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IMAmt vai destacar seis novas cultivares de algodão no 11° CBA Resumo

21 de Agosto de 2017

No ano em que completa uma década de fundação, o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), entidade de pesquisa, desenvolvimento e difusão tecnológica ligada à Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), prepara-se para apresentar, no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA), o mais amplo portfólio de novas cultivares de sua história. Serão ao todo seis materiais, alguns recém-lançados, outros que estarão disponíveis para o produtor rural na safra 2017/18 e ainda um lançamento futuro, que deve alcançar escala comercial na safra 2018/19, mas que já aguça a demanda do mercado pela resistência simultânea a nematoide e ramulária, dois dos principais patógenos do algodoeiro. O 11° CBA é realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) a cada dois anos e, nesta edição, ocorre entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro, tendo como sede a cidade de Maceió (AL).


As cultivares desenvolvidas pelo IMAmt permitem ao cotonicultor de Mato Grosso, e também de outros estados, adquirir os materiais que melhor se apliquem à sua região e janela de cultivo, com variedades de ciclo precoce, médio e tardio, para algodão de primeira e de segunda safras. A IMA 7501WS foi lançada recentemente e já tem sementes sendo produzidas em escala comercial. De acordo com o coordenador de Projetos e Difusão Tecnológica do IMAmt, Marcio de Souza, trata-se de um material extremamente rústico e produtivo, ideal para a abertura de plantio do algodão-safra e de segunda safra. "É uma cultivar com moderada resistência à ramulária e tolerância a dois tipos de nematoides, muito interessante para ser utilizada na abertura de plantio e em áreas de expansão. Possui tecnologia WideStrike que lhe confere controle às principais lagartas do algodoeiro", explicou.


A IMA 7201B2RF tem como atributos o vigor e a produtividade, segundo o gerente comercial da Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), Antônio Neto. "É uma cultivar de ciclo médio para tardio, para finalizar o plantio do algodão de primeira safra e iniciar o da segunda. Material com alto potencial produtivo, de média de 120 arrobas de pluma", diz. Já a IMA 6501B2RF, de ciclo médio, é ideal para o plantio da segunda safra. Tem moderada tolerância a nematoides. Assim como a IMA 7201B2RF, será lançada para a safra 2017/18.


Tendo como principais atributos a rusticidade e o alto potencial de produtividade, a IMA 8405GLT é uma cultivar de ciclo tardio, ideal para a abertura de plantio do algodão-safra e de segunda safra, com tolerância moderada a nematoide de galha. Por sua vez, a IMA 2106GL, segundo os técnicos de campo, é considerada uma das melhores opções para áreas de refúgio. "Ela é altamente produtiva e possui tolerância moderada ao nematoide de galha", especifica Antônio Neto. Por fim, o IMAmt vai apresentar o IMA 5801B2RF, um lançamento que só deverá estar disponível para o produtor na safra 2018/19, mas que já é alvo de grande procura dos produtores por ter, ao mesmo tempo, resistência a nematoide e à ramulária.


Maturidade


Fundado em 2007, o IMAmt é considerado, entre as instituições do gênero, uma entidade jovem. "Mas, em dez anos, podemos dizer que nosso programa de melhoramento genético está consolidado. Hoje temos 5% do mercado de cultivares do Mato Grosso, mas esperamos chegar a 20% em duas safras. Isso é muito representativo, considerando o tamanho do estado, detentor de 60% da produção de algodão do país. Levar essas tecnologias para o Congresso Brasileiro do Algodão, além de favorecer o produtor, com opções em variedades comprovadamente de excelência, é muito representativo para a história do IMAmt", afirma Marcio de Souza.


Segundo o diretor executivo do IMAmt, Alvaro Salles, a projeção de aumento de participação de mercado se respalda no crescimento significativo da área plantada com algodão em Mato Grosso. Em relação à 2016/17, a expectativa de incremento é de 15% na área de lavouras, estimada em 720 mil de hectares. "O congresso é uma boa oportunidade para que produtores e integrantes de seus departamentos técnicos conheçam as novas cultivares e os resultados de pesquisas desenvolvidas pelo IMAmt e instituições parceiras", disse.


Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, ter o Instituto no 11° CBA é motivo de grande satisfação. "O IMAmt é um símbolo da vanguarda do produtor de algodão do Brasil", ressalta Arlindo Moura.


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