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Treinamento de inspetores de UBA da Abrapa chega à Bahia

12 de Abril de 2024

O curso de capacitação e qualificação para inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) chegou à Bahia, segundo maior produtor da fibra no Brasil, nesta terça-feira, 09 de abril. Seu conteúdo foi desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), sob supervisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como parte do Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), a certificação oficial da pluma nacional, emitida pelo governo federal.


Realizado no Centro de Treinamento da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), no município de Luís Eduardo Magalhães, a iniciativa visa a garantir a qualidade e a padronização do algodão brasileiro. “Com essa capacitação, a Abapa dá um passo importante para consolidar o PQAB no Matopipa, região que congrega os estados da Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí”, afirma Edson Mizoguchi, gestor do programa de Qualidade da entidade.


A certificação oficial assegura que a amostra retirada do fardo de algodão corresponde a ele, está devidamente identificada e foi produzida nas dimensões determinadas por lei, além de garantir que a análise instrumental foi realizada de acordo com as normas internacionais. “O curso é muito importante para o bom funcionamento do programa de autocontrole”, diz Alvani Silva Souza, inspetor de UBA.


Na safra 2022/2023, 62 produtores e 38 UBAs da região do Matopiba foram habilitados para participar do programa. Das mais de 3,55 amostras enviadas para análise, 78% foram aprovadas. O restante apresentou problemas de embalagem não lacrada adequadamente, danificada ou com peso diferente do especificado por lei.


O papel do inspetor de UBA é fundamental para o Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro. É ele quem cumpre os processos determinados pela legislação, assim como padrões de análises internacionais, que são a base para Mapa expedir a certificação. Além disso, cabe ao inspetor alimentar as informações referentes às amostras e fardos no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e no Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI).


“Esses profissionais desempenham uma função importante ao garantir a correta retirada de amostragens, identificação e embalagem para o envio para classificação do algodão. Isso assegura que os resultados das análises sejam consistentes com as dos respectivos fardos”, afirma Sérgio Brentano, gerente do Centro de Análises de Fibras da Abapa.


Durante o treinamento, foram abordados os requisitos legais do programa, como a Instrução Normativa 24 (IN24), do Mapa, que define o regulamento técnico do algodão em pluma, o padrão oficial de classificação, os critérios de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem nos aspectos referentes à classificação do produto. Já a Portaria 375 estabelece os parâmetros para a certificação voluntária dos produtos de origem vegetal.


Ao final do curso, os 50 inspetores inscritos passaram por uma avaliação, sendo a nota mínima para aprovação seis. O próximo encontro está agendado para o dia 12, em Uberlândia (MG), na Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton).


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