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SBRHVI: Visita técnica e mobilização de produtores em Minas Gerais

19 de Setembro de 2019

Nos últimos dias 17 e 18 de setembro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) foi até o estado de Minas Gerais, o quarto maior produtor da commodity no Brasil, para checar os níveis de conformidade do laboratório Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), e mobilizar os produtores estaduais para aderir ao programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). A qualidade de resultados em classificação de algodão por High Volume Instrument (HVI) é um dos compromissos prioritários da Abrapa, fundamental para o incremento da credibilidade do algodão brasileiro nos mercados dentro e fora do país, e para a harmonia nas negociações com a pluma. Com crescimento de quase 50% de área e produção na safra 2018/2019, e aumento da demanda pela entrada do mercado paulista em sua base de clientes, o Minas Cotton, situado em Uberlândia, investiu ainda mais em número e qualidade de equipamentos e segue cumprindo à risca o protocolo do programa SBRHVI.


“As visitas técnicas fazem parte do calendário do programa SBRHVI. O laboratório da Amipa, assim como todos os demais participantes, não apenas tem cumprido os pré-requisitos do nosso protocolo de 42 itens, como vai além das exigências, aprimorando sua estrutura e processos a cada safra”, diz o gestor de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi. Ele destacou a aquisição de uma nova máquina de HVI Uster 1000 e melhorias no sistema de condicionamento do ambiente, “que já atendia às exigências do programa”, enfatiza o gestor.


De acordo com o gerente do Minas Cotton, Anicézio Resende, foi preciso investir para acompanhar o crescimento de área, produção, e da demanda adicional de classificação do algodão do estado de São Paulo nesta safra. Esta última, gerada pela desativação do laboratório de classificação da Brasil Bolsa Balcão (B3), que processava a pluma paulista anteriormente. “Na safra passada, analisamos em torno de 270 mil amostras de algodão. Nesta, a previsão é de fecharmos o ciclo processando de 450 a 500 mil amostras”, pondera Resende. A entrada do algodão de São Paulo para classificação em Minas Gerais não ocasionou problemas, segundo o gerente, nem para mineiros nem para paulistas. “Primeiro, porque a safra do estado vizinho ocorre em abril e é curta, de modo que, praticamente, teve exclusividade em nosso cronograma de trabalho. Depois, porque Uberlândia é estrategicamente localizado, próximo à zona de plantio de São Paulo, o que facilitou bastante”, afirma. Nesta safra, 90% do algodão produzido nas lavouras paulistas foram classificados pelo laboratório da Amipa.


Para Anicézio Resende, tanto as visitas técnicas, quanto a orientação aos laboratórios, assim como o trabalho do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Alodão (CBRA), dão tranquilidade e segurança para as operações nos laboratórios. “Hoje, com o algodão de checagem e referência do CBRA, descobrimos, rapidamente, se temos algum problema no funcionamento das máquinas e podemos agir imediatamente. Também passamos a ter provas mensuráveis para argumentar as eventuais necessidades de investimentos”, considera.


No dia seguinte à visita técnica, a Abrapa realizou a mobilização para adesão ao SBRHVI com os produtores mineiros. O evento foi realizado na cidade de Patos de Minas. Todos os produtores com cadastro atualizado foram convidados a participar do encontro. “O resultado foi muito bom, e o produtor mineiro está engajado ao SBRHVI”, conclui.

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