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Dia Mundial do Algodão: o caminho da pluma do campo à indústria
08 de Outubro de 2021

Abrapa na Mídia Dia Mundial do Algodão: o caminho da pluma do campo à indústria Nesta quinta-feira (7/10), comemora-se o Dia Mundial do Algodão. O Brasil é o quarto maior país produtor e o segundo principal exportador da pluma no mundo. A  renda dos produtores este ano é estimada em R$ 26 bilhões pelo Ministério da Agricultura e as exportações devem superar os US$ 3 bilhões. A pluma é considerada uma "grande oportunidade para o futuro", na visão da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) . Da lavoura ao tecido No mundo, a produção de algodão é de quase 24,5 milhões de toneladas (safra 2020/2021), de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No Brasil, a Abrapa estima que, na safra 2020/2021, foram plantados 1,38 milhão de hectares e colhidos 2,33 milhões de toneladas, em um ano marcado por problemas climáticos na produção. Por aqui, a pluma é cultivada, principalmente, na segunda safra, na sequência de culturas como a soja. Mato Grosso e Bahia são os principais produtores nacionais. É uma lavoura que exige cuidados de manejo, maquinário adequado e mão de obra qualificada. Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, afirma que, em função da sua exigência de fertilidade, o solo só está apto para receber o algodoeiro quando a área já foi utilizada para agricultura por volta de 8 a 10 anos. Após o plantio, a semente tem um ciclo de desenvolvimento que varia entre 130 e 180 dias. Nessa etapa, devem ser evitadas as pragas, em especial, o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), um besouro que já foi responsável por destruir grandes lavouras brasileiras. Quando a fibra chega à indústria, passa também por uma série de processos, que implica em cuidados para manter a qualidade da matéria-prima, explica Marcos Aurélio Sousa Rodrigues, diretor-industrial da empresa Cataguases. "O algodão chega na nossa empresa em plumas compactadas em fardos. Armazenamos e classificamos as qualidades das fibras de acordo com os dados que recebemos da lavoura e as testagens em nosso laboratório para montarmos receitas uniformes de algodão e manter a qualidade de acordo com nossos parâmetros internos", afirma o diretor. Ele explica que são várias as etapas de fiação até chegar á tecelagem. Os fios são direcionados para etapa de preparação, em que serão produzidos os rolos de urdume para alimentação dos teares e também consumidos diretamente na forma de trama. No processo de engomagem, são aplicados produtos para aumentar a resistência do urdume para tecer. Concluída a revisão do tecido em cru, inicia-se o processamento químico-físico do beneficiamento. Primeiro, são retiradas as impurezas que podem resultar do processo de engomagem e os tecidos passam por branqueamento químico, para possibilitar a coloração. Depois, os tecidos são coloridos por tingimento ou estampagem. Na terceira e última etapa,  passam por um conjunto de processos que fornecem ao material propriedades relacionadas ao seu acabamento. Após uma revisão, os tecidos são classificados e encaminhados ao Centro de Distribuição. Segundo Rodrigues, de todo o algodão colhido, apenas cerca de 40% a 42% são considerados viáveis para a utilização nos processos têxteis destinados a virar tecido. O diretor da Cataguases afirma que a produção atual da empresa é de aproximadamente 15 milhões de metros por ano e, que, apesar do foco no consumo interno, "20% da produção é direcionada à exportação". Algodão (Foto: Assessoria de Imprensa - Dalila e Cataguases) Segundo André Klein, representante da Dalila Têxtil, uma dificuldade de trabalhar com fios artesanais e reciclados, está em promover um tecido com bom acabamento, uma vez que eles possuem maior chance de barramento (Foto: Assessoria de Imprensa - Dalila e Cataguases) Mercado consumidor De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, do volume produzido na safra 2020/2021, 700 mil toneladas (30%) serão destinados ao mercado interno e o restante - 1,63 milhão de toneladas (70%) - será exportado, em especial, para a Ásia (cerca de 99%). Para a nova safra 2021/2022, a expectativa é de aumento na área de plantio, que, para a entidade, pode chegar a 1,5 milhão de hectares, com uma colheita projetada em 2,8 milhões de toneladas. "Não será o nosso recorde, que foi batido na safra 2019/2020, de 3 milhões de toneladas. Infelizmente, nesta safra que acabamos de colher, nós reduzimos a área de plantio em 17% e tivemos uma deficiência de chuvas no final do ciclo em Mato Grosso e Goiás, o que diminuiu a nossa produção", aponta Julio Busato. Na safra 2019/2020, a colheita foi capaz de atender a demanda do mercado interno com apenas 23% de seu volume total, enquanto as exportações totalizaram cerca de 2,3 milhões de toneladas (76%), com uma receita de US$ 3,8 bilhões. Busato afirma que, em 2019, antes do início da pandemia de Covid-19, o mundo consumia cerca de 25 milhões de toneladas de algodão, mas esse número aumentou para 27 milhões em 2021. Essa maior demanda levou a uma valorização da pluma, que passou de US$ 0,84/libra-peso para US$ 0,90/libra-peso no mercado internacional. Além da maior demanda, André Klein, representante da Dalila Têxtil, empresa que processa até 500 toneladas de algodão por mês, afirma que a alta da cotação na Bolsa de Nova York também resulta da crise hídrica e das mudanças climáticas em todo o planeta: "A colheita torna-se mais cara, uma vez que depende da água (irrigação), tal como todo o processo de produção e transporte. Isso, consequentemente, afeta o valor do produto final". Para Marcos Rodrigues, da Cataguases, "há uma forte tendência de crescimento no mercado têxtil nacional, porém, o algodão disputa espaço com importantes culturas agrícolas que estão em alta no mercado internacional, tais como a soja e o milho". https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Algodao/noticia/2021/10/dia-mundial-do-algodao-o-caminho-da-pluma-do-campo-industria.html Revista Globo Rural – Por Arthur Almeida - 07.10.2021

Perspectivas para 2022 pautam agenda da Abrapa com mercado mundial
08 de Outubro de 2021

A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) marcou o Dia Mundial do Algodão, celebrado ontem (7), com uma programação especial para o mercado internacional. Além de dois painéis exclusivos durante o Congresso da International Cotton Association (ICA), ocorrido em Liverpool (Reino Unido), a entidade participou de eventos setoriais em Bangladesh e Índia e de painel da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). "O algodão brasileiro está em constante evolução. Crescemos em volume, mas principalmente em qualidade, e ofertamos hoje um produto cada vez mais  responsável. É importante mostrarmos todas essas conquistas para o mercado comprador", pontuou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. O Brasil tem ampliado a produção, conseguindo atender a demanda doméstica com tranquilidade. O excedente é exportado e cerca de 99% das 2,4 milhões de toneladas embarcadas de julho de 2020 a agosto de 2021 tiveram o mercado asiático como destino. Esse volume credencia o País como o segundo maior exportador mundial. Busato participou do Brazil Regional Forum promovido pela ICA, na manhã de quinta (7), com cotonicultores brasileiros de grande escala. "Temos aqui mais de 90% do nosso algodão, o que equivale a mais de um milhão de toneladas. É um fórum de grande representatividade", comentou. Aurélio Pavinato, diretor-presidente da SLC Agrícola, lembrou da evolução vivida pelo segmento produtivo nas últimas décadas. "É preciso olhar o filme todo, e não apenas a foto. Quando a cultura foi para o Cerrado, o foco foi ampliar volumes e produtividade. De dez a cinco anos para cá, a prioridade tem sido melhorar a qualidade da pluma. Investimos em novas variedades de sementes e o resultado é que somos hoje um ótimo fornecedor de algodão premium", avaliou. No Brasil, 100% da colheita é mecanizada, o que resulta em um algodão sem contaminação em larga escala, diferencial para o mercado externo. A sustentabilidade foi o aspecto mais destacado no fórum. O presidente da Abrapa informou que, em 2021, 81% de toda a produção brasileira foi certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), tornando-se elegível também para a licenciamento mundial da Better Cotton Initiative (BCI). "Nosso programa começou em 2012 e, em menos de dez anos, ampliamos em mais de cinco vezes o número de propriedades e de fardos certificados", destacou . "Nosso algodão é produzido em sequeiro, respeitando rígidas legislações ambiental, trabalhista e fundiária e é 100% rastreável, o que confere mais estabilidade e transparência para os compradores", citou Pedro Valente, diretor da Amaggi Agro. O executivo enfatizou a transparência da produção, uma demanda crescente nos mercados internacionais. A safra 20/21 de algodão está estimada em 2,32 milhões de toneladas, das quais 99% já foram colhidas e 55% já foram beneficiadas. É um volume menor que o realizado no ciclo anterior, mas as projeções são otimistas. "Teremos o segundo melhor ano da cotonicultura nacional no ciclo 2022", destacou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. A redução de área na temporada passada foi influenciada por questões climáticas. "Mais de 60% do nosso algodão é plantado no mesmo ano, após a cultura da soja, cujo ciclo atrasou no ano passado. Mesmo assim, conseguimos cumprir todos os contratos, porque sabemos trabalhar com margens financeiras que permitem mais investimento quando as condições climáticas não beneficiam as lavouras", explicou André Sucolotti, do grupo Nadiana. "Investimos muito para garantir a produção e a produtividade mesmo com restrições climáticas. Com isso, adquirimos a segurança necessária para as safras, porque pesquisamos e cuidamos bem do solo", complementou Eraí Maggi, acionista da Bom Futuro. Para Pedro Valente, o perfil do produtor brasileiro ajuda a compreender essa situação. "O cotonicultor pensa a longo prazo. O brasileiro costuma comercializar de 70% a 75% da safra de algodão antecipadamente. Isso significa estabilidade para quem compra", disse. Arlindo Moura, presidente do Conselho de Administração do Grupo Santa Colomba, concorda. "Mais importante que o volume entregue é o cumprimento dos contratos acordados, e nesse item o Brasil é reconhecido internacionalmente", ressaltou. Os desafios logísticos que o mundo enfrenta atualmente podem ter uma influência mais sutil sobre o escoamento da safra 2021/22, observou o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Fauss. "Os gargalos serão aliviados porque a carga a ser embarcada será um pouco menor. Esperamos que, na safra 2022/23, o déficit de contêineres já tenha se normalizado", previu. Fauss também participou online de webinar da Bangladesh Cotton Association (BCA) na manhã de ontem (7), ao lado do vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. "Bangladesh é o segundo maior cliente do algodão mundial e compra 11% da fibra produzida pelo Brasil. É um player fundamental para nós", afirmou Schenkel. O dirigente da Abrapa também apresentou os números da safra brasileira em outro evento online realizado no Dia Mundial do Algodão (7) - desta vez, pela Confederação Indiana da Indústria Têxtil (CITI, na sigla em inglês). "Em 2022, teremos uma safra maior de algodão e com ainda mais qualidade. Mais de 80% da nossa fibra já é certificado pelo programa ABR, que o torna elegível para créditos BCI, além de ser totalmente sem contaminação", destacou o vice-presidente. A Abrapa também marcou presença em evento virtual realizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em comemoração ao Dia Mundial do Algodão. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, participou de pinel sobre a contribuição das associações para o fortalecimento da cotonicultura na América Latina e no Caribe. Nesta sexta (08/10), ocorreu uma rodada de negócios reunindo representantes das principais tradings que operam com algodão do Brasil para o mundo, com a participação de produtores rurais e empresários do setor, dentro da programação do evento anual da ICA. A principal mensagem trazida pelos convidados foi a importância da rastreabilidade, para assegurar a sustentabilidade do produto brasileiro. Também foram abordadas dificuldades logísticas iminentes e a comercialização da próxima safra.

Abrapa, Reserva e Renner lançam SouABR para entregar rastreabilidade do algodão brasileiro com certificação socioambiental
07 de Outubro de 2021

No Dia Mundial do Algodão, 7 de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do movimento Sou de Algodão, junto à carioca Reserva, do grupo AR&CO, e à Renner, lançam o inédito Programa SouABR (sigla para Algodão Brasileiro Responsável), que oferece informações sobre a origem certificada do algodão e o processo de produção da peça adquirida pelos consumidores brasileiros. Em desenvolvimento há mais de um ano e meio, o principal objetivo do programa é oferecer transparência ao consumidor, e estimular escolhas mais conscientes, mostrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem na origem, a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável, ABR, que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico. SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil nacional. "Tudo isso armazenado graças ao blockchain, que garante a rastreabilidade do algodão desde a propriedade de origem, com a garantia da certificação ABR, passando por toda cadeia têxtil até o produto na loja. A tecnologia proporciona digitalização que torna a informação acessível e auditável em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade", explica Flavio Redi, CEO da EcoTrace, consultoria responsável pelo desenvolvimento da plataforma de T.I, especialista em rastreabilidade de commodities, com segurança e transparência para o mercado. O caminho que o algodão certificado percorre começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que abrange desde o respeito ao meio ambiente e às leis trabalhistas, bem como zela pela eficiência econômica. A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 08 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas. "O histórico de sustentabilidade da cadeia do algodão iniciou em 2005, no Mato Grosso, e se expandiu para outros estados, em 2009. Em 2012 foi criado um protocolo único para todos os produtores brasileiros, o programa ABR, que, há 9 anos, atua em benchmarking com outra iniciativa reconhecida mundialmente: a Better Cotton Initiative (BCI). É uma jornada longa conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor, nos enche de orgulho! Nosso cliente está mais exigente e estamos buscando entregar o que ele pede: responsabilidade e transparência." explica Júlio Cézar Busato, presidente Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa. Por meio da leitura do QR Code presente na etiqueta da roupa, o consumidor que compra esta peça na loja pode conhecer a fazenda onde o algodão com certificação socioambiental foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou. Todas as peças rastreáveis do programa SouABR usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% dessa fibra natural presente no produto tem certificação socioambiental. O que dizem as marcas parceiras do Programa Sou ABR A primeira coleção será lançada em 7 de outubro pela Reserva para o público masculino. A Renner entrará, a partir de 2022, com coleção voltada para o segmento feminino.   "Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, capilarizada para todo o processo produtivo. A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo", explica Fernando Sigal, Diretor de Produto da Reserva. "Nossa jornada em moda responsável tem nos provocado a desenvolver uma série de iniciativas de inovação que busquem a evolução da indústria e sua cadeia de valor. Este projeto em parceria com a Abrapa e a Reserva mostra como é possível conciliar moda, sustentabilidade e tecnologia com o propósito de que essa indústria seja cada vez mais transparente. Estamos muito orgulhosos de fazer parte dessa construção pioneira, que permite dar maior transparência a todo o processo envolvido na produção das roupas, provando que antes mesmo de chegar no guarda-roupa das pessoas, as peças já têm sua própria história", afirma o gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto. A cadeia de fornecedores que participam do SouABR junto à Reserva são: Fiação Fio Puro e Incofios, na parte de fiações; as tecelagens RenauxView e Vicunha; Dalila Têxtil, com a malharia; ByCotton, EGM e Lavinorte, nas confecções. Em 2023, SouABR estará disponível a toda a cadeia têxtil nacional. Sobre Sou de Algodão É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 81% de toda a produção nacional. Siga Sou de Algodão: Site SouABR: www.souabr.info Site: www.soudealgodao.com.br Facebook: soudealgodao Instagram: @soudealgodao Youtube: Sou de Algodão LinkedIn: Sou de Algodão

Abrapa, Reserva e Renner lançam SouABR
07 de Outubro de 2021

No Dia Mundial do Algodão, 7 de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do movimento Sou de Algodão, junto à carioca Reserva, do grupo AR&CO, e à Renner, lançam o inédito Programa SouABR (sigla para Algodão Brasileiro Responsável), que oferece informações sobre a origem certificada do algodão e o processo de produção da peça adquirida pelos consumidores brasileiros. Em desenvolvimento há mais de um ano e meio, o principal objetivo do programa é oferecer transparência ao consumidor, e estimular escolhas mais conscientes, mostrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem na origem, a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável, ABR, que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico. SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil nacional. "Tudo isso armazenado graças ao blockchain, que garante a rastreabilidade do algodão desde a propriedade de origem, com a garantia da certificação ABR, passando por toda cadeia têxtil até o produto na loja. A tecnologia proporciona digitalização que torna a informação acessível e auditável em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade", explica Flavio Redi, CEO da EcoTrace, consultoria responsável pelo desenvolvimento da plataforma de T.I, especialista em rastreabilidade de commodities, com segurança e transparência para o mercado. O caminho que o algodão certificado percorre começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que abrange desde o respeito ao meio ambiente e às leis trabalhistas, bem como zela pela eficiência econômica. A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 08 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas. "O histórico de sustentabilidade da cadeia do algodão iniciou em 2005, no Mato Grosso, e se expandiu para outros estados, em 2009. Em 2012 foi criado um protocolo único para todos os produtores brasileiros, o programa ABR, que, há 9 anos, atua em benchmarking com outra iniciativa reconhecida mundialmente: a Better Cotton Initiative (BCI). É uma jornada longa conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor, nos enche de orgulho! Nosso cliente está mais exigente e estamos buscando entregar o que ele pede: responsabilidade e transparência." explica Júlio Cézar Busato, presidente Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa. Por meio da leitura do QR Code presente na etiqueta da roupa, o consumidor que compra esta peça na loja pode conhecer a fazenda onde o algodão com certificação socioambiental foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou. Todas as peças rastreáveis do programa SouABR usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% dessa fibra natural presente no produto tem certificação socioambiental. O que dizem as marcas parceiras do Programa Sou ABR  A primeira coleção será lançada em 7 de outubro pela Reserva para o público masculino. A Renner entrará, a partir de 2022, com coleção voltada para o segmento feminino.   "Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, capilarizada para todo o processo produtivo. A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo", explica Fernando Sigal, Diretor de Produto da Reserva. "Nossa jornada em moda responsável tem nos provocado a desenvolver uma série de iniciativas de inovação que busquem a evolução da indústria e sua cadeia de valor. Este projeto em parceria com a Abrapa e a Reserva mostra como é possível conciliar moda, sustentabilidade e tecnologia com o propósito de que essa indústria seja cada vez mais transparente. Estamos muito orgulhosos de fazer parte dessa construção pioneira, que permite dar maior transparência a todo o processo envolvido na produção das roupas, provando que antes mesmo de chegar no guarda-roupa das pessoas, as peças já têm sua própria história", afirma o gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto. A cadeia de fornecedores que participam do SouABR junto à Reserva são: Fiação Fio Puro e Incofios, na parte de fiações; as tecelagens RenauxView e Vicunha; Dalila Têxtil, com a malharia; ByCotton, EGM e Lavinorte, nas confecções. Em 2023, SouABR estará disponível a toda a cadeia têxtil nacional. Sobre Sou de Algodão  É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 81% de toda a produção nacional. Siga Sou de Algodão:  Site SouABR: www.souabr.info Site: www.soudealgodao.com.br Facebook: soudealgodao Instagram: @soudealgodao Youtube: Sou de Algodão LinkedIn: Sou de Algodão

Presidente da Abrapa analisa o papel da tecnologia na produção de algodão no Brasil
06 de Outubro de 2021

Presidente da Abrapa analisa o papel da tecnologia na produção de algodão no Brasil O JR Agro da última semana recebeu Júlio César Busato, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), que tem um plano audacioso pela frente: transformar o Brasil no maior exportador do produto no mundo até 2030. Busato analisou o impacto do desenvolvimento de tecnologias focadas na cultura do algodão e revelou detalhes do certificado de sustentabilidade da Abrapa, que já alcança 80% da produção no país. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=P2cZdpIRtRI Record News – JR Agro – 01.10.21

Relatório Mensal de Safra Abrapa – Outubro/21
06 de Outubro de 2021

Produção do ciclo 20/21 deve fechar em 2,32 milhões de toneladas Com 99.9% da safra 20/21 colhida até 30 de setembro, a Abrapa estima uma produção de 2,32 milhões de toneladas de pluma no ciclo encerrado no mês passado. O volume é 22,6% menor que o alcançado na temporada 19/20, devido à redução da área plantada l e dos desafios climáticos impostos desde a semeadura do algodão. Segundo relatório de safra publicado nesta quarta-feira (6) pela Abrapa, 55% to total colhido já foi beneficiado. Leia o documento completo: ABRAPA-Relatorio-de-Safra-Outubro21.06out2021

Projeto Floresta+Agro: Abrapa é parceira da iniciativa
03 de Outubro de 2021

Abrapa na mídia O Ministério do Meio Ambiente (MMA) conta com uma nova iniciativa dentro do Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Trata-se da modalidade Floresta+ Agro, voltada para a remuneração de produtores rurais que conservam Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal. A Abrapa participa de um projeto-piloto. Para falar sobre essa ação e outros temas da cadeia do algodão, o Canal Terra Viva entrevistou o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato. Assista: https://youtu.be/UVAXjgxB9XE Terra Viva – Terra Viva 2ª Edição – 02.11.2021

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
01 de Outubro de 2021

- Destaque da semana - Semana de alta histórica nas cotações de algodão, descolando dos demais mercados graças principalmente ao apetite Chinês. As cotações do primeiro vencimento (Dez/21) atingiram os maiores patamares em 10 anos, com alta de 1334 pontos desde a última quinta-feira. - Algodão em NY - O contrato Dez/21 fechou em 105,80 U$c/lp, alta de 14,4% nos últimos 7 dias.   Olhando a próxima safra, a alta foi mais modesta, com o contrato Dez/22 fechando em 85,95 U$c/lp (+5%) - Preços - Ontem (30/9), o algodão brasileiro estava cotado a 115,75 U$c/lp (-1100 pts) para embarque em Nov-Dez/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia). -  Altistas 1 - O movimento de alta aparentemente foi iniciado em Xinjiang (China), com aumento dos preços locais, o que se refletiu em um rally na bolsa de Zhengzhou (ZCE), que na sequência impactou a bolsa de NY (ICE). -  Altistas 2 - Na última semana, o contrato de Jan/22 da bolsa Chinesa de Zhengzhou subiu 1770 pontos de U$/lb, fechando no equivalente a 137,51 U$c/lp. Algodão importado, portanto, além de necessário está mais competitivo na China. -  Altistas 3 - As vendas semanais dos EUA foram as maiores em quase 3 anos, com a China liderando, demonstrando forte demanda pela pluma mesmo com os atuais preços. -  Altistas 4 - A previsão de chuvas fortes no oeste do Texas na próxima semana causa preocupação, afinal é a principal região produtora de algodão nos EUA. O receio é de que o clima prejudique a safra atual, que está em fase final, tanto em relação ao volume produzido quanto à qualidade do produto. -  Baixistas 1 - Apesar de haver temores de perdas nas colheitas que estão iniciando no hemisfério norte e estarmos longe de resolver o caos logístico internacional, ao analisar oferta e demanda global, muitos analistas consideram o atual patamar elevado sob a ótica fundamentalista. -  Baixistas 2 - Além da crise no setor imobiliário, que não está resolvida, a atual crise energética vivenciada pela China, é um ponto de atenção.  No mercado de algodão, o governo local também anunciou mais controles, o que pode significar perseguição a especuladores, como já fez em outras commodities recentemente. - China 1 - Na próxima semana, os Chineses comemoram seu feriado nacional, portanto o país praticamente para por quase uma semana. Os mercados só reabrem no dia 8/Out. - China 2 - O governo Chinês anunciou esta semana que pode continuar com os leilões de algodão da reserva estatal, além das 600 mil toneladas planejadas e já vendidas.   Com isso, após o longo feriado, pretendem frear o aumento local de preços com suas ofertas. - China 3 - Também com o objetivo de conter os preços locais, o governo do gigante Asiático poderá aumentar as cotas de importação de algodão novamente este ano. Por outro lado, isso gera demanda para algodão importado. - Índia 1 - Intensas chuvas causadas pelo ciclone Gulab prejudicaram as safras indianas de verão, como soja, algodão e pulses. Como consequência, o país pode ter que importar mais e provavelmente exportar menos algodão. A Índia é o maior produtor mundial da fibra. - Índia 2 - Além do aspecto climático, as lavouras indianas podem ter outro fator prejudicial à safra corrente: muito se fala sobre o risco de infestação de lagarta rosada nas lavouras de algodão. - Agenda 1 - Na próxima quinta (7), Dia Mundial do Algodão, a Abrapa promove um painel sobre as perspectivas para a safra 2022 do Brasil. A iniciativa ocorrerá durante o Congresso da International Cotton Association (ICA), em Liverpool, de forma híbrida (online e presencial). - Agenda 2 - Com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e das embaixadas brasileiras nos principais países compradores da fibra nacional, a Abrapa realiza uma campanha internacional na próxima semana para celebrar o Dia Mundial do Algodão (7/10). - Agenda 3 - Também no dia 7, a Abrapa participa como painelista de dois eventos internacionais, um na Índia promovido pela Confederação da Indústria Têxtil Indiana (CITI) e outro em Bangladesh, promovido pela Bangladesh Cotton Association (BCA). -  Colheita - Até ontem (30/09): Exceto MG (98%), a colheita foi encerrada em todos os demais estados. Total Brasil: 99,96% colhido. - Beneficiamento - Até ontem (30/9): BA e TO (66%); GO (94%), MA (45%); MG (84%), MS (98%), MT (48%), PI (90%) SP (100%) e PR (100%). Total Brasil: 55% beneficiado. -  Exportações – Esta semana não tivemos relatório de exportações semanais. Hoje à tarde será divulgado o fechamento do mês - Preços - Consulte tabela abaixo - Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com