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Assembleia da Abrapa reúne lideranças do algodão para traçar rumos estratégicos do setor 

Qualidade da fibra, sustentabilidade e governança estiveram no centro das discussões da reunião do Conselho Administrativo, realizada nesta terça-feira, 24. 

26 de Junho de 2025

Em um momento decisivo para o setor algodoeiro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promoveu nesta terça-feira, 24/06, a 1ª Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Representantes da Abrapa para debater os principais desafios e prioridades da cotonicultura nacional. O encontro contou com a presença de lideranças do setor e representantes das associações de produtores, com uma pauta marcada por temas como qualidade da pluma, sustentabilidade e articulação internacional.

Para o Presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, a realização da assembleia foi oportuna para o setor alinhar suas principais pautas e expectativas. “Na reunião nós discutimos temas que serão definidores para que o Brasil continue sendo o maior exportador de algodão do mundo e para demandar toda a produção do algodão brasileiro”, avaliou Piccoli. 


Foco na qualidade desde o campo 


Um dos principais eixos da reunião foi o fortalecimento do controle de qualidade da fibra. A Abrapa pretende ampliar a geração de estatísticas da safra 2024/25, promovendo maior transparência e disponibilização dos dados para o mercado e para fins técnicos. A entidade também vai intensificar os investimentos em treinamento de equipes e medidas de prevenção a problemas como a pegajosidade da fibra e a infestação por mosca branca. 


“O objetivo é atuar de forma antecipada para garantir que a pluma brasileira atenda aos padrões exigidos pelos mercados mais rigorosos do mundo”, afirmou o Diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. 


Sustentabilidade como ativo estratégico 


A pauta ambiental ganhou protagonismo nas discussões, com o compromisso de fortalecer o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) em seis temas estratégicos: saúde e bem-estar do trabalhador, manejo integrado de pragas e solo, adaptação às mudanças climáticas, gestão hídrica, desenvolvimento regional e conservação da biodiversidade. 


A continuidade da parceria com a Better Cotton foi considerada estratégica para continuar a atender a demanda crescente dos mercados internacionais pela fibra sustentável.  


Governança e tecnologia: um novo comitê para fortalecer o setor 


Durante a reunião foi aprovada a criação do Comitê de Governança do Manejo da Resistência, que reunirá produtores ao lado de instituições como o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), o Instituto Goiano de Agricultura (IGA), a Fundação Chapadão e outras entidades do setor algodoeiro. O comitê atuará na articulação com o poder público para dar credibilidade e peso técnico às pautas relacionadas à eficiência produtiva, qualidade da fibra e custos de royalties ligados ao uso de tecnologias no campo. 


Promoção do algodão brasileiro 


As ações de promoção do algodão brasileiro também avançam. O programa Cotton Brazil, vitrine do setor para o mercado externo, anunciou que irá realizar missões com compradores e stakeholders internacionais em estados como Mato Grosso, Bahia e Goiás. Com forte presença de clientes asiáticos, o Diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, prepara a uma nova agenda internacional com foco nos mercados do Oriente Médio e da Ásia, com eventos previstos em Dubai e participação na ITMA, uma das maiores feiras da indústria têxtil asiática, que ocorrerá em Singapura. 


A Diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, responsável pelo movimento Sou de Algodão, que promove a fibra brasileira para o consumidor final, apresentou a campanha “Brasilidades”, que traz à tona todos os aspectos da cultura e moda brasileiras associadas ao algodão, buscando aproximar o uso da fibra ao dia a dia do consumidor. Ferraresi também falou sobre a próxima edição da Cotton Trip, de que levará influenciadores, jornalistas, representantes da indústria e setor público para conhecer todo o processo da produção de algodão na Fazenda Pamplona, do Grupo SLC, uma das maiores produtoras de algodão de Goiás.  

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