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Sou de Algodão tem lugar de destaque no Clube da Fibra 2017

26 de Maio de 2017

Cada vez mais atenta ao papel do consumidor na cadeia produtiva do agronegócio, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) enfatizou o movimento Sou de Algodão em um dos mais tradicionais eventos da cotonicultura do Brasil, o Clube da Fibra, promovido pela empresa FMC Agrícola, de 24 a 26 de maio, no Rio de Janeiro. Dois dos personagens mais emblemáticos da campanha, a estilista Martha Medeiros e o criador e fundador do São Paulo Fashion Week, Paulo Borges, participaram da programação do evento, falando sobre agregação de valor, sustentabilidade e a importância da fibra na indústria da moda no Brasil.


Os dois convidados são personalidades da moda, reconhecidos nacional e internacionalmente, e, no movimento Sou de Algodão, atuam como "embaixadores". O movimento foi lançado em outubro de 2016, durante o São Paulo Fashion Week, como uma iniciativa da Abrapa de incentivo ao consumo de algodão no mercado interno. Ele é pautado no esclarecimento dos players de moda e do público consumidor e no enaltecimento das vantagens do algodão como matéria-prima.


"O Clube da Fibra é um evento especial para a Abrapa, pois foi numa das suas edições que se formou o gérmen da nossa instituição. Aqui a Abrapa nasceu, há 18 anos. O Sou de Algodão é uma mostra da maturidade da associação e do quanto pudemos expandir o nosso alcance. Falar sobre ele no Clube da Fibra nos deixa muito felizes", afirma o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.


Ética e estética


Paulo Borges participou do painel da Abrapa, intitulado "Sou de Algodão: da prateleira ao campo", com mediação do presidente Arlindo Moura e participação do vice-presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski, e do presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), Rafael Cervone.


Segundo Borges, o  movimento Sou de Algodão é um fator de aproximação entre os elos da cadeia da fibra, que só será, de fato, produtiva se estiver em sintonia. "Uma cadeia de elos desatados é uma cadeia improdutiva. O Sou de Algodão tem um enorme desafio de transformar culturas, através da educação e do conhecimento. Isso tem um caráter estético e ético, também", afirma, dando ênfase à geração de riquezas e à sustentabilidade da cadeia. Para ele, as distâncias a serem encurtadas entre o produtor e o consumidor são "mais imaginárias que reais".


Renda


Para a estilista alagoana Martha Medeiros, cujo nome, assim como o de Borges, está fortemente ligado ao movimento Sou de Algodão, a palavra "renda" tem múltiplos significados. Tanto é o artesanato tradicional produzido com fios de algodão, que caracterizam a sua marca e fazem parte da sua vida desde a infância, quanto o resultado do poder transformador da arte na vida de, aproximadamente, 450 mulheres beneficiadas pelo projeto social Olhar do Sertão, do Instituto Martha Medeiros. Em sua apresentação hoje pela manhã, no Clube da Fibra, a estilista falou sobre agregar valor à matéria-prima e à própria produção.


"O segredo é transformar uma coisa simples em espetacular e fazer o público entender isso", explica. Segundo Martha, era um sonho antigo seu, entender mais sobre a produção de algodão. "Ele faz parte da minha vida, como a renda, que está em todo o meu trabalho. O movimento é muito oportuno. Esse é o momento de valorizar o que é nosso; de mostrar de onde as coisas vêm. Há uma frase fantástica que diz que 'o futuro tem um coração antigo'. A tradição é o nosso maior valor. Então, vale a pena mostrar para o consumidor o bem que aquilo que eles compram vem fazendo pelo caminho até chegar às suas mãos", diz.


No ano passado, em outubro, uma criação de Martha Medeiros foi entregue à princesa Anne, filha da rainha Elizabeth, da Inglaterra, pela comitiva da Abrapa presente ao encontro anual da International Cotton Association (ICA), ICA Trade Event 2016, em Liverpool.

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