garantirmos a autossuficiência da produção de algodão para o abastecimento da indústria nacional. Em 2019, para cada três fardos de algodão que produzimos, dois serão exportados. Precisamos eleger prioridades para pôr esse algodão no mercado mundial", disse. Dentre os pontos elencados, Garbugio destacou a necessidade de se melhorar a infraestrutura logística, de planejamento de portos, de manter a qualidade da fibra e promovê-la no mercado externo, de ganhar ainda mais credibilidade e avançar em sustentabilidade. O novo presidente da Abrapa ressaltou ainda a importância do benchmark do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) com a Better Cotton Initiative (BCI), que elevou o Brasil ao posto de maior fornecedor mundial de algodão sustentável, licenciado pela BCI. As missões Compradores e Vendedores foram pontuadas como essenciais para a abertura e manutenção de mercados no exterior, diante da nova escalada da cotonicultura brasileira no ranking dos maiores exportadores mundiais, chegando ao posto de segundo colocado, atrás apenas dos Estados Unidos. Agro forte A cerimônia contou com a presença da futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do atual ministro da pasta, Blairo Maggi. Os tons dos discursos deles foram diferentes, a primeira falando sobre a expectativa e o compromisso para o desenvolvimento do agro à frente do cargo, e o segundo, despedindo-se da função, rememorando as lutas da cotonicultura, da qual faz parte desde antes da criação da Abrapa. Ambos, contudo, reafirmaram a crença de que o agro, em especial, a cotonicultura, detém a chave para o desenvolvimento do Brasil. "Temos o dever de fazer o Brasil dar certo", afirmou a futura ministra. "Aprendemos com os problemas do passado e, ao começarmos a plantar algodão, uma nova atividade, no cerrado, entendemos que precisávamos ser sustentáveis. Não queríamos o chamado 'voo de galinha, que alça aqui e cai adiante", relembrou Blairo Maggi. O ministro destacou a importância da Embrapa e da Fundação MT no desenvolvimento da cotonicultura, e o papel de representatividade da Abrapa no fortalecimento do setor. "Quando começamos os problemas eram diferentes. Hoje eles são ainda mais complexos. Conquistar um mercado é difícil e perder é fácil", afirmou. Certificação Uma das grandes conquistas do biênio encerrado foi a certificação internacional do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) pelo ICA/Bremen, instituição de referência mundial que congrega o Faserinstitut Bremen, o Bremen Fibre Institute (FIBRE) e o Bremer Baumwollboerse (BBB). Conquistando a chancela do instituto, o laboratório central, terceiro pilar do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), passou a fazer parte de um seleto grupo de apenas 11 laboratórios no mundo, certificados pela mais importante instituição de testagem de resultados de HVI. "Há dois anos, recebi da gestão anterior o laboratório pronto, totalmente concebido dentro dos padrões, e já pensado para ser habilitado à certificação internacional. Colocá-lo para operar já foi um grande desafio. No Brasil, ao contrário do que acontece nos EUA, em que todo processo é feito pelo USDA, são os produtores os responsáveis por fazer a checagem dos resultados laboratoriais. Lá, dos 80 laboratórios do gênero existentes, apenas um conquistou a chancela, em duas máquinas. Aqui, o nosso, com apenas dois anos e duas máquinas, já passou a fazer parte do grupo de somente onze laboratórios em todo o mundo a receber a certificação ICA/Bremen. Isso é motivo de grande orgulho", disse Arlindo Moura. Reuniões Antes da cerimônia de posse, a Abrapa realizou, na tarde do dia 5 de dezembro, a Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Representantes, na qual foi discutido o orçamento da Abrapa para 2019, e foi eleita, por aclamação, a chapa única para a nova diretoria da Abrapa, que congrega o Conselho de Administração e Fiscal do Biênio da Abrapa. Durante a manhã, representantes da Abrapa e associadas participaram da reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

Cotonicultura brasileira deve manter-se em alta no ciclo 2018/2019
04 de Dezembro de 2018

Produção e exportações recordes e produtividade em alta marcam o fim do ciclo 2017/2018 para a cotonicultura brasileira, que aguarda um ano ainda mais promissor em 2019. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produção no país deverá ser de 2,5 milhões de toneladas, contra 2,1 milhões na safra recém encerrada, com previsão de embarque para o exterior de aproximadamente 1,5 milhões de toneladas de pluma, o que fará do Brasil o segundo maior exportador mundial da commodity, atrás apenas dos Estados Unidos, que exporta 3,5 milhões de toneladas. O incremento está exigindo planejamento e ações por parte da cadeia produtiva, que se prepara para o escoamento e o eventual armazenamento de um volume maior de algodão, assim como para um fluxo mais longo de beneficiamento, embarques e mesmo de capitalização do produtor. O consumo da matéria-prima na indústria nacional deve ficar em torno de 750 mil toneladas de pluma. A indústria brasileira de têxteis condiciona qualquer aumento de demanda ao fortalecimento da confiança e à retomada do consumo das famílias, que este ano priorizaram a compra de bens mais duráveis, como eletrodomésticos, em detrimento dos chamados "bens de salário", como roupas. Em uma coletiva de imprensa em São Paulo ontem (03/12), com participação da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), a Abrapa expôs o desempenho do setor em 2018 e da entidade no biênio finalizado. Na ocasião, o atual presidente da associação, Arlindo de Azevedo Moura apresentou seu sucessor no comando da entidade, o produtor Milton Garbugio, cotonicultor do Mato Grosso, que assume a gestão com a nova diretoria a partir de 1º de janeiro próximo. Segundo Moura, a época do seu mandato na presidência da entidade coincidiu como uma fase muito favorável para a cotonicultura do Brasil, exceto pelas indefinições na conjuntura político-econômica. "O clima ajudou às lavouras; os preços remuneraram bem o produtor, que, animado, plantou mais. No meu discurso de posse, em 2016, arrisquei uma projeção. Disse que o Brasil poderia dobrar a produção de pluma em cinco anos. Errei. Isso aconteceu ao longo das últimas três safras. Parte disso, graças à retomada na ocupação de áreas que haviam retraído em safras anteriores, principalmente em virtude de problemas climáticos", afirmou. A área plantada com o algodão saiu de 949 mil hectares, em 2016; passou para 1,175 mil hectares, em 2017, chegando a 1,426, em 2018, um crescimento de 50,2%, de 2016 a 2018. De acordo com Arlindo Moura, a valorização dos preços é fruto do crescimento do consumo mundial, reforçado, em especial, pela redução gradativa dos estoques na China. "Essa conjunção de produtividade boa com preços atrativos é que puxa o aumento de área a cada ano. Esse crescimento de 18%, 20%, 25% ao ano não é de graça. É um sinal de que a cultura está deixando rentabilidade ao produtor. A retomada de área foi na Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. No Mato Grosso, foi crescimento sim", afimou. Para Moura, os gargalos na comercialização de algodão já não são mais de mercado. Tudo o que a gente planta tem quem queira. "Nosso grande problema são contêineres, portos, caminhões e infraestrutura em geral. Tudo isso, agravado pelo tabelamento do frete, resultado da greve dos caminhoneiros. O algodão ia para o porto e voltava com fertilizante. O frete de retorno gerava um custo bem inferior. Hoje a tabela é cheia para a ida e a volta, e já tem um preço acima do de mercado. Há um movimento grande, principalmente das tradings, de comprar frota para tentar reduzir o problema, o que não é a atividade core delas", disse. Para a próxima safra, Moura afirma que mais de 60% já foram comercializados. Exportações O presidente da Anea, Henrique Snitcovski, afirmou que a estimativa da entidade dos exportadores é de que o mês de novembro de 2018 seja um recorde histórico em exportação de algodão, de 200 mil toneladas. Antes dele, a maior marca havia sido em outubro de 2012, quando o Brasil mandou 188 mil toneladas para o mercado externo em um único mês. Sobre os gargalos que marcaram a safra 2017/2018, especialmente causados pela falta de contêineres, ocasionada pela diminuição das importações, Snitcovski afirma que os diversos elos da cadeia produtiva da fibra se uniram em um Grupo de Trabalho (GT), no âmbito da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, para estudar o problema e propor soluções. "Estamos fazendo uma ação de curto prazo para colher benefícios em médio e longo prazo, pelo setor, para a gente entender um pouco mais qual a realidade e melhor se planejar para esse gargalo. O gargalo não prejudica apenas ao produtor e ao exportador, mas o setor produtivo como um todo, pois ele deixa de executar quando precisa e a performance está relacionada à rentabilidade", afirmou. Avanço no ranking De acordo com a Anea, o Brasil deverá galgar um novo patamar no ranking dos maiores exportadores do mundo ao término da safra de 2019. "Essa safra de 2018, de 2,1 milhões de toneladas, ainda está sendo embarcada e a nossa expectativa é de que o Brasil exporte pelo menos 1,2 milhões de toneladas. Se isso acontecer - e só saberemos disso em junho do ano que vem, uma vez que o período de exportações dessa safra se dá de julho de 2018 a junho de 2019 - teremos alcançado a segunda posição. Hoje o International Cotton Advisory Committee (Icac) fala em terceiro lugar. Éramos o quarto. Passamos a Austrália e ficamos atrás da Índia e dos EUA. Só que a nossa expectativa é que o Brasil passe a Índia e fique atrás dos EUA, que exporta 3,5 milhões de toneladas", projeta Snitcovski. Dentro dessa nova realidade, o desafio, segundo o presidente da Anea, é manter a posição. "O consumo de algodão no mundo está voltando a crescer e o Brasil está num momento muito importante para consolidar essa produção. O mundo quer regularidade, qualidade e capacidade de execução. Não basta exportarmos muito para determinados países, mas termos uma participação expressiva nas importações deles, e isso depende desse tripé", afirma. Fluxo alongado Uma das mudanças advindas do aumento do volume de produção e, consequentemente, de embarques, é que as exportações que, tradicionalmente, se concentravam no segundo semestre, terão de ser distribuídas ao longo do ano-safra, ocasionando, inclusive, maior estoque de passagem. "Historicamente, entre 65% e 70% do algodão são exportados durante o segundo semestre do ano. Com uma safra maior, a gente vai ter de equilibrar um pouco mais esse movimento. O estoque de passagem do ano-calendário será maior. Estamos discutindo no GT o fato de que os fluxos de entrega vão se alongar, o que significa que os fluxos financeiros do produtor também se prolongarão. O mercado terá fluxo um pouco mais distribuído ao longo do ano", conclui. Consumo interno Na visão da indústria, representada pela Abit, 2018 foi marcado pela queda no consumo e na produção, e pelo crescimento das importações. Uma boa safra, na opinião do presidente da Abit, Fernando Pimentel, é bem-vinda na medida em que assegura o abastecimento de matéria-prima para a produção. "Neste ano, houve também um forte aumento de preços dos insumos industriais, não apenas de algodão, mas de corantes, dentre outros, e isso afetou muito os nossos custos, e o setor que não consegue repassar nos preços para a ponta da cadeia, dada a situação mais apertada no poder de compra das famílias", disse. "O mercado varejista não aceita aumento de preços, tanto que o IPCA do vestuário está negativo este ano e a indústria acaba absorvendo um monte de custos que drenam sua rentabilidade e capital de giro. Então essa é uma realidade dura", lamenta Pimentel. Para o ano de 2019, a Abit é reticente nas projeções. Segundo ele, a associação aguarda uma definição do quadro de mercado mundial, à luz da guerra comercial entre China e EUA, e os reflexos disso na oferta do algodão brasileiro no mercado externo e as suas relações com o mercado interno. "A boa safra prova a competência e o vigor da cotonicultura brasileira. O Brasil tem a maior cadeia produtiva integrada do ocidente. Dentre as matérias-primas têxteis que nós transformamos internamente, a maior parcela é de algodão, apesar do crescimento forte das fibras sintéticas, puras ou misturadas com o próprio algodão", diz. Em 2017 e 2018, Pimentel afirma não ter havido problema de quantidade de algodão. Mas registraram queda de produção. "Para o ano que vem, em havendo uma retomada de consumo em função de um efetivo andamento das reformas necessárias para o Brasil voltar a crescer, nós teremos um pouco mais de visão do que vai ser o mercado. A Black Friday, segundo os grandes varejistas, foi melhor do que a do ano passado, mas o mercado não é homogêneo. No geral, como eu falei, temos queda de consumo em 2018, até os dados últimos que recebemos, de setembro", afirmou. Bens duráveis Em 2017, o consumidor brasileiro optou mais pelos produtos têxteis, e o consumo cresceu 7,6%. "Esse ano, ele elegeu outras prioridades, os bens de maior valor, mais dependentes de crédito, além daqueles que atendiam à demanda para a Copa do Mundo. Mesmo havendo um pouco de aumento de emprego, os bolsos continuam apertados. A confiança do consumidor foi muito prejudicada na época da greve dos caminhoneiros e também por conta de uma eleição extremamente disputada e polarizada. O ambiente ficou muito acirrado no país e o consumidor fez opções que acabaram levando a maior parte da sua renda de consumo para o tema de outros bens mais dependentes de crédito", explica. De acordo com Fernando Pimentel, depois de alimentos, os custos com vestuários representam o segundo maior consumo das famílias, equivalentes a RS$220 bilhões por ano. "Se somar vestuário, decoração, sapatos, artigos de cama, mesa e banho, vai-se a mais de R$400 bilhões por ano", afirma. Ele diz ainda que para o mercado crescer é preciso que o consumidor recupere a confiança no país. A confiança é uma força motriz. Temos uma perspectiva melhor de consumo para os chamados bens de salário. São os itens menos dependentes de crédito, que são comprados com a renda do mês", finalizou. Novo presidente da Abrapa Natural de Marialva, no Paraná e produtor de algodão, soja, milho e gado no estado de Mato Grosso, Milton Garbugio vai estar no comando da Abrapa no próximo biênio. Sua trajetória é marcada tanto pela atuação como agricultor, como na representação de classe, que começou a partir de 2011, depois de Garbugio haver passado sete anos à frente da Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra). No biênio 2013/2014, presidiu a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). É presidente da Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro/Ampa) e também do conselho da Companhia das Cooperativas Agrícolas do Brasil Participações (CCAB Participações). Atualmente, conclui seu mandato de vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Sou de Algodão apresenta noite especial na Casa de Criadores e lança desafio para estudantes
22 de Novembro de 2018

"Sou de Algodão", movimento desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com diversas ações para incentivar o uso da fibra na indústria têxtil participará pela 2ª vez da Casa de Criadores. Nesta edição, como patrocinador máster, o movimento trará uma noite totalmente dedicada ao algodão e apresenta concurso para estudantes de moda em parceria com o evento. Na 44ª edição do mais inovador evento de moda do país, o Sou de Algodão apresentará cinco desfiles durante a noite do dia 29 de novembro. O primeiro será assinado pelo movimento e contará com a curadoria de André Hidalgo, idealizador da Casa de Criadores. Juntos trarão para a passarela colaborações entre estilistas e marcas parceiras com modelos que representam a diversidade social. Entre eles Ahlma para NotEqual, Cecília Prado para Alex Kazuo, Equus para Martins.Tom, Highstil para Saint Studio, Kyly para Felipe Fanaia, M.Martan para Rocio Canvas, Mahara Green para Angela Brito, Mr. Stone para D-Aura, Paraguaçu Têxtil para Heloisa Faria, Rovitex para Också, Santista para Rafael Caetano, Sudotex para Jorge Feitosa, Thear Vestuário para Cajá e Vicunha para Ken-Gá. Os outros quatro desfiles que acontecerão na sequência serão dos estilistas Igor Dadona, Isaac Silva, Renata Buzzo e Rober Dognani, apresentando coleções feitas com algodão e tecidos cedidos por Canatiba, Cataguases, Cedro Têxtil, HC Têxtil, Jolitex, Santanense, Urbano Têxtil e Vicunha, marcas parceiras da iniciativa. "A parceria Sou de Algodão e Casa de Criadores, nesta 44ª edição, significa mais um passo no propósito de mostrarmos para o consumidor final que o algodão brasileiro é produzido de forma responsável e sustentável, é uma fibra natural, é confortável e frequenta qualquer ambiente. Estar mais uma vez participando desse grande evento da moda brasileira é uma conquista." comemora Arlindo de Azevedo Moura, presidente da Abrapa. Durante o evento o movimento terá um lounge onde divulgará o 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de criadores. O concurso tem como objetivo descobrir novos talentos e incentivar o uso da matéria-prima na moda brasileira. Por isso, todos os trabalhos inscritos deverão ter, no mínimo, 70% de algodão na composição têxtil de todas as peças idealizadas. Poderão participar todos os alunos regularmente matriculados no segundo semestre de 2018 e/ou primeiro semestre de 2019, e que tenham cumprido, no mínimo, 50% das disciplinas obrigatórias nos cursos de moda, estilo e/ou negócios de moda, e áreas afins, como design, em faculdades e instituições brasileiras de ensino superior reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação). "A cadeia de moda brasileira é gigante, porém desarticulada internamente. Existe uma grande carência por iniciativas que promovam o desenvolvimento de redes de contato entre estudantes, professores, pesquisadores, instituições, tecelagens, marcas, estilistas e demais profissionais de moda. A proposta da parceria Sou de Algodão e Casa de Criadores pretende justamente ser essa resposta. Tem tudo para render frutos incríveis, como os que a gente já começa a ver nas passarelas do evento", conta André Hidaldo, idealizador da Casa de Criadores. Serviço - Desfile Sou de Algodão Data: 29 de novembro Local: MAC USP - Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - Ibirapuera, São Paulo Horários: 19h às 20h30 (Lounge) 20h30 (Desfile) Serviço - Casa de Criadores Data: 26 a 30/11/2018 Local: MAC USP - Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - Ibirapuera, São Paulo Sobre o "Sou de Algodão" Sou de Algodão" é um movimento que incentiva o uso desta fibra natural, essencial na moda e no bem-estar do brasileiro, e tem como objetivo conscientizar o consumidor final sobre os benefícios da matéria-prima e as práticas responsáveis da cotonicultura. É uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). As ativações do movimento contemplam engajamento de influenciadores que conversam tanto com a cadeia produtiva quanto com o consumidor, como estilistas, personal stylists, representantes de marcas que ditam a moda, empresários e blogueiras. Também estão previstas ações em redes sociais, plataformas digitais e um portal de conteúdo sobre o uso do algodão na indústria da moda ( http://soudealgodao.com.br/ ), além de parcerias com marcas, iniciativas com instituições de formação em moda e apoios. Sobre Casa de Criadores Maior evento lançador de novos estilistas da moda brasileira. Seguindo o calendário de lançamento de coleções (primavera/verão e outono/inverno) o evento acontece duas vezes por ano na cidade de São Paulo. Surgiu em maio de 1997, quando um grupo de jovens estilistas decidiu, em parceria com o jornalista André Hidalgo, promover um evento para lançar suas novas coleções. Desde o início o foco sempre foi a criação autoral genuína e a revelação de novos talentos que, a partir do evento, tivessem a oportunidade de impulsionar suas carreiras. Dessa iniciativa surgia um evento que se transformou, no decorrer de sua história, na principal e mais visível vitrine da criação da moda brasileira. Centrado, inicialmente, num movimento nascido na cena underground paulistana que aliava moda, comportamento e música eletrônica, a Casa de Criadores ampliou seu universo e foi incorporando estilistas e criadores de outros estados brasileiros nos mais variados estágios de carreira. Desde então, a Casa de Criadores já lançou e/ou projetou nomes como Marcelo Sommer, Cavalera, Emicida, Ronaldo Fraga, André Lima, Karlla Girotto, Mário Queiroz, Lorenzo Merlino, Fábia Bercsek, Priscila Darolt, Cotton Project, Giselle Nasser, Samuel Cirnansck, Rita Wainer, Juliana Jabour, Icarius, Jeziel Moraes, Walério Araújo, João Pimenta e Gustavo Silvestre, entre várias outras marcas de expressão no cenário da moda nacional. Sobre o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores A primeira edição do concurso tem como objetivo envolver estudantes na criação de roupas em algodão. Todos os trabalhos inscritos deverão ter, no mínimo, 70% de algodão na composição têxtil de todas as peças idealizadas na coleção. Poderão participar todos os alunos regularmente matriculados no segundo semestre de 2018 e/ou primeiro semestre de 2019, e que tenham cumprido, no mínimo, 50% das disciplinas obrigatórias nos cursos de moda, estilo e/ou negócios de moda, e áreas afins, como design, em faculdades e instituições brasileiras de ensino superior reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação). As inscrições para o desafio deverão ser realizadas no período de 01 de novembro de 2018 a 03 de março de 2019 através do site www.soudealgodão.com.br/desafio . Serão selecionados seis trabalhos que terão a oportunidade de desfilar na 45ª edição da Casa de Criadores do primeiro semestre de 2019. Nesta etapa os participantes terão suas criações avaliadas na passarela por profissionais da moda e o vencedor fará parte do line-up da 46ª edição do mesmo evento que acontecerá no segundo semestre de 2019.

Cotonicultores congratulam a deputada Tereza Cristina pela indicação ao Mapa
08 de Novembro de 2018

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebeu com satisfação a notícia da indicação da deputada federal Tereza Cristina ao cargo de ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Tereza Cristina concilia conhecimento técnico e habilidade política para liderar a pasta que representa o grande pilar da economia brasileira, responde por um terço de todas as riquezas geradas no país e um terço dos empregos. O agro brasileiro, bem sabe a ministra, tem a missão de se tornar ainda mais vigoroso em um prazo muito curto, porque a ele caberá a responsabilidade de garantir 41% da demanda adicional por alimentos no planeta, nos próximos dez anos, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA. Na produção de fibras têxteis para essa crescente população mundial, o Brasil deixou de ser um país importador para, não apenas se tornar autossuficiente em algodão para abastecer a indústria nacional, como ainda conquistar o posto de quarto maior produtor mundial, terceiro maior exportador, primeiro lugar no ranking global de produtividade nas lavouras da fibra sem irrigação, e maior fornecedor de algodão sustentável do mundo, licenciado pela ONG suíça Better Cotton Initiative (BCI). Por sua formação de Engenheira Agrônoma, Tereza Cristina conhece de perto a dinâmica das cadeias produtivas, suas urgências e demandas, e a dificuldade de se fazer agricultura num país tropical - seja em pequena ou larga escala - se não houver incorporação tecnológica, e investimento em pesquisa e desenvolvimento, para mitigar os riscos climáticos e combater às pragas e doenças que prejudicam as lavouras e planteis. Sabe também que quanto mais produtivos nos tornamos, mais necessários são os investimentos em infraestrutura para escoamento da safra, embarque do excedente e acesso aos insumos agrícolas. Tereza Cristina entende que segurança jurídica é condição necessária para que o produtor rural exerça o seu trabalho, nobre e imprescindível. Como política, a deputada sabe que são muitos os gargalos ao pleno desenvolvimento do agronegócio, os quais ela conhece de perto e sempre atuou para sanar, na sua trajetória marcante como deputada e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) junto ao Congresso Nacional. Os cotonicultores brasileiros têm certeza de que a missão será cumprida com competência e louvor, para o quê a ministra contará com o nosso apoio. Parabenizamos à deputada Tereza Cristina pelo novo cargo e ao presidente eleito pela escolha do seu nome para tal.

Sou de Algodão lança concurso para estudantes de moda e renova parceria com a Casa de Criadores
01 de Novembro de 2018

O Sou de Algodão, movimento desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) visando ao incentivo do uso da fibra na indústria têxtil, anuncia o lançamento do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores e sua presença como patrocinador máster nesta edição do evento de moda. A iniciativa fortalece ainda mais seu engajamento apresentando uma noite inteira dedicada à fibra, e a criação de concurso para estimular o futuro da moda brasileira irá envolver estudantes na criação de roupas em algodão. A 45ª edição da Casa de Criadores contará com cinco desfiles do movimento, sendo um desenvolvendo os temas inclusivos da campanha Sou de Algodão e mais quatro coleções dos estilistas Igor Dadona, Isaac Silva, Renata Buzzo e Rober Dognani, todas feitas com, no mínimo, 70% de algodão, e com o apoio de marcas parceiras da iniciativa. Em resultado do fortalecimento da parceria com o evento de moda nasce o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. O concurso tem o objetivo de descobrir novos talentos que utilizem a matéria prima em suas coleções. Por isso, todos os trabalhos inscritos deverão ter, no mínimo, 70% de algodão na composição têxtil de todas as peças idealizadas. Poderão participar todos os alunos regularmente matriculados no primeiro semestre de 2019, e que tenham cumprido, no mínimo, 50% das disciplinas obrigatórias nos cursos de moda, estilo e/ou negócios de moda em faculdades e instituições brasileiras de ensino superior reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação). "Para o movimento é muito animador poder estar em contato com novas gerações da moda. Levar estudantes para mostrarem suas criações em um evento com veia inovadora como a Casa de Criadores é uma conquista. Temos certeza que seremos surpreendidos com excelentes e criativos trabalhos usando o algodão brasileiro", comemora Arlindo Moura, presidente da Abrapa. "A parceria da Casa de Criadores com o movimento Sou de Algodão é inovadora e muito importante porque estimula o uso do algodão na moda brasileira valorizando o design, o que enobrece ainda mais essa fibra tão incrível e histórica. E agora, através desse concurso inédito promovido entre alunos de faculdades de moda de todo o Brasil, temos mais uma porta se abrindo para a descoberta dos novos talentos nacionais. Essa iniciativa só fortalece e amplia o mercado," completa André Hidallgo, idealizador do evento. As inscrições para o desafiio deverão ser realizadas no período de 01 de novembro de 2018 a 03 de março de 2019 através do site www.soudealgodão.com.br/desafio . Serão selecionados seis trabalhos que terão a oportunidade de desfilar na 45ª edição da Casa de Criadores do primeiro semestre de 2019. Nesta etapa os participantes terão suas criações avaliadas na passarela por profissionais da moda e o vencedor fará parte do line-up da 46ª edição do mesmo evento que acontecerá no segundo semestre de 2019. Sobre o "Sou de Algodão" Sou de Algodão é um movimento que incentiva o uso desta fibra natural, essencial na moda e no bem-estar do brasileiro, e tem como objetivo conscientizar o consumidor final sobre os benefícios da matéria-prima e as práticas responsáveis da cotonicultura. É uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). As ativações do movimento contemplam engajamento de influenciadores que conversam tanto com a cadeia produtiva quanto com o consumidor, como estilistas, personal stylists, representantes de marcas que ditam a moda, empresários e blogueiras. Também são realizadas ações de engajamento nas redes sociais, plataformas digitais e um portal de conteúdo sobre o uso do algodão na indústria da moda ( http://soudealgodao.com.br/ ), além de parcerias com marcas e iniciativas com instituições de formação em moda e apoios.. Sobre Casa de Criadores Maior evento lançador de novos estilistas da moda brasileira. Seguindo o calendário de lançamento de coleções (primavera/verão e outono/inverno) o evento acontece duas vezes por ano na cidade de São Paulo. Surgiu em maio de 1997, quando um grupo de jovens estilistas decidiu, em parceria com o jornalista André Hidalgo, promover um evento para lançar suas novas coleções. Desde o início o foco sempre foi a criação autoral genuína e a revelação de novos talentos que, a partir do evento, tivessem a oportunidade de impulsionar suas carreiras. Dessa iniciativa surgia um evento que se transformou, no decorrer de sua história, na principal e mais visível vitrine da criação da moda brasileira. Centrado, inicialmente, num movimento nascido na cena underground paulistana que aliava moda, comportamento e música eletrônica, a Casa de Criadores ampliou seu universo e foi incorporando estilistas e criadores de outros estados brasileiros nos mais variados estágios de carreira. Desde então, a Casa de Criadores já lançou e/ou projetou nomes como Marcelo Sommer, Cavalera, Emicida, Ronaldo Fraga, André Lima, Karlla Girotto, Mário Queiroz, Lorenzo Merlino, Fábia Bercsek, Priscila Darolt, Cotton Project, Giselle Nasser, Samuel Cirnansck, Rita Wainer, Juliana Jabour, Icarius, Jeziel Moraes, Walério Araújo, João Pimenta e Gustavo Silvestre, entre várias outras marcas de expressão no cenário da moda nacional.