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Mato Grosso do Sul terá primeira algodoeira certificada pelo ABR-UBA

02 de Setembro de 2020

A primeira algodoeira do Brasil já foi auditada no Mato Grosso do Sul dentro do Programa Algodão Brasileiro Responsável para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA) da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Após o resultado final, a ser divulgado em algumas semanas, toda a cadeia produtiva da fibra na UBA do Grupo JCN, primeira algodoeira do país a ter certificação ABR-UBA, terá rastreabilidade em todas as etapas da produção. Os próximos estados a terem unidades de beneficiamento auditadas serão Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Maranhão.



Baseado no conceito da sustentabilidade, em seus pilares ambiental, social e econômico, o ABR-UBA estabelece parâmetros a serem cumpridos e auditados para a certificação das algodoeiras. "Temos muito para comemorar porque, mesmo diante de um cenário desafiador, conseguimos ir a campo, tomando todos os cuidados e precauções, para implantar um programa de certificação com o reconhecimento e o rigor exigidos pelos mercados interno e externo", enfatiza o Presidente da Abrapa, Milton Garbugio. O ABR-UBA é uma evolução do programa Algodão Brasileiro Responsável que certificava apenas as propriedades rurais. As unidades de beneficiamento eram o único elo da cadeia produtiva do algodão que ainda precisava de uma certificação.



"A partir do resultado positivo desta auditoria, futuramente poderemos acompanhar passo a passo todo o processo produtivo de uma roupa feita de algodão e com todas as etapas devidamente certificadas", comemora Garbugio. Assim como o ABR para fazendas, o ABR-UBA passa pelos critérios e acompanhamento das equipes das associações estaduais filiadas à Abrapa, responsáveis por gerir o programa regionalmente, e de auditorias de terceira parte, reconhecidas internacionalmente.



Para o Grupo JCN, a auditoria realizada na tarde de ontem (01) é sinônimo de conquista. O trabalho para alcançar a certificação começou há cinco anos e, ao longo desse tempo, a empresa foi se adequando às exigências para atender ao mercado nacional e internacional. "Nossas fazendas já são certificadas há quatro safras e tudo tem sido feito para nos enquadrarmos nas novas tendências de sustentabilidade. Temos certeza de que passamos pelo crivo dos auditores e alcançamos os percentuais satisfatórios em cada requisito a que fomos submetidos. Para cada coordenador que acompanhou as etapas, esta é uma vitória quase que pessoal", celebra o Gerente de Recursos Humanos do Grupo JCN,  Alexandre Gonçalves Cassiano, explicando que a empresa foi auditada em mais de 150 itens, desde os administrativos, técnicos, estruturais, legislativos, ambientais até a saúde do trabalhador.



O rigor na auditoria também chegou ao campo e quem acompanhou todo o processo, desde o início, foi o Coordenador de Segurança do Trabalho, Marcelo Florentino Costa. "Para nós, é um trabalho gratificante, porque comprova que a propriedade está consolidando os pilares da sustentabilidade, produzindo um algodão de qualidade e obtendo excelência na produção", comentou Costa, reafirmando que o Grupo JCN sempre procurou atender a todas as exigências do mercado, desde o plantio até a exportação. "Agora, com nosso produto a um passo de ter a certificação ABR-UBA, vamos agregar valor ao algodão para ampliar nossas fronteiras", avaliou.



Como funciona o ABR-UBA



Para criar o ABR-UBA, a Abrapa utilizou a expertise adquirida com o Programa Algodão Brasileiro Responsável, que, desde 2012, vem ajudando a tornar o Brasil o campeão global de fibra sustentável, licenciada pela entidade de referência internacional no assunto, a ONG suíça Better Cotton Initiative (BCI). Os dois programas unificaram seus protocolos no país em 2013.



A estrutura do programa para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) segue o mesmo arcabouço do ABR para as propriedades rurais, porém, adaptado à natureza da atividade industrial. Com base nos três pilares da sustentabilidade, (ambiental, social e econômico), o ABR-UBA é sustentado por oito critérios de avaliação: contrato de trabalho; proibição do trabalho infantil; proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas; liberdade de associação sindical; proibição de discriminação de pessoas; segurança, saúde ocupacional, e meio ambiente do trabalho; desempenho ambiental e boas práticas, em 170 itens de verificação e certificação.


As auditorias foram realizadas pela certificadora ABNT, uma das principais em

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