Com muita informação e referências “na bagagem”, o grupo de gerentes de laboratórios brasileiros de classificação de algodão e representantes do Ministério da Agricultura e pecuária (Mapa) e da Embrapa, está de volta ao país, após uma semana de imersão profunda na classificação e no beneficiamento da fibra nos Estados Unidos. Um dos pontos altos da viagem, conduzida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) foi a visita ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em Memphis, no Tennessee, onde acompanharam o passo a passo do programa de certificação de qualidade de análise de algodão americano pela entidade governamental, conhecido no mercado como “greencard”.
Outra importante passagem do grupo foi a visita à sede da empresa Uster Technologies, em Knoxville, no mesmo estado. A marca é líder global em equipamentos High Volume Instrument (HVI), considerados o padrão ouro na análise de algodão, e apresentou aos visitantes a evolução da máquina Uster 1000, a Automic, que, além de ganhos em precisão, traz como novidade a automação de uma parte relevante do processo.
A viagem teve como um dos principais objetivos, estabelecer referências para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, a certificação oficial do algodão, que teve início na safra 2022/2023, após cerca de dois anos de trabalho no seu desenvolvimento.
Para Raquel Mortari Gimenes, do Mapa, a viagem foi uma oportunidade de identificar os pontos críticos de controle do processo de certificação da qualidade do algodão, tanto do ponto de vista tecnológico quanto operacional. “Ficamos com a certeza de que o governo brasileiro, através do Ministério da Agricultura e Pecuária, está cumprindo a sua missão de promover a competitividade da nossa agricultura”, disse.
Segundo o chefe de operações (COO) da Uster Technologies, Peyman Dehkordi, que já conhecia alguns membros da comitiva, foi um privilégio receber os visitantes das instalações da Uster. “Achei o time muito motivado e animado por estar aqui, tendo uma melhor compreensão acerca de como funciona a cadeia de valor do algodão nos Estados Unidos, especialmente, no lado do beneficiamento e na classificação. O trabalho da Uster com o USDA começou há cerca de 35 anos. A delegação brasileira, nesta viagem, viu a classificação automatizada do USDA, em primeira mão. Eles tiveram uma noção do que podemos fazer pelo Brasil, pois a classificação brasileira segue um conceito semelhante”, afirmou.
O depoimento foi reforçado pelo gerente de vendas da Uster, Gregory Winiger."Para mim, foi ótimo ter todos vocês aqui, nos Estados Unidos, visitando a Uster. Acredito que todos estavam muito interessados. Espero que também tenha sido muito bom para todos vocês. Obrigado", frisou.
Presença maciça
Os gerentes de laboratórios que integraram a comitiva, representam 11 dos 12 centros de análise que fazem parte do programa Standard Brazil HVI (SBRHVI), da Abrapa. Em texto conjunto, eles afirmaram que a semana foi intensa, de muito conhecimento técnico e discussões sobre o programa de qualidade americano, assim como sobre temas como melhor performance no índice de fibras curtas, uma demanda do mercado.
“Reconhecemos que os Estados Unidos é uma referência de organização e temos muito que aprender, mas o Brasil tem feito o seu dever de casa. Não só aprendemos muito, como estabelecemos um canal de comunicação com a Uster e o USDA, que será muito importante e estratégico para a melhoria do nosso programa de qualidade”, disseram.
06.11.2023
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