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14º debate Inteligência Artificial na produção de algodão

04 de Setembro de 2024

Há muito tempo, a Inteligência Artificial (IA) não é novidade no campo, e, menos ainda, na produção de algodão, onde automação e agricultura de precisão são cada dia ferramentas mais frequentes, mas, no segundo dia do Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), o maior evento da cotonicultura do país, que reúne em Fortaleza, até esta quinta-feira (05), mais de 3,5 mil participantes, uma pergunta ecoou na plenária: a IA vai produzir algodão? Para falar sobre o tema, o CBA juntou a futurista pelo Institut For The Future (IFTF), consultora e autora de vários “best sellers” sobre o assunto, Martha Gabriel, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, cuja formação inclui o título de doutora em Computação Aplicada pelo Instituto de Pesquisas Espaciais, e o CEO da StartSe Agro e cofundador da Solubio, uma das gigantes biotechs, do agro brasileiro, Mauricio Schneider. A plenária foi mediada pela jornalista Patrícia Travassos.


Em sua palestra, Martha Gabriel destacou a importância de “entender a IA para compreender o mundo”. Segundo ela, as ferramentas tecnológicas têm o poder de ampliar o nível intelectual humano, revelando padrões e insights antes inimagináveis. "Uma pessoa mediana, empoderada por tecnologia, torna-se melhor do que o maior expert humano trabalhando sem tecnologia", afirmou. Para ela, novas métricas e instrumentos serão necessários para medir e navegar neste novo mundo extraordinário.


Já Silvia Massruhá defendeu a criação de novos modelos de capacitação técnica e a integração dos setores para manter o Brasil no protagonismo global. Ela ressaltou que a tecnologia não só pode reduzir riscos, mas também atrair a nova geração para o campo, contribuindo para a sucessão rural. "Precisamos de indicadores, métricas e dados assegurados pela pesquisa para melhorar a narrativa da agricultura brasileira", destacou.


Maurício Schneider acrescentou que, embora o algodão cultivado em laboratório já exista, é essencial considerar todas as camadas de produção, escala e distribuição. Ele ponderou que as ferramentas tecnológicas, muitas vezes vistas como inacessíveis, são na verdade aliadas poderosas na gestão de riscos, redução de erros e custos. "Não adianta criar um produto em laboratório se não conseguimos escalar, distribuir e desenvolver de forma viável", concluiu. Tanto Martha Gabriel quanto os debatedores reforçaram a importância de “conhecer o problema e fazer a pergunta certa” à Inteligência para obter resultados corretos.


Na abertura das discussões a jornalista Patrícia Travassos apresentou a primeira toalha rastreável do mundo, resultado da parceria da marca Döhler com a iniciativa SouABR, da Abrapa. Graças a um QR Code e à tecnologia blockchain, o consumidor pode acompanhar todo o processo de produção, desde a semente até o guarda-roupa.

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