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Algodão de Ponta a Ponta: Basf convida Abrapa e Reserva

​O evento debateu sustentabilidade e relevância econômica da fibra no dia de aniversário do Movimento Sou de Algodão

26 de Outubro de 2021

A Basf, parceira do Sou de Algodão, promoveu um amplo painel sobre a fibra brasileira nesta terça-feira (26), dia em que o movimento completa 5 anos.  O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, participou do evento virtual, chamado de Algodão de Ponta a Ponta. O encontro também teve a presença de Claudia Moraes, diretora de sourcing do grupo AR&CO, e Warley Palota, líder de Negócios de Sementes de Algodão da Basf.



O objetivo da Basf, com o webinar, era mostrar ao mercado que a união entre indústria, produtor e varejo fortalece toda a cadeia. Além do aniversário do Sou de Algodão, os convidados abordaram temas como o recém lançado Programa SouABR e a sustentabiidade e relevância econômica da pluma produzida no país.



Na abertura do painel, Júlio Busato contou como surgiu a ideia do movimento, lançado em 2016 na São Paulo Fashion Week ,(SPFW), que hoje reúne mais de 700 parceiros em torno de ações voltadas para uma moda consciente e responsável.  Segundo ele, apesar de ser natural e confortável, o algodão estava perdendo mercado para as fibras sintéticas.



"Estive presente na ocasião do lançamento e descobrimos o quanto nós, produtores e estilistas não nos conhecíamos. Surgiu a ideia de aproximarmos os agricultores e o pessoal da moda, já que temos algo em comum: o algodão. Passamos a levar a informação para essas pessoas, levamos até a fazenda, mostramos por quem e como é produzido o algodão brasileiro", relatou Busato.



Na avaliação do presidente da Abrapa, o SouABR, é a coroação do movimento. Lançado este mês em parceria com a Reserva e a Renner, o programa oferece rastreabilidade total de produtos têxteis, da semente ao guarda-roupa, por meio de um QR Code na etiqueta das peças. "Estamos entrando para a história. As marcas vão tirar o algodão do fundo da loja e colocar na vitrine. É um ganho muito grande para todos que estão adquirindo uma roupa produzida com fibra natural, biodegradável e que, aqui no Brasil, tem rastreabilidade e sustentabilidade", ressaltou Busato.



Em nome da Reserva, Cláudia Moraes afirmou que é preciso amar mais o Brasil e dar valor ao que temos. "Parece óbvio que a camiseta vem da semente, mas não é. Entramos no SouABR porque tudo é nacional, é muito mais que um projeto de blockchain: é amor ao Brasil e à indústria nacional", pontuou.



Warley Palota, por sua vez, falou sobre a importância da fibra para a Basf. "O algodão, para nós, é uma cultura que está sempre na estratégia. Desenvolvemos produtos e ferramentas que vão ao encontro do que o produtor precisa para produzir da melhor forma possível", destacou. "Quando a gente fala de semente, principal insumo da produção, oferecemos um portfólio bastante robusto. Temos um programa de melhoramento do algodão, para trazer produtos voltados para a produtividade e a qualidade de fibra. O algodão é apaixonante", completou.



No final do painel, Busato disse que os produtores têm duas missões: produzir algodão suficiente para abastecer integralmente a indústria têxtil nacional e comercializar o excedente com competitividade. Para isso, investem em  qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e produtividade, com tecnologia e inovação.



Sobre o Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 81% de toda a produção nacional da pluma.

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