A liderança brasileira nas exportações de algodão e outros avanços de um setor que é exemplo em capacidade produtiva e sustentabilidade ganharam destaque nesta terça-feira (03), durante a solenidade de abertura do 14o Congresso Brasileiro de Algodão.
Considerado o maior evento da cotonicultura nacional, o Congresso - organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) - segue até quinta-feira (05), no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, com 114 palestrantes, mais de 3.500 inscritos e representação de todos os setores da cadeia produtiva da pluma para discutir as demandas do mercado algodoeiro no Brasil e no mundo. Esta edição do CBA coincide com o aniversário de 25 anos da Abrapa.
“Vocês são o motivo de atingirmos o sucesso do algodão Brasil”, afirmou à plateia do evento o presidente do Congresso e da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Antes, não tínhamos tecnologia, sofríamos com pragas e doenças e éramos grandes importadores de algodão. Hoje, o Brasil é o maior exportador de algodão do mundo, sem deixar de atender ao mercado doméstico”, completou o presidente.
O ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro ressaltou não só o crescimento do setor, e as oportunidades de expansão do mercado, como a questão da sustentabilidade. “Todos os ganhos são fundamentais, mas precisamos pensar à frente e acabar com a divergência entre produzir e preservar: nenhum ativo é mais importante do que o clima, sem condições climáticas não vamos conseguir produzir”, destacou.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, contou um pouco da história da cotonicultura no seu Estado, afetada no passado por pragas, e aproveitou para convocar os produtores a voltar a investir na região. “A nossa condição climática e o solo criam grandes oportunidades para avançar a fronteira da produção do algodão no Estado, e temos uma disponibilidade enorme para a realização de parcerias”, disse o governador.
Já o bom momento da cotonicultura no país foi ressaltado pelo deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. ”Nós usamos o case do algodão quando vamos defender a produção rural brasileira, como exemplo de tecnologia e responsabilidade socio ambiental. O algodão sempre foi protagonista e inovador”.
Ainda na solenidade de abertura do evento, destaque para a presença do presidente da Agência Nacional Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana. “O algodão tem servido de referência para outros setores da nossa economia e isto é o resultado de muito trabalho do setor produtivo. O fato de que 82% da nossa produção é certificada e 100% rastreável é algo pedagógico para o mundo e é com esta atitude que vamos ocupar cada vez mais espaço lá fora”, concluiu.