De acordo com o presidente da Associação Nacional da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), Fernando Pimentel, os números apurados primeiro bimestre de 2018 são positivos, assim como as projeções para o restante do ano. “Nossa expectativa é de um crescimento da ordem de 3,5% para o segmento de confecção e de 4 a 4,1% para a indústria têxtil, com geração de 16 a 20 mil postos formais de trabalho”, afirma. Pimentel diz que o aumento das importações irregulares e/ou desleais preocupa a indústria.
“Não temos uma visão autárquica do país, mas algumas situações nos afligem, como a entrada de produtos oriundos de países que concorrem desigualmente conosco em termos de compliance, as que apresentam características de irregularidades no processo, e os contrabandos. Outra questão no radar da indústria, segundo Pimentel, é a agenda de competitividade do Brasil, ligada às políticas públicas e industriais”, elenca. O presidente da Abit afirma que, nesse período, o setor tem investido na modernização das suas plantas industrias para conquistar ganhos em produtividade e qualidade.
Sobre a recessão que a economia brasileira amargou nos últimos anos, com efeitos diretos sobre a indústria têxtil e de confecções, Pimentel acredita, que, aparentemente, o pior já passou. “Mas não dá para falar ainda que estamos entrando num ciclo de desenvolvimento sustentável, até que se façam todas as reformas necessárias. Há muito o que fazer para o país entrar num novo ciclo, sobretudo reforma da Previdência e tributária, sob pena de o país ficar novamente com crescimento medíocre, de 1 a 2%”, concluiu.