A boa safra de algodão em 2016/2017, cerca de 23,3% maior que a registrada no ciclo anterior, e as perspectivas positivas para 2017/2018 foram o aditivo que o 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA) precisava para superar todas as estimativas dos organizadores em números. O evento foi realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), em Maceió/AL, na última semana, entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro. A expectativa era que o público fosse de 1,2 participantes de toda a cadeia produtiva da fibra, mas a Abrapa contabilizou 1,4 mil inscritos, que, efetivamente, participaram da programação de palestras, painéis e minicursos, sendo o público circulante ainda maior. O CBA é bianual e a próxima edição acontecerá em 2019.
Em 2017, constaram na programação 72 palestras, proferidas por 94 palestrantes, sendo sete deles estrangeiros, além de 190 trabalhos científicos. Também participaram, como congressistas, 20 representantes de países da América Latina e da África, a convite da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
De acordo com o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, o 11° CBA mobilizou a capital alagoana. Os oito hotéis oficiais do evento tiveram ocupação plena, equivalente a 692 leitos. Dos 65 fornecedores envolvidos na produção, 23 foram contratados em Maceió. "Mas o legado que esperamos que um dia se concretize e perdure será a retomada da cotonicultura alagoana. O estado já foi expressivo na produção e no processamento da fibra, e elevou a importância do algodão a tal nível, que o dignificou como figura emblemática da sua bandeira", afirmou Moura.
Para se ter uma ideia, do "peso" do 11° CBA, 67 toneladas de equipamentos audiovisuais e estrutura foram mobilizados. A cenografia envolveu oito toneladas de cordões de algodão, matizadas pela iluminação cênica. "Nada disso teria sido possível sem os nossos 20 patrocinadores, e a adesão maciça do cotonicultor", ressaltou o presidente.
Patrocinaram o CBA: Bayer, Monsanto, CCAB, FMC, Syngenta, ABC, BASF, UPL, Banco Rabobank, John Deere, Laboratório Farroupilha Lallemand, Stoller, IMAmt, Kuhlmann, TMG, TOTVS, Adama, BBM e Dow.