Neste sábado (9), a produção responsável de algodão no Brasil foi um dos temas debatidos na edição deste ano do Simpósio Fronteiras Brasil-Alemanha de Ciência e Tecnologia (BRAGFOST, na sigla em inglês). O evento binacional é promovido em parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Fundação Alexander von Humboldt.
Com o tema “Entrando em um futuro sustentável”, o simpósio reuniu cerca de 60 cientistas e pesquisadores brasileiros e alemães em Piracicaba (SP). A grande adesão dos cotonicultores brasileiros à certificação socioambiental foi o case de sucesso levado ao encontro pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
Para o ciclo 2023/24, o Brasil prevê que 82,5% de sua safra de algodão tenha certificação do programa “Algodão Brasileiro Responsável” (ABR) – volume equivalente a 3 milhões de toneladas. O programa ABR é o padrão brasileiro de certificação socioambiental e é coordenado pela Abrapa.
A apresentação foi realizada por Fernando Rati, responsável pelo gerenciamento do projeto Cotton Brazil, programa da Abrapa que faz a promoção do algodão brasileiro em escala global. “Apresentamos uma visão geral sobre como o programa ABR funciona e mostramos como a sustentabilidade faz parte de diferentes etapas da nossa cadeia produtiva. Um exemplo é a rastreabilidade total do algodão certificado, que é um diferencial em âmbito mundial”, observou Rati.
A parceria entre as comunidades científicas brasileira e alemã iniciou-se em 2003. A cada ano, o simpósio binacional se alterna entre os dois países tendo como objetivo a troca de conhecimento em diferentes áreas das ciências e das engenharias. Dos encontros, surgem oportunidades para cooperações entre as nações, avalizadas e financiadas pela Fundação Alexander von Humboldt.