notícias

Brasil deve chegar ao pódio da produção mundial de algodão
04 de Janeiro de 2024

Carlos Alberto Moresco, de 49 anos, teve o primeiro contato com a agricultura aos 7. Em Ijuí (RS), onde seus pais cultivavam grãos e produziam leite, ele tomou gosto pelo trabalho no campo, que o transformou em um grande produtor de algodão, ainda que a milhares de quilômetros dali. Certo de que seu futuro seria nas lavouras, ele formou-se técnico de agropecuária em 1993 e logo ingressou como estagiário na SLC Agrícola, um dos gigantes do agro brasileiro. Após 20 anos de serviços prestados, a empresa o convidou a migrar para Luziânia, município goiano com forte vocação agrícola. Lá, Moresco ficou mais 12 meses, até se mudar para a Sementes Produtiva, onde iniciou sua jornada como produtor rural. “Expliquei ao meu chefe que eu tinha o sonho de arrendar terras. Então, fizemos um acordo. Eu o ajudava com algumas rotinas, como a compra de insumos, e ele me daria apoio como avalista. Ele me ajudou bastante, e somos amigos até hoje”, relembra o agora produtor. Em 2007, ele arrendou terras nos municípios goianos de Luziânia e Cristalina, cultivando soja, trigo, sorgo e milho semente em 8.000 hectares –o clima, diz, o ajuda com todas as opções. Mas foi no algodão que ele encontrou uma oportunidade para se destacar. “Fiquei impressionado com as características de produção no Cerrado. É uma cultura desafiadora em termos de custo, mas vi muitas pessoas construindo patrimônio a partir dela”, afirma. O encanto pelo algodão vem tomando corpo na agricultura brasileira, e Moresco é um dos exemplos concretos desse quadro. O produtor espera uma pequena queda na produtividade na safra 2023/2024, que deve passar das 340 arrobas de algodão em caroço por hectare da safra passada, um recorde, para 310 arrobas nesta safra. Mas, segundo ele, o resultado ainda está dentro da média, já que este é um ano de preocupações com o clima, devido ao fenômeno El Niño. Ainda que não alcance o ótimo desempenho do ciclo anterior, Moresco é uma das faces do sucesso do cultivo da pluma no Brasil. Depois de a produção disparar nos últimos anos, o país deve, enfim, superar o volume de colheita dos Estados Unidos, alcançando a posição número três no ranking global de produção, atrás apenas de China e Índia. Além disso, os brasileiros devem disputar espaço com os americanos no mercado exportador. As projeções mais recentes da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) convergem para a estimativa de que o Brasil produzirá 3,1 milhões de toneladas de pluma de algodão, enquanto a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), mais otimista, prevê 3,37 milhões de toneladas, o que, caso se confirme, representará um crescimento de 3% em relação à temporada anterior. O órgão americano estima que o Brasil vai quase dobrar suas exportações e vender 2,5 milhões de toneladas ao mercado externo, encostando no volume dos embarques dos EUA, que deverá ser de 2,6 milhões de toneladas. “Esses dados não trazem apenas um sentimento de otimismo, mas também de merecimento. Estamos há 30 anos investindo na cultura para torná-la mais moderna e sustentável. Hoje, a produção do Brasil é eficiente, e ela vai ocupar o lugar no mercado dos países que não são”, afirma o presidente da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel. Todos os Estados brasileiros com vocação agrícola vêm aumentando sua área de cultivo da pluma. A Conab estima que a área total de cultivo de algodão nesta safra será de 1,7 milhão de hectares, a maior extensão em 22 anos. Em Mato Grosso, o maior produtor nacional, as lavouras de algodão devem ganhar ainda mais espaço, por causa dos problemas nas plantações de soja, que têm levado alguns produtores a dessecar as plantas do grão para acelerar a colheita e, com isso, poder substituí-las pelo cultivo da pluma. A Conab projeta um aumento de 3% na área de plantio de algodão em Mato Grosso, para 1,2 milhão de hectares. Essa opção, porém, não é para qualquer agricultor. É preciso ter capacidade financeira para migrar de cultura, além de experiência na lida com insumos, maquinário e, principalmente, solo fértil, ressalta Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira, pesquisador da Embrapa Algodão. Recentemente, fez barulho no mercado a decisão da SLC de plantar algodão em 16 mil hectares que estavam originalmente programados para a soja. Com isso, a companhia passaria a ter uma área 1% maior de cultivo da pluma do que na safra passada, totalizando 189 mil hectares, entre primeira e segunda safras.   Acesse o site aqui

Sou de Algodão: O futuro da moda é transparente e responsável
04 de Janeiro de 2024

Sabemos que o consumidor está cada vez mais consciente do seu papel quando o tema é sustentabilidade e transparência. E a busca por informações não se encerra na conduta das empresas, ela se estende à origem das matérias-primas por trás dos produtos que consome. Nesse contexto, o Brasil se destaca como um pioneiro na busca por uma produção responsável e sustentável de uma das principais matérias-primas da indústria têxtil global, o algodão. Mais de 82% da produção do país já possui uma certificação socioambiental graças ao programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável) desenvolvido pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Isso significa que a matéria-prima que alimenta a cadeia têxtil é cultivada com respeito ao meio ambiente e ao trabalhador, seguindo as melhores práticas de produção. Sou de Algodão + SouABR Na busca por despertar essa conscientização coletiva em torno da moda e do consumo responsável, em 2016 foi criado pela Abrapa, em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o Sou de Algodão. Um movimento que busca a união de todos os agentes da cadeia produtiva dessa fibra, passando pelo homem do campo, tecelões, artesãos, fiadores, designers de moda, estilistas e estudantes, produzindo campanhas focadas e conteúdos direcionados ao consumidor final. Foi a partir desse movimento, através da atuação junto a marcas parceiras, que se deu origem à iniciativa de rastreabilidade SouABR. Segundo Silmara Ferraresi, Diretora de Relações Institucionais da Abrapa, o projeto está transformando a forma como os consumidores enxergam suas roupas e como as marcas produzem moda de maneira responsável. “A iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão licenciada pela Better Cotton Initiativa”, afirma. Silmara conta que o SouABR é o primeiro programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil brasileira com algodão em larga escala. “Seu principal objetivo é oferecer total transparência ao público sobre a origem das roupas que consome. Essa inovação, que já está disponível em algumas marcas e varejistas, rastreia toda a cadeia produtiva de uma peça de roupa, garantindo a origem do algodão certificado pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)”, explica Silmara Ferraresi. Para que o SouAbr tenha sucesso é importante a presença de parcerias sólidas. Para isso, o programa já conta com a parceria de diversos varejistas, fiações, tecelagens, malharias, confecções e marcas de varejo já aderiram. Inicialmente a parceria foi iniciada exclusivamente com Reserva, Renner e Youcom, em 2021; e hoje já conta com marcas como C&A, Almagrino, Fio Puro, Incofios, Renauxview, Vicunha, Dalila Textil, By Cotton, Ease, Ufoway e Emphasis. Como Funciona a Rastreabilidade Silmara afirma que a rastreabilidade é um processo simples para o consumidor. “Através da leitura de um QR Code na peça de roupa, o consumidor poderá verificar que o algodão utilizado tem a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico. O detalhamento dessa rastreabilidade se dá até ao nível de cada fazenda que produziu o algodão, além da fiação, tecelagem ou malharia, confecção e marca de varejo que fazem parte da cadeia rastreada daquele produto.” Todas as informações que o consumidor tem acesso são armazenadas de forma segura por meio da tecnologia blockchain. São elas que garantem que o produto adquirido possui a certificação ABR de padrão de sustentabilidade. “A certificação ABR possui 183 itens de verificação distribuídos em 8 critérios, que são: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas”, explica Silmara. O programa tem sido bem recebido pelos produtores, que se sentem reconhecidos pelo esforço em produzir de forma responsável, e pelos consumidores finais, que apreciam a transparência e o compromisso das marcas com a sustentabilidade. O SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. Por um futuro mais sustentável e consciente Silmara Ferraresi reconhece que esta é apenas a primeira etapa de um longo caminho para um mundo mais sustentável e consciente. “Estamos muito felizes com os resultados iniciais, principalmente considerando que este é um programa inovador para o mercado! Desenvolvemos o primeiro programa de rastreabilidade real, desde a matéria-prima até o varejo. Sabemos que ainda há um longo caminho para oferecer produtos rastreáveis em larga escala para o consumidor, e não depende apenas de nós. O resultado vem do esforço coletivo e este é apenas o começo”, finaliza. Fotos: Rudiney/Abrapa   Acesse o site aqui

Abrapa divulga balanço da certificação socioambiental ABR na safra 2022/2023
22 de Dezembro de 2023

Porto Alegre, 21 de dezembro de 2023 – Reconhecido pela FAO e diversas entidades internacionais, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) registrou recorde de produção na safra 2022/2023. Foram 2,55 milhões de toneladas de pluma certificada, 28% a mais que o alcançado em 2021/2022. Considerando o volume total produzido no período, que foi de 3,1 milhões de toneladas, a participação do ABR equivale a 82%. A iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), executada em campo pelas suas associações estaduais, foi implementada com este nome em 2012, e, já no ano seguinte, começou a operar, no Brasil, em benchmark com a Better Cotton (BCI), referência mundial em licenciamento de algodão responsável. No ciclo 2022/2023, o Brasil respondeu por 37% de todo o algodão Better Cotton (BC), que somou 5,4 milhões de toneladas de pluma. A proposta do ABR é promover a evolução progressiva das boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas fazendas de algodão do Brasil. Trata-se de uma certificação voluntária, totalmente alinhada às legislações trabalhista e ambiental do país. O protocolo possui 183 itens de verificação, antes da certificação, e oito critérios: Contrato de trabalho, Proibição do trabalho infantil, Proibição do trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante, Liberdade de associação sindical, Proibição de discriminação de pessoas, Segurança, saúde e meio ambiente do trabalho rural, Desempenho ambiental e boas práticas agrícolas, Itens como proibição do trabalho infantil e análogo a escravo, são obrigatórios. O cumprimento e desempenho nestes itens é verificado e certificado por auditorias de terceira parte. Na safra 2022/2023, as empresas habilitadas para este fim foram a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Genesis Certificações. No mesmo período, a produção certificada pelo programa ABR se deu em 374 fazendas, em 82 municípios de nove estados brasileiros, com a mobilização de sete das nove associações estaduais da Abrapa: Abapa (Bahia), Agopa (Goiás), Ampa (Mato Grosso), Ampasul (Mato Grosso do Sul, Amapa (Maranhão), Amipa (Minas Gerais) e Apipa (Piauí). “O compromisso com a sustentabilidade assumido pelo cotonicultor brasileiro tem colocado o Brasil numa posição diferenciada em relação a outras origens produtoras de algodão no mundo. Nós acreditamos que a introdução de boas práticas é uma condição para o sucesso e a longevidade do negócio, como uma vantagem para o produtor, que resulta num produto alinhado aos anseios do consumidor em todo o mundo”, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Estar na liderança do ranking dos fornecedores de algodão BC e bater os nossos próprios recordes em volume de pluma certificada é algo que nos deixa muito satisfeitos”, afirma. Empregos As fazendas certificadas pelo programa ABR geraram 38 mil empregos formais na última safra, dos quais, 11% foram ocupados por mulheres e 500 por trabalhadores com deficiência física. Eficiência De acordo com a Abrapa, os indicadores do programa dão conta do incremento da eficiência nas fazendas que aderem à certificação socioambiental. Na safra 2022/2023, a média de produtividade nas unidades produtivas ABR foi 4,6% superior à média nacional. Durante o levantamento, realizado em julho de 2023, as fazendas ABR obtiveram produtividade de 1924 quilos de pluma por hectare, frente à média brasileira, então estimada em 1.840 quilos de pluma por hectare. As informações partem da assessoria de imprensa da Abrapa. Acompanhe a Agência Safras no nosso site. Siga-nos também no Instagram, Twitter e SAFRAS TV e fique por dentro das principais notícias do agronegócio! Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS Copyright 2023 – Grupo CMA Acesso em: Abrapa divulga balanço da certificação socioambiental ABR na safra 2022/2023 - SAFRAS & Mercado

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
22 de Dezembro de 2023

Destaque da Semana - Em ritmo de final de ano, os negócios no mercado de algodão foram fracos durante a maior parte da semana, mesmo com as cotações caindo abaixo de 80 centavos. Algodão em NY - O contrato Mar/24 fechou nesta quinta 21/12 cotado a 79,13 U$c/lp (-2,1% na semana). O contrato Jul/24 fechou 80,43 U$c/lp (-1,8% na semana) e o Dez/24 a 77,48 (-0,9% na semana). Basis Ásia - o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 879 pts para embarque Jan/Fev (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 21/dez/23). Altistas 1 - Ainda repercute bem a decisão do Fed dos EUA na semana passada que manteve sua taxa estável com indicações de cortes em 2024, motivando alta nas bolsas de valores e petróleo. Altistas 2 - Índices de vendas no varejo da China mostraram que o setor de vestuário e têxteis cresceu 22% em novembro em comparação com o ano anterior. O crescimento total do varejo foi de 10%. Baixistas 1 - Entretanto, observadores na China informam que o pessimismo ainda persiste na indústria e na economia do país. Recentemente, o governo censurou alguns economistas que estavam pessimistas com a situação geral da economia do país. Baixistas 2 - O Canal de Suez enfrentou novas interrupções esta semana, com ataques no Mar Vermelho ligados à guerra entre Israel e Hamas, que causaram atrasos no transporte. Cerca de 30% do tráfego marítimo mundial de containers usa esta rota que liga a Europa ao Oceano Índico. Europa - Em um dos maiores mercados globais de produtos têxteis, a Europa, 2024 deve ser um ano de intensas negociações envolvendo o setor. Ao todo, são 16 propostas de legislações que irão impactar como os produtos são importados, produzidos, vendidos e retornados para reciclagem no Velho Continente. China 1 - Em novembro, as importações de algodão bruto atingiram 310 mil toneladas na China, o valor mais alto desde janeiro de 2021, marcando o 5º aumento consecutivo. China 2 - Nos primeiros quatro meses da temporada internacional, o volume total importado foi de cerca de 1 milhão de toneladas, dobrando em relação ao mesmo período de 2022/23. China 3 - A CNCE informou que o beneficiamento atingiu 4,55 milhões de toneladas de fibra em Xinjiang. A expectativa é que a conclusão da safra seja em meados de janeiro. Bangladesh 1 - O mercado de algodão em bruto enfrenta desafios devido a ataques a navios comerciais no Mar Vermelho, causando interrupções e custos de transporte elevados. Bangladesh 2 - A abertura de Cartas de Crédito continua difícil, e problemas no fornecimento de gás também afetam a produção. Para completar, varejistas ainda tentam renegociar pedidos de vestuário com as indústrias. Austrália 1 - Fortes chuvas causaram inundações no norte de Queensland, Austrália, com evacuações em massa, aeroporto submerso e avistamentos de crocodilos. Algumas áreas receberam um ano de chuva em um curto período. Austrália 2 -As chuvas recentes deram um impulso tardio às plantações em lavouras de sequeiro, além de terem melhorado as perspectivas de irrigação para 2024/25. Entretanto, a proporção de algodão não irrigado nesta safra é menor que no ano anterior. Vietnã - Os produtos têxteis e de vestuário do Vietnã foram exportados para um número recorde de 104 países este ano, com os EUA mantendo o posto de maior importador, US$ 11 bilhões foram exportados pelo setor até setembro. A lista de clientes ainda tem o Japão em segundo lugar, seguido pela UE, Coreia do Sul, Canadá e China. ABR 1 - O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) registrou recorde de produção na safra 2022/2023. Foram 2,55 milhões de toneladas de pluma certificada, 28% a mais que o alcançado em 2021/2022. ABR 2 - Considerando o volume total produzido no período, que foi de 3,1 milhões de toneladas, a participação do ABR equivale a 82%. Confira no link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Relatorio-da-Safra-2022.2023-ABR.pdf Biodiesel 1 - O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu nesta terça (19/12) que, a partir de março de 2024, o percentual de biodiesel no óleo diesel passará dos atuais 12% para 14%. Biodiesel 2 - O algodão é uma das principais oleaginosas cultivadas no Brasil e uma das matérias-primas utilizadas na cadeia produtiva do biodiesel no país. Férias - A Abrapa estará em férias coletivas de 26/12/2023 (terça-feira) a 09/01/2024 (terça-feira). As atividades serão retomadas a partir de 10/01/2024 (quarta-feira). Exportações - O Brasil exportou 134,6 mil toneladas de algodão até a terceira semana de dez/23. A média diária de embarque é 53% superior em comparação com o dez/22. Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 21/12: Os estados do GO, MG, MS, PR e SP já encerraram o beneficiamento, restando apenas os estados da BA (99%), MA (80%), MT (95%) e PI (85%) Total Brasil: 96% beneficiado. Plantio 2023/24 - Até o dia 21/12 foram cultivados: BA (70%), GO (60%), MG (65%), MS (40%), MT (3%) PI (34,76%), PR (88%) e SP (76%) Total Brasil: 18,42% Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 21-12 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

ICA oferece bolsa de estudos para o Complete Cotton 2024 para “mulher do algodão"
21 de Dezembro de 2023

A International Cotton Association (ICA), através da iniciativa Women in Cotton, está oferecendo uma bolsa de estudos gratuita, exclusiva para mulher do setor do algodão, para o treinamento Complete Cotton, que acontecerá no mês de abril de 2024, na Inglaterra. Trata-se de uma das mais tradicionais cotton schools do mundo, e consiste em uma formação de dez dias, concentrada nas principais áreas do comércio da fibra – da ‘fazenda à moda’. O prazo de inscrição vai até o dia 22 de janeiro de 2024. A bolsa custeia a inscrição do Complete Cotton, para uma pessoa, além de dez noites de alojamento no hotel da formação, durante o programa, o que equivale a um benefício potencial de quase £ 5.000 (cinco mil libras esterlinas), aproximadamente, R$31.069,45. De acordo com a ICA, esta oportunidade foi criada “para promover a diversidade e a inclusão de gênero na comunidade global do algodão e, portanto, está aberta apenas às mulheres”. O resultado será divulgado em fevereiro e as aulas acontecem entre 22 de abril a 03 de maio de 2024. Para concorrer, a candidata deverá fazer a inscrição em seu nome, explicando por que ela deve ser selecionada. A vencedora será escolhida com base na resposta. O Comitê Women in Cotton, apoiado pela Equipe de Gestão do ICA, será responsável por fazer a seleção final da vencedora da bolsa. A candidata precisará ser fluente na língua inglesa, pois o curso é ministrado em inglês. Para se inscrever e concorrer à bolsa, acesse: Complete Cotton Application Form (for employers too) - Complete Cotton Sponsorship Opportunity (eventscloud.com) Mais informações em: Complete Cotton - International Cotton Association (ica-ltd.org) 21.12.2023 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 9 8881-8064 Monise Centurion – Jornalista Assistente (17) 99611-8019

Abrapa divulga balanço da certificação socioambiental ABR na safra 2022/2023
20 de Dezembro de 2023

Reconhecido pela FAO e diversas entidades internacionais, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) registrou recorde de produção na safra 2022/2023. Foram 2,55 milhões de toneladas de pluma certificada, 28% a mais que o alcançado em 2021/2022. Considerando o volume total produzido no período, que foi de 3,1 milhões de toneladas, a participação do ABR equivale a 82%. A iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), executada em campo pelas suas associações estaduais, foi implementada com este nome em 2012, e, já no ano seguinte, começou a operar, no Brasil, em benchmark com a Better Cotton (BCI), referência mundial em licenciamento de algodão responsável. No ciclo 2022/2023, o Brasil respondeu por 37% de todo o algodão Better Cotton (BC), que somou 5,4 milhões de toneladas de pluma. A proposta do ABR é promover a evolução progressiva das boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas fazendas de algodão do Brasil. Trata-se de uma certificação voluntária, totalmente alinhada às legislações trabalhista e ambiental do país. O protocolo possui 183 itens de verificação, antes da certificação, e oito critérios: Contrato de trabalho, Proibição do trabalho infantil, Proibição do trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante, Liberdade de associação sindical, Proibição de discriminação de pessoas, Segurança, saúde e meio ambiente do trabalho rural, Desempenho ambiental e Boas práticas agrícolas, Itens como proibição do trabalho infantil e análogo a escravo, são obrigatórios. O cumprimento e desempenho nestes itens é verificado e certificado por auditorias de terceira parte. Na safra 2022/2023, as empresas habilitadas para este fim foram a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Genesis Certificações. No mesmo período, a produção certificada pelo programa ABR se deu em 374 fazendas, em 82 municípios de 9 estados brasileiros, com a mobilização de sete das nove associações estaduais da Abrapa: Abapa (Bahia), Agopa (Goiás), Ampa (Mato Grosso), Ampasul (Mato Grosso do Sul, Amapa (Maranhão), Amipa (Minas Gerais) e Apipa (Piauí). “O compromisso com a sustentabilidade assumido pelo cotonicultor brasileiro tem colocado o Brasil numa posição diferenciada em relação a outras origens produtoras de algodão no mundo. Nós acreditamos que a introdução de boas práticas é uma condição para o sucesso e a longevidade do negócio, como uma vantagem para o produtor, que resulta num produto alinhado aos anseios do consumidor em todo o mundo”, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Estar na liderança do ranking dos fornecedores de algodão BC e bater os nossos próprios recordes em volume de pluma certificada é algo que nos deixa muito satisfeitos”, afirma. Empregos As fazendas certificadas pelo programa ABR geraram 38 mil empregos formais na última safra, dos quais, 11% foram ocupados por mulheres e 500 por trabalhadores com deficiência física. Eficiência De acordo com a Abrapa, os indicadores do programa dão conta do incremento da eficiência nas fazendas que aderem à certificação socioambiental. Na safra 2022/2023, a média de produtividade nas unidades produtivas ABR foi 4,6% superior à média nacional. Durante o levantamento, realizado em julho de 2023, as fazendas ABR obtiveram produtividade de 1924 quilos de pluma por hectare, frente à média brasileira, então estimada em 1.840 quilos de pluma por hectare. Benchmark A operação referenciada entre o programa ABR e a BCI começou em 2013. Desde então, todo produtor certificado ABR pode ser licenciado BCI se assim desejar. Isso porque nos 183 itens de verificação do programa socioambiental brasileiro já estão contemplados os 51 itens necessários ao algodão BC. Dessa forma, o produtor ABR pode ser automaticamente licenciado pela iniciativa internacional, mas o contrário não se aplica. Confira no link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Relatorio-da-Safra-2022.2023-ABR.pdf Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 Monise Centurion – Jornalista Assistente (17) 99611-8019

SAFRAS eleva projeção para produção de algodão 2023/24 do Brasil para 3,36 milhões de toneladas
20 de Dezembro de 2023

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2023 – A área semeada com algodão no Brasil deve ficar maior que o esperado inicialmente, com a fibra ocupando espaço de milho segunda safra e de soja verão, em regiões que enfrentam problemas com a falta de chuva, com destaque para Mato Grosso e Goiás. Essa é a sinalização do Imea, reforçada pela Conab e Abrapa. O fato é que o clima adverso deve levar alguns produtores a preferir o plantio de algodão a um eventual replantio de soja, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach. A rentabilidade do algodão, melhor que o milho, também é um fator que estimula o crescimento da área com algodão, acrescenta. E, com isso, SAFRAS & Mercado ajustou a projeção de área semeada com algodão para 1,86 milhão de hectares no ano safra 2023/24, o que corresponde a um avanço de 11% em relação à safra 2022/23. Assim, a produção de algodão do Brasil tem potencial de 3,36 milhões de toneladas em 2024. Isto corresponde a um crescimento de 2,7% em comparação a safra colhida em 2023. Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS Acesso em: SAFRAS eleva projeção para produção de algodão 2023/24 do Brasil para 3,36 milhões de toneladas - SAFRAS & Mercado

Algodão: Mato Grosso deve plantar área recorde
19 de Dezembro de 2023

O Estado de Mato Grosso deve plantar uma área recorde de algodão na safra 2023/24. De acordo com o Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea), as lavouras da fibra devem somar 1,35 milhão de hectares. “O cenário de incremento é pautado pelo aumento da competitividade do algodão em relação ao milho, visto que a margem de rentabilidade dos produtores do cereal está negativa”, avaliam os técnicos, em boletim semanal. Outro fator que pode levar a um plantio maior de algodão é a quebra na safra de soja. Produtores que plantam algodão para a segunda safra podem destinar áreas para a fibra em vez de replantar a oleaginosa. O aumento da área deve ser determinante para o resultado da safra 2023/24. Prevendo clima menos favorável, em função do El Niño, os técnicos do Imea estimam produtividade 8,61% menor, de 284,35 arrobas por hectare. Mas a produção deve crescer e chegar a 5,78 milhões de toneladas de algodão em caroço. A safra 2022/23 vem de resultados recordes, destaca o Imea. A área plantada foi de 1,20 milhão de hectares, alta de 2,15% em relação à temporada anterior. A produtividade média foi a maior da história, de 311,34 arrobas por hectare. A produção de algodão em caroço foi de 5,61 milhões de toneladas, 28,22% a mais que na safra 2021/22. “Esse cenário foi reflexo das condições climáticas favoráveis durante a temporada, o que contribuiu para o bom desempenho da cultura”, diz o Imea. Preços pressionados Os preços, no entanto, foram pressionados ao longo de 2023, informam os técnicos do Instituto. O aumento da oferta e a redução da demanda impediram um impulso às cotações. O indicador do Imea teve queda de 35,09% em comparação com 2022. No mercado internacional, o boletim do Imea destaca que o contrato de algodão para dezembro de 2023 na bolsa de Nova York caiu 18,94% neste ano. “Com o cenário de aumento da oferta do algodão e menor consumo mundial, os preços futuros foram pressionados durante o ano. Para o ano de 2024, espera-se uma recuperação da demanda global pela fibra”, dizem os técnicos. Por Raphael Salomão — São Paulo Acesso em: Algodão: Mato Grosso deve plantar área recorde (globo.com)