Voltar

Supply Chain 4.0: certificação do algodão brasileiro é destaque em seminário

Silmara Ferraresi apresentou os avanços da Abrapa e do movimento Sou de Algodão em rastreabilidade na cotonicultura

23 de Junho de 2025

Na última segunda-feira (16), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Universidade de São Paulo (USP) promoveram o seminário Supply Chain 4.0 - Rastreabilidade Digital na sede da CNI, em São Paulo. Com o objetivo de discutir estratégias para novas tecnologias e modelos, o evento reuniu lideranças do setor industrial, especialistas em logística, tecnologia, compliance e sustentabilidade, além de representantes do meio acadêmico e do setor público.


Entre os destaques da programação, esteve a participação de Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, no painel “Tecnologias digitais e seus impactos nas certificações”. Ao lado de Carina Pereira Lins, gerente de sustentabilidade da Associação Brasileira de Automação GS1 Brasil e Alexandre Harkaly, sócio diretor estratégico de integração da QIMA, com moderação de Marcos Heleno Guerson, superintendente do IPEM/SP, Silmara compartilhou a trajetória da rastreabilidade no setor algodoeiro nacional, com ênfase nas certificações socioambientais e no papel da tecnologia para garantir a transparência da cadeia.


“Rastreabilidade é uma história de 20 anos no algodão brasileiro. A gente começou em 2004, com o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), identificando apenas a unidade de beneficiamento, e hoje conseguimos monitorar da fazenda até o varejo”, explicou Silmara. Em 2012, veio a criação do ABR (Algodão Brasileiro Responsável), o programa de certificação socioambiental, que, posteriormente, em 2021, uniu-se ao SAI e aos demais elos da cadeia têxtil no Brasil. Dessa união surgiu o SouABR, que oferece transparência da origem da matéria-prima, comprovadamente certificada na peça de roupa.


Segundo Silmara, a preocupação em assegurar toda a trajetória e a qualidade do algodão brasileiro para o mercado foi um dos principais motores de inovação da cadeia. “O nosso desafio sempre foi garantir que o algodão que chega lá fora realmente veio de uma fazenda certificada, com manejo ambientalmente correto”.


Durante sua apresentação, Silmara também demonstrou como o Programa SouABR e suas etiquetas inteligentes oferecem uma rastreabilidade completa e acessível. “Hoje, o consumidor escaneia um QR Code e percorre toda a trajetória da peça: ele vê a fazenda, a fiação, a tecelagem e sabe que aquele algodão tem uma história, construída com responsabilidade”.


Ela também destacou a complexidade dos primeiros projetos, e a importância da parceria com marcas como C&A, Renner, Reserva, Veste e Calvin Klein. “A primeira coleção com rastreabilidade do campo ao varejo levou quase 3 anos para sair do papel. Foi um exercício de confiança, maturidade e construção coletiva”.


Além da Abrapa, o seminário contou com apresentações sobre desafios de compliance, transparência, novas tecnologias, cases internacionais e caminhos para o desenvolvimento de projetos de inovação, com foco na rastreabilidade digital. A programação foi voltada a gestores e líderes de agroindústrias, especialistas de logística e supply chain, pesquisadores, startups, consultorias e representantes de entidades governamentais.



Abrace este movimento: 


Site: www.soudealgodao.com.br


Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao


TikTok: @soudealgodao_

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter