notícias

Simpósio debate sistemas intensivos de produção de algodão
10 de Novembro de 2021

pesquisa como caminho para a sustentabilidade da agricultura foi o tema de abertura do I Simpósio sobre Sistemas Intensivos de Produção de Algodão Brasileiro, promovido pela Abrapa em parceria com a Embrapa e o Sistema Famato. O evento, iniciado nesta terça-feira (9), vai até 11 de novembro, com programação presencial em Cuiabá (MT) e transmissão online. Os participantes destacaram a evolução do agronegócio nas últimas décadas, com ênfase na cotonicultura, como resultado de investimentos em estudos e desenvolvimento de novas tecnologias e sistemas produtivos.  “Quando a gente para pra pensar na trajetória do agro brasileiro, saímos de uma era de expansão, passando na década de 90 para uma era de competitividade. Em 2000, com mudanças no próprio perfil dos demandantes, o foco maior foi na sustentabilidade. Mais recentemente, estamos buscando a multifuncionalidade na agricultura”, resumiu Guy de Capdeville, Diretor Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa. O algodão foi apresentado como case de sucesso nesta trajetória e como pioneiro na estratégia de promoção no mercado internacional. Nos anos 70, o Brasil plantava em torno de 4 milhões de hectares da cultura, com produtividade de 143 quilos de fibra por hectare, e era grande importador da pluma. Atualmente, a área cultivada é de 1,5 milhão de hectares, com 1.770 quilos/ hectare. E o País se tornou o segundo maior exportador mundial de algodão. “Chegamos neste patamar com dedicação, trabalho, união e tecnologia”, afirmou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. “Por meio do programa Cotton Brazil, estamos mostrando ao mundo que temos algodão em quantidade, com qualidade, rastreabiidade e sustentabilidade”, relatou. Busato explicou que o programa Algodão Brasileiro Responsável é fundamentado em 3 pilares: social, econômico e ambiental. A certificação exige, entre outros quesitos, o cumprimento da legislação trabalhista brasileira, das normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Código Florestal Brasileiro. “Como só o Brasil tem um código florestal, isso torna o ABR o programa mais completo de sustentabilidade a nível mundial”, pontuou Busato. Na opinião de Normando Corral, presidente do Sistema Famato, agora é preciso pensar no futuro. Neste sentido, propõe o aperfeiçoamento do Código Florestal Brasileiro, considerando-se o potencial produtivo do solo de cada região. “É indiscutível que nossa produção é ambientalmente sustentável, mas temos que levantar algumas questões. Temos que aperfeiçoar a forma como exploramos nossos recursos naturais e, principalmente, o solo”, ponderou.  Segundo ele, de nada adianta permitir que a exploração de 80% de áreas com 12% a 15% de argila, sem topografia para a prática agrícola e sem a chuva necessária para o cultivo. “Temos que transformar o nosso Código Florestal e a nossa produção agropecuária de forma inteligente. Este é o próximo passo, temos que pensar no futuro”, concluiu. Ricardo Arioli, presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, mediou o talk show de abertura do I Simpósio. Até quinta-feira (11), produtores, técnicos, pesquisadores e acadêmicos debaterão temas como manejo de pós-colheita; saúde do solo; plantas de cobertura; estratificação do perfil do solo em SPD; manejo de plantas daninhas; manejo de resistência de pragas; manejo de doenças; controle biológico; manejo de nematoides; e desafios da tecnologia de aplicação. Confira a programação completa em  www.sip2021.com.br.

Movimento Sou de Algodão participa de webinar da marca Maria Filó
10 de Novembro de 2021

Silmara Ferraresi, gestora do Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), participou de um webinar da Maria Filó direcionado aos integrantes das equipes de vendas e de marketing da marca parceira. O encontro, que aconteceu na tarde de terça-feira (09/11), teve como objetivo promover uma imersão dos participantes na história do movimento e do algodão brasileiro. Ana Tomasini, representante do grupo Soma, responsável pela Maria Filó, falou sobre a importância de estabelecer parcerias com iniciativas que levam informação e que são sérias, como o que o movimento Sou de Algodão realiza com as mais de 750 marcas parceiras. "Este webinar é importante para que nossa equipe tenha conhecimento da importância da origem da matéria prima. Além disso, ao nos aproximarmos do movimento, reforçamos o quanto estamos alinhados e com os mesmos objetivos: incorporar a sustentabilidade para nossas marcas e levar esse valor para nossos clientes", explica. De acordo com a gestora, desde o início todos participaram de um trabalho coletivo, o que favoreceu ao movimento construir a ideia de se ter uma moda mais consciente para o público final. "Não tinha como os produtores conversarem com o consumidor sem envolver as marcas parceiras que entendem a necessidade da pessoa que compra uma peça de roupa feita de algodão", explica Silmara. Além de despertar o senso coletivo em torno da moda responsável e consumo consciente, a Abrapa, por meio do Movimento Sou de Algodão, busca agregar alto valor ao produto feito a partir da fibra brasileira, estimular e fomentar o mercado, valorizar e unir os agentes da cadeia e da indústria têxtil. "As peças feitas com o algodão têm uma jornada ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente responsável. A nossa fibra é produzida por quem tem a preocupação com a colheita, que cuida do primeiro beneficiamento ainda dentro da fazenda, separando o caroço da pluma, para entregar à fiação. São muitos meses para todo esse processo, que conta com uma tecnologia apurada e diferenciada na fazenda", explica Silmara. A gestora do movimento Sou de Algodão também abordou alguns números sobre o trabalho realizado pelos produtores de algodão brasileiro para as equipes da Maria Filó como, por exemplo, o fato do Brasil, na safra 2020/2021, ter  produzido 2,5 milhões de toneladas e 720 mil toneladas foram destinadas apenas para o mercado interno, sendo que 81% tem certificação socioambiental. Comentou também que 92% da produção é plantada em regime de sequeiro, com água da chuva, o que não acontece com concorrentes. "Nós somos o maior fornecedor de algodão responsável do mundo. Também ocupamos o 2º lugar de maior exportador e 4º maior produtor do mundo", explica a gestora. O destaque da apresentação foi o Programa SouABR, que está em fase piloto com os parceiros Reserva (para o público masculino) e Renner (público feminino, em 2022). “Nós conseguimos rastrear todo o algodão utilizado pelas marcas. O consumidor pode tirar uma peça da prateleira, usar o QR Code e conhecer a trajetória do algodão (por qual fiação e malharia passou, por exemplo). Caminhando para o final do webinar, Silmara comentou sobre o Algodão Brasileitro Responsável (ABR), que nasceu em 2012 como um programa de responsabilidade socioambiental para produção de algodão. Ele está estruturado em três pilares, sendo que as fazendas brasileiras têm que cumprir um vasto protocolo de certificação com 178 itens, sendo 30 no pilar ambiental, que inclui boas práticas ambientais, preservação das nascentes, biomas e solo, proteção de ecossistemas, boas práticas agrícolas, aplicação de Manejo Integrado de Pragas (MIP), preservação da qualidade do ar, da água e do solo; e 148 itens no pilar social, que incorpora boas práticas sociais, que prezam pelo respeito e valorização da mão de obra, saúde e segurança, e tolerância zero ao trabalho análogo a escravo, infantil ou condições degradantes. “É obrigação das fazendas seguir a legislação trabalhista brasileira. Com isso, a Abrapa quer mostrar o trabalho sério que é feito nas fazendas, que é um valor agregado para o algodão brasileiro”, acrescenta Silmara. Por último, a gestora do Movimento Sou de Algodão comentou com a equipe da Maria Filó sobre a percepção do consumidor brasileiro a respeito da fibra, atributos como leve, confortável, natural, democrático, durável, sustentável, versátil, anti-alérgico, entre outros, são comuns quando se fala de algodão. Além de ressaltar a importância de conscientizar e informar os consumidores sobre a origem da fibra. A representante da Abrapa fez questão de encerrar o webinar destacando que, algodão é uma fibra natural produzida por pessoas para vestir pessoas, existem rostos e histórias por trás de uma peça de roupa que está chegando na mão dos consumidores. Pontuou ainda que algodão brasileiro é rastreável, tem certificação socioambiental e lembrou que as marcas parceiras são importantíssimas em levar estas informações para a consumidora final.

Parceria entre Abrapa e BCO promove algodão brasileiro na China
09 de Novembro de 2021

Parceria entre Abrapa e BCO promove algodão brasileiro na China  Aproximação com o gigante asiático se intensificou a partir de 2020 A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) assinou, nesta segunda-feira (8), convênio de cooperação técnico-comercial com a Beijing Cotton Outlook Consulting Co. (BCO), braço de promoção comercial da China National Cotton Exchange (CNCE), principal entidade da indústria têxtil chinesa. O objetivo central da parceria é ampliar a presença do algodão brasileiro no país. "A China é o maior consumidor da fibra no mundo e o Brasil, nos últimos anos, se firmou como o segundo maior exportador mundial e ainda dispõe de grande potencial para ampliar as vendas externas. São nações com grande complementariedade", pontuou o diretor geral da CNCE, Yang Baofu. Os números traduzem a relação de ganha-ganha entre os dois países. Na última safra (2020/21), a China foi o destino de 30% das exportações brasileiras de algodão. Com isso, o Brasil atingiu market share de 29% no gigante asiático, atrás somente dos Estados Unidos. "Queremos que todas as fiações e indústrias têxteis chinesas saibam que somos um grande e confiável fornecedor de algodão de qualidade, produzido de forma sustentável e livre de contaminação", destacou o presidente da Abrapa, Júlio Busato. Nos próximos meses, haverá duas grandes oportunidades para reforçar essa mensagem.  Em dezembro, Abrapa e CNCE realizam o Cotton Outlook Forum em Qingdao. Em março de 2022, será a vez de levar o algodão brasileiro para o CNCE Gala, em Beijing. A expectativa é de que cada evento tenha um público de mais de mil industriais e executivos chineses. Fundada em 2004, a BCO tem como funções prover dados e informações, fomentar novos mercados, promover eventos e prestar serviços financeiros ao mercado chinês de algodão e produtos têxteis. É a organizadora dos principais eventos setoriais do segmento na China. "Com a plataforma que temos na BCO, a Abrapa não terá dificuldades em promover o algodão brasileiro. A CNCE responde por 85% do mercado de algodão chinês", explicou Yang Baofu. Segundo ele, aos poucos os empresários chineses vêm ampliando seu conhecimento sobre a fibra brasileira.  "Reconhecemos a melhoria na qualidade e o bom preço do algodão produzido no Brasil. Mesmo que a conjuntura política internacional mude, será difícil que esse espaço conquistado pelos cotonicultores brasileiros diminua", afirmou Yang. Busato destacou o investimento que o Brasil tem feito em qualidade e a intenção de manter a parceria com a China a longo prazo. "Nossa prioridade é colocar em prática, em 2022, o sistema oficial de certificação voluntária do algodão, com aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para podermos garantir mercado mesmo em anos difíceis de produção", informou. O evento de assinatura do convênio entre Abrapa e BCO contou com a presença de cotonicultores brasileiros e do presidente da Anea, Miguel Fauss. Além disso, participaram também os adidos agrícolas do Brasil em Pequim, Fábio Coelho Correa de Araújo e Jean Carlo Cury Manfredin. Aproximação com a China O Brasil tem investido em ampliar sua presença no mercado chinês. O programa Cotton Brazil - idealizado e desenvolvido pela Abrapa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e com o apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) -  promove o algodão brasileiro junto a países asiáticos, com ênfase na China. Em 2020, a Abrapa abriu escritório de representação internacional em Singapura e, em dezembro do mesmo ano, fez seu primeiro evento em parceria com BCO e CNCE, o "Cotton Oulook Forum", em Qindao. Em março de 2021, foi realizado o webinar "Cotton Brazil Outlook", 100% focado no mercado chinês. Como resultado, foram assinados dois memorandos de entendimento com entidades setoriais da indústria têxtil chinesa: com a China Cotton Association (CCA) e com a CNCE.  Em junho, o Cotton Brazil participou da China International Cotton Conference, promovida em Suzhou pela CCA. Em setembro, foi a vez do  webinar "Cotton Brazil 2021 Harvest Roundtable" levar números atualizados da safra brasileira para industriais e tradings chinesas. Em outubro, uma reunião de trabalho com a alfândega da China reuniu técnicos dos dois países para troca de informações sobre os sistemas de classificação do algodão de cada país.

Programa ABR é apresentado na COP 26 como exemplo de agricultura sustentável
08 de Novembro de 2021

Programa ABR é apresentado na COP 26 como exemplo de agricultura sustentável O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) foi apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 - COP 26, como exemplo do comprometimento dos produtores brasileiros com a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Representada pelo presidente da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão, Ampa, Paulo Sérgio Aguiar; a Abrapa participou de painel sobre Agricultura Sustentável realizado nesta segunda-feira (8), no Pavilhão Brasil, em Glasgow/ Escócia, Aguiar destacou que o Brasil é o maior fornecedor de algodão responsável do mundo, com uma fatia de 38% do mercado global de Better Cotton – desde 2013, o ABR atua em benchmarking com a Better Cotton Initiative (BCI). O rigoroso protocolo abrange 178 quesitos que vão desde boas práticas agrícolas até garantias de saúde, segurança e bem-estar do trabalhador. Em um breve histórico, o presidente da Ampa demonstrou o pioneirismo dos cotonicultores brasileiros com práticas responsáveis, lembrando que o ABR foi lançado, em 2012, a partir da fusão de duas iniciativas anteriores e complementares: o Instituto Algodão Social (IAS), criado em 2005 no Mato Grosso, e o Programa Socioambiental da Produção de Algodão (PSOAL), de abrangência nacional, implementado pela Abrapa em 2009. Amplamente consolidada, a certificação Algodão Brasileiro Responsável alcançou mais de 80% da safra 2020/2021. “Isso viabiliza a orientação e a conscientização do produtor, para trabalhar de forma correta, de acordo coma legislação trabalhista e ambiental, olhando sempre para a questão econômica”, resumiu Aguiar. O presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleoginosas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Ricardo Ariolli, falou sobre sustentabilidade no plantio de soja. “Em 1988, usávamos grades aradora e niveladora, não fazíamos plantio direto e tínhamos uma safra por ano”, lembrou. Com investimentos em novas tecnologias e sistemas produtivos, foi possível ampliar a produtividade e a produção de soja cresceu 213% nos últimos 20 anos, contra aumento de 163% na área plantada. “Estamos produzindo mais na mesma área. Hoje temos duas safras agrícolas mais uma safra de carne por ano”, ressaltou. Mencionou, ainda, a adoção de práticas como o plantio direto e a eficiência da fixação biológica da soja. Para 2022, a novidade será o lançamento, pela Embrapa, de um selo para a soja de baixo carbono. “Os produtores brasileiros fizeram a diferença nos últimos 10 anos”, pontuou. O painel também contou com a participação virtual de Luis Antonio Pradella, integrante da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e vice-presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação, e de Mariana Vasconcellos, CEO da Agrosmart.  O debate foi mediado por Fabiana Villa Alves, coordenadora-geral de Mudanças do Cllima, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Mapa. Iniciada em 1º de novembro, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas acontece até o dia 12 deste mês. O encontro reúne representantes dos 196 países signatários do Acordo de Paris. Mais informações para a imprensa: ascom@abrapa.com.br

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
05 de Novembro de 2021

Destaque da semana – Mais uma semana volátil, com contrato de Dez/21 em alta, mas com Dez/22 estável.  Hoje, o mercado abre em alta com notícias de uma pílula de tratamento de Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e número acima do esperado de geração de empregos nos EUA. - Algodão em NY – O contrato Dez/21 atingiu nova máxima nesta semana e depois recuou, fechando ontem a 116,46 U$c/lp (+2,4%). Referência para a safra 2021/22, contrato Dez/22 fechou ontem praticamente estável a 91,76 U$c/lp (+0,04%). - Preços - Ontem (04/11), o algodão brasileiro estava cotado a 132,00 U$c/lp (alta de 725 pts com relação à semana passada) para embarque em Dez/21-Jan/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Altistas 1 - Os contratos futuros da bolsa Chinesa de Zhengzhou (ZCE), apesar de se valorizarem menos que NY (ICE), fecharam a semana em alta, a 151,79 U$c/lp (+1,3%). - Altistas 2 - O número de compras a fixar pelas fiações aumentou 16.32 milhões de fardos esta semana. As indústrias estão ainda buscando melhores oportunidades para fixar seus preços. - Altistas 3 – Relatos de diversos países com grande consumo de algodão são de que as fiações continuam tendo margens atrativas mesmo com os atuais níveis de preços, pois têm conseguido repassar no preço dos fios. - Baixistas 1 – Entretanto, o setor de tecidos e confecções está começando a resistir a essa tendência de alta nos preços do algodão. A questão é como os consumidores finais aceitarão novos aumentos, considerando que já está havendo alta de preços causada por outros fatores, como energia e transportes. - Baixistas 2 – As vendas de exportação dos EUA ficaram bem aquém do ritmo recente da semana passada, com 38 mil toneladas vendidas. A China foi o maior comprador (26%), seguida pela Turquia com (20%). - Baixistas 3 – O ritmo de compra mais lento da China provavelmente se deve ao fato de que os preços internos têm estado relativamente mais atraentes na última semana, reduzindo incentivo ao algodão importado. - China 1 - A China está vivendo mais uma onda de Covid-19, o que levou o governo a adotar medidas drásticas para conter o vírus a qualquer custo. É o que se chama de política de Covid-Zero. - China 2 – Apesar dos enormes custos envolvidos, a China é a única nação no mundo a implementar a estratégia de Covid-Zero. Singapura, Austrália e Nova Zelândia já passaram a tratar o vírus como endêmico. - Índia - A Confederação da Indústria Indiana (CII) estima que as exportações de produtos têxteis da Índia aumentem 81% de 2019 a 2026, atingindo US$ 65 bilhões. Só de tecidos, a projeção é de incremento de US$ 4 bilhões. - Vietnã 1 - Indústrias têxteis vietnamitas enfrentam escassez de mão de obra após o fim dos lockdowns por conta da pandemia de Covid-19. Pesquisa nacional indica que apenas cerca de 40% dos trabalhadores planejavam voltar ao trabalho. - Vietnã 2 - É que os trabalhadores ainda não se sentem seguros, devido ao baixo índice de vacinação do país (44%).  Indústrias estão tendo que pagar bonificações adicionais para atrair mais profissionais. - Vietnã 3 - À medida em que as relações entre EUA e China se deterioraram, o Vietnã emergiu como um grande polo industrial exportador, com as exportações anuais aumentando quase vinte vezes nas últimas duas décadas, para US$ 283 bilhões no ano passado. - Agenda 1 – Na próxima terça-feira (9/11), a Abrapa assina convênio com a China National Cotton Exchange (CNCE) para realizar ações de promoção do algodão Brasileiro na China em 21/22. Entre os destaques, a co-realização de dois grandes eventos, em Qingdao e Beijing, em Dezembro de 2021 e Março de 2022. No horário oficial do Brasil, o evento ocorre na noite de segunda-feira (8/11). - Agenda 2 – Também na terça-feira (9/11), o USDA divulgará seu relatório de oferta e demanda global (WASDE). - Beneficiamento 2021 - Até ontem (04/11): BA e TO (91%); GO (99%), MA (64%); MG (96%), MT (77%). Os estados que já chegaram a 100% foram MS, PI, SP e PR. Total Brasil: 81% beneficiado. - Exportações - O Brasil exportou 203,0 mil tons de algodão em outubro/21, montante 16% menor ao embarcado no mesmo período de 2020. No acumulado de agosto a outubro de 2021, o volume embarcado já soma 394 mil toneladas. -  Semeadura 2021/22- O plantio da nova safra já começou em dois estados: SP (24%) e PR (2%). Total Brasil: 0,13% plantado. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Vozes do Agro: Cadeia têxtil brasileira entrega rastreabilidade da semente ao guarda-roupa
05 de Novembro de 2021

Abrapa na mídia Vozes do Agro: Cadeia têxtil brasileira entrega rastreabilidade da semente ao guarda-roupa Ao acessar o QR Code das roupas com o selo de Algodão Brasileiro Responsável, consumidor conhece processos que deram origem à peça JÚLIO CÉZAR BUSATO* Os consumidores, cada vez mais, querem saber a origem do que estão comprando. O consumo consciente, incentivado por ações como o movimento Sou de Algodão, é uma tendência mundial. Cabe a cada setor buscar ferramentas que possibilitem a transparência exigida pelo mercado. É isso que estamos fazendo com o lançamento do SouABR, a primeira iniciativa de rastreabilidade física, em larga escala, da cadeia têxtil brasileira – da semente ao guarda-roupa. Como parceiros do projeto-piloto deste programa, que pretende revolucionar o consumo de moda no Brasil, os cotonicultores brasileiros contam com dois gigantes do varejo nacional, igualmente comprometidos com a sustentabilidade: Reserva e Renner. A primeira coleção com a tag SouABR acaba de chegar às vitrines da Reserva. Por meio de um QR Code na etiqueta das peças, é possível conhecer a origem da matéria-prima certificada com o selo de Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o caminho percorrido em todas as empresas e etapas da cadeia produtiva. Essa jornada começa na fazenda. Para obter a certificação ABR, os produtores atendem a um completo protocolo de 178 itens, com as mais rigorosas diretrizes de sustentabilidade do Brasil e do mundo. Assim, garantimos respeito total ao meio ambiente e ao Código Florestal e nos comprometemos com o desenvolvimento das comunidades produtoras. Após a colheita, o algodão certificado vai para as unidades de beneficiamento e passa por laboratórios de análise de qualidade, fiações, tecelagens, malharias e confecções, até chegar às prateleiras. Ao comprar uma peça SouABR, o consumidor conhecerá o processo completo: a fazenda onde o algodão com certificação socioambiental foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou a peça até chegar às prateleiras do varejo. Esse raio-x da cadeia têxtil é resultado de dois anos de trabalho para estruturar o sistema de rastreabilidade em blockchain, tecnologia que torna as informações acessíveis e auditáveis em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade. Originalmente utilizada em segurança da informação para fins econômicos e de inovação, a blockchain passou a ser empregada também em outras áreas, como o mapeamento das etapas do ciclo produtivo de alimentos. Em moda, o Sou de Algodão Brasileiro Responsável é uma das primeiras iniciativas do mundo. Com o lançamento de uma linha masculina de t-Shirts com a tag SouABR, a carioca Reserva – parceira de número 500 do movimento Sou de Algodão - é a primeira marca do país a abraçar esse desafio, engajando uma importante rede de fornecedores. Em 2022, será a vez da Renner apresentar uma coleção cápsula 100% rastreável, para o público feminino. A partir de 2023, o programa estará aberto à adesão de qualquer empresa que comercialize produtos têxteis com pelo menos 70% de algodão certificado e rastreado. E não faltará matéria-prima para isso. O Brasil é o maior fornecedor da fibra responsável do planeta – mais de 80% da pluma produzida no país tem o selo ABR. A certificação socioambiental promove meios de produção justos, transforma vidas e comunidades inteiras e impacta positivamente no desenvolvimento econômico e social. Ao demonstrar, por meio do SouABR, que o algodão presente em uma peça de roupa é certificado, nos alinhamos à demanda global por transparência e estimulamos o consumidor a fazer escolhas com propósito e, assim, contribuir para um mundo melhor para todos. *Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2021/10/cadeia-textil-brasileira-entrega-rastreabilidade-da-semente-ao-guarda-roupa.html Revista Globo Rural – Vozes do Agro – 28.10.2021

Projeto Floresta+Agro: Abrapa é parceira da iniciativa
03 de Novembro de 2021

Abrapa na mídia O Ministério do Meio Ambiente (MMA) conta com uma nova iniciativa dentro do Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Trata-se da modalidade Floresta+ Agro, voltada para a remuneração de produtores rurais que conservam Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal. A Abrapa participa de um projeto-piloto. Para falar sobre essa ação e outros temas da cadeia do algodão, o Canal Terra Viva entrevistou o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato. Assista: https://youtu.be/UVAXjgxB9XE Terra Viva – Terra Viva 2ª Edição – 02.11.2021

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
29 de Outubro de 2021

Destaque da semana – Com a demanda aquecida mesmo com o nível atual de preços, na China mas também em outros mercados importantes, a semana foi marcada por um rally da ordem de 759 pontos. Grandes posições em aberto das indústrias, dificuldades logísticas e atraso nas safras têm dado suporte aos preços. - Algodão em NY – O contrato Dez/21 fechou ontem em nova máxima do contrato: 113,73 U$c/lp (+7,2%).  Referência para a safra 2021/22, contrato Dez/22 fechou ontem a 91,72 U$c/lp (+3%). - Preços 1 - Ontem (28/10), o algodão brasileiro estava cotado a 124,75 U$c/lp (+ 25 pts) para embarque em Nov-Dez/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). - Altistas 1 - Os contratos futuros da bolsa Chinesa de Zhengzhou (ZCE) continuam se valorizando em relação à ICE (NY). Hoje, o contrato Jan/22 fechou ao equivalente a 153 U$c/lp, +1,5% no pregão desta Sexta. - Altistas 2 - O número de compras de fiações a fixar é ainda muito grande, permanecendo praticamente inalterado em 16.08 milhões de fardos esta semana, com mais de 3 milhões de fardos somente no contrato de Dez/21. - Altistas 3 - Essas fiações terão que comprar contratos para encerrar suas posições. Sabendo disso, especuladores tem endurecido o jogo, pressionando o mercado para cima. - Altistas 4 - Mais um relatório de vendas semanal bastante robusto, com 83 mil tons vendidas, com China (49%) e Turquia (40%) liderando as compras. Por outro lado, os embarques caíram muito: 67 mil fardos, metade da semana anterior. -  Baixistas 1 - O tema da crise energética na China, causado por aumento na demanda e redução da oferta, preocupa muito, pois ainda não chegamos ao inverno, época de consumo sazonalmente elevado. Apagões já estão ocorrendo em diversas partes do país. Desde agosto, 16 das 31 províncias Chinesas estão racionando energia no país. -  Baixistas 2 – O setor têxtil Chinês, apesar de não ser considerado um dos setores de alto consumo de energia, também vem sofrendo racionamento. Em Zhejiang, a maior província produtora de têxteis da China, 161 empresas têxteis foram obrigadas a interromper imediatamente a produção de 21 de setembro até o final do mês. - China 1 - O ritmo de crescimento do PIB chinês desacelerou no 3º trimestre deste ano. O crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado ficou abaixo das expectativas e bem abaixo dos 7,9% do 2º trimestre. - China 2 - A China está colhendo sua primeira safra de algodão produzido seguindo diretrizes de seu próprio programa de certificação, adotado no início deste ano. A iniciativa é um contraponto ao certificado Better Cotton Initiative (BCI), que descredenciou as lavouras do país por denúncias de trabalho escravo. - China 3 - De acordo com a CNCE, 30% do algodão da região de Xinjiang já foi beneficiado nesta safra. - EUA - Nos EUA, a colheita, apesar de atrasada, avança bem em todos os estados. Já foram colhidas 35% das lavouras, número abaixo da média de 41% dos últimos cinco anos. - Paquistão- Segundo a Associação de Beneficiadores de Algodão do Paquistão, já foram colhidas e entregues nas algodoeiras mais de 900 mil tons de fibra, o que representa o dobro do mesmo período no ano passado. A estimativa de produção de algodão para o país é de 1,4 milhão de tons. - Beneficiamento - Até ontem (28/10): BA e TO (88%); GO (98,5%), MA (61%); MG (95%), MS (99,8%), MT (72%). Os estados que já atingiram 100% foram PI, SP e PR. Total Brasil: 77% beneficiado. -  Exportações - O Brasil exportou 141,8 mil tons de algodão até 25 de outubro de 2021. O volume já equivale ao exportado em setembro/21, mas a média diária de embarque está 21,6% inferior quando comparado a outubro/20. - Preços - Consulte tabela abaixo ⬇