A medida excepcional, que contou com o apoio da Abrapa, visa a proteger a indústria têxtil e de confecções de um eventual desabastecimento pela quebra de safra em 2015/16. Se o despacho favorável do Comitê Executivo de Gestão (Gecex), na semana passada, for validado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), 75 mil toneladas de algodão poderão entrar no Brasil livres da taxação de 6% da Tarifa Externa Comum (TEC) até o mês de julho de 2017. A medida atende ao pedido da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), protocolado via Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, que é presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A princípio, a Abit propôs a tarifação zero para uma cota de 100 mil toneladas da fibra, que terminou estabelecida em 75 mil toneladas, após negociação com os produtores. A importação visa a evitar um eventual déficit de matéria prima na indústria nacional, após a quebra de safra ocorrida em 2015/16. De acordo com o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, a Associação trabalha em sintonia com a Abit e é sempre consultada nessas ocasiões tanto pela indústria, quanto pelo governo. "Se a indústria não precisar importar, toda a demanda será atendida internamente, mesmo com a tarifa zero. Se a escassez se confirmar, será importado apenas o necessário para tocar a produção, até a entrada da próxima safra nacional. A nós, produtores, interessa que o setor industrial têxtil e de confecções brasileiro se viabilize, pois ele é crucial para a economia do País e é o destino de 40% de todo o nosso algodão", afirmou o presidente. |