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Abrapa une forças à coalizão Make the Label Count

A coalizão busca garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis

28 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) anunciou hoje que, a partir de 1º de dezembro de 2024, será membro pleno da coalizão Make the Label Count. A Abrapa junta-se à Make the Label Count para contribuir com sua voz e influência em um esforço conjunto para garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis.


À medida que a legislação de Alegações Verdes da UE entra na fase final de negociações (trílogos), é urgente destacar o perfil ambiental das fibras naturais em comparação com as sintéticas.


Juntamente com a Anea, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, a adesão da Abrapa assegura que todo o setor algodoeiro brasileiro apoia esse esforço importante, reafirmando o compromisso do Cotton Brazil em fortalecer e defender os benefícios ambientais de fibras naturais, como o algodão, neste momento crucial.


O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel (na foto, à esq.), comentou sobre a motivação para se juntar à coalizão. “As Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados estão mal projetadas e não atendem ao seu propósito. No formato atual, favorecem injustamente as fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis, enquanto classificam de forma inadequada o vestuário de fibras naturais como insustentável. Isso contraria o próprio objetivo da Diretiva de Alegações Verdes, que visa garantir declarações ‘confiáveis, credíveis e verificáveis’. Ao aderir à coalizão Make the Label Count, estamos comprometidos em corrigir essa grave situação antes que ela seja consolidada na legislação europeia”, afirmou.


Elke Hortmeyer (na foto, à dir.), da Make the Label Count, deu boas-vindas à adesão da Abrapa. “Estamos muito felizes em receber a Abrapa e, consequentemente, o Cotton Brazil na coalizão Make the Label Count. Como uma organização globalmente reconhecida e comprometida com a produção sustentável de algodão, sua expertise e liderança fortalecerão nossa voz e esforço coletivo para garantir alegações de sustentabilidade justas e confiáveis para fibras naturais. Além da importância socioeconômica da produção de matérias-primas para muitos agricultores de algodão, a metodologia PEF da UE precisa abordar adequadamente o impacto ambiental dos materiais derivados de petróleo, como o poliéster, que contribuem para enormes resíduos plásticos e liberam microplásticos em nossas águas e solos”, destacou.


Para garantir que as ferramentas usadas para validar alegações verdes sejam confiáveis, é essencial que sejam baseadas em pesquisa científica. Embora especialistas tenham fornecido extensas pesquisas para informar esse processo – cobrindo áreas como Avaliação do Ciclo de Vida, comportamento do consumidor e microplásticos – nem todas as descobertas foram devidamente consideradas pelos legisladores ou por aqueles que desenvolvem as Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados.


É essencial que o PEF e as PEFCR para vestuário e calçados reflitam com precisão os verdadeiros impactos ambientais dos têxteis. Para garantir uma avaliação justa, fatores como poluição por microplásticos, resíduos plásticos e circularidade devem ser urgentemente integrados à análise.

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